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Neurofisiologia da Dor

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TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 1 
 
Neurofisiologia 
SENSIBILIDADE: DOR 
PROF. DR. RENATO MARCONDES 
 ∴ Geral
• Dor é uma experiência sensorial ou emocional 
desagradável, associada a um dano ou potencial 
dano em tecido ou em função; 
EX: Lesão que gera processo inflamatório 
acarretando em dor. 
• O nome vem do latim ‚dolore‛ que significa 
sofrimento; também do latim ‚nocere‛ que significa 
doer, por isso nocicepção (percepção da dor); e 
do inglês ‚pain‛ que significa dor ou quem tem 
pena por causa da dor; 
• Etapas: 
➠Transdução 
➠Transmissão – há dois pontos de 
transmissão: do ponto até a medula; Da medula 
até o cérebro. 
➠ Modulação – há dois momentos: momento 
modular e cerebral 
** Há também modulação que age nessa fase 
na medula e na percepção. 
➠ Percepção 
 
∴ Transdução 
• Etapa em que os receptores são estimulados 
. • Nociceptores – fazem percepção de sentido 
para dor; é específico para dor. 
➠Termorreceptores 
➠Quimiorreceptores 
➠Mecanoceptores: Receptores da pele, por 
exemplo. 
 
• Esse processo de percepção da dor ocorre quando vem 
um estímulo álgico do processo de transdução, como um 
corte, que lesa terminações livres e desencadeia potencial 
de ação que devido à exposição abre canais de Sódio e dá-
se início ao processo. 
• As dores superficiais são mais agudas, pois são conduções 
moderadas (Fibra delta – no momento da lesão); Mas o 
processo inflamatório ali continua estimulando as fibras lentas 
a manter a dor.. 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 2 
 
• As dores crônicas ocorrem em todo processo – 
mecanismo do processo inflamatório. A fibra não foi 
lesada, mas sofre efeitos do processo inflamatório 
do tecido lesado (fibra lente) – serve para manter 
aviso sobre a lesão que ocorreu. 
 
∴ Transmissão 
 
 
• DOR N O C I C E P T I V A: 
➠ Devido a estímulo direto dos nociceptores – 
dor periférica. 
➠ Dor aguda, constante, localizada, pulsátil. 
➠ Pode ser de duas maneiras: 
↪ SOMÁTICA (é do corpo) – Podendo ser 
Profunda (geralmente é menos dolorosa e é 
lesada no processo de dor neuropática) ou 
Superficial (dor mais aguda, mas por tempo 
menor, já que, o processo inflamatório é menor). 
↪ VISCERAL (é das vísceras) 
 
• INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO 
➠ Quando ocorre lesão há ativação dos 
receptores ocasionando: 
↪ Nenhuma dor onde não há estímulos. 
↪ Nenhuma dor no estímulo 
(geralmente não doloroso) 
↪ Resposta nos estímulos dolorosos 
(mecanismo de desencadear) 
➠ Quando gera lesão tecidual ocorre 
processo inflamatório que libera Bradicinina 
(auxilia no processo da dor), fatores de 
necrose tumoral e outras substâncias. 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 3 
 
 
 
 
• DOR INFLAMATÓRIA 
➠ Dor transitória, pois acaba incomodando o tecido 
periférico ao ser lesado gerando dor periférica 
semelhante a nociceptiva, mas a diferença é que ela 
possui aumento da sensibilidade a dor não aonde foi 
lesado, mas próximo da onde foi. 
 
 
• DOR NEUROPÁTICA 
➠ Devido a resposta inflamatória mais 
extensa do que a lesão tecidual envolvendo 
a área ao redor – dor ao redor da lesão 
para processo crônico gerando Dor 
Neuropática. 
➠ Envolve lesão do SNC, podendo ser periférica 
quando não há estímulos do receptor, mas há lesão 
do nervo mantendo o processo álgico (em 
estímulos potencialmente dolorosos são muito mais 
amplificados); Lesão de coluna ou cérebro. Na 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 4 
 
maioria das vezes o paciente evolui sem dor, mas 
eventualmente pode ocorrer processo de dor 
generalizado, como por exemplo, a Fibromialgia. 
➠ Essa lesão neuropática pode gerar 
↪ DOR CRÔNICA – de difícil tratamento 
(sensação desagradável) 
∴ EXEMPLO: NEFROPATIA DIABÉTICA– 
gera formigamento e sensação contínua 
de queimação). 
∴ EXEMPLO: DOR DO MEMBRO 
FANTASMA: Quando ocorre lesão 
(principalmente quando traumática), mas 
no processo de cicatrização daquele 
nervo forma-se um granuloma que 
continua desencadeando potencial de 
ação como se estivesse vindo do 
receptor, que no caso não existe. 
É uma dor mal localizada, não é pulsátil, 
é de queimação (receptores térmicos) e 
de difícil diagnóstico, pois pode achar 
que é ‘psicológico’. 
Por isso, o tratamento é cirúrgico, a fim 
de retirar o granuloma ou tratar com 
medicamento que inibe a dor por 
transmissão sináptica (inibição dos canais 
de Sódio ou Cálcio) para inibir a dor. 
∴ Inibidores de Canal de Cálcio: 
Galapetina, Pré-Gabalina. 
 ∴ Inibidores de Canal de Sódio: 
Carbamazepina. 
Para tratar esse tipo de dor é necessário pela 
transdução (inativação canais de Cálcio e Sódio) ou 
aumentando os mecanismos que inibem a dor no 
cérebro, como os Antidepressivos. 
 
 
➠ FUNCIONAMENTO: 
↪ Após lesão ocorre o estímulo gerando dor 
aguda que irá liberar, no local da lesão, Bradicinina 
que irá gerar processo inflamatório estimulando 
processo de dor. 
A Bradicinina se une ao processo de degradação 
permeando uma extensão periférica de onde teve 
a lesão, e assim, se estendendo um pouco mais e 
estimulando as fibras do tipo C, e diminuindo a 
atividade da substância P de histamina, e o aumento 
da atividade inflamatória Perilesional. 
Posteriormente, ocorre o processo inflamatório, 
menor, devido a liberação de Prostaglandina e 
bradicinina que estimulam o nervo. 
Esse é o funcionamento a fibra/dor crônica, para 
que haja lembrança da dor, a fim de que, continue 
cuidando do ferimento (devido à lesão periférica). 
RESUMINDO.... A Bradicinina estimula os 
receptores 5-HT, Serotonina, Prostaglandina e abri 
as fibras C (lentas) e todo esse processo irá gerar 
Histaminas e estimular fibras lentas. 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 5 
 
 
∴ Modulação 
• Regula a intensidade da dor 
• Utiliza associação de fibras C e A 
• Receptores nos Corno Posterior (no H 
medular há lâminas de I a V) 
➠ As fibras A delta vão para lâminas I, I I (e V) 
➠ As fibras A beta (toque) vão para lâminas I I I e 
IV (e V) 
➠ As fibras C vão para lâminas I, I I (e V) 
∴ A lâmina V é uma ÁREA COMUM, que é excitada 
por todas elas, ou seja, uma área difusa. 
As fibras C estimulam e regulam junto com a 
sensibilidade tátil, e por isso que o toque perto de 
uma área de dor melhora, pois a informação chega 
mais rápida e inibe as fibras lentas. 
EXEMPLO: Em uma pancada, na fase aguda – se 
apertar do lado também irá doer, pois é uma área 
difusa. 
Esse processo é mantido nessa região, pois ela 
estimula receptores NMDA-R e AMP-R, que são 
bloqueados pelo Magnésio, mas em processos 
inflamatórios há quebro do magnésio e, ao tirá-lo 
abrem os receptores NMDA-R e AMP-R do corno 
posterior da coluna e, ocorre influxo de sódio 
iniciando mecanismo de dor crônica. 
Um dos tratamentos para dor crônica também é 
reposição de Magnésio Bitolado /Sulfato, pois 
inibem esses receptores e assim, a dor crônica 
também. 
Todas as fibras agirão sobre a Lâmina V, que ao 
receber faz modulação, pois ao receber a aguda 
novamente, de uma informação que já está indo 
para via crônica, a medula entende que já avisou a 
dor aguda e que está chegando a crônica (lenta), 
por isso há atenuação da dor. 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 6 
 
➠ 
➠ SOMATOTOPIA: 
↪ Região Medial – perna 
↪ Região Lateral - braço 
↪ Como na imagem, de medial para lateral há braço, 
tronco e perna, pois quanto mais próxima da 
substância cinzenta terá mais membros superiores; 
Enquanto mais distante membros inferiores. 
 
 
✤TEORIA DAS COMPORTAS: 
- A fibra C não excita direto, ela faz uma 
sinapse no Inter neurônio que projeta para o 
Sistema Anterolateral (sistema de dor). A 
fibra de dor crônica (C) precisa ter conexão 
(sinapse modular), já que, não vai direto, 
- As fibras de dor aguda e de toque vão 
direto como possuem excitação de ponto 
direto conseguem inibir a dor crônica, por 
isso Teoria dasComportas, ou seja, o que 
vai mandar dor crônica, para o cérebro é o 
Sistema Anterolateral da dor que cruza para 
o Trato Espinotalâmico Lateral (inclusive a 
dor lenta e crônica) e vai mandar a 
informação. 
Quando há estímulo tátil ou de dor aguda há 
inibição da dor crônica, pois a fibra da 
oprimeira é mais rápida e se conecta ao 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 7 
 
inter neurônio para avisar ao Trato 
Espinotalâmico Lateral e ocorre inibição da 
dor crônica (só presente se houver ausência 
de fibra rápida que ela) 
- A Teoria das Comportas possui esse 
nome, pois apenas uma coisa passa por vez, 
e nesse caso, quem passa mais rápido é a 
informação mais rápida, inibindo a crônica 
que é mais lenta. Há dois mecanismos de 
comportas tanto no cérebro como na 
medula, justamente para modular esse tipo 
de dor, pois a crônica é boa, mas atrapalha 
se durar muito. 
- O cérebro possui dois mecanismos de dor, 
um é o W I N D UP, que é quando a dor 
crônica se torna extremamente excitável 
por não ter magnésio para inibir os 
receptores NMDA-R na parte posterior e a 
Teoria das Comportas. 
A Teoria das Comportas falha quando o 
estímulo é muito grande a ponto de 
bloquear a via aguda e manter apenas a 
crônica, pois ela é auto excitável. Essa teoria 
modula a dor, e a Teoria de Wind UP 
amplifica a dor pela falha da primeira teoria 
(comuns em pacientes mais velhos); Mas 
em uma pessoa normal, sem 
comprometimento crônico, a primeira teoria 
funciona normalmente. 
 
