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História – Os caminhos até a independência do Brasil Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 1 1. Linha do Tempo. Pré-cabraliano Colonial Reino Unido Independente Fato Relevante ou Balizador - Chegada da esquadra de Cabral. 22/04/1500 Fato Relevante ou Balizador - Brasil é elevado à condição de "Reino Unido a Portugal e Algarves" - 16/12/1815 Fato Relevante ou Balizador - Proclamação da Independência. 7/09/1822 2. Situação Política - Fuga da Família Real. Motivo. Desentendimento entre França e Portugal na questão do Bloqueio Continental. Observações. Está ligada ao período napoleônico, mais especificamente, na disputa travada entre França e Inglaterra. A disputa entre estas duas nações estava em curso desde a Revolução Francesa e intensificou-se quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder da França, por meio do Golpe 18 de Brumário, em 1799. Bloqueio Continental. Impostas as Nações europeias. Medida para sufocar a economia inglesa e forçar a sua derrota. A França se mostrava incapaz de invadir a Inglaterra. A família real, junto com sua corte, iniciou sua viagem em 29 de novembro de 1807, e o seu desembarque em terras brasileiras ocorreu em 22 de janeiro de 1808, em Salvador. Depois seguiu para o Rio de Janeiro. 3. Família Real no Brasil. Alteração na Colônia. Toda estrutura de governo de Portugal foi instalada na cidade e tornou necessário uma série de transformações para o seu funcionamento. Observações. A Abertura dos portos contribui para direcionar para um futuro processo de independência. Revogação do decreto que proibia a instalação de manufaturas no país com incentivo a importação de matérias-primas utilizadas nessa produção. Autorização da construção de faculdades de medicina, museus e bibliotecas na cidade do Rio de Janeiro, que possibilitaram um grande desenvolvimento intelectual na colônia. Permitiu ainda a criação de tipografias no Brasil, com isso, houve o surgimento dos primeiros jornais, como A Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal fundado no Brasil. As publicações da imprensa, no entanto, sofriam censura, e notícias contra o governo e contra o catolicismo não eram permitidas. História – Os caminhos até a independência do Brasil Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 2 3.1 Revolução Pernambucana. Insatisfação na Colônia. Política de aumento de impostos para financiar os altos gastos da corte portuguesa. Observação. Além do aumento dos impostos, a elite local se revoltava com o fato de D. João distribuir cargos e privilégios somente para aristocratas portugueses. Província de Pernambuco. Surgimento de movimento de revolta das elites pernambucanas, motivado pela crise econômica, alta de impostos e distribuição de privilégios para portugueses. Observações. Movimento separatista, influenciados pelos ideais iluministas, com o intuito de implantar uma república. Controlou a região de março a maio de 1817. Logo após a derrota da revolução, eles foram condenados e mortos de forma cruel em praça pública. O capitão José de Barros Lima foi enforcado e teve partes do corpo cortadas e expostas para demonstrar a força da coroa portuguesa e servir de exemplo para quem ousasse desafiá-la 3.2 Política Externa. Envolveu em duas disputas. Ao Norte com a invasão da Guiana Francesa (1809) e ao Sul pela posse da Cisplatina (invadida em 1811). Guiana Francesa. A Guiana foi devolvida a França mediante o recuo dos limites da fronteira (proposta pelo Governo português). Entretanto, somente em 1817 os lusitanos deixaram Caiena, com a assinatura de um convênio entre a França e Portugal. Cisplatina. Por ordem de D. João VI, a Banda Oriental do Rio da Prata (atual Uruguai) foi invadida e anexada ao território brasileiro em 1811. 3.3 Revolução Constitucionalista (Liberal) do Porto. Exigências. A burguesia tomou as cortes portuguesas (espécie de assembleia) e passou a exigir mudanças em Portugal de acordo com os princípios liberais e o retorno da corte. Observações. Os liberais portugueses queriam que algumas mudanças fossem implantadas com a finalidade de recuperar a economia portuguesa. História – Os caminhos até a independência do Brasil Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 3 As principais eram o rebaixamento do Brasil novamente à condição de colônia e o retorno imediato de D. João VI para Portugal. Essas pressões exercidas pelas cortes portuguesas forçaram o rei a retornar por causa do temor de perder o trono português. D. João VI retornou para Portugal com aproximadamente quatro mil pessoas em 26.04.1821 4. O Príncipe Regente. Governo no Brasil. D. João VI deixa seu filho D. Pedro como regente do Brasil e as tensões provocadas pelas cortes portuguesas por este ato levaram a ruptura com a metrópole. Observações. A Regência foi de abril de 1821 até setembro de 1822. Os aristocratas brasileiros formaram o Partido Brasileiro com o intuito de mobilizar forças que preservassem seus interesses de ordem econômica. Uma das primeiras medidas desse novo partido foi agrupar um conjunto de assinaturas que exigiam a permanência de Dom Pedro no Brasil. Essa manifestação, exigindo apoio de Dom Pedro, era uma resposta ao pedido formal das cortes portuguesas que reivindicavam o retorno do príncipe regente. Vislumbrando o controle político sobre o território brasileiro, Dom Pedro I, em 9 de janeiro de 1822, declarou sua fidelidade aos brasileiros no pronunciamento que ficou conhecido como Dia do Fico. Dom Pedro demitiu todos os portugueses que fazia parte de seu conselho de ministros e formou um novo conselho formado somente por brasileiros. Em maio de 1822, os ministros brasileiros instituíram o chamado “Cumpra-se”. De acordo com tal medida, qualquer ordem vinda de Portugal só poderia ser cumprida com a aprovação prévia do príncipe regente. Reforçando o apoio a Dom Pedro I, os ministros declararam Dom Pedro como “defensor perpétuo do Brasil”. Importante destacar José Bonifácio de Andrada e Silva, considerado um dos grandes articuladores da nossa independência. História – Os caminhos até a independência do Brasil Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 4 5. A Independência. Em junho de 1822. Dom Pedro resolveu compor uma Assembleia Constituinte que deveria formar um conjunto de leis básicas a serem aplicadas em todo território nacional. Observações. Tal medida colocava em evidência a diferença de interesses entre Brasil e Portugal. Em agosto de 1822. O governo português enviou um novo decreto anulando as decisões tomadas pelo príncipe regente e exigindo seu imediato retorno. Em setembro de 1822. Em 2 de setembro, Dona Maria Leopoldina assina o decreto de independência para, logo em seguida, despachá-lo com urgência para D. Pedro. O príncipe regente foi alcançado no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga, e proclama a independência. FIM
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