AV1-A_ G UNI CETI 4 - Cidadania e Ética (4)

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13/09/2021 AV1-A: G.UNI.CETI.4 - Cidadania e Ética
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AV1-A
Entrega 18 set em 21:00 Pontos 15 Perguntas 10
Disponível 11 set em 9:30 - 18 set em 21:00 7 dias
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1,5 / 1,5 ptsPergunta 1
Leia com atenção o seguinte trecho extraído da obra de Aristóteles:
 
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Que o homem seja um animal político no mais alto grau do
que uma abelha ou qualquer outro animal vivendo num
estado gregário, isso é evidente. A natureza, conforme
dizemos, não faz nada em vão, e só o homem dentre todos
os animais possui a palavra. Assim, enquanto a voz serve
apenas para indicar prazer ou sofrimento, e nesse sentido
pertence igualmente aos outros animais [...] o discurso
serve para exprimir o útil e o prejudicial e, por conseguinte,
também o justo e o injusto; pois é próprio do homem
perante os outros animais possuir o caráter de ser o único a
ter o sentimento do bem e do mal, do justo e o injusto e de
outras noções morais, e é a comunidade destes
sentimentos que produz a família e a cidade (ARISTOTE.
La politique. Trad. J. Tricot. Paris: Vrin, 1982).
 
O filósofo, nesta passagem, afirma que:
 
O homem se diferencia dos outros animais por ser um zoon politikon
(animal político).
 O homem se diferencia dos outros animais por ser capaz de falar. 
 
O homem se diferencia dos outros animais por ser capaz de falar e,
com isso, utilizar um discurso lógico.
 
O homem se diferencia dos outros animais apenas por ser um zoon
politikon (animal político) com voz.
 
O homem se diferencia dos outros animais por ser um zoon politikon
(animal político) e possuir o discurso lógico ou logos.
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Para Aristóteles, somos animais políticos (zoon politikon) que
possuem um logos ou capacidade de discursar, e não apenas
emitir sons de dor ou prazer.
1,5 / 1,5 ptsPergunta 2
Considerando a charge, pode-se afirmar que
 
O consenso é maior que a soma das partes e portanto mais verdadeiro.
 
O pensamento compartilhado pela maioria é o correto na maioria das
vezes.
 
O conhecimento simples aprendido na prática é mais importante que o
conhecimento científico.
 
O senso comum é confortável porque não exige a responsabilidade de
pensar diferente.
 O bom senso salva do frio da ignorância pelo saber acadêmico. 
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1,5 / 1,5 ptsPergunta 3
Considerando o livro-texto, analise as sentenças abaixo e assinale a
asserção correta, que faz referência ao conceito de justiça e ao
conceito de ética profissional:
I. A justiça está entrelaçada à busca por uma igualdade social, todavia
ela pode mudar ao longo dos tempos. 
II. A atuação profissional de todos os trabalhadores especializados é
chancelada pela ciência, que dá credibilidade para a atuação. 
III. Deontologia é o conjunto de princípios e regras de condutas e
deveres de uma determinada profissão. 
IV. A ética tem um caráter mais ligado à prática profissional e a
deontologia um caráter mais reflexivo.
Assinale a asserção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):
 III. 
 I, II e III. 
 I, II, III e IV. 
 I e II. 
 I e III. 
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Como apresentado na Unidade 1, tópicos 1.2 Justiça e crise de
valores e 1.2.1 Ética profissional.
A sentença “A justiça está entrelaçada à busca por uma
igualdade social, todavia ela pode mudar ao longo dos tempos”
está correta, pois o conceito de justiça está atrelado às
questões de igualdade social, porém de acordo com os
conhecimentos históricos sabemos que é um conceito mutável. 
A sentença “A atuação profissional de todos os trabalhadores
especializados é chancelada pela ciência, que dá credibilidade
para a atuação” está correta, pois é a ciência que dá condições
de comprovações técnicas. 
A sentença “Deontologia é o conjunto de princípios e regras de
condutas e deveres de uma determinada profissão” está
correta, pois este termo significa um conjunto de princípios e
regras de conduta, ou seja, os deveres de determinada
profissão.
1,5 / 1,5 ptsPergunta 4
(Enem/2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir
dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê
também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente
pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa;
mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é
proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira?
Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria:
quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e
prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento”
representada no texto
KANT, l. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo. Abril Cultural, 1980
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Assegura que a ação seja aceita por todos a partir livre discussão
participativa.
 
Garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida
futura na terra.
 
Materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem
justificar os meios.
 
Permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as
pessoas envolvidas.
 
Opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como
norma universal.
1,5 / 1,5 ptsPergunta 5
Leia com atenção os dois trechos abaixo:
 
(1)
A mulher pode ser educada, mas sua mente não é
adequada às ciências mais elevadas, à filosofia e algumas
das artes (Friederich Hegel, filósofo e historiador, séc. XIX).
 
(2)
Eles não são indivíduos unificados, autônomos, que
exercem o livre arbítrio, mas ao contrário, são sujeitos cujo
agenciamento é criado através de situações e posições que
lhes são conferidas. Ser um sujeito significa estar ‘sujeitado
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a condições de existência definidas, condições de
designação de agentes e condições de agentes e
condições de exercício’. Essas condições possibilitam
escolhas, apesar de não serem ilimitadas. Sujeitos são
constituídos discursivamente, a experiência é um evento
lingüístico (não acontece fora de significados
estabelecidos), mas não está confinada a uma ordem fixa
de significados. Já que o discurso é, por definição,
compartilhado, a experiência é coletiva assim como
individual. A experiência é uma história do sujeito (SCOTT,
Joan W. Experiência.In: SILVA, Alcione Leite da; LAGO,
Mara Coelho de Souza; RAMOS, Tânia Regina Oliveira
(Org.). Falas de gênero: teorias, análises, leituras.
Florianópolis: Editora Mulheres, 1999. p. 21-55).
 
Podemos afirmar em relação aos trechos acima citados que:
 
O primeiro justifica a segundo pelo fato de a desigualdade ser uma
construção social.
 Ambos afirmam que a desigualdade é uma construção social. 
 
O primeiro refuta o segundo pelo fato de a desigualdade ser uma
construção social.
 
O segundo refuta o primeiro pelo fato de a desesigualdade ser uma
construção social.
 
O segundo justifica o primeiro pelo fato de a desigualdade ser uma
construcão social.
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Ao longo da história do ser humano, o papel masculino se
destacou sobre o feminino por meio de uma diferenciação
cultural, sem justificações científicas.
1,5 / 1,5 ptsPergunta 6
“Há uma base estrutural em nossa sociedade, baseada em uma visão
heteronormativa que concebe a questão do gênero a partir de uma
lógica binária, que hierarquiza os gêneros, sempre colocando o
masculino em detrimento do feminino, gerando a misoginia. A
misoginia, ou o ódio ao feminino, é a origem de outros preconceitos,
como a homofobia. A luta contra preconceitos por uma sociedade
diversa e igualitária iniciou-se no Ocidente com as mulheres, que
questionaram a liberdade sexual dos homens, reivindicando controle
sobre seus próprios corpos e levantando questões relativas ao direito
reprodutivo. Os movimentos feministas se expandem e, a partir da
década de 1990, se dispersam e se diversificam, passando a ocupar o
ambiente acadêmico” (NAPOLI, Francesco, 2018).
Qual a relação entre as problemáticas de gênero (misoginia e
homofobia) e racial?
 
A discussão sobre gênero e raça coloca a condição humana no centro
de um conjunto de discursos, que procuram ou não garantir maior
igualdade de direitos.
 
Trata-se de temas ideológicos e quem insiste em discutir tem ambições
morais.
 