∴ Transmissão 
• VIA ASCENDENTE: (excitatória): 
↪ Maneira pela qual a informação chegará à 
Coluna e fará sinapse. 
↪ A dor vai ser transmitida pelos Tratos 
Espinotalâmico Anterior e Lateral, sendo 
esse último mais usado, já que, o primeiro 
não costuma levar informação de dor, mas 
eventualmente leva informação de tato e 
ela pode se transformar em dor. 
Esses Tratos Espinotalâmico Anterior e 
Lateral seguem o mesmo trajeto (A alfa e 
C- mais lenta), e ao estimular leva 
informação de dor pelo Lateral. Logo 
encontra com a fibra mielinizada e 
posteriormente, a central. (possui A afla e C 
também). No mesmo trajeto, se dá o 
Sistema Anterolateral que vai para a 
formação reticular e ativa o cérebro com 
relação a dor (com processo álgico, o 
cérebro acorda) e ativa a substância 
cinzenta periaquedutal (no colículo superior), 
importante na regulação descendente da 
dor. 
Depois, se divide em Paleoespinotalâmico e 
Neoespinotalaâmico e ambos vão ao 
Tálamo, principalmente no ventre 
posterolateral, em sequência o 
Paleoespinotalâmico vai para o Sistema 
Líbico criando a memória de dor (aqui que 
funciona a dor crônica cerebral), e o 
Neoespinotalâmico vai para o Córtex. 
 
# Há dois tipos de vias no córtex, que irão 
ativar de maneira diferente o córtex devido 
ao Sistema Límbico e Reticular. 
∴ Sensorio-Discriminativa  Sistema 
Lateral, de dor aguda., vai na área 
discriminativa da dor e nos sistemas medial 
(Giro do Cíngulo Medial) e posterior 
(Sensação de sofrimento, desagradável – 
ativa Sistema Límbico), principalmente 
nesse último. 
∴ Afetiva-Motivacional  Sistema Medial, 
de dor crônica. 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 8 
 
 
 
 
 
➠ Modulação Central 
• Gera via descendente que ativa substância na 
Lâmina I I; Quando a informação chega, a 
informação reticular ativa a substância cinzenta 
periaquedutal que ativa o córtex, que ativa o 
Sistema Límbico, que, ao mesmo tempo, ativa 
o hipotálamo e a partir daí tudo é mandado de 
volta; tanto vai quanto volta. 
** O Sistema límbico pode inibir a Substância 
periaquedutal ou aumentar; A informação 
reticular da mesma maneira pode inibir ou 
estimular mais a via. 
∴ EM SITUAÇÃO DE PERIGO – não se 
sente dor, pois o Sistema Límbico manda 
informação para substância cinzenta 
periaquedutal para aumentar a inibição da 
dor; Da mesma maneira, o hipotálamo 
manda informação para o Sistema Reticular 
inibir o Trato Espinotalâmico Lateral e assim, 
mesmo que a informação chegue ele estará 
inibido por modulações centrais. 
• A dor Aguda vai para o Córtex Sensorial, e 
quem irá definir se é dor ou não é o Sistema 
Medial, pois a dor é, em sua maioria, 
desagradável (mas é a via afetivo-motivacional 
que define se é boa ou ruim – a fim de gerar 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 9 
 
sofrimento  EX: Masoquismo a dor é visto 
como algo bom; Apertar os seios é dolorido, 
mas quando ocorre a mesma coisa na 
Amamentação a informação passa a ser 
interpretada como bom); A formação reticular 
é importante, pois ela manda informação para 
os núcleos da rafe, e eles produzem três tipos 
de substâncias (Endorfinas, Encefalinas e 
Dnorfinas – OPIOIDES endógenos), que 
estimulam a diminuição do influxo de cálcio 
passando menos neurotransmissores e assim, 
diminuindo a resposta excitatória 
Ela faz isso se ligando nos receptores do tipo K, 
Delta e esses receptores ao se ligarem nos 
canais de cálcio aumentam o efluxo tornando a 
célula mais hiperpolarizada, diminuindo a 
respostas, ininbindo assim, tanto o efeito pré-
sinápitco quando o pós-sináptico. 
 
 
• VIA DESCENDENTE: 
↪ Quando o Sistema Límbico percebe a 
dor ele manda para a substância cinzenta 
periaquedutal que também produz inibição 
da dor e manda uma via descendente direto 
no corno Posterior inibindo a fibra de dor 
crônica; Então a via regulatória 
descendente da dor é inibitória a dor, e a 
ascendente é uma via excitatória a dor, 
ambas trabalham de maneira síncrona para 
gerar regularidade e modular a dor. 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 10 
 
Os núcleos da rafe ficam próximos do Locus 
Ceruleus (Ponte)e são importantes para 
produção de Serotonina (em Locus 
Ceruleus) e noradrenalina para regularizarem 
a dor, e assim, acabam estimulando a 
produção de opioides endógenos, que vão 
fazer a via inibitória descendente da dor, 
mas também acaba interferindo na via 
ascendente inibindo que ela continue 
subindo. 
A substância cinzenta periaquedutal fica do 
lado do aqueduto do Mesencéfalo, no 
Mesencéfalo. 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 11 
 
 
∴ Percepção 
• Se dá, principalmente, no Giro Pós-Central (área 
sensitiva) que é a área discriminativa enquanto 
tem-se a interpretação da dor no Sistema Límbico, 
• CIRCUITO DA DOR: 
 ↪ Estímulo Tátil  Gânglio Dorsal  
Núcleo Vento Póstero Lateral do Tálamo  
Área de Percepção Discriminativa da dor. 
** é importante saber que em todo esse 
processo de dor há via ascendente e 
descendente e há opioides endógenos 
regulando a dor, os núcleos da rafes 
(importantes para Serotonina e Noradrenalina 
no controle da dor) e a Teoria das Comportas 
auxilia no processo de inibição na medula da 
dor crônica fazendo com que as dores da via 
aguda – mais rápida – seja mais importante.. 
 
 
 
 
∴ Caso Clínico 
• Um paciente de 42 anos, sexo masculino, 
pedreiro chega ao consultório reclamando de 
dor com irradiação para membro inferior 
direito na face posterior da perna; Refere-se a 
dor há mais de 2 anos com piora progressiva 
nos últimos meses.. 
RESOLUÇÃO... 
- Processo crônico de compressão da via 
periférica que mantém a via crônica de 
dor; Apresenta hérnia grande na transição 
da L5 para S1, que está comprimindo o 
nervo – gera essa dor. 
- O processo crônico de dor: tem-se 
hérnia comprimindo nervo e ao comprimir 
manda informação a coluna do que está 
vindo da perna, o processo degenerativo 
da coluna gera processo álgico; Lembrar 
que a via Crônica tem que se perdurar por 
mais tempo e tem que ter um processo 
inflamatório por tempo maior, pois quando 
é curto é dor aguda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 12 
 
Neurofisiologia 
LINGUAGEM 
∴ GeraL
• DEFINIÇÃO: é capacidade que a espécie tem 
em reconhecer palavras (mecanismo de 
comunicação) e de expressaras suas ideias 
através da mesma forma, ou seja, não só capaz 
de reconhecer mas de se expressar. 
Quando se diz linguagem, não é apenas a 
linguagem falada, pode-se escrever, falar, se 
expressar através do corpo (movimento) e 
pode-se perceber palavras como por exemplo o 
braille, que ao passar a mão sente-se com o 
dedo e gera um processo de entendimento 
(funções superiores do cérebro - junção das 
vias sensitivas com as motoras para interagir 
com o meio, uma vez que a função do sistema 
nervoso central é interagir com o meio externo). 
A linguagem não é exclusiva pelos seres 
humanos mas ela é aprimorada e evoluída por 
eles, então a linguagem é um método de 
comunicação que as espécies utilizaram para 
poderem se relacionar, por isso ela utiliza todos 
os sentidos para essa comunicação 
∴ Idioma 
• A linguagem é diferente do idioma, porque o 
idioma é uma característica da linguagem, 
específica para cada cultura. A linguagem é 
geral, todo ser humano é capaz de desenvolver 
um tipo dela. Os idiomas são muito variáveis e 
dependem de elementos culturais, porque 
dependendo da cultura é possível estimular 
fonemas diferentes. 
Toda linguagem hoje tem a modalidade falada, 
não necessariamente com som mas tem a 
modalidade expressa (falas, desenhos, mímicas 
etc.) mas nem toda modalidade é escrita. Por 
exemplo: uma criança de 2 anos consegue falar 
mas não consegue escrever, por isso ela 
consegue utilizar a linguagem mas não todos os 
seus critérios. Existe também em ilhas afastadas 
(ou idiomas mais antigos), o idioma só é falado 
pelo fato de que, por não terem conseguido 
desenvolver a escrita, desenvolveram outro 
método de armazenamento. 
∴ Fala 
• A fala, por sua vez, é um componente 
biológico inato do ser humano, uma vez que 
todos têm a capacidade de falar. Ela não é 
exclusiva dos seres humanos, mas ela é 
sofisticada por eles, e isso se deve devido a uma 
característica da formação acústica da boca e a 
fisiologia sonora (características exclusivas dos 
seres humanos) (golfinhos conseguem se 
comunicar por sons mais simples mas não são 
palavras, são gritos como sinal de alerta ou 
reprodução, por exemplo. Além disso, mesmo 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 13 
 
em grupos diferentes, se um gritar o outro 
entende) 
• A capacidade de falar envolve um componente 
psicomotor–sensitiva, sendo um processo 
complexo (propriocepção perfeita e 
conhecimento da semântica). A fala se deve a 
algumas características como o tamanho de 
traquéia e laringe (compridas e largas), presença 
de corda vocal com micro musculaturas 
(aritenóide, omohioide, estilo-hióide resumindo 
toda a musculatura que tem na laringe e na 
traqueia) e as pregas vocais que se modificam 
abrindo e fechando funcionando como uma 
flauta, um instrumento de sopro. 
Por isso, nossa voz nada mais é do que um 
instrumento de sopro que pra ela sair do jeito 
que deve sair é necessário quatro características 
principais: 
➠ 1. ATUADOR: Método ou instrumento de 
sopro que no caso dos seres humanos é o 
pulmão. Tem-se uma caixa grande que é o 
pulmão (Caixa pulmonar) que utiliza outros 
elementos como a traquéia, a laringe, a boca, 
a cavidade oral e os movimentos da 
musculatura. É o momento de sopro (voz). 
➠ 2. VIBRADOR: Age antes da ressonância 
e, ao vibrar, ele permite a característica de o 
ser humano ouvir a própria voz (ressonância) 
antes dela sair. Osso acontece através do 
ângulo da mandíbula que vai até a mastóide e, 
nesse ponto de ligação, o som sai antes da 
voz sair, isso acontece para que o cérebro 
possa corrigir esse movimento nos 
moduladores que seria a boca (órgão que 
ajuda na modulação do som). 
➠ 3. RESSONADOR: O aparelho que ressoa 
o som e amplifica o som, melhorando-o, uma 
vez que ele chega ao ouvido e tem como 
escutá-lo durante a ressonância. É um 
instrumento que emite som, e todo som 
depende da alteração das propagação das 
ondas sonoras, que são ondas vibratórias que 
vibram e gera o som. Por isso todo o sistema 
sonoro tem que ter um vibrador, um 
ressonador e uma caixa. 
➠ 4. ATUADOR: Para modular a voz usa-se 
os músculos articuladores emitindo som com 
diferenças. A voz em si exige que os 4 
elementos estejam funcionando de forma 
síncrona. O atuador manda pro vibrador, que 
manda pro ressonador, que manda pro 
articulador que, ao perceber esses 
movimentos e escutar a voz, processa-se a 
linguagem antes e checa para ver se o que 
foi processado foi falado daquela forma. 
 
