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Plano de tratamento - Terapia inicial, fase corretiva e terapia de manutenção

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LARA CARVALHO MORAES 
PLANO DE TRATAMENTO 
INTRODUÇÃO 
Cárie e doença periodontal – Infecções associadas ao biofilme. Fatores como patogenicidade, 
especificidade bacteriana, predisposição do indivíduo – influenciam no estabelecimento, na 
progressão e nas características clínicas da doença. 
Tratamento: eliminação e diminuição da infecção; introdução de medidas cuidadosas de 
controle de biofilme = Saúde dental e periodontal. Saúde não vai ser sempre atingida, mas a 
meta do tratamento é interromper a taxa de progressão da doença. 
Principais fatores de risco para periodontite crônica: Inadequado controle de placa e tabagismo. 
Exame completo > Diagnóstico > Planejamento do tratamento inicial (Estabelecimento do risco 
para cada dente) > Apresentação do caso ao paciente > Fase I: Terapia inicial (Relacionada à 
causa) > Reavaliação (Cooperação do paciente) > Planejamento da terapia adicional (Plano de 
tratamento definitivo) > Fase II: Terapia adicional (Corretiva) > Fase III: Terapia periodontal de 
manutenção. 
 
ETAPAS DO TRATAMENTO: 
 1.Terapia inicial relacionada à causa 
 2.Medidas terapêuticas adicionais (fase corretiva) 
 3.Terapia periodontal de manutenção 
Terapia inicial relacionada à causa: Remoção ou controle de biofilme 
Medidas terapêuticas adicionais: Cirurgia periodontal, terapia endodôntica, tratamento 
restaurador e protético. COOPERAÇÃO DO PACIENTE: pode não valer a pena iniciar 
procedimentos que só irão melhorar estética e função de maneira duradoura em indivíduos não 
comprometidos com o tratamento. 
Terapia periodontal de manutenção: Prevenção da recorrência da doença. Individualidade. 
Métodos de controle de placa realizados pelo paciente e pelo profissional, raspagem e 
alisamento radiculares, aplicação de flúor, controle regular das restaurações executadas na fase 
corretiva, etc. 
OBJETIVO DO TRATAMENTO: eliminação da infecção + atingir parâmetros clínicos desejáveis: 
1.Redução ou resolução da gengivite (sangramento a sondagem) 
2.Redução da profundidade de bolsa 
3.Eliminação das exposições de furca em dentes multirradiculares 
4.Estética e função satisfatórias 
 
EXAME COMPLETO: DETECÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL 
Exame periodontal básico (EPB) ou Registro de detecção periodontal (RDP) – Deveria ser feito 
sempre que um paciente chegasse ao consultório procurando tratamento dentário, da mesma 
forma que se investiga a presença de cárie. 
LARA CARVALHO MORAES 
EPB: Detectar a condição periodontal do paciente, razoável (medidas preventivas a longo prazo) 
ou acometido por periodontite (terapia periodontal). 
 Como? Cada dente ou implante é avaliado. Sonda milimetrada de ponta fina. Aplicada em 
pelo menos 2 sítios – mesiovestibular e distovestibular. Cada sextante dentário (dentes 
posteriores direito, dentes anteriores, dentes posteriores esquerdo de cada arcada) é avaliado. 
Considerar o índice mais alto entre os sítios examinados. 
ÍNDICES: 
0: Profundidade de bolsa ≤ 3 mm | sangramento a sondagem negativo | nenhum cálculo ou 
restaurações com excesso. 
1: Profundidade de bolsa ≤ 3 mm | sangramento a sondagem positivo | nenhum cálculo ou 
restaurações com excesso. 
2: Profundidade de bolsa ≤ 3 mm | sangramento a sondagem positivo | presença de cálculo 
supra ou subgengival ou restaurações com excesso. 
3: Profundidade de bolsa > 3 mm e ≤ 5 mm | sangramento a sondagem positivo. 
4: Profundidade de bolsa > 5 mm. 
▪ Paciente com todos os sextantes com índices 0, 1, 2 – saudáveis. 
▪ Paciente com um sextante com índices 3, 4 – realizar exame periodontal mais completo. 
 
Fonte: Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral - Lindhe 
DIAGNÓSTICO 
Gengivite / Periodontite leve / Periodontite / Periodontite grave e complicada. 
 
 
 
 
LARA CARVALHO MORAES 
PLANEJAMENTO E ETAPAS DO TRATAMENTO 
PLANO DE TRATAMENTO INICIAL: 
PRÉ-REQUISITO – DIAGNÓSTICO DETALHADO de todas as condições patológicas. Nessa fase 
inicial, muitas vezes é impossível tomar DECISÕES DEFINITIVAS com relação a todos os aspectos 
da terapia corretiva, pois: 
1.Grau de sucesso do tratamento inicial ainda é desconhecido. Dependem de raspagem 
subgengival e alisamento radicular, mas também da higiene do paciente e dieta adequados. 
2.Necessidade “subjetiva” do paciente por tratamento é desconhecida. Profissional deve 
compreender que objetivo além da eliminação da dor, também deve satisfazer às exigências 
estéticas e funcionais do paciente. O que o paciente espera do tratamento? 
3.Resultado de certas etapas do tratamento não pode ser previsto. Etapas críticas e difíceis do 
tratamento devem ser feitas inicialmente e o resultado desses procedimentos deve ser avaliado 
antes da decisão dos tratamentos definitivos. 
ESTABELECIMENTO DO RISCO PARA CADA DENTE 
1.Qual dente/raiz tem prognóstico bom? → Requerem terapia relativamente simples; podem 
ser considerados pilares seguros para função. 
2.Qual dente/raiz não é aconselhável ser tratado? → Devem ser extraídos durante terapia 
relacionada a causa. 
 Critérios: 
 Periodontais: 
▪ Abscessos periodontais recorrentes / Lesões endoperiodontais / Perda de inserção até 
o ápice. 
 Endodônticos: 
▪ Perfuração no terço apical da raiz / Alteração periapical em um elemento que recebeu 
pino ou núcleo. 
 Dentários: 
▪ Fratura longitudinal da raiz / Fratura oblíqua no terço médio da raiz / Lesões cariosas 
que invadam os canais radiculares. 
 Funcionais: 
▪ Terceiros molares sem antagonistas e com cárie/periodontite. 
3.Qual dente/raiz tem prognóstico duvidoso? → Requerem terapia abrangente para serem 
classificados como “bom”. 
 Critérios: 
 Periodontais: 
▪ Envolvimento de furca / Defeitos ósseos angulares / Perda óssea horizontal envolvendo 
mais de 2/3 da raiz. 
 Endodônticos: 
▪ Tratamento endodôntico incompleto / Patologia periapical / Presença de pinos e 
núcleos volumosos. 
 Dentários: 
▪ Cáries radiculares extensas. 
LARA CARVALHO MORAES 
APRESENTAÇÃO DO CASO AO PACIENTE: 
DESCRIÇÃO PARA O PACIENTE DE DIFERENTES METAS TERAPÊUTICAS. Diagnóstico, risco de 
cada dente, pode ou não ser tratado, alternativas de tratamento, etc. 
 
1. TERAPIA INICIAL RELACIONADA À CAUSA 
Início do tratamento. Medidas para eliminação ou controle da infecção pela placa bacteriana. 
▪ Instrução de medidas de higiene / Raspagem e alisamento radiculares em combinação 
com remoção de fatores retentivos de placa / Preparo e restauração das lesões 
cariosas / Tratamento endodôntico / Extração. 
 
REAVALIAÇÃO: (1-2 meses após término da terapia inicial) 
Análise dos RESULTADOS OBTIDOS a respeito da eliminação ou grau de controle das infecções – 
atividade de cárie, novo exame periodontal, etc. Avaliar COOPERAÇÃO DO PACIENTE. O 
resultado da reavaliação é A BASE PARA A SELEÇÃO DE NOVAS MEDIDAS ADICIONAIS OU 
CORRETIVAS, se necessárias. 
 
PLANO DE TRATAMENTO DA TERAPIA ADICIONAL: 
Se houve controle da infecção. TRATAMENTOS ADICIONAIS NECESSÁRIOS, 
REESTABELECIMENTO DE ESTÉTICA E FUNÇÃO. 
 
2. TERAPIA ADICIONAL (FASE CORRETIVA) 
 
▪ Extração adicional / Tratamento endodôntico adicional / Cirurgia periodontal / 
Instalação de implantes dentários / Tratamento protético e restaurador definitivo. 
- Cirurgia periodontal: áreas onde as lesões inflamatórias não foram resolvidas com raspagem e 
alisamento radicular ou áreas onde envolvimento de furca persistem. 
 
3. TERAPIA PERIODONTAL DE MANUTENÇÃO 
Sistema de controle que visa PREVENIR A RECORRÊNCIA DA DOENÇA. Individualidade de cada 
paciente: INTERVALO DE TEMPO ENTRE AS CONSULTAS → PACIENTE CONSEGUE FAZER 
CONTROLE DE PLACA? EM MÉDIA, A CADA 3 MESES. (alguns precisam ser vistos todos os meses, 
outros anualmente). 
Procedimentos executados nas consultas de revisão: 
▪ Avaliação do padrão de higiene oral / Raspagem e polimento dos dentes (se 
necessário). 
No mínimo anualmente um exame deve ser feito para detectar: cáries, gengivite, bolsas 
periodontais, envolvimento de furca, mobilidadedentária, alterações do nível ósseo. 
 
LARA CARVALHO MORAES 
CONSIDERAÇÃO FINAL 
Grande variedade de problemas apresentados por pacientes diferentes pode gerar DESVIOS 
nesse processo, mas OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS RELACIONADOS À TERAPIA DEVEM SER 
RESPEITADOS!

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