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You just dont understand Troubled Engagements Between Feminists and IR Theorists

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As desigualdades de gênero por muito tempo foram encobertas pelos teóricos de RI, era claro que as mulheres não tinham seu devido espaço, isso causo uma decepção para os ideais feministas. Nessa obra a autora se propõe a analisar os questionamentos femininos e mostra que as mulheres conseguem criar uma esfera diferente das criadas pelos teóricos de RI.
Mesmo que os teóricos de RI não assumam, as desigualdades dos gêneros causam impacto na vida pessoal e publica das mulheres. Para as feministas, gênero é um aglomerado de fatores, num sentido figurado, mas sempre que entra em pauta características como poder ou autonomia, o gênero masculino é o primeiro ser relacionado com tais características, em contra partida quando entra em pauta fragilidade ou submissão, o gênero feminino é o primeiro a ser ligado. Essas características são ideias sociais que foram aumentando com o tempo.
Mesmo que em diferentes culturas existe diferentes tratamentos entre os gêneros nota-se um padrão, de acordo com Joan Scott, sempre o sexo masculino se destaca em cima do feminino, causando uma desigualdade e criando uma relação de poder. Scott também afirma que pelo fato dessa desigualdade existir, a mulher acaba sendo inferiorizada, sendo excluída de assuntos econômicos e políticos. É por esses motivos que muitas das feministas atuantes da causa sempre colocam em pauta essas relações.
Jane Flax menciona que mesmo o feminismo sendo relacionado com a restauração da atuação feminina, também se deve se lembrar que essa atuação faz parte das relações sociais que as envolve. Teóricos das RI devem perceber a importância deste fato para as mulheres, assim entendendo que gênero não é exclusivamente sobre as mulheres e sim sobre os homens também.
Martin Wight, em sua obra “Por que não há teoria internacional?” constatou a carência de uma tradição teórica internacional semelhante à abundante tradição histórica da filosofia política ocidental. E o motivo para tal carência poderia ser vista no caráter do sistema internacional. Wight cita que a teoria internacional não era progressista e sim uma teoria da sobrevivência. Ele evidencia uma teoria de relações sociais progressista que reque melhorias sociais, que ocorreriam unicamente numa área política, um Estado.
Para os teóricos feministas, Wight se equivoca ao dizer que a teoria progressista se assemelha com uma tradição das ideias do pensamento politico ocidental, que, regularmente, omitia as mulheres.
A teoria realista não dava abertura para as teorias feministas, visto que a ontologia é fundamentada em Estados que atuam num sistema internacional anárquico. Essas teorias feministas eram baseadas em gnoses que pegavam as relações sociais como seu conjunto essencial de análise.
Alguns teóricos de relações internacionais começaram a utilizar das tradições kantiana e grotianas que requisitam de uma sociedade internacional dos Estados cuja as relações sociais nesta seja factível. Essa ação ocorreu perante a grande desenvolvimento da interdependência econômica, o desdobramento de atores não estatais, como ONG, e o aumento das instituições.
Os teóricos das relações internacionais constantemente erram ao relacionar os teóricos feministas e tradição idealista. Essa teoria apesar de operarem na extinção das diferenças sociais, também é um obstáculo para as feministas, a teoria foi fundamentada em ideias que normalmente minimiza as mulheres. A maior parte dos teóricos políticos ocidentais deixavam claro suas declarações afirmando que as mulheres eram incapazes. Um bom caso para se mencionar seria o fato que Kant propunha que as mulheres não deveriam ser educadas, pois isso afetaria diretamente o desenvolvimento dos homens.
As ideias de Kant sobre as mulheres são prováveis de ser despejada, todavia as feministas consentem que a tradição filosófica ocidental é, intrinsicamente, engajada nos pressupostos masculinos para moldar-se a base de uma estruturação de uma RI de gêneros.