∴ Escrita 
• A linguagem escrita é mais complexa porque 
ela envolve idiomas então ela não é 
simplesmente falada, não é só som, e é uma 
construção cultural. Às vezes a mesma frase ela 
é falada e desenvolvida de formas complexas e 
diferentes. Exemplo: eu gosto disso, i like it, je 
l’aime, ich mag das… são falados de formas 
diferentes, mas significam a mesma coisa. A 
linguagem é universal, mas o idioma não. 
Consiste em converter a imagem na fala, por 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 14 
 
exemplo, colocar uma foto fazendo joinha todos 
entendem que a pessoa gostou. 
• Todo processo de linguagem ele envolve o 
complemento sensorial motor (compreensão e 
expressão). O sistema sensorial é o que a gente 
vê, é a compreensão que pode ser visual, 
auditiva, tátil. Já a expressão é a capacidade de 
se comunicar de forma motora que é a fala, 
movimento a boca, movimento das cordas 
vocais, ela é escrita - movimento da mão, são 
sinais. Então, ao se comunicar, alguém está se 
expressando e alguém está compreendendo e 
essa é a principal eficiencia da linguagem, quando 
não se tem essa característica não tem 
linguagem. 
• A linguagem mas expressa no mundo é uma 
linguagem que não é compreensível, é a 
linguagem binária, porque simultaneamente 
todos os computadores estão se comunicando 
em 010101, mas o fato das pessoas não 
compreenderem se torna um sistema pouco 
utilizável no ponto de vista prático porque ela é 
incompreensível. 
 
 
 
∴ Etapas da linguagem 
➠ 3 MESES: o ser humano balbucia e esse 
balbuciar é extremamente importante porque 
a criança está aprendendo, de forma motora, 
como utilizar seu aparelho de voz (atuador, 
ressonador, vibrador, modulador {músculos 
articuladores}). Aprende a coordenar o seu 
movimento de fala. 
➠ 9 MESES: a criança consegue a repetir 
palavras complexas (ex:papai, mamãe- papa, 
mama), mas não tem vocabulário, apenas 
repete. Não tem um aprendizado semântico, 
está começando a desenvolver. 
➠ 12-18 MESES: a criança consegue falar 
palavras mais complexas mas palavras simples 
(ex:comida, papai, mamãe, escola), mas não 
há formação de frases. Começa a ter um 
desenvolvimento semântico. 
➠ 18-24 MESES: a criança tem um aumento 
do vocabulário (300 /400 palavras de 
conhecimento), começando a montar frases 
simples pelo conhecimento semântico 
moderado (ex: quero mama, quero papa). Usa 
toda a conjunção de sujeito, verbo, adjetivo 
entendendo que há complementos maiores. 
➠ 2-3 ANOS: a criança tem um aumento 
muito grande no aprendizado semântico, 
podendo ter o vocabulário de até 1000 
palavras. Forma frases confusas por não ter 
tanto convívio social mas pega uma palavra 
ou outra de uma forma muito interessante. 
➠ >3 ANOS: o desenvolvimento é muito 
maior, a criança tem um vocabulário amplo, a 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 15 
 
partir desse momento o conhecimento por 
palavras é exponencial chegando na 
adolescência com um conhecimento de mais 
de dezenas de mil palavras, sabendo 
empregá-las. Começa a ser mais pragmático, 
que é quando ele começa a saber 
como/onde deve utilizar as palavras. Emprego 
das palavras é bem mais complexo. 
• Até os 2 anos a capacidade de absorção é 
muito maior, quanto mais velho essa capacidade 
vai diminuindo porque o conhecimento atrapalha 
o processo de absorção de informação.EX: se trazer uma criança japonesa, que acabou 
de nascer, pro brasil, ela vai conseguir falar aquilo 
que os japoneses têm dificuldade (L, R), mas a 
partir dos 2 anos se ela só escutar os fonemas 
mais simples ela para de treinar, e por não fixar 
aqueles fonemas diferentes ela pode perdê-los. 
Além disso, quanto mais conhecimento 
(informação), mais vias está criando e maior a 
chance de confundir o cérebro, e para eliminar 
o processo de confusão tem que usar um 
mecanismo mais complexo de aprendizado, que 
envolve mais vias (EX: videos, imagens e 
palavras - aulas do Renatinho). 
• Crianças que são bilíngues têm mais facilidade 
de aprender outros idiomas. O primeiro idioma 
vai pra linguagem mãe, e o segundo vai para 
linguagem secundária. Pessoa bilíngue que tem 
AVC na área da fala não vai ter dificuldade de 
falar, mas ela vai confundir os idiomas. 
 
∴ Momentos da linguagem – métodos 
de aprendizado 
➠ 1. FONÉTICO: A criança aprende a emitir 
sons, aprendizado dos sons (ex: ba – bé – bi 
– bo – bu) 
➠ 2. SEMÂNTICO: Junta as sílabas e atribui 
um valor e um sentido, isso é bom para fazer 
associações. Atribuir valor/sentido para as 
coisas, bom pra fazer associação (ex: cadeira 
– imagem da cadeira). 
➠ 3. PAGMÁTICO: Uso social. Adquire-se o 
saber de como empregar as frases num 
contexto social. Ex: que dia bonito. 
 
 
➠ 4. GRAMATICAL: Começa-se a adequar o 
conhecimento com as regras da linguagem de 
tanto escutar alguém falar. Ex: a gente estamos 
felizes → nós estamos felizes.. 
∴ Processo da Linguagem 
➠ LINGUAGEM MOTORA: Pierre Paul Broca 
(1861) - Paciente que se chamava Thai, possuía 
esse nome por repetir várias vezes THAI THAI 
que, ao morrer, ele estudou esse paciente e 
descobriu que ele tinha uma lesão no giro frontal 
inferior perto da parte opercular do lado do 
hemisfério esquerdo. Após pegar para estudar 
vários cérebros de pessoas que tinham 
problema de fala, ele concluiu que o hemisfério 
esquerdo é o hemisfério da fala (‚nos falamos 
pelo hemisfério esquerdo‛). 
Depois de muitos estudos conclui-se que 96% 
dos destros tem o lado esquerdo como 
dominante e 70% dos canhotos tem o lado 
esquerdo como dominante. No caso dos destros 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 16 
 
4% hemisfério direitos e, no casos dos canhotos, 
em média 14% bilateral (atende os dois lados) e 
16% do lado esquerdo. Ou seja, mesmo os 
canhotos tendo um discreto aumento aos destro 
em relação do hemisfério dominante, ainda 
assim o lado esquerdo ainda é o dominante 
(hemisfério esquerdo: hemisfério da fala). 
A área de broca (anterior a área motora 
primária – Lobo Frontal Esquerda– EXPRESSÃO 
da linguagem falada, ou seja, as palavras a serem 
pronunciadas serão formadas), essa área do 
hemisfério direito auxilia na linguagem, mas não 
faz parte do planejamento motor. Por isso que 
quando o paciente apresenta isquemia do lado 
direito ele fala com a voz empastada, chamado 
de disartria.. 
** ESQUERDO – responsável pelo pensamento 
lógico  controla os movimentos do lado direito. 
** DIREITO – responsável pela criatividade  
controla os movimentos do lado esquerdo. 
 
 
 
➠LINGUAGEM DE COMPREENSÃO: 
Karl Wernicke percebeu que não havia só essa 
área porque avaliou outras pessoas e percebeu 
que próximo do giro angular e do giro 
supramarginal quando tinha lesão na área de 
Wernicke à esquerda, as pessoas apresentavam 
dificuldade de fala, mas era uma dificuldade de 
fala diferente, eles conseguiam falar, mas não 
havia semântica. Por isso conclui-se que existia 2 
áreas da fala, a primeira área ficou conhecida 
como área de broca (área motora) e a segunda 
área de wernicke (área de compreensão) 
Área associativa auditiva – 
compreensão/interpretação da linguagem falada, 
Giro Angular – transforma as palavras ouvidas, 
lidas e tateadas em um único código de 
linguagem. 
 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 17 
 
 
 
∴ Processamento da linguagem 
• Composto por input (via ventral) e output (via 
dorsal). 
➠VIA VENTRAL: Analisa o som; Determina a 
origem; Identifica o som e reconhece a 
palavra com o léxico disponível; Dá forma a 
palavra combinando elementos para gerar a 
estrutura 
➠VIA DORSLAL: Articula as palavras; Traduz 
a informação auditiva em motora. 
∴ Circuito da Fala 
• Apresenta-se um complexo sistema de 
linguagem, um complexo sistema de fala e todas 
essas áreas são unificadas. 
 
• O sistema de linguagem funciona 
primeiramente com a área da audição (área 
primária da audição) que processa as 
frequências no giro de Heschl, uma vez que 
primeiro deve-se escutar  O giro de Heschl 
passa para a segunda área (transição entre ela e 
a área de wernicke - que faz a compreensão, 
pega as frequências e tenta converter em 
palavra) da audição que fica no giro temporal 
transverso, que é a segunda área auditiva que 
passa para a  Área de wernicke (local que 
processa a linguagem ouvida e a linguagem 
vista). 
A visão (quando se vê uma palavra, um 
gesto,uma intenção) manda para a Área de 
Wernicke para tentar processar aquele tipo de 
linguagem, então a leitura também está 
relacionada com a Área de Wernicke (por isso 
que pacientes com lesão na área de wernicke 
apresentam dificuldade em ler, entendem as 
palavras mas não conseguem associar da 
mesma forma que não conseguem escutar). 
Nessas duas áreas, que são áreas de 
compreensão, uma vez que toda linguagem 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 18 
 
deve-se ter uma compreensão e expressão ela 
deve projetar uma linguagem compreendida 
para a  Área de broca. A Área de broca 
(giro frontal superior da área opercular) vai 
processar o que foi ouvido ou visto e que venha 
de informação da área de wernicke e mandar 
para a  área motora (giro pré central) 
pegando a área da mão (quando for escrita) e a 
área do rosto (quando for falada), simplesmente 
para poder falar, e ao falar vai mandar toda essa 
informação para os devidos músculos que são 
responsáveis, pegando o trato corte espinal e 
trato córtico nuclear, mandando para os núcleos 
da fala (núcleo do facial, núcleo do trigêmeo, 
núcleo do vago, núcleo do hipoglosso) para 
auxiliar no processo de fala (tendo contração da 
caixa torácica, saída do ar pelas brânquias e 
laringe, contração e relaxamento das cordas 
vocais, controle da musculatura da língua, 
musculatura da boca) e depois todo um evento 
de expulsar o ar para sair o som. 
 
