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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Crescimento intra-uterino: Fase onde observa maior velocidade do crescimento e desenvolvimento que será base do processo cuja evolução repercutirá ao longo de toda vida, tem papel fundamental na programação metabólica e imprint metabólico. · Fase de ovo ou zigoto Até o 14º dia de gestação · Fase embrionária Do 14º dia à oitava semana de gestação · Fase fetal Da 8º a 40º semana de gestação O ganho de peso é lento no primeiro trimestre pois é a fase de hiperplasia, sendo maior a partir do terceiro onde observa-se a hiperplasia e hipertrofia e com maior pico (aceleração máxima) no final da gestação onde a hipertrofia é maior. É na fase de aceleração máxima de ganho de peso fetal que as curvas de peso de filhos de mulheres de baixo nível socioeconômico e de fumantes começam a se afastar da normalidade. - Até a 26º semana de gestação o peso dos gêmeos se mantém na faixa de normalidade, independentemente do número de fetos. O crescimento desacelera quando o somatório dos pesos se aproxima de um feto de 36 semanas. O crescimento intra-uterino sofre influência genética (38%), mas a maior parte é de influência ambiental (68%) (higiene, ganho de peso, nutrição, etc da mãe) Peso ao nascer: É um preditor de sobrevivência infantil sendo um indicador de saúde materna, do estado nutricional antes e durante a gestação. Permite o prognóstico de crescimento e ganho de peso a curto e longo prazos. · Baixo peso: Maior risco de morbimortalidade neonatal e pós-natal e pior evolução do crescimento e desenvolvimento pós-natal. · Peso excessivo (macrossomia): Fator de risco para mobimortalidade associada a traumas no parto, asfixia e distúrbio metabólico neonatal. Existem 3 categorias do peso ao nascer: Prematuro (peso e comprimento adequado pra idade gestacional, mas nasceram antes do tempo de 37-42 semanas); Retardo de crescimento intra-uterino RCIU (peso baixo ao nascer) e Prematura + RCIU. Criança nascida a termo: Nascem a partir de 47 semanas Termo pleno: Crianças que crescem entre 39-41 semanas tem menores chances de desenvolver morbidade. Além desses, existem crianças que são constitucionalmente (geneticamente) pequenas – Logo, o acompanhamento ao longo do tempo é fundamental para esse diagnóstico. CURVAS DE CRESCIMENTO FETAL As curvas diferem muito umas das outras pelo tamanho da amostra, fonte amostral, critérios de inclusão e exclusão e métodos de avaliação da idade gestacional. · Utilizamos a Intergrowth Peso ao nascer: · Acima de p90: Grande pra idade gestacional · Entre p10 e p901: Adequado para idade gestacional · Abaixo de p10: Pequeno pra idade gestacional Criança assimétrica/desproporcional: Apenas um déficit como por exemplo baixo peso. Geralmente ocorre no último trimestre da gravidez. Criança simétrica/proporcional: Restrição de crescimento intra-uterino durante toda a gravidez – Peso, estatura e perímetro cefálico são afetados. Curvas de crescimento fetal possuem critério estatístico que permite identificar os recém-nascidos que apresentam tamanho abaixo do esperado para idade gestacional, porém, não fornece informações sobre a evolução do crescimento intra-uterino. É necessário considerar outros parâmetros ou critérios de diagnóstico de RCIU, e não apenas o peso ao nascer: · Comprimento; · Perímetro cefálico; · Perímetro torácico; · Perímetro braquial; · Índice de proporcionalidade; · Condições clínicas; A amamentação materna aumenta a chance de recuperação do crescimento dos recém-nascidos pequenos para idade gestacional. Catch up do crescimento: Melhor prognóstico em termos de crescimento e desenvolvimento x doenças na vida adulta. AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO: É importante considerar as diferenças o padrão de crescimento entre os recém-nascidos a termos normais, os prematuros e os recém nascidos de RCIU. Recém-nascido pré maturo: é preciso investigar a idade gestacional provável e calcular a idade corrigida da seguinte forma: IDADE CORRIGIDA = 40 SEMANAS – IDADE GESTACIONAL EM SEMANAS A correção deve ser feita por tempo variável, dependendo do grau de imaturidade e do peso ao nascer. Recém nascido que sofreu RCIU: Além de investigar a idade gestacional e utilizar uma referência de crescimento intra-uterino adequada, deve-se avaliar também outros parâmetros, não apenas o peso e o comprimento. Índices de proporcionalidade Determinar o grau e o tipo de crescimento intra-uterino. - Investigar o fator etiológico – Os casos relacionas a patologias no feto (anomalias congênitas) devem ter acompanhamento diferenciado. INDICES: Devem ser avaliados em conjunto e não isoladamente. · Peso para idade; · Comprimento para idade; · Peso para comprimento; · IMC para idade; AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE CRIANÇAS COM SINDROME DE DOWN. Alteração genética que ocorre durante a divisão caracterizada pela redução de ganho estatural, baixa estatura final e tendência à obesidade devido a atividade física reduzida, erros alimentares, institucionalização e hipotonia muscular (diminui a saciedade, constipação intestinal). As curvas de crescimento mais utilizadas e recomendadas são as propostas por Cronck et. Al (1988) elaboradas a partir de dados da população americana. Considerações: 1. Recém nascidos com baixo peso são grupo de risco, mas com potencial para recuperação; 2. Avaliação e acompanhamento dessas crianças é fundamental; 3. Devido as características físicas e intrínsecas do recém-nascido com baixo pelo é necessário utilizar índices de proporcionalidade; 4. Necessidades de mais estudos sobre as consequências a longo prazo do RCIU; 5. Peculiaridades na avaliação da criança com síndrome de Down faz necessária a utilização de curvas específicas e mais acompanhamento;
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