Os temas gênero e raça são completamente independentes, não
havendo nenhuma relação entre eles.
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A desigualdade de gênero é uma das mais injustas da história da
humanidade, no entanto, a desigualdade de raça faz parte de um
passado longínquo, superada no século XXI.
 
São problemáticas que não precisam ser discutidas, pois a biologia tem
explicação para as duas questões há muito tempo.
Como apresentado na Unidade 2, tópico 2.1.4 Gênero e raça na
sociedade brasileira.
As discussões sobre gênero e raça colocam no centro a
condição humana. A luta contra esses preconceitos é a luta por
uma sociedade diversa e igualitária. Pois um ambiente rico em
diversidade e criativo agrega pessoas bem resolvidas, que
podem ser da maneira que quiserem.
1,5 / 1,5 ptsPergunta 7
Leia com atenção o seguinte trecho:
 
[...] o conhecimento genético emergente tem o potencial de
transformar noções contemporâneas de coesão social e de
identidades coletivas [...] estão também em jogo questões
ligadas à auto-estima e valorização, coesão social, acesso
a recursos e formas de remediar injustiças historicamente
produzidas.
(BRODWIN, P. Genetics, identity, and the anthropology of essentialism.
Anthropological Quarterly, n. 75, p. 323-330, 2002)
 
Quando Brodwin diz que ocorre “acesso a recursos e formas de
remediar injustiças historicamente produzidas”, ele se refere a
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questões de raça e etnia, pois:
 
Ao longo do tempo, a capacidade científica do homem sempre foi
limitada para a compreensão dos elementos biólogicos das raças de
seres humanos.
 
Ao longo do tempo, houve muitas divisões erradas a respeito das
diversas raças de seres humanos.
 
Ao longo do tempo, se concluiu que o ser humano poderia ser dividido
por raças, sendo que haveria uma única raça com as melhores
habilidades.
 
Ao longo do tempo, se pensou que o ser humano poderia ser dividido
por raças, sendo que haveria uma raça com habilidades melhores do
que a outra.
 
Ao longo do tempo, nunca houve um estudo sério a respeito das raças
e de suas implicações na desigualdade social.
Por muito tempo, o ser humano pensou que biologicamente
seria possível compreender a condição humana por meio do
conceito de raça, o que ocasionou situações de racismo.
Biologicamente, não há evidências para a divisão dos seres
humanos por raça.
1,5 / 1,5 ptsPergunta 8
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Segundo dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), negros e negras, o que inclui pardos e pretos,
compõem 53,6% da população brasileira. Apesar de maioria, essa
população enfrenta desigualdades, a começar pelo quesito renda:
entre os 10% da população mais pobre do país, 76% são negros.
Entre o 1% mais rico, apenas 17,4% são negros. A população negra é,
ainda, a mais suscetível à violência: um homem negro tem oito vezes
mais chances de ser vítima de homicídio no Brasil do que um homem
branco, apontam estudos realizados a partir de dados do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). (...) Na educação, enquanto
22,2% da população branca têm 12 anos de estudos ou mais, a taxa é
de 9,4% para a população negra. O índice de analfabetismo para a
população negra é de 11,8% — maior que a média de toda população
brasileira (8,7%). Para o representante do UNFPA no Brasil, Jaime
Nadal, “os indicadores sociais e econômicos provam que a população
negra segue sendo discriminada”. “É especialmente alarmante
constatar os níveis de violência contra jovens negros e negras que tem
resultado na perda prematura de tantas vidas. Isso se deve, em
grande parte, ao racismo e ao imaginário social, que aceita a
ocorrência dessas mortes e a sua impunidade”, declarou.
Agência da ONU Brasil, 22/03/2017. Negros são mais afetados por
desigualdades e violência no Brasil
 
Considerando o texto, pode-se afirmar que:
 
A mobilidade social no sistema de classes no Brasil é devida à posição
entre pardos e pretos, na qual os pardos estão em situação de maior
desigualdade.
 