 
∴ Distúrbios de fala 
➠AFASIA: Comprometimento da fala 
➠AFONIA: Dificuldade de emitir sons 
➠DISFASIA: Comprometimento na fala 
➠DISARTRIA: Dificuldade de articular a boca 
para falar 
• AFASIA DE BROCA (expressão): 
↪ Lesão na área de Broca (no Lobo Frontal 
região posterior, inferior em hemisfério 
dominante para linguagem – hemisf. 
Esquerdo); 
↪ Compreensão preservada, mas a 
capacidade de formação da palavra pode ficar 
prejudicada, pois tem-se capacidade em falar, 
mas é uma capacidade não fluente, não 
consegue-se montar um sistema de 
linguagem.. 
↪ Campo visual preservado 
↪ Apresenta a fala empastada 
↪ Comprometimento da Artéria Cerebral 
média divisão superior. 
 
• AFASIA DE WERNICKE (compreensão): 
↪ O paciente é incapaz de compreender, ele 
não tem a linguagem mas ele fala; Ele fala 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 19 
 
fluentemente (‘aflasia fluente’), mas pode falar 
de forma incoerente, sem perceber, e usar 
palavras que não fazem sentido achando que 
estão corretas (parafasias), e essas palavras 
podem nem existir. Não há lógica 
(comprometimento da compreensão oral e 
escrita) 
↪ Geralmente, ocorre mais posteriormente 
no hemisfério esquerdo (giro superior ou 
posterior do lobo temporal esquerdo), locais 
responsáveis pela recepção da linguagem, ou 
seja, compreensão. – próximoao córtex 
auditivo primário. 
↪ Comprometimento da Artéria Cerebral 
média divisão inferior. 
↪ Pode apresentar Quadrantopsia superior e 
hemianopsia. 
 
 
• AFASIA DE CONDUCAO: 
↪ O paciente não consegue conectar a área 
de wernicke com a área de broca. (Lesão 
nos feixes arqueados entre essas duas áreas) 
– tipicamente no Lobo Parietal Inferior (local 
de nomeação de objetos).. 
↪ Lesão na Artéria Cerebral Média na 
bifurcação. 
↪ O paciente não consegue repetir o que foi 
falado. Mas ele entende e fala, porém é 
incapaz de reproduzir o que você falou, por 
isso ele muda a frase, mas mantém o sentido 
(compreensão e fluência preservadas) 
↪ Realização de Parafasias.. 
 
• AFASIA GLOBAL: 
↪ Incapacidade de falar (Fala não fluente), de 
entender – compreensão oral e escrital 
alteradas. - e incapacidade de nomear e 
repetir. 
↪ Lesão que envolve as áreas de Broca à 
Wernicke. 
↪ Comprometimento da Artéria Cerebral 
Média antes da ramificação. 
 
 
• AFASIA NOMINATIVA: 
↪ Pessoa vê um objeto e acaba chamando-o 
pela via ventral e não pela dorsal, por isso ele 
não consegue dar nome pro objeto (não 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 20 
 
comunica com a área de wernicke). 
Ele sabe o que que é, entende mas não 
consegue dar nome. 
• AFASIA DE BROCA NO HEMISFERIO DIREITO OU NO 
HEMISFERIO NAO DOMINANTE: fala com uma 
disartria. 
•AFASIA SENSORIAL: 
↪ Lesão na área de Wernicke, e com isso o 
paciente não compreende, mas ele fala; não 
conseguem repetir frases simples. 
• DISLEXIA: 
↪ Dificuldade da conversão da imagem, déficit 
de leitura. O paciente compreende a fala 
normalmente é só uma dificuldade de 
conversão da imagem para área de wernicke 
(não consegue associar letras e sons) 
↪ Dificuldade de encadear as letras e formar 
palavras – troca a ordem de algumas letras, 
principais as que são parecidas, ao ler (fala 
prejudicada) e escrever. 
• DISGRAFIA: 
↪ Dificuldade no período de escrita, ela vê e 
manda mas não consegue processar de forma 
adequada pro giro pré-central, por isso não vai 
direito pra área de broca pro giro pré-central, 
nem da área de wernicke pro giro-pré central. 
Por isso dificuldade de escrita, ao escrever a 
pessoa esquece da palavra. (lentidão – 
velocidade motora lenta) 
• SINDROME DE GERSTMANN: 
↪ Envolve o giro angular (Lobo Parietal 
próximo ao Lobo Temporal) do hemisfério 
dominante  Evolui com Acalculia 
(dificuldade/incapacidade de fazer cálculos 
matemáticos); agrafia (dificuldade/incapacidade 
de escrever); Agnosia digital (incapacidade de 
reconhecer os dedos da mão) e Desorientação 
em relação a direita-esquerda (comum em 
mulheres). 
↪ Lesão do giro angular no hemisfério não 
dominante: discreta agrafia e heminegligência. 
 
 
 
 
RESUMINHO... 
➼ AFASIAS FLUENTES EM LESÕES 
POSTERIORES AO SULCO CENTRAL: 
✤Afasia de Wernicke 
✤Afasia de Condução 
➼ AFASIAS NÃO FLUENTES EM LESÕES 
POSTERIORES AO SULCO CENTRAL: 
✤Afasia de Broca 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 21 
 
✤Afasia de Global 
 
RESUMINHO... 
➼ LOBO TEMPORAL- armazena novas palavras 
e recupera as que já foram armazenadas. 
➼ LOBO PARIETAL – processamento mais 
analítico. 
➼ LOBO FRONTAL – função sintetizadora, 
responsável pela compreensão e expressão. 
~a linguagem está lateralizada no hemisfério 
esquerdo. 
 
 
 
~ CASO CLÍNICO 
 Paciente de 32 anos, sexo masculino deu 
entrada no hospital após um evento súbito de 
perda da consciência dificuldade de fala, 
dificuldade de emitir sons (lesão na área de 
broca) 
- o paciente apresentava um AVC 
isquêmico (da pra notar na ressonância) 
no giro frontal inferior (área de broca) 
- paciente apresenta afasia de broca 
 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 22 
 
 
Neurofisiologia 
Aprendizado e memória 
• A capacidade de memória é um 
processo cognitivo que permite a 
capacidade de integrar, mas 
principalmente aprender, reter e 
recuperar informações. Não serve 
simplesmente ver a informação, precisa 
reter e saber recuperar. 
• Dependendo do tipo de memória, o 
tempo de recuperação é diferente. 
Existem as memórias de muito curto 
prazo (momentâneas), as memórias de 
trabalho (pouco tempo), as memórias de 
longo prazo e as memórias remotas 
(dura anos). O mecanismo com o qual a 
memória foi armazenada e o motivo 
desse armazenamento interferem no 
tempo de recuperação. 
• APRENDIZADO é a aquisição de novas 
informações e MEMÓRIA é a retenção 
das informações aprendidas para poder 
recuperá-las mais tardiamente. 
 
➠ PROCESSO DE MEMÓRIA: 
AQUISIÇÃO + RETENÇÃO + 
RECORDAÇÃO. 
 
∴ Memória Sensorial 
• Toda memória é necessariamente 
oriunda de um estímulo sensorial. Para 
interagir com o meio externo, 
precisamos percebê-lo. 
• Chamada de memória dos sentidos. 
• Armazenamento curto, de 0,1 a 2 
segundos. E depois se perde 
➼ Para ser retida, precisa ser 
processada e reestimulada. 
➼ Repetição da memória  
Informações não repetidas são 
perdidas. A memória de curto 
prazo repetida se torno de longo 
prazo. 
 
∴ Memória de Curto Prazo 
• A memória sensitiva também é de 
curto prazo, mas ela é mais de ação, 
responsável pelo segundo momento. 
• Pode durar cerca de 15 a 30 segundos. 
• Enquanto estiver trabalhando em um 
processo, sua memória ficará retida. 
➼ EX: enquanto você está 
discando o telefone de alguém 
você lembra os números, mas 
depois que parar/não estimular 
essa via, ela é perdida e não retida. 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 23 
 
O principal órgão envolvido é o 
hipocampo. 
 
• Se a memória não for reestimulada 
em curto período, seu esquecimento é 
progressivo. 
• Se a memória for estimulada dentro de 
segundos, a retenção vai ser maior. 
Quanto mais tempo demorar para 
recuperar a memória, mais ela se perde. 
 
 
➠PROCESSO 
• A aquisição sensorial (visual ou 
auditivo) acontece e quanto maior os 
estímulos sensoriais pelos quais ela 
vier, maior a retenção. 
➼ EX: ver e ouvir o número é 
mais fácil de reter do que só ouvir 
ou só ver. 
 
 
 
∴ Memória de Longo Prazo 
• Depende de um estímulo recorrente e 
precisa ser recordada com frequência. 
• A memória de curto prazo se fixa 
apenas no momento de trabalho, é um 
período curto. A de longo prazo é mais 
fixada quanto mais vias forem criadas 
para ela e quanto mais for recordada e 
recuperada. 
• O envolvimento emocional facilita a 
fixação; Ao passar pela amigdala (sistema 
límbico), a memória fica fixada com mais 
força e um único evento pode fazê-la 
ser bem fixada. 
• Consolidação de 5 minutos a 1 hora. 
• Podem ser consideradas declarativas 
ou não declarativas. 
✔ DECLARATIVAS (explícitas): 
são mais discriminativas. Envolve 
uma situação e é muito mais 
descritiva. 
✔ NÃO DECLARATIVAS 
(implícitas): maior processo envolve 
comportamentos e habilidades, é 
menos descritiva. É mais associada 
ao processo motor; Memória de 
comportamento e habilidades 
(associada a um processo motor: 
procedural – saber ou não saber 
andar de bicicleta – não ´eum 
conteúdo -.) Sendo menos 
descritiva.. 
➼ EX: é saber andar de 
bicicleta, tocar um 
instrumento. 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 24 
 
~ É uma habilidade, não 
é algo para descrever. 
• Eventos para manter a fixação: 
1. CODIFICAÇÃO: codificar o 
estímulo recebido por via 
sensorial; processo no qual a 
informação chega e é traduzida 
em código. 
➼ Sons em palavras; luz 
em imagens, tato em 
formas... 
➼ Transforma em algo 
passível de descrição. 
2. ARMAZENAMENTO: por 
repetição. A informação é 
retida em várias áreas do 
cérebro. Envolve o processo de 
reconhecimento e recordação. 
É importante que essa 
memória seja relacionada a algo 
para fixar melhor. 
➼ Reconhecimento: essa 
memória existe? 
➼ Recordação: remontar 
a memória. 
➼ O cérebro pode 
inventar memórias ao 
reconstruí-las.3. RECUPERAÇÃO: quanto mais 
recuperada, maior o 
armazenamento. 
∴ Tipos de memórias de curto 
prazo 
 
➠ MEMÓRIA IMEDIATA 
• Na maioria das vezes é perdida, é a 
memória daquele momento específico. 
Não teve um estímulo ou importância. 
 