Para Hans Morgenthau a teoria internacional seria capaz de ser progressiva, contudo, não seria do mesmo modo que Wight estabeleceu. Morgenthau acredita que a teoria deveria ser uma teoria internacional cientifica, que inspirasse as relações internacionais entre os Estados. É nesse ponto em que as feministas veem uma discordância. Porém, em diversas ocasiões as feministas não conseguiram assimilar o motivo de procurar teorias cientificas apresentada pelos realistas primários, como Morgenthau. Ele supunha que, caso houvesse uma procura maior por pressupostos mais intrínsecos nas leis, fatalidades como o nazismo poderiam ser evitadas no futuro.
Essas criticas de Morgenthau foram instruções para a politica externa americana, mas o seu foco era totalmente diferente das relações internacionais feministas.
A teoria feminista surgiu por volta de 1980 com teóricos críticos e fazia parte do “terceiro debate”, muitos dos teóricos das relações internacionais feministas se definiam como pós-positivistas de acordo com as demarcações de Lapid. Mesmo eles não sendo todos pós-modernistas. Não existe alguma ligação entre os pensamentos feministas e o pós-modernismo, porem estes possuem uma reflexão a respeito de uma diversidade de explicações. Ao mesmo tempo que as feministas observam princípios estruturais, elas também as apontam como instituídas socialmente ao decorrer das épocas, locais e culturas, em oposição ser universais.
Existe uma semelhança entre a teoria de Cox e a teoria feminista, visto que ambas buscam a resolução de problemas. Em consequência do mundo ser controlado por hierarquias de gênero e esta situação prejudicar as mulheres, nota-se que arduamente uma mulher conseguiria assumir tamanha posição gnosiológica.
As feministas buscam e utilizam de diversas tradições e literaturas externas às relações internacionais para idealizar suas analises em direção a teoria internacional. Essa busca para a compreensão dos outros para si é importante, porém dificilmente um teórico das RI pode entender elas do mesmo jeito. As feministas foram além das ri para assimilar a construção social e manutenção das hierarquias de gênero. As teorias feministas, pormenoriza os motivos e resultados da opressão sofrida pelas mulheres e indicam métodos para acabar com ela. Carole Paterman destaca que o ato do feminismo está acima de corpos políticos e teoria social, feminismo é a indagação das formas de poder que os homens realizam sobre as mulheres.
Todos os questionamentos teórico-feministas são criados com base na teoria social e em tradições sociológicas, e nem todos fazem parte das relações internacionais, causando uma certa decepção nos teóricos por estes não conseguirem providenciar uma interpretação da teoria feminista, em contra partida as feministas também ficam na mesma situação, visto que há a ausência de anuência a respeito de que maneira uma investigação cientifica possa ser legítima. 
De acordo com Emily Rosenbeng a incorporação da mulher nas teorias e elas ganharem o mesmo tratamento que os homens podem se levar a resultado não esperado, isso só deixa claro como a hierarquia de gênero está intrinsicamente dentro da teoria. Todavia, as mulheres também sua parte nesse resultado. O fato de existir as “esferas das mulheres”, cria uma segregação entre os dois gêneros, sem incluir ainda que essa atribuição da mulher com a paz reflete para elas como se fossem calmas e seguissem o patriarcado, tratando como se as mulheres fossem singelas e irrealistas, incapazes de obterem seu lugar na política externa. A luta feminista justifica, não só que precisam de uma teoria internacional que não note seu gênero, mas formas de o gênero mudar o entendimento de modo que não seja apenas o acréscimo feminino.
As características femininas fundadas pelo iluminismo ocidental isolam o corpo das mulheres da alma, tirando a capacidade da mulher de ter seu conhecimento genuíno. O iluminismo foi declarado em condições masculinas, ele claramente coloca a mulher como inferior. Diferentemente das mulheres, os homens são vistos como detentores do conhecimento, tanto em ciênciassociais como naturais. A fundação dos sistemas patriarcais do capitalismo também tem seu envolvimento, com a divisão da área de trabalho iniciou-se a destituir as mulheres da infraestrutura econômica da independência.