A violência praticada pela população negra deixa os jovens com 8
vezes mais chance de serem vítimas de homicídio no Brasil.
 
A população negra é mais suscetível à violência devido à maior
dificuldade de acesso à educação e aos índices de analfabetismo.
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A Desigualdade é pior para os negros devido ao fato de que apenas
17,4% da população negra ocupa posição de maior renda entre os
mais ricos do Brasil.
 
A população negra é mais afetada pela violência e pelas desigualdades
devido a desvantagens no sistema de estratificação por raças e ao
racismo.
1,5 / 1,5 ptsPergunta 9
Costuma-se dizer no Brasil que o racismo não passa simplesmente de
um produto da desigualdade social, pelo fato de boa parte da
população negra ainda carecer do acesso a educação superior e
serviços básicos. Mas o que explicaria, então, a escassez de técnicos
e executivos negros no futebol, já que a maioria dos que ocupam
essas funções é composta por ex-jogadores que, em boa medida,
também vieram das classes mais pobres? (...) Iniciativas como o
Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que monitora casos
e constata o aumento do número de ofensas raciais no ambiente
esportivo, contribuem para desconstruir o mito do “racismo velado”. O
Brasil ainda preserva o racismo estrutural, escancarado, colocado em
prática das mais diversas maneiras. Por seu caráter popular, o futebol
expõe nossas falhas e omissões no combate à discriminação.
PIRES, Breiller. O futebol desconstrói o mito da democracia racial. El
País, 20 de novembro de 2018.
 
Considerandoo texto apresentado, avalie as afirmações.
I. A ideia de uma democracia racial é um mito, pois supõe que no
Brasil as pessoas de diferentes características raciais estejam na
mesma situação social e que não existe racismo.
II. O racismo no futebol é decorrente da relação emocional que as
pessoas estabelecem com o esporte e, portanto, não serve de
exemplo da desigualdade racial na sociedade brasileira.
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III. O racismo velado demonstra que o preconceito na sociedade
brasileira é muito mais uma questão da desigualdade econômica e
da pobreza do que de discriminação racial.
É correto apenas o que se afirma em
 I e II, apenas. 
 II e III, apenas. 
 I, II e III. 
 I, apenas. 
 II, apenas. 
1,5 / 1,5 ptsPergunta 10
A noção de etnicidade designa a vivência e a expressão de certos
graus e formas de coerência, solidariedade e uma consciência da
diferença própria a cada grupo étnico. A noção de etnicidade, como
marcador de diferença social de grupos, sinaliza para o modo como os
grupos étnicos se afirmam em matéria de orgulho e positividade em
oposição à visão que deles têm outros grupos, em especial quando
esses são segmentos dominantes no que se refere ao poder nas
sociedades de que fazem parte.
LIMA, A. C. S.; CASTILHO, S. R. R. Grupos étnicos e etnicidades. In: BRASIL.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Sociologia: ensino médio.
Coordenação de Amaury César Moraes. Brasília, 2010. (Coleção Explorando o
Ensino, v. 15) (Adaptado).
Com base na abordagem de etnicidade exposta no texto, assinale a
opção correta.
 
Os processos de identificação por meio dos quais um grupo indígena
se diferencia de outros são explicados pela noção de etnicidade.
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O ambiente urbano, caracterizado como ponto de contato entre grupos,
dificulta e, às vezes, até impede o reconhecimento da identidade étnica
devido ao processo de aculturação.
 
O reconhecimento de um grupo como indígena ou não cabe ao
cientista social, que é o agente capaz de definir, de modo objetivo e
imparcial, essa identidade étnica.
 
O reconhecimento de identidades indígenas depende de uma
ancestralidade recuada e de uma descendência linear.
 
Para ser considerada um grupo étnico, uma coletividade indígena
necessita manter traços culturais intactos.
Pontuação do teste: 15 de 15