➠ MEMÓRIA DE TRABALHO 
• Curta duração, mantem-se apenas 
durante um trabalho (nome de pessoas, 
telefone etc., são coisas reestimuladas 
enquanto você precisa daquela 
informação).. É esquecida depois que 
para de ser necessária. 
• Dura geralmente de 5 a 10 segundos. 
• Limitada: quando se fala de número, 
ela se limita a cerca de 7 números por 
vez (variando para +2 e -2). 
• O cérebro é capaz de melhorá-la se 
associá-la a outras coisas e quebrá-las 
em partes, sendo assim adaptativa. 
➼ EX: você não fala seu 
número de telefone + número 
do seu país + DDD tudo direto, 
você quebra em partes e associa 
esses números a outras 
informações (como associar o 
+55 ao Brasil ou o 035 a MG). 
• Quando mais quebrada a memória e 
mais fracionada a informação, mais fácil 
de o cérebro armazená-la. 
 
∴ Tipos de memória de Longo Prazo 
➠ MEMÓRIA DESCRITIVA 
• Memória descritiva: nome, data, 
características... 
• Pode ser dividida em: 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 25 
 
✔ EPISÓDICA: memória de um 
episódio (pessoal). É algo seu, não 
é de domínio público. É um evento 
que te envolveu. Você vai 
conseguir descrever esse evento 
associando vários componentes. 
➼ EX: Evento da infância. 
↪Tem maior ligação com o 
sistema límbico e é mais fácil 
de ser associada. 
↪ Por mais que você 
explique e possa descrever, 
ninguém vai criar a mesma 
memória que você se não 
tiver vivido aquilo. 
✔ SEMÂNTICA: conhecimentos 
gerais (conhecimento médico, 
significado das palavras). Menos 
pessoal. É mais geral, são coisas de 
conhecimento mais geral. 
➼ EX: quem descobriu o 
Brasil, capital do Brasil... Se a 
pessoa recebeu essa 
informação alguma vez, ela 
sabe responder. Não precisa 
ter vivido. 
↪ Requer mais repetição. 
 
➠ MEMÓRIA NÃO DESCRITIVA 
• Memória sem registro. É mais implícita. 
• Envolve elementos do sistema límbico. 
↪ Ele guarda que alguma memória 
te faz bem, mas você não 
consegue explicar por que te faz 
bem. 
↪ O fato de gostar ou não gostar 
entra aqui, pois você pode falar o 
que você não gosta, mas não tem 
como descrever porque a pessoa 
não sentiu o que você sentiu. É 
pessoal. 
• Habilidades motoras. 
➼ EX: você não consegue 
descrever como se anda de 
bicicleta, cada um forma por si 
só. Não tem como você explicar 
quanto contrai de fibra, onde 
coloca a mão exatamente. Cada 
um tem que testar e criar sua 
memória. 
↪ É uma memória principalmente 
motora. 
↪ É a memória de procedimento. 
• Não pode ser descrita. 
 
∴ Mecanismos da memória 
 
• Aprendizagem: é o processo de fixar. 
É essencial para a codificação e 
recordação da memória. 
↪ Cada tipo de memória usa um 
mecanismo diferente de 
aprendizado. 
↪ APRENDIZADO NÃO 
ASSOCIATIVO: 
 HABITUAÇÃO - quando 
você está acostumado a 
fazer algo. É um processo 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 26 
 
que ignora estímulos, você 
aprende que aquele 
estímulo não precisa ser 
respondido. 
EX: Quando você sabe que 
toda vez que toca a 
campainha não é para você, 
então você começa a 
ignorar esse estímulo e não 
vai mais até a porta para 
atender. 
 
 SENSITIZAÇÃO - processo 
no qual, mesmo habituado, 
você modifica uma 
percepção a estímulos. É 
uma intensificação de 
estímulos. 
EX: Quando você ignora a 
campainha, mas alguém te 
liga avisando que vai passar 
na sua casa para te ver. 
Sendo assim, você começa 
a ficar mais atento à 
campainha dessa vez, 
mesmo que você esteja 
habituado a ignorá-la e 
atende todas as vezes que 
ela toca. 
 
 EX: Criança quando o amiguinho 
vai na casa – intensifica se 
estímulo à ATENÇÃO de forma 
singular a sua capacidade de 
associar aprendizado ou não). 
 
 
↪ APRENDIZADO ASSOCIATIVO: 
 É condicionado. É o 
aprendizado modificado 
por associações. Muito 
usado em crianças e 
animais. 
 Condicionamento 
clássico/PAVLOV: um 
exemplo é o que se faz 
com animais. Se você soar 
um sino todas as vezes 
que colocar comida para o 
cachorro, ele vai associar o 
som ao momento de 
receber comida. Após um 
tempo, ele aprende que 
toda vez que ele ouvir o 
sino ele vai receber 
comida, então o corpo já 
se prepara para isso todas 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 27 
 
as vezes que ele ouve o 
barulho e já começa a 
salivar. Independente se ele 
estiver com fome ou não, 
ele vai reagir ao estímulo 
do som. 
 
 Condicionamento 
operante/Skinner - 
Aprendizado motivacional, 
condicionamento operante: 
um exemplo é quando o 
ratinho é colocado em uma 
caixa de Skinner que possui 
uma alavanca que, quando 
apertada, faz cair comida. O 
ratinho aprende que a 
alavanca traz comida, então 
ele aprende que, quando 
estiver com fome, deve 
apertá-la. Ele não aperta a 
todo momento, mas sim 
quando motivado pela fome. 
Isso é um aprendizado, pois 
ele fixou que aquela 
alavanca dá comida. 
 
 Em humanos, o 
condicionamento PAVLOV 
pode ser aplicado quando 
aprendemos que, ao dirigir e 
o sinal ficar vermelho, você 
deve parar o carro. 
Também se aplica para 
quando você estuda em 
uma escola 
 
que tem sinal para definir o 
final da aula. Toda vez que o 
sinal tocar, você já fica 
preparado para sair para o 
intervalo, independente se 
realmente é mesmo o fim 
da aula ou não (ficava 
preparado para se levantar 
antes de raciocinar se era 
realmente o momento 
disso). 
 
 O condicionamento 
operante em humanos pode 
ser percebido quando 
abrimos a geladeira toda vez 
que sentimos fome, pois 
aprendemos que ali dentro 
tem comida. 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 28 
 
 O ser humano tem a 
tendência de usar muito mais 
a motivação para o 
aprendizado do que o 
condicionamento. O ser 
humano, quando criança, 
aprende muito por 
condicionamento. Depois de 
um tempo esse aprendizado 
começa a ser motivacional. 
• Consolidação: repetição. 
• Evocação: recuperação. 
 
∴ Mecanismos de Interferência 
• Após estudos sobre o mecanismo de 
memória, foi descoberto que em nós, 
seres humanos, o lobo frontal tinha uma 
importância muito grande na memória, 
tanto que pacientes com alteração no 
lobo frontal tinham perversão da 
memória, ao ponto de querer fazer uma 
coisa ou não, mesmo sabendo que era 
errado ou certo, ou seja, havia uma 
modificação de suas motivações para 
realizar alguma coisa. 
 
➠ LOBO PRÉ-FRONTAL: 
• Nos seres humanos, o lobo pré-frontal 
tem importante função no 
armazenamento da memória de trabalho 
(de curto período, que ficam de 5 a 10 
minutos no cérebro) 
• A maioria das informações de memória 
de trabalho são perdidas se esse lobo 
for lesado. 
• A memória é condicionada pelo 
comportamento. Se você não quiser 
aprender algo, você não aprende e não 
retém. Se você quiser, você consegue 
reter. Isso ocorre até de forma 
involuntária. 
• O comportamento é condicionado, ou 
seja, você sabe o que é certo e o que é 
errado porque você foi condicionado a 
isso. Isso fica no lobo frontal. 
**Um paciente com uma lesão no lobo 
pré frontal teve alteração 
comportamental (justamente porque o 
comportamento é condicionado, sabendo 
o que é certo e o que é errado e esse 
condicionamento fica armazenado no 
lobo pré-frontal).** 
• No lobo frontal do córtex pré-frontal 
há 2 áreas principais: 
** Capacidade de decisão 
(motivacional) e Capacidade de 
flexibilização (condicional). 
• Influencia no aprendizado porque 
modifica como vamos reagir àquele 
estímulo. Não quer dizer que não 
aprende, mas exerce influência sobre 
como vamos entender aquele estímulo 
para aprender. Por isso o lobo frontal é 
extremamente importante na retenção 
de memória e como essa memória é 
retida, mas nãosó na retenção como 
também na capacidade de organização 
da memória e na capacidade de 
evocação da memória 
 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 29 
 
TESTES PARA AVALIAR:. 
• Teste de Wisconsin: consiste em 
dar várias cartas a alguém e pedir para a 
pessoa organizar. Cada pessoa organiza 
da forma que achar melhor. Por 
exemplo, a pessoa organiza por cor. Se 
alguém falar que aquilo está errado, a 
pessoa irá evocar e utilizar outro critério, 
como formas. Assim por diante até que 
o avaliador veja que ela agrupou da 
forma que ele quer. 
↪ Nesse caso, a pessoa evoca a 
memória de cor primeiro. Depois 
que alguém fala que está errado, 
essa pessoa evoca a memória de 
que aquilo está errado e a 
memória de formas. 
↪ Quem tem deficiência/ lesão 
no lobo frontal não consegue 
evocar a memória de que está 
errado. Se ela organizar por cor 
e alguém falar que está errado, 
ela vai reorganizar por cor 
novamente. 
 
• Teste no Computador: Pede-se 
para uma pessoa memorizar os rostos 
em uma tela e depois mostra uma 
imagem qualquer daqueles rostos e 
perguntava se era uma face que já havia 
sido vista. 
Esse teste mostrou que as principais 
regiões que eram estimuladas eram a 
área de Broca (na hora de falar se já 
havia visto) e a área visual (quando a 
pessoa procurava na imagem alguma 
informação conhecida, ou seja, tentava 
lembrar se já viu). Depois colocavam um 
rosto diferente e perguntavam se estava 
na mesma localização. Observavam que 
as áreas mais estimuladas eram o giro 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 30 
 
frontal e o hipocampo no caso da 
memória espacial. 
 
• Com esses testes acima, percebeu-se 
que grande parte das memórias estava 
alocada no lobo frontal. 
 
 
 
∴ Memória Declarativa 
(Discriminativa/Explícita) 
• Armazena nossas memórias que 
podem ser evocadas de forma 
consciente. 
• A grupamento de Hebb: o processo 
de memória é o processo de armazenar 
memórias em diversas regiões.; 
Pega-se um círculo, ativando vários 
neurônios para perceber cor, forma, 
tamanho e, ao fazer com que um grupo 
de neurônios seja ativado, e quanto mais 
esse grupo é estimulado, mais a 
informação é reforçada; Esse grupo de 
neurônios é ativado para reter memória, 
além deles se conectam entre si (inter 
conceptibilidade). 
↪ Quanto mais esse grupo de 
neurônios é estimulado, mais 
aquela informação é reforçada. 
↪ Mesmo quando o estímulo 
cessa essa via criada pelos 
neurônios se mantém. Quando a 
memória é evocada, esse 
círculo é parcialmente ativado e, 
por associação, a memória é 
reconstruída novamente, o 
círculo é refeito. 
• A memória não é um filme, um 
evento ou uma foto. Ela é uma 
reconstrução e cada parte está 
armazenada em certos pontos. O 
problema da reconstrução de memória 
é que o cérebro pode juntar 
informações erradas, pois as memórias 
de longo prazo demoram mais tempo 
para serem fixadas e, por isso, sofrem 
mais interferência. Seu cérebro 
reconstrói a informação de acordo com 
o que mais agrada ele. 
** As vezes ele reconstrói do jeito que 
mais agrada ele, por exemplo quando 
você erra uma questão na prova que 
tinha certeza de que estava certa, mas a 
sua certeza estava errada. ** 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 31 
 
 
 
➠ LOBO TEMPORAL MEDIAL 
• Penfield percebeu que a porção medial 
do lobo temporal era essencial para a 
aquisição de memória, principalmente a 
de curto prazo. 
Mesmo a memória de longo prazo tinha 
que passar, pelo menos em parte, pela 
memória de curto prazo/hipocampal para 
ser recordada. 
↪ CASO CLÍNICO HM22 
- O paciente de Penfield tinha 
epilepsia e seus 2 hipocampos 
foram retirados na cirurgia. Com 
isso, ele desenvolveu uma 
dificuldade de fixação/conversão 
de memória de curto prazo em 
memória de longo prazo. Ele só 
tinha memória de trabalho, que 
durava poucos minutos. Ele não 
tinha mais a capacidade de 
aprender/fixar, tanto que não 
conseguia se reconhecer no 
espelho porque não aprendeu 
que envelheceu. Ele só foi capaz 
de fixar memórias de 
procedimento, ou seja, 
memórias não discriminativas 
(sabia se gostava ou não de 
algo, sabia desenhar coisas que 
ele não sabia que sabia 
desenhar...). 
 
 
• Amnésia anterógrada -: lesão do 
hipocampo faz perder as memórias a 
partir do momento da lesão. 
** Concluiu que o hipocampo e o 
sistema límbico têm uma grande 
participação na conexão/reconsolidação 
das memórias ** 
 
➠ HIPOCAMPO E NEOCÓRTEX (córtex 
cerebral): 
• O hipocampo e o sistema límbico têm 
uma grande participação na conexão das 
memórias. 
• O córtex recebe as informações e o 
hipocampo agrupa/reconstrói aquela 
informação. Eventualmente, o neocórtex 
pode criar uma rede de reconstrução e 
apenas informar ao hipocampo. 
• Quanto mais vias participando da rede 
de memória, mais eficiente é a memória. 
↪ O paciente HM22 não 
conseguia reconstruir as 
memórias após a cirurgia, mas 
principalmente as memórias 
antigas ficaram fixadas de 
alguma forma. Mesmo ele não 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 32 
 
conseguindo reconstruir, as 
memórias mais antigas 
participavam de um sistema 
muito mais amplo que apenas o 
hipocampo ou sistema límbico, 
participando do Circuito de 
Papez. 
 
➠ CIRCUITO DE PAPEZ 
• É o circuito de retenção e evocação 
de memória. 
• O paciente percebe uma nova 
informação no hipocampo e, através do 
fórnice, essa informação  Vai aos 
corpos mamilares.  A informação se 
comunica com o tálamo e o tálamo 
projeta para o giro do cíngulo buscar 
uma memória. 
Obs.: o hipocampo gera essa 
reconstrução, mas, se não 
reconstruir, ele cria dentro do 
tálamo uma via neocortical. 
• Depois do giro do cíngulo, a 
informação  giro para-hipocampal  
córtex rinal e isso volta para o 
hipocampo. 
Se for uma informação nova, o 
hipocampo refaz o processo e distribui 
pelo giro do cíngulo. Quanto mais essa 
via é rodada, mais fixada a memória, mais 
permanente fica essa memória. Quanto 
mais fixada a memória é, maior a chance 
de ela ser reconstruída. 
:~> Então, Hebb descobriu que havia um 
circuito de comunicação entre os 
neurônios que ficam em diversas regiões 
afastadas, mas não conseguiu descrever 
onde ficavam essas partes. Com isso, 
Penfield descreveu que todo o circuito 
se localizava no lobo temporal medial. E 
por último, Papez descreveu todo o 
mecanismo, finalizando o fluxo de 
memória do sistema límbico. 
Obs.: Embora a amígdala participe do 
processo de aprendizado, ela não 
participa do circuito de Papez que é o 
circuito de retenção e evocação de 
memória. 
 
 
 
∴ Memória Procedural (Não 
Discriminativa) 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 33 
 
• Fixada pelo sistema límbico, não 
envolve o hipocampo. 
• Relaciona todos os eventos do circuito 
de Papez ao sistema límbico. Nesse 
momento, todos os demais elementos 
do sistema límbico passam a ser 
envolvidos, inclusive a amigdala. Com isso, 
há mais um mecanismo de fixação. 
 
** Amígdalas – sente um cheiro, por 
exemplo, de uma rosa e ativa o Córtex 
Límbico e ativa o Córtex Otorrinal do 
hipocampo para fixar a memória -  
Circuito de Papez para ter reação ou 
Córtex Frontal 
↪ Sistema Límbico 
➠Hipotálamo (Regula o sono, libido, 
apetite, temperatura corporal fazendo 
o sangue resfriar) 
➠Corpos mamilares (Se relaciona com 
o hipotálamo – função de regular 
reflexos alimentares, deglutição e o 
desejo por algum alimento delicioso) 
➠Tálamo (Ambos lados do Cérebro – 
responsável pelos quatro sentidos e 
sensação de dor, quente ou frio, 
pressão de um ambiente nos ouvidos) 
➠Giro Cingulado (Ao lado do tálamo; 
Ao ser estimulado pode acarretar em 
alucinações, alterações de emoções; 
Controla o poder do Olfato e Visão) 
➠Amígdala (no lobo temporal – 
Relacionada com reconhecimento, 
formação e manutenção das emoções 
envolvidas com a sensação de perigo, 
medo e ansiedade;Relacionada com a 
Memória Emocional) 
➠Hipocampo (no lobo temporal – 
memória recente, quando acessado 
aumenta o fluxo sanguíneo) 
 
 
∴ Pontos da memória 
• Cerebelo: temporal. 
• Córtex cerebral em geral: memória 
semântica, de conhecimento e 
perceptiva. 
• Hipocampo: memória semântica 
(conhecimento), evocação de memória e 
memória episódica. 
• Amigdala: memória emocional. 
• Núcleos da base: memória de 
procedimento, não discriminativa, 
procedural. 
• Córtex pré-frontal: memória de 
trabalho, de curto tempo. 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 34 
 
 
 
∴ Distúrbios da memória 
• AMNÉSIA RETRÓGRADA -: 
esquecimento de fatos anteriores ao 
evento que fez perder a memória. 
↪ Geralmente associado à lesão 
de núcleos da base e memória 
procedural.. 
• AMNÉSIA ANTERÓGRADA -:: 
esquecimento de fatos pós-evento que 
fez perder a memória. 
↪ Geralmente associada a 
eventos hipocampais. 
➼ EX: paciente HM22 que teve 
seu hipocampo retirado; Ele 
lembrava tudo que tinha 
acontecido antes da cirurgia, 
depois da cirurgia ele não 
lembrava das coisas. 
∴ Processo de esquecimento 
natural 
• Não estimular: redução das vias, o que 
requer um estímulo mais rigoroso. 
• Adição de elementos para confundir a 
memória e modificá-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA – MEDALFENAS T39 35 
 
Neurofisiologia 
Sono e consciência 
∴ Geral
➠SONO – CONCEITO: Característica 
inata do ser vivo do reino animal, já que, 
todo animal, obrigatoriamente, precisa 
dormir; Não sendo simplesmente fechar 
os olhos e descansar, pois cada animal 
tem sua peculiaridade no ato de 
descansar, dormir. 
➠DEFINIÇÃO: O ato de dormir e de 
sono - é uma redução da atividade de 
interação com o meio externo de fácil 
reversão. Ao ativar vias da consciência o 
ser acorda. Se for de difícil reversão, 
deixa de ser sono e passa a ser coma. 
• MENTIRA que há animais que não 
dormem, pois todos necessitam dormir, 
porém cada um dentro de suas 
peculiaridades. 
↪ Os Golfinhos (mamíferos), ficam 
embaixo d’água por volta de, no 
máximo, 30 minutos, e por isso não 
podem ter longos sonos, ainda mais 
por não boiarem por apresentarem 
dificuldade no controle pulmonar. 
Dessa forma, eles dormem com ‘meio 
cérebro’, já que, ativam e desativam 
cada hemisfério cerebral, a fim de, 
descansar no momento em que 
desativam tal hemisfério, repondo 
assim, suas necessidades. 
Além disso, eles possuem ‘micro 
sonos’ - dormem 5 – 10 segundos 
aproveitando fluxos marítimos, e 
durante esse momento descansam e 
voltam. 
↪ As girafas dormem cerca de 2 
horas ao dia, sendo em ciclos de 10 
minutos de pé; Não se abaixam, pois 
seu habitat, Savanas, as faz serem 
alvos fáceis, com isso, ficam de pé, e 
assim, ficam muito tempo acordadas., 
ou seja, fazem vigílias alternando 
entre sono e acordado para não 
morrerem. 
↪ Os tubarões dormem enquanto 
estão em movimento, dessa maneira, 
eles não param de interagir com o 
meio externo de forma ativa, já que, 
como os golfinhos, aproveitam de 
correntes marítimas, pois se pararem, 
eles afundam e morrem. E com isso, 
eles dormem de 10 a 15 minutos (já 
viram tubarões dormindo até 2h/dia) 
∴ Sono humano 
 