Concordando com as feministas, aumentar a infraestrutura do conhecimento com o know-how das mulheres expandiria a objetividade. Sandra Harding analisa com base nas premissas disposta a ela para compreender se objetividade e conhecimento socialmente situados pode ser algo improvável. Para Harding, se observarmos a partir de uma visão feminista a objetividade se tornaria mais forte.
Semelhantemente, Donna Haraway também tem seu ponto, o conhecimento situado. Para ela, isso não quer dizer relativismo, e sim o fato de dividir assunto, conversas abertas, que ocasionariam em maiores relações no mundo. A comunicação é o recurso mais usado pelas feministas para seu envolvimento com os teóricos de RI, porem esse recurso provavelmente não será muito utilizado pelos cientistas sociais, para eles comunicação como é recurso é muito incomum para a fundamentação da teoria.
O conceito de segurança necessitou de uma mudança por volta de 1980 pelos cientistas da paz, esta começou ser a tratada em condições econômicas e ambientais. Isso ocorreu com mais intensidade logo depois do fim da Guerra Fria. Essa definição é a que mais conciliável com os conceitos feministas contemporâneos, mesmo havendo divergências notáveis entre ambos conceitos, em razão de que esses novos conceitos de segurança não veem muito o lado das mulheres ou as questões de gênero.
As feministas definem o conceito de segurança nas RI em várias cláusulas. As mulheres são muito proscritas nos sistemas de poder na generalidade dos Estados. Segurança não é apenas uma ideia das feministas e sim um processo. Essa procura por segurança abrange demonstra com clareza como as hierarquias sociais as afetam, de acordo com a sua fundamentação e constituição pela ordem internacional.
A ideia de segurança das feministas vem da concentração das relações sociais, de modo geral, as feministas reprovam o fato do exercício deste não se enquadrar em seu conceito. Por consequência deste, as feministas tomam atitudes que abordam as desigualdades estruturais. É com a reação ao Estado que as feministas conseguem examinar as competências de poder e militares sobre eles estes Estados fornecerem a segurança adequada.
As feministas tem uma forma diferente de analise, estas tendem a examinar os resultados das guerras ou conflitos e não em seus motivos para ocorrerem. Usam como suporte indícios para saberem informar o efeito que essas ações tem em cima da população. Mulheres e crianças são a maioria das vitimas desses conflitos, outro ponto que as feministas focam é sobre o estupro na guerra, estupro não é apenas uma consequência da guerra, é uma estratégia.
Segurança para as feministas é estudada igualmente em tópicos de conflito militar como em medidas econômicas ou violência estrutural. As mulheres nesses assuntos se equiparam aos homens, porém ainda se vê problemas como o salarial, no qual as mulheres recebem apenas 75% do que os homens recebem ou também sobre a população na pobreza, 70% destes indivíduos são mulheres de acordo com dados das Nações Unidas. Mesmo as mulheres sendo até melhores que os homens na maioria das sociedades, ainda existe uma minimização de suas atividades. O problema é que esses pontos relatados ainda não são suficientes para a segurança centralizada no Estado agir. As feministas buscam instigar o Estado e suas tradições para impor suas analises na estrutura das relações sociais. As desigualdades ajudam a aumentar a insegurança, essas desigualdades apenas são entendidas através de uma estrutura de um sistema fundado em bases patriarcais que só aumentam com o passar do tempo.
De fato, pode conseguir uma explicação através dos métodos estabelecidos de analise para as a falta de segurança causada nas mulheres pelas desigualdades. Para as teorias que idealizam as premissas estruturais não consideram que as estruturas socias poderiam influenciar de diversos modos a segurança de algumas sociedades, porem as feministas concordam quem isso pode ocorrer se inserir o gênero como tipo de análise. A desigualdade entre os gêneros pode ser compreendida.
Bibliografia:
TICKNER, J. Ann. You just don’t understand: Troubled Engagements Between Feminists and IR Theorists. International Studies Quarterly, v. 41, 1997. p. 611 – 632.

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