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Principais Protozoários em Cães e Gatos

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Os principais protozoários em felídeos
Toxoplasma gondii
Sinais Clínicos
Em geral, o animal ou o ser humano infectado por Toxoplasma gondii não apresenta sinal clínico. Entretanto, quando presentes, os sinais mais comuns são: febre, distúrbio gastrintestinal, dispneia, tremores musculares, linfadenopatia (lesões em linfonodos), cegueira, tosse, esplenomegalia (aumento do baço) e hepatomegalia (aumento do fígado). Os sinais clínicos se desenvolvem mais nos fetos que podem apresentar: crescimento intrauterino retardado; prematuridade e más formações. Além disso, pode ocasionar problemas neurológicos como: microcefalia, calcificação cerebral, degeneração cerebral e hidrocefalia, conhecidas como Tétrade de Sabin.
Diagnóstico
Classicamente, o diagnóstico laboratorial da toxoplasmose tem se baseado na pesquisa de anticorpos contra o parasito através de testes sorológicos. Segundo as características desses anticorpos, diferentes marcadores sorológicos têm sido descritos para distinguir entre infecção latente, comum na população, e infecção recente ou toxoplasmose-doença. Outras respostas se esperam, também, da sorologia da toxoplasmose, como datar na gestante seu contágio pelo toxoplasma ou, no paciente imunocomprometido, a reagudização de uma toxoplasmose latente. Por tais interrogações, a sorologia da toxoplasmose apresenta-se como uma das mais complexas, em contínua evolução, exigindo uma variedade de testes e experiência do responsável pela realização e interpretação dos resultados. Entretanto, a evidenciação do parasito, por isolamento a partir do material do paciente, ou pela demonstração de seus componentes, como antígenos ou segmentos do DNA, é de alto valor diagnóstico, especialmente nos imunocomprometidos, seja por imunodepressão ou por imunoimaturidade como no feto e no recém-nascido.
Tratamento e Profilaxia
Para prevenir a parasitose são utilizadas as seguintes medidas preventivas: evitar presença de gato nas instalações e propriedades; remover carcaças de animais mortos; controle de roedores; evitar ingestão de carne crua.
Cystoisospora spp.
Sinais clínicos
O parasita apresenta uma infecção assintomática, entretanto, pode apresentar os seguintes sinais clínicos: animais jovens são mais susceptíveis, diarreia amarelada com sangue, diarreia severa e crônica que pode durar entre uma e nove semanas, apatia, prostração e desidratação.
Diagnóstico
Em animais jovens há suspeita da infecção devido à ocorrência de fezes diarreicas. Com o emprego do método de flutuação em exames parasitológicos de fezes, é possível identificar a espécie de Cystoisospora, com base nas características morfológicas dos oocistos e no conhecimento da espécie no hospedeiro.
Tratamnto e Profilaxia
Medidas básicas de higiene, alimentação de boa qualidade e em quantidade suficiente e, sobretudo, respeito à lotação adequada nas criações são práticas recomendadas no controle de cistoisosporose.
Hammondia hammondi
Sinais clínicos
A infecção pelas espécies de Hammondia é considerada sem importância clínica, por não serem consideradas patogênicas.
Diagnóstico
No exame parasitológico de fezes dos animais infectados é possível verificar a presença de grande quantidade de oocistos de Hammondia, mas é preciso atenção pata não confundi-los com os de N. caninum e T. gondii quando o material fecal for oriundo de gato.
Tratamento e Profilaxia
Deve-se evitar alimentar os animais com carne crua ou malcozida, impedir que saiam para caçar, como também prevenir o consumo de carcaças, que devem ser enterradas.
Sarcocystis spp.
Sinais clínicos
Animais infectados geralmente não apresentam sinal clínico, mas podem desenvolver uma diarreia moderada e autolimitante.
Diagnóstico
Presença de oocistos esporulados ou esporocistos nas fezes dos hospedeiros definitivos. Mas dependendo do hospedeiro, cão ou gato, deve-se ter muito cuidado para não confundi-los com os de outras espécies dos gêneros Neospora, Hammondia, Toxoplasma e Besmoitia.
Tratamento e Profilaxia
As formas de controle se baseiam em: fiscalização de carne em abatedouros, o uso de adubos que não sejam de dejetos animais, a não poluição fecal do solo, impedimento do acesso de gatos aos alimentos dos animais de produção e fornecimento de carne cozida aos animais carnívoros.
Cryptosporidium parvum
Sinais Clínicos
Em geral, os animais apresentam uma diarreia, mas não é frequentemente observada em felinos.
Diagnóstico
Realizado por meio de exames parasitológicos de fezes, com o emprego de método de flutuação, em que são visualizados ao microscópio óptico, preferencialmente com contraste de fase, os oocistos característicos do gênero.
Tratamento e Profilaxia
A prevenção e controle são difíceis frente às características das espécies desse gênero, como o pequeno tamanho dos oocistos, os quais já estão esporulados por ocasião de sua eliminação, a resistência dos oocistos aos desinfetantes, o pequeno número de oocistos requerido para infecção e outras.
Giardia lamblia
Sinais clínicos
Esse parasita provoca diarreia e má absorção intestinal, possui proteases que podem agir sobre glicoproteínas de superfícies e lesar as microvilosidades e desencadeia resposta inflamatória e imune com produção de IgA e IgE que ativa os mastócitos e libera histamina, causando edema, aumento de motilidade e em consequência, diarreia. Em geral, é assintomática e autolimitada, podendo haver eliminação de cistos nas fezes por longos períodos, os animais jovens são os que mais frequentemente desenvolvem sinais, como presença de diarreia malcheirosa aguda ou crônica, vômitos, dores abdominais, desidratação, perda de peso ou redução do ganho do mesmo.
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo é dado pela identificação de cistos (método de centrífugo-flutuação com sulfato de zinco) nas fezes e trofozoítos nas fezes diarreicas frescas (suspensos em solução salina).
Tratamento e Profilaxia
Como medidas profiláticas, podem apresentar as seguintes: evitar o contato com animais infectados; evitar a ingestão de água e alimentos contaminados; destruir ou remover os cistos infectantes da água e do alimento que serão consumidos e do ambiente; tratar e remover os animais infectados do ambiente; boa higiene geral. 
Os principais protozoários em canídeos
Há protozoários como Cystoisospora spp., Hammondia spp., Sarcocystis spp., Cryptosporidium spp. e Giardia lamblia, que são comuns entre cães e gatos e que possuem sinais clínicos e diagnósticos semelhantes.
Neospora caninum
Sinais clínicos
O cão pode desenvolver encefalomielite, além de: tremores, convulsões, mudanças de comportamento, cegueira e líquor com aumento de proteínas.
Diagnóstico
O diagnóstico laboratorial se baseia na pesquisa de oocistos nas fezes do cão, entretanto, é observada uma baixa frequência. Outras técnicas de diagnósticos são:
1. Pesquisa de anticorpos: Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI); Ensaio de Imunoadsorção Enzimática (ELISA).
2. Histopatologia: Identificação de cistos ou taquizoítos teciduais.
3. Imunohistoquímica: Confirmação da presença de cistos ou taquizoítos teciduais.
4. Pesquisa do Material Genético (DNA): Reação em Cadeia da Polimerase (PCR):
Tratamento e Profilaxia
Para a prevenção da neosporose, são utilizados os seguintes métodos: não fornecer carne crua aos cães, e sim ração; evitar o acesso dos cães a restos de abortamento ou carcaças de animais (risco para cães); evitar o acesso de cães à água de beber e a alimentos de bovinos (risco para os bovinos).

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