36 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
• Importante para a produção de GH e 
mecanismos reparadores do corpo. 
↪ Crianças precisam dormir mais, 
pois precisam produzir GH - ele é 
produzido durante um ciclo de sono. 
• Dependendo assim, de fases da vida/ 
idade.: 
↪ Crianças em fases de estirões 
dormem mais (jovem dorme muito 
devido ao gasto energético);. 
↪ Adolescentes / Adultos jovens 
precisam dormir até 10,5 horas a 14 
horas por dia, pois como estão 
maturando o sistema circadiano, 
possuem dificuldade de achar o 
horário certo de sono (algumas idades 
fica sendo regulado pelo ciclo 
circadiano e poucas alterações nesse 
ciclo afetam completamente a nossa 
vida). 
• A dieta é importante na qualidade de 
sono, pois uma dieta RICA em nutrientes 
dá uma necessidade de sono muito 
menor; Enquanto que, uma dieta com 
POUCO nutrientes dá uma necessidade 
de sono muito maior, pois o corpo tenta 
repor o que falta dormindo. 
• A única energia do corpo que não é 
reparada de outra forma é o sono; 
↪ Dessa maneira, se a pessoa estiver 
com FOME até certo momento e 
dormir, ela consegue acordar no 
outro dia sem fome. O mesmo 
acontece com a SEDE. 
Já com o SONO isso não ocorre, ou 
seja, não se pode comer para parar o 
sono (muitas pessoas comem para 
reparar o sono  engordam). 
Por isso o sono é a única energia que 
não reparada de outra forma a não 
ser dormindo. 
• O ser humano consegue ficar diversos 
dias sem comer, beber água, mas sem 
dormir não consegue. 
↪ Quando privados do sono (3 a 4 
dias), alguns ratos chegam a cometer 
suicídio. O máximo que o ser 
humano conseguiu ficar sem dormir 
foi 14 dias, mas com grande prejuízo, 
porém assim que dormiu 
conseguiu restaurar suas 
atividades cognitivas, dormindo 
14h seguidas depois 10h seguidas, mas 
durante os 14 dias apresentou déficit 
de memória, atenção, irritabilidade. 
• SONO REM é acumulativo, ou seja, se 
a pessoa fica muito tempo sem atingir o 
sono REM, quando dorme ela o atinge 
por mais tempo. 
∴ Ritmos EEG 
• Para registrar o sono e as ondas 
encefálicas é utilizado o 
ELETROENCEFALOGRAMA (EEG) – 
avalia amplitude (altura de cada onde) e a 
 
37 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
frequência de cada onde, a fim de, avaliar 
cada tipo de atividade cerebral. 
 
↪ ONDAS GAMA – Foram 
descobertas há pouco tempo, e são 
muito rápidas, dessa forma, atingem 
ALTA FREQUÊNCIA – há muita 
atividade cerebral e assim, alto gasto 
de energia 
Presentes, geralmente, em casos de 
alta vigília e durante o SONO REM. 
↪ ONDAS BETA – Ondas de vigílias, 
geralmente, quando se está acordado 
/ falando – usando o cérebro normal. 
Para percepção do tempo e espaço. 
↪ ONDAS ALFA – Designadas a 
momentos de meditação, calma e 
sonolência. 
Permite aumento da memória, 
desenvolvimento de intuição, etc. 
↪ ONDAS THETA – Frequências 
lentas, presentes durante o sono (não 
sono profundo). 
↪ ONDAS DELTA – Ondas do SONO 
PROFU:NDO e REPARADOR BAIXA 
frequência e ALTA amplitude – há 
pouca atividade cerebral e assim, 
baixo gasto de energia. 
 
∴ Fases do sono 
↪ SONO REM - Fase mais ativa do 
ponto de vista cerebral, ou seja, 
mesmo a pessoa não estando 
acordada nem se movimentando há 
uma ALTA atividade cerebral 
chegando aos mesmos níveis do 
eletroencefalograma de vigília. 
Nesse SONO REM acontece a maior 
quantidade de fixação de memória. 
↪ SONO NÃO REM: Maior quantidade 
de sono com maior restauração 
metabólica de neurotransmissores. 
Representa cerca de 75% do sono 
• Durante o período de sono (de 8 a 10 
horas) há ciclos (de 5 a 6 ciclos) de 90 
minutos chamados de ULTRADIANOS 
(ciclos menores que só acontecem no 
período de sono). A 
partir do início do sono, entra em fase 
ALFA, - há diminuição da atividade 
cerebral e os movimentos, batimentos, 
 
38 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
raciocínios começam a diminuir e entra 
em ondas THETA - restauração do 
corpo, no qual, está se estabilizando os 
níveis hormonais.. Em seguida entra em 
onda DELTA - diminuição da 
temperatura e da atividade cerebral de 
maneira significante, e logo volta, de 
maneira gradativa, retomando a 
consciência até entrar em SONO REM - 
ainda não se tem consciência, ou seja, a 
pessoa ainda está inconsciente, porém 
com ALTA atividade cerebral. (maior 
quantidade de fixação de memória). 
 
∴ Etapas do sono 
• O sono é subdividido em fases de 
SONO REM e NÃO REM, sendo esse 
último realizado em 4 estágios (o 3 e 4 
são muito próximos) 
↪ ESTÁGIO 1– Leve / Superficial, a 
pessoa se encontra entre onda 
BETA e ALFA  Transição da 
vigília para o sono 9nem consciente 
e nem inconsciente) ocorrendo uma 
lentificação dos movimentos – 
parecido com paciente que possui 
sintomas obnubilados (sonolência e 
meio acordado). 
Fica de 5 a 10 minutos no máximo, e 
segue ao próximo estágio. 
↪ ESTÁGIO 2 – Sono um pouco 
mais profundo / Intermediário, 
iniciando o SONO NÃO REM. 
Predomínio da Onda ALFA – 
aparece COMPLEXO K, que é usado 
na sinalização de que se está indo 
para atingir o inconsciente. 
Conforme há lentificação da onda há 
sinais de inconsciência que dura 
entre 5 a 10 minutos de sono. 
Seguindo assim, para o próximo 
estágio. 
 
↪ ESTÁGIO 3 – (inconsciente) 
PROFUNDO, predomina a Onda 
DELTA e THETA de ALTA 
amplitude, mas com movimentos 
ausentes ainda; 
Início do sono profundo e do 
processo de recuperação fisiológica 
(relacionado a funções metabólicas, 
como produção de GH) 
Dura cerca de 10 a 20 minutos, e 
demonstra transição de theta e 
delta; 
↪ ESTÁGIO 4 – (inconsciente) 
Predomínio de Ondas muito lentas 
 
39 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
(< 2Hz) – há referências de 
pacientes que atingiram 0,5 Hz – 
*** MORTE ENCEFÁLICA < 0,2 mV 
de Amplitude e <0,2 de Frequência 
quando não é reversível; Quando é 
classifica-se como sendo um sono 
extremamente profundo. 
Dessa forma, é o estágio do sono 
profundo com diminuição da 
frequência cardíaca e PA. 
A média populacional é de 2Hz com 
duração desse sono entre 20 a 40 
minutos. 
 
↪ A pessoa começa a recuperar a 
consciência de forma muito rápida até 
o SONO REM (= SONO PARADOXAL), 
no qual, pessoa continua em 
inconsciência usando alguns 
mecanismos que não ativam o córtex, 
mas tem predomínio de onda rápida 
e onda GAMA, é como se o paciente 
estivesse acordado - em vigília). 
Há movimentos dos olhos muito 
rápidos (devido ação do tálamo), mas 
sem mexer (relaxamento máximo 
dos músculos – hipotonia / atonia 
muscular) o corpo devido à inativação 
da via motora (desativado ao nível da 
ponte à via cortico-espinhal e, mesmo 
o paciente sonhando que está 
movimentando, o trato cortico-espinal 
é desativado) – EEG com ritmos 
rápidos e de baixa voltagem. 
Essa é a fase do sonho e, geralmente, 
dura poucos minutos. 
** Quanto menos tempo fica no 
SONO REM, a fim de compensar, o 
segundo ciclo fica mais tempo em 
SONO REM, podendo durar 20 a 30 
minutos, (sonhos duram de 40 a 50 
segundos - são curtos) ** 
** Se estiver é acordado durante o 
SONO REM, ele se lembra do sonho 
porque ele está superficial, em alta 
atividade, mas está inconsciente e 
essa é a principal fase para fixação de 
memória e aprendizado. ** 
Dura de 5 a 10 minutos em pacientes 
adultos, e em criança (RN) pode durar 
até 30 minutos em SONO REM, e fica 
difícil de acordar o paciente mesmo 
não estando consciente, porém é 
mais fácil do que no sono profundo. 
No SONO REM há reestruturação da 
via sináptica, por isso há fixação de 
 
40 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
memória. Todo o cérebro começa a 
mandar informação para o sistema 
límbico, que se modula fixando 
informações. 
Ocorre aumento da Temperatura, FR 
e FC. 
O SONO REM não é extremamente 
necessário, ou seja, dá pra viver sem 
ele, mas há comprometimento de 
memória durante o dia. 
** Pessoas que ficam pouco no estágio 3 e 4 - 
fase que restaura o corpo - costumam ter sono 
no outro dia, por isso é importante ficar mais 
tempo nesse período de sono. 
 
 
✤SONO REM é o mais importante na 
parte da fixação da memória do que na 
metabólica (fase 3 e 4), já o SONO REM 
possui gasto de energia maior até de 
quando está acordado, mas como não 
está interrompendo a atenção com 
outras informações, acaba sendo o 
momento em que o cérebro usa para 
se reorganizar e durante o sono, e 
assim, passa-se durante várias vezes por 
esse ciclo. 
✤PARALISIA DO SONO - pode ocorrer 
durante SONO REM, mas há casos no 
Estágio 2, e assim, a pessoa volta a 
consciência, mas não reativa a via 
cortico-espinhal; Ou seja, a pessoa está 
consciente, mas não voltou a ativação 
cortical da via motora, por isso parece 
que ela está paralisada. 
Se acordar uma pessoa durante o SONO 
REM fica mais fácil de acontecer paralisia, 
mas pode acontecer momentos em que 
a pessoa na fase 2 ela desperta, mas 
não movimenta. Na fase 3 e 4 ela não 
vai despertar (mais profundo). 
∴ Ciclos do Sono 
• Estágio / Fase 1 = permanece por 
pouco tempo 
• Estágio / Fase 2 = fase que MAIS 
permanece, mesmo que seja de supra 
importância ocorrer fase 3 e 4. 
• Estágio / Fase 3 
• Estágio / Fase 4 = Onde ocorre maior 
parte da reestruturação. 
• Fase REM = ALTA atividade cerebral 
e organização. / fixação da memória. 
• Varia de 5 a 7 ciclos por noite 
 
41 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
 
• A partir da fase 2 tem-se uma 
atividade cerebral muito baixa - perde 
grande parte da consciência, mas não é 
subconsciente e sim um mecanismo de 
quase inconsciente; Na fase 3 e 4 é 
inconsciência completa, a fase 1 é a fase 
de transe (não está consciente e nem 
inconsciente). 
 
 
• Há momentos durante o sono que a 
pessoa acorda e o fato de não lembrar 
não significa que não acordou, pois ela 
desperta e depois volta a dormir. 
 
 
• A criança tem muitos poucos 
despertares (muito tempo em 3 e 4) 
atingindo o REM, aumentado 
progressivamente, em média de 1 a 2 
despertares a noite. 
• O adulto já tem em média de 2 a 6 
despertares durante o ciclo de sono, 
cada vez que ele entra na fase REM ele 
fica mais tempo, até que ele sacia e 
começa a diminuir. 
• O idoso, por sua vez, acorda muito 
fazendo muitos ciclos de despertar a 
noite (dorme muito menos ficando muito 
mais cansado), podendo ter + 10 
despertares noturnas de forma fisiológica. 
 
 ∴ Centros de Controle 
 
42 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
• O controle do sono ocorre por meio 
de um sistema que faz ativação do 
Córtex e regulando-o; 
Esse sistema fica no meio do cérebro - 
no tronco encefálico = Sistema 
Reticular Ativador Ascendente 
(SARA / SRAA). As 
estruturas que auxiliam esse sistema 
parecem uma rede, por isso do nome. : 
Representa uma via de vários neurônios 
conectados entre si que comunicam 
com vários núcleos (3 principais  
Núcleo Basal de Meynert; Núcleo da Rafe 
e o Lócus Cerúleos). 
↪O Núcleo da Rafe produz 
SEROTONINA que trabalha como 
um mecanismo de auxílio para 
REPARAÇÃO NEURONAL, que é 
importante na inibição da atividade 
motora e na ativação do córtex 
durante a fase REM. Por isso é 
ativado durante essa fase: Produz 
serotonina  Ativa o Córtex  
Fixa memória. 
↪O Lócus Cerúleos produz 
NORADRENALINA, a fim de 
despertar o cérebro, ou seja, 
acordar a pessoa. 
Há produção, no hipotálamo, de 
Hipocretina (neurotransmissor que 
regula excitação / vigília / apetite – sua 
falta pode acarretar em atonia muscular) 
que auxilia no estímulo dos Núcleos da 
Rafe e do Lócus Cerúleos controlando 
desse mecanismo. 
Os Núcleos da Rafe ATIVADOS  
Produzem Serotonina (durante o SONO 
NÃO REM) e inibem a atividade motora 
 Ocorrendo a Estimulação do Lócus 
Cerúleos  Produz Noradrenalina. 
(inibição motora, ao inibir a via do trato 
cortico-espinal na ponte), e com isso, 
não deixa a informação descer, mas ela 
ativa o córtex, revertendo à inibição de 
Serotonina, para que tenha uma ALTA 
atividade metabólica no sono REM. 
A Serotonina + Noradrenalina irá 
estimular o Núcleo Basal de Meynert 
 Produz Acetilcolina (MUITO 
importante na fixação da memória, dessa 
forma, é necessário que seja ativado 
para isso acontecer). 
. 
 
 
 
43 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
 
• Segundo estudos em animais  
Quando há diminuição/ inibição da 
produção de Hipocretina, os animais 
dificilmente entram em SONO REM 
 Para entrar em SONO REM (ALTA 
ativação do córtex), obrigatoriamente 
tem que ter ativação dos Núcleos da 
Rafe –Serotonina -, do Lócus 
Cerúleos – Noradrenalina -, dos 
Núcleos Posteriores do Tronco 
Encefálico pela substância ativador 
reticular ascendente e ativação do 
Núcleo Basal de Meynert - Acetilcolina 
-. ** Devido a essa ALTA 
ativação dos Núcleos do Tronco 
Encefálico tem-se a movimentação 
ocular e facial – mastigação-, mas, ao 
mesmo tempo, essa ALTA produção 
inibe a via decente motora que é a via 
do trato cortico-espinal.. 
Durante o SONO NÃO REM ocorre 
ativação dos Núcleos da Rafe  
Produzem Serotonina que, ao chegar no 
limiar estimula Lócus Cerúleos  
Produz Noradrenalina, que estimula a 
substância basal de de Meynert tudo de 
forma simultânea e tudo  ATIVA o 
córtex SEM levar a consciência, 
principalmente via límbica. 
A Serotonina começa a ser produzida 
no SONO NÃO REM e, quando chega ao 
valor ótimo, ela ativa o SONO REM (nas 
fase 2, 3 e 4 concentra Serotonina e, ao 
chegar no seu auge, libera para ativar o 
SONO REM). 
• Ocorre o oposto com as demais 
substâncias que auxiliam no controle do 
sono, principalmente a Adenosina - 
começa a ser produzida quando ainda se 
está acordado e, quando no seu pico, 
libera alguns mecanismos para iniciar o 
sono. -. 
Portanto, quando os pacientes 
começam a entrar em sono, 
encontra-se o pico de adenosina e 
quando o paciente acorda encontra-
se o menor valor de concentração 
de adenosina no ciclo circadiano. 
Conforme se tem gasto de energia 
deposita-se adenosina (metabólico do 
ATP) e quando chega ao limiar 
desencadeia o mecanismo de sono  
Liberando Citocinas (Interleucina 1 –
aumenta durante o período acordado e 
no seu auge estimula o sono.). 
** Se houver lesões pelo corpo que 
acarretem em processo inflamatório que 
estimule a reparação durante o período 
 
44 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
de sono  O Óxido Nitroso realiza 
vasodilatação -principalmente cerebral** 
• São 3 substâncias que aumentam no 
ciclo circadiano e desencadeiam o 
‘gatilho’ de sono. Além da Adenosina 
também auxiliar na produção de 
MAELATONINA.. 
 
∴ Sono REM x Sono NÃO REM 
 
• O sono é um importante regulador do 
RITMO CIRCADIANO (ciclo do que o 
corpo vai fazer durante o dia e está 
diretamente ligado com o sono, por isso, 
ele é influenciado pelo que faz durante o 
sono). Esse ritmo é muito importante 
para a homeostase do corpo (o que o 
corpo vai produzir em certos períodos). 
Ele sabe que logo depois que a pessoa 
passar do período de SONO REM e 
SONO NÃO REM, o hipotálamo possui o 
‘gatilho’ para liberar a produção de 
Noradrenalina para causar o despertar / 
Produzir mecanismos de estresse na 
suprarrenal corticoide / Ativar TSH, T3 e 
T4 / Aumentar picos de hormônio no 
período diurno 
. De acordo com a fase do sono, 
pode-se ter a diminuição dessas 
proteínas, atrapalhando o ciclo circadiano, 
isso pode ocorrer, por exemplo, com 
uso de substâncias como a Taurina e 
Cafeína - que se inibe Adenosina 
deixando a pessoa acordada só que, ao 
dormir menos, a pessoa não promove 
restauração e desencadeia sono rebote 
-. 
• A atividade entre o momento de vigília 
e o momento de sono muda no gráfico. 
• O pico da ALERTA ocorre quase no 
meio do dia e depois tende a cair, de 
maneira que, durante o sono, não se 
tem - inativação da atividade de alerta -.. 
Quando acorda, essa atividade torna a 
aumentar, e logo há uma queda brusca. 
Esses meios de ATIVAÇÃO do lobo pré-
frontal para causar ALERTA são 
regulados pelo Sistema Circadiano; Assim 
como, a temperatura (sobe durante o 
dia e ao entrar no sono cai de uma 
forma brusca). 
• O hormônio de crescimento quase não 
é produzido durante o dia, ou seja, 
possui seu pico de produção durante a 
noite, de maneira que, até que no final 
da noite começa a cair. 
• o Cortisol encontra-se mais baixo 
durante o sono; Quando acorda faz-se a 
estimulação do mesmo e com isso, tem 
seu pico; Além de apresentar também 
 
45 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
um pico secundário durante por volta 
das 17 horas e 18 horas da tarde. 
• O Potássio sofre alterações também 
 No momento de acordar ocorre 
Hipopotassemia; e durante o dia tende a 
aumentar, até que, no final do dia 
acontece uma nova queda. 
 
Os hormônios / íons / partes do corpo 
são regulados pelo Ciclo Circadiano que 
apresenta funcionalidade por meio do 
RELÓGIO BIOLÓGICO - apresenta um 
gene. 
 
 
• ZeitGebers representa elementos 
capazes de regular o relógio biológico, 
como: barulho, sol, luz, que advém do 
meio externo e interferem no ciclo 
circadiano. 
O relógio biológico do ser humano é 
variável, de 24,5 horas a 25,5 horas, 
dependendo da fase da vida. 
✤ Estudos colocaram grupos de 
pessoas em um local fechado, como 
uma caverna, deixando que fizessem 
o que quisessem, mas tudo sem ter 
interferência meio externo.; 
 
46 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
Percebeu-se que, o relógio do ser 
humano funciona 24 horas por 
questões genéticas 
 
O relógio biológico não é apenas para 
animais, mas também para algumas 
plantas; Assim, cada célula do corpo 
possui seu próprio sistema biológico, 
mas o sistema que mais regula o 
sistema do relógio biológico é o 
Núcleo Supraquiasmático (regula 
o sono e vigília, pois a maior parte do 
relógio biológico funciona por meio da 
ausência / presença de luz). 
 
** QUANDO HÁ PRESENÇA de luz  
Inibe o Núcleo Supraquiasmático  
Inibindo o mecanismo de ativação 
cortical e, assim, inicia-se o ciclo 
circadiano. 
** QUANDO HÁ AUSÊNCIA de luz  
Ativação do Núcleo Supraquiasmático 
 Manda informação Via Estria 
Medular até o Epitálamo  Produz 
MELATONINA (não é o único 
neurotransmissor para o sono, mas é 
um importante regulador). 
 
** Quando o Núcleo Supraquiasmático 
é ATIVADO  Inibe o Núcleo 
Posterior do Hipotálamo  Inibe a via 
simpática  Estimula o sono. 
• Notou-se que, com a inibição do Sódio 
dos Núcleos Supraquiasmáticos – 
inibindo-o, deveria, em tese, ativar o Ciclo 
Circadiano e assim, a pessoa deveria ficar 
mais acordada, mas isso não ocorria., e 
então notou-se que, há algumas 
moléculas, GENE CLOCK - presente em 
todas as células do corpo e possuem 
seu próprio relógio biológico, com um 
mecanismo de ativação biológica próprio.. 
• De acordo com o horário, o fígado 
eleva a temperatura corporal, por meio 
da liberação de certos hormônios, 
estimulando o metabolismo do corpo, 
independente da presença do Cérebro.. 
 
✤ Mesmo quando o paciente possui 
morte cerebral, há pico de cortisol pela 
manhã, pois a Adrenal tem o seu relógio 
biológico. 
✤ Pacientes internados no hospital por 
muito tempo  se há muita luz, eles 
começam a perder o sistema de Sono e 
Vigília, após certo tempo. Mesmo com 
essa perca, ocorre à ativação de seu 
relógio biológico natural e genético e as 
células do corpo mantém seu ciclo 
normal. Um ciclo normal pode variar de 
pessoa para pessoa e chegar até 36 
horas. 
 
47 
 
TRANSCRIÇÃO ADRIANE SOUZA MEDALFENAS XXXIX 
 
 
∴ Consciência 
• Durante o sono a pessoa está 
inconsciente. 
• A consciência  Capacidade de 
conhecer a si mesmo, saber sobre o seu 
organismo (atividade cortical, ou seja, o 
quanto que o córtex sabe de alguma 
coisa em relação ao corpo.) 
É subdividida em: 
↪ QUANTITATIVA - Mais matemática 
– avaliação do índice de vigília, quanto 
o paciente está acordado ou não. -.

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