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Execução de Alimentos Resumo

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Cumprimento de Sentença de Alimentos (Processo Civil) - 
Resumo Completo 
O cumprimento de sentença, aqui, envolve uma: 
 
• sentença de alimentos ou... 
 
• decisão interlocutória de alimentos. 
 
 
Seguindo o contexto do processo sincrético, como regra, o cumprimento de sentença ocorre 
nos mesmos autos, constituindo uma fase do processo. 
Contudo, "a execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em 
sentença ainda não transitada em julgado, se processa em autos apartados" (art. 531, § 1º, 
CPC). 
Já estudamos, em direito civil, os alimentos. 
 
Há uma série de características de direito material importantes e que influenciam no direito 
processual. 
Os alimentos possuem natureza personalíssima. 
A pretensão para requerer é imprescritível, porém, a pretensão executiva prescreve em 2 
anos. 
Desde já, é preciso apontar uma diferença importante. 
Os alimentos podem ser fixados no âmbito do Direito de Família ou em razão da 
responsabilidade civil. 
 
O primeiro caso ocorre: 
 
• Entre cônjuges/ companheiros 
 
• Entre pais e filhos; 
 
• Entre parentes ascendentes, descendentes e colaterais até o 2° grau; 
 
 
Já o segundo caso decorre, como o próprio nome diz, da responsabilidade civil e são também 
chamados de alimentos indenizativos. 
É importante observar que o inadimplemento de alimentos indenizativos NÃO autorizam a 
prisão civil. 
A execução promovida em face de uma sentença ou decisão interlocutória de alimentos é tida 
como uma execução especial. 
É especial porque segue um procedimento específico (não segue o procedimento comum de 
execução por quantia...). 
 
Como funciona a execução da alimentos? 
 
Em primeiro lugar, o exequente faz o requerimento. 
O requerimento poderá ser feito: 
• Onde o título se formou; 
• No atual domicílio do executado; 
• No local onde se encontram bens do executado; 
• No atual domicílio do beneficiário. 
 
Trata-se de competência concorrente. 
Ao prosseguir com a execução, o exequente precisa, em um primeiro momento, escolher o rito 
que deseja. 
Na prática, falamos em execução pelo: 
 
• Rito da penhora; 
 
• Rito da prisão. 
 
Essa escolha cabe ao credor (e não ao magistrado...). 
Além disso, o juiz não pode converter de ofício o rito da penhora (ou rito da expropriação) 
para o rito da prisão (STJ HC 128229 / SP). 
Entretanto, o STJ tem entendido que, a pedido do exequente, é possível converter o rito da 
prisão em rito da penhora (HC 311131). 
Para você entender melhor a execução pelo rito da penhora (ou expropriação) e pelo rito da 
prisão, vou separar a explicação em dois tópicos. 
 
Execução pelo rito da penhora 
 
Aqui, o exequente faz o requerimento e ocorre, em um primeiro momento, o juízo de 
admissibilidade. 
Ato contínuo, o juízo determina a intimação do réu, por meio do advogado, para pagamento 
em 15 dias. 
Caso o exequente não pague no período, deverá arcar com: 
• Multa de 10%; 
• Honorários de 10%; 
Em paralelo, dá-se início a execução forçada. 
Neste caso, diferente de uma execução comum, a penhora tem abrangência maior, podendo 
alcançar: 
• Caderneta de poupança até 40 salários-mínimos; 
 
• Desconto em folha de pagamento, salário, remuneração, aposentadoria etc. 
 
• Bem de família; 
 
O desconto dos rendimentos ou renda não poderá ultrapassar 50% dos ganhos líquidos do 
executado. 
Observe o que dispõe o art. 529, § 3º, do CPC: 
Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa 
ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em 
folha de pagamento da importância da prestação alimentícia. 
(...) 
§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito objeto de execução pode 
ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma parcelada, nos termos do 
caput deste artigo, contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse cinquenta por 
cento de seus ganhos líquidos. 
O bem de família, na execução de alimentos, também será alcançado. 
Trata-se de exceção prevista no art. 3°, III, da lei 8.009: 
 
 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, 
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: 
(...) 
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu 
coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses 
em que ambos responderão pela dívida; 
 
Execução pelo rito da prisão 
 
A prisão, aqui, é compreendida como medida coercitiva indireta desencorajadora. 
Evidente que a prisão, por si só, não tem aptidão para quitar o débito (art. 528, § 5º, CPC) 
Aliás, o pagamento parcial do débito também não tem aptidão para impedir a prisão. 
A prisão, como regra, será aplicada ao devedor VOLUNTÁRIO e INEXCUSÁVEL de alimentos. 
Você pode estar se perguntando: "e como funciona esse procedimento?" 
Após o trânsito em julgado da decisão, poderá o exequente prosseguir com a execução pelo 
rito da prisão. 
Pelo rito da prisão, o exequente poderá cobrar, no máximo, 3 parcelas vencidas, bem como as 
que se vencerem durante o processo. 
É que o disciplina o art. 528, § 7º, do CPC: 
art. 528 (...) 
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 
(três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do 
processo. 
Observe que o CPC de 2015, neste particular, consolidou o que já vinha estabelecido na 
súmula 309 do STJ: 
Súmula 309 - O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que 
compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem 
no curso do processo. 
Há, portanto, um limite de execução pelo rito da prisão. 
Por isso, superada 3 parcelas, será preciso buscar a parte faltante pelo rito da penhora que 
poderá ser feita em conjunto. 
Observe que a norma fala em ATÉ 3 prestações... 
O entendimento firmado pelo STJ é que o exequente não precisa aguardar 3 meses de 
inadimplemento para utilizar o rito da prisão. 
Poderá fazê-lo, por exemