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A formação da sociedade rural brasileira Júlia Carrah Patrícia Albuquerque Viktor Veras Wesley Araripe Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária Sociologia e Extensão Rural Fortaleza – CE 2021 Introdução 01 1. Introdução “Descobrimento” Exploração Sistema Agrário para Exportação 03 1. Introdução Plantation Latifúndio Monocultura Mão de obra escrava Imigrantes e homens livres Características culturais se misturavam Noção de propriedade de terra 04 ✓Buscar um maior entendimento acerca de como ocorreu a formação da sociedade rural brasileira e os principais aspectos influenciaram esse processo, tendo como base a história do Brasil e o estudo da sociologia. Objetivo 05 Raízes agrárias da formação social brasileira 02 2. Raízes agrárias da formação social brasileira Platation Monocultura Trabalho EscravoExportação Latifúndios Monocultura Trabalho AssalariadoExportação 07 2. Raízes agrárias da formação social brasileira Mercado Interno • Grandes proprietários de terras; • Rendeiros; • Pequenos proprietários de terras; • Fornecedores de produtos básicos; • Trabalhadores assalariados; • Escravos libertos. Campesinato Brasileiro 08 2. Raízes agrárias da formação social brasileira Tentativa de implantação da cultura europeia no Brasil Tipo de colonização: Exploração Povoamento 09 2. Raízes agrárias da formação social brasileira • Escravidão • Crescimento de latifúndios Falta de política de cooperação entre as atividades produtoras Molde de organização português dos ofícios Alterado Condições dominantes da sociedade brasileira Abandono dos ofícios para explorar os recursos naturais Trabalhosos mais laboriosos Negros libertos (Não tinham capital) Sociedade Agrária • Exploração econômica dos recursos naturais; • Exportação; • Vastas extensões de terra. 10 2. Raízes agrárias da formação social brasileira Estrutura Agrária • Posse X Propriedade da terra; • Elitista; • Não fomentar o desenvolvimento local. 11 2. Raízes agrárias da formação social brasileira Hibridismo Social e Cultural Cultura Africana Cultura Europeia 12 2. Raízes agrárias da formação social brasileira Casa Grande Senzala Difusão da cultura africana • Histórias; • Brincadeiras; • Músicas. Expressas posteriormente na sociedade 13 A família rural e a sociedade colonial 03 3. A família rural e a sociedade colonial Engenho Polo aglutinador Feudo ▪ Autossuficiente; ▪ Liderança única; ▪ Ambiente fechado. Impossibilitando modernizações sociais 15 3. A família rural e a sociedade colonial Engenho Posição marginal no mercado de açúcar Qualidades valorizadas pela Europa ocidental ▪ Autossuficiência; ▪ Mercantilismo (Exportação). Evitava o desenvolvimento de áreas distintas Receio de perder as regalias cedidas pela coroa portuguesa e pelo mercado Sistema oliquárquico bem engessado 16 3. A família rural e a sociedade colonial Família rural brasileira Âmbito político e econômico • Moderna; • Absolutista; • Inserida no capitalismo moderno. Âmbito social e mental • Arcaica; • Sociedade ibérica medieval. Burguesia rural e mercantil Enriquecimento = Enobrecimento ▪ Compra de títulos nobiliárquicos; ▪ Compra de terras; ▪ Cargos de poder. Interesse Corporativo > Individual Família Patriarcal > Nuclear Estabilidade > Mudança 17 O engenho de açúcar no sistema colonial 04 4. O engenho de açúcar no sistema colonial Plantações canavieiras Engenhos Mandioca Milho Frutas Trigo Palma 19 4. O engenho de açúcar no sistema colonial 1ª contribuinte ao desenvolvimento Modificar a estrutura socioeconômica Conhecimento sobre a ecologia Formação da sociedade rural brasileira Gerar dinheiro à coroa portuguesa Circulação de produtos da produção do produtor colonial Remuneração pelo trabalho 20 4. O engenho de açúcar no sistema colonial Controle da produção pelo capital mercantil Monopólio e maior qualidade do produto Lavouras Pequenos produtores Articulador fundiário Função social Sociedade que ia além dos escravos e donos de engenho 21 4. O engenho de açúcar no sistema colonial Economia portuguesa Atividade econômica Produção Poder patriarcal Poder patrimonial Independência do Brasil Membros passaram a fazer parte do império 22 A aristocracia rural 05 5. A aristocracia rural Artesãos, Mercadores, Lavradores e Desocupados Senhores de Engenho e do Café Condições socioeconômicas Período colonial, imperial e da república velha Desenvolvimento de unidades produtivas Pequenos produtores Larga escala 24 5. A aristocracia rural Burguesia mercantil Absolutismo estatal português Mudanças no sistema agrícola e na sociedade Autossuficiência do sistema plantation Comodidade da posição politica Pensamento mercantilista Delineava a formação da sociedade rural brasileira Donos de engenho e da produção de café Desenvolvimento da agricultura Desenvolvimento da autonomia da classe de pequenos e médios produtores Sociedade hierárquica rígida 25 5. A aristocracia rural Período colonial Restringiu o empreendimento e organização de quadros sociais diferenciados Sem expansão Falta de mercado e os altos preços de transporte Concorrência inglesa Mão de obra escravaEstabelecer a ampliação do mercado interno Mobilidade no social e gerar inovação no setor produtivo Diminuir as desigualdades individuais e regionais Econômico + Cultura patrimonial + Autossuficiência ≅Patrimônio da aristocracia 26 A estrutura agrária do Brasil e história da propriedade da terra 06 6. A estrutura agrária do Brasil e história da propriedade da terra Apropriação de terras no novo mundo ‘‘Tempos modernos’’ ▪ Estado Nacional na Europa; ▪ Expansão de fronteiras fora do território europeu; ▪ Desenvolvimento comercial. 28 6. A estrutura agrária do Brasil e história da propriedade da terra Que direitos eles teriam sobre a terra? Crença da responsabilidade sobre aquele povo, logo sobre as terras também 29 6. A estrutura agrária do Brasil e história da propriedade da terra Capitanias Hereditárias Melhor administração e exploração Donatários ▪ Podiam ceder terras... Sesmarias Propriedade Posse Sem valor comercial, pois não podiam ser vendidas 30 6. A estrutura agrária do Brasil e história da propriedade da terra Lei de terras de 1850 PropriedadePosse ‘‘Grileiros’’ ▪ Terras só podiam ser obtidas por compra Abolição da escravidão em 1888 Mão de obra assalariada imigrante Expulsos das terras do senhor de engenho Sem trabalho e sem terra para produzir o próprio sustento 31 6. A estrutura agrária do Brasil e história da propriedade da terra Constituição de 1891 Sem alterações significantes para os conflitos agrários 32 O campesinato brasileiro 07 7. O campesinato brasileiro ✓ Forma social de produção fundada no caráter familiar ✓ Objetivos e atividade produtiva voltados para a necessidade da família ✓ Exige cooperação entre os membros Modo de vida e a uma cultura ✓ Agricultura realizada em pequena escala, dispondo de poucos recursos produtivos, pouco integrado ao mercado e à vida urbana Populações com poucos recursos que vivem e trabalham no campo Latifúndio ✓ Atraso econômico e social Movimento camponês de 1964 a 1985 34 7. O campesinato brasileiro Campesinato no Brasil Traços estruturais do período colonial mantidos Desigualdades históricas Posse efetiva da terra (1822 e 1850) Ocupação destas terras sem titulação jurídica Nelas produziam para o consumo próprio, mas também para o mercado Domínio dos grandes empreendimentos Pequenos espaços de terras dentro de latifúndios Camponeses não tinham direito à terra Sesmarias tinham precedência legal sobre a terra Camponeses eram excluídos da dinâmica econômica colonial e da estrutura de poder Constituição de 1891 35 Conclusão 08 A sociedaderural brasileira foi se formando ao longo da história, a partir da chegada de europeus no país, e é marcante a junção de culturas dos povos que vieram ao Brasil para atuar no sistema agrário, principalmente dos negros africanos, que foram trazidos como mão de obra escrava, e dos brancos europeus. A desigualdade social e de posse de terras sempre foi bastante perceptível, e perdura até hoje, o que foi motivo de diversos conflitos e movimentos ao longo do tempo, buscando melhores condições de vida e terras para os que não a possuem poderem produzir. 8. Conclusão 37 • BARBOSA, Francisco Benedito da Costa. FORMAÇÃO DA SOCIEDADE RURAL E SEUS REFLEXOS NO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL. Belém: Pesquisa IPADES, 2011. 18 p. • DANIEL, Vanessa Cristhina Zorek; BEGA, Maria Tarcisa Silva. Estado e campesinato brasileiro: um panorama sobre as relações dos governos federais e as políticas públicas para o campo. Guaju, v. 4, n. 2, p. 30-47, 2018. • OLIVEIRA, Daniel Coelho; MOREIRA, Ugo Fonseca. Sociologia Rural. Montes Claros: Editora Unimontes, 2012. 67 p. • WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel. O campesinato brasileiro: uma história de resistência. Revista de economia e sociologia rural, v. 52, p. 25-44, 2014. Bibliografia 38 Obrigado (a)
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