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Bases celulares e moleculares 2 Glicólise Geral: É o processo de oxidação (quebra) da molécula de glicose, primeira etapa da respiração celular; Pode ocorrer com ou sem a presença da molécula de oxigênio (varia de acordo com o tipo de ser vivo em questão); Produtos: 2 moléculas de piruvato, 2 ATPs e 2 NADH; Ocorre no citoplasma. Etapas da glicólise: 1- Processo de fosforilação da molécula de glicose e a divisão desta em duas trioses, a qual ocorre com a utilização de duas moléculas de ATP, portanto, ocorre GASTO energético; 2- Ocorre a utilização das moléculas de trioses com o objetivo de produzir energia (ATP E NADH) e formar a molécula de piruvato. Fases da glicólise: 1° fase: Fosforilação da glicose Realizado pela enzima: hexoquinase; O fosfato é adicionado ao carbono 6 da glicose; Passa a se chamar: glicose-6-fosfato; Nessa fase, gastou 1 ATP e a reação é irreversível. OBS: isso ocorre para que a molécula de glicose não consiga sair da célula, pois adicionando o fosfato, a molécula fica negativa, sendo repelida e ficando pressa dentro da célula. 2° fase: Isomerização da glicose-6-fosfato Realizado pela enzima: fosfoglicoisomerase; Ocorre um rearranjo na cadeia molecular (sem perda de carbonos); Passa a se chamar: frutose-6-fosfato; Reação reversível. OBS: o grupo carbonila que estava na extremidade da molécula, muda de localização, dependendo de onde fica, vai ser uma aldose ou uma cetose. 3° fase: Fosforilação da frutose-6-fosfato Realizado pela enzima: fosfofrutosequinase-1 (PFK-1); Ocorre um 2° gasto de energia (ATP); Passa a se chamar: frutose-1,6-bifosfato; Reação irreversível. 4° fase: Divisão da frutose-1,6-bifosfato em dois fragmentos de 3 carbonos cada Realizado pela enzima: aldolase; Os dois produtos passam a se chamar: diidroxicetona fosfato e gliceraldeído-3-fosfato; Reação reversível. 5° fase: Conversão da diidroxicetona fosfato Realizado pela enzima: triose fosfato isomerase; Passa a se chamar: gliceraldeído-3-fosfato; Reação reversível. OBS: Diidroxicetona fosfato: carbonila ligada entre 2 fosfatos; OBS: Gliceraldeído-3-fosfato: carbonila ligada na extremidade, é o menor carboidrato de 3C. 6° fase: Oxidação da gliceraldeído-3- fosfato Realizado pela enzima: gliceraldeído-3-fosfato- desidrogenase; Passa a ser chamado: 1,3-bisfosfoglicerato; Nessa etapa, ocorre a redução (ganha elétrons) de NAD em NADH (formam 2 NADH) e a reação é reversível. (H sai do primeiro C e vai para o NAD). OBS: toda reação que a molécula ganha ou perde, ela muda de nome e de função. 7° fase: produção de 2 ATP – Converte o 1,3-bisfosfoglicerato Realizado pela enzima: fosfoglicerato quinase; Passa a se chamar: 3-fosfoglicerato; Essa reação acontece 2 vezes, formando, por isso, 2 APTs e a reação é reversível. OBS: tira o grupo fosfato do C 1 e passa para o ADP, que vira ATP. 8° fase: rearranjo do 3-fosfoglicerato Realizado pela enzima: fosfogliceromutase; Passa a se chamar: 2-fosfoglicerato; Reação reversível. OBS: muda o gruo fosfato do 3° C para o 2° C. 9° fase: desidratação do 2-fosfoglicerato Realizado pela enzima: enolase; Passa a se chamar: fosfoenolpiruvato; Reação reversível. OBS: perda de um H2O, um do C e um do CH2). 10° fase: conversão do fosfoenolpirucato em 2 moléculas de piruvato e 2 moléculas de ATP Realizado pela enzima: piruvato quinase; Passa a se chamar: piruvato ou ácido pirúvico; Essa reação acontece 2 vezes, formando 2 piruvatos e 2 ATPs OBS: retira o grupo fosfato e passa para o ADP, que vira um ATP. ATP: Fase preparatória: gastou 2 ATP; Fase de pagamento ou produção: formou-se 4 ATPs e 2 piruvatos; Saldo positivo: 2 ATPs, 2 piruvatos e 2 NADH. Glicólise: Principal meio de degradação da glicose; Obtenção de energia mesmo em condições anaeróbicas; Permite a degradação da frutose e da galactose. Etapas irreversíveis da glicólise e regulação em células hepáticas e extra-hepáticas: Hexoquinase (músculo) ou glicoquinase (fígado): 1° reação A enzima reguladora está dentro do núcleo, quando o fígado tem muita frutose-6-P, indica que não é necessário mais produção de energia. Dessa forma, a hexoquinase é inibida pelo próprio produto, aumentando a afinidade da glicoquinase pela enzima reguladora, que a leva para dentro do núcleo. Fosfofrutoquinase-1: 3° reação PFK-1 é a principal proteína reguladora da glicólise, ela manda quando pra e quando continua o processo. É inibida pela alta taxa de ATP ou citrato, e pela baixa taxa de frutose- 2,6-bifosfato. É ativada pela alta taxa de ADP e de frutose-2,6-bifosfato. Piruvato quinase: 10° reação Inibida pelo glucagon no jejum (fígado). OBS: no músculo ela não consegue inibir, não contribui na regulação desse tipo de tecido. Células musculares: As células musculares e cardíacas utilizam prontamente a glicose. A insulina estimula o transporte de glicose para dentro das fibras musculares por meio do GLUT4 (a). Na ausência de insulina, GLUT4 existe em vesículas intracelulares, onde não pode facilitar o transporte de glicose. A ligação da insulina ao seu receptor na membrana plasmática inicia uma cascata de sinalização que promove o deslocamento e a fusão de vesículas contendo GLUT4 com a membrana plasmática, colocando assim o GLUT4 onde pode facilitar o transporte de glicose. Fígado: O armazenamento de glicose como glicogênio (h) é importantíssimo no fígado. Em períodos de jejum, glicogênio é degradado (i) no fígado para que a glicose seja liberada para a corrente sanguínea (m). O fígado realiza glicólise (d), sendo que o piruvato produzido é convertido pelo complexo da piruvato desidrogenase (f) em acetil-CoA, a qual é oxidada pelo ciclo de Krebs (g) e/ou é utilizada para síntese de ácidos graxos (j). O fígado também converte precursores de três carbonos (lactato, piruvato, glicerol e alanina) em glicose pelo processo de gliconeogênese (l), para suprir as necessidades de glicose de outras células e do cérebro (m). OBS: o fígado compartilha glicose porque ele tem a enzima glicose-6-fosfatase, que transforma a glicose-6-P em glicose. O fígado não compartilha pois não possui a enzima. Afinidade: A hexoquinase tem maior afinidade pela glicose do que a glicoquinase (afinidade pequena, Km alto=10). Isso ocorre pois em jejum, se a glicoquinase tivesse uma alta afinidade, a glicose iria para o fígado e faltaria para sistemas mais “importantes”, como o nervoso e para as hemácias. Glicólise anaeróbica (fermentação): Quando as células têm um suprimento limitado de oxigênio (p. ex., medula renal), ou poucas ou nenhuma mitocôndria (p. ex., as hemácias), ou demandas muito aumentadas para ATP (p. ex., músculo esquelético durante exercício de alta intensidade), elas dependem de glicólise anaeróbica para a produção de ATP. Isso porque: ocorre a hipóxia (diminuição de oxigenação tecidual), dessa forma, o ciclo de Krebs para ou reduz muito, pois ele é aeróbico. Para que continue ocorrendo a produção de energia, o piruvato é fermentado, virando o lactato, a partir da oxidação do NADH, que passa seu H+ para o piruvato. Assim, o NADH é oxidado em NAD, que fica livre para pegar o H+ que o oxigênio (transportador) pegaria. Dessa maneira, a via glicolítica não para. Nas hemácias isso ocorre a todo momento, a exemplificação foi no músculo, pois só ocorre em caso de hipóxia. A dor muscular após exercício físico intenso é causado pelo acúmulo de lactato no tecido muscular. Ciclo de cori: Consiste na conversão da glicose em lactato em tecidosmusculares, durante um período de privação de oxigênio (hipóxia) e em seguida, a conversão do lactato em glicose no fígado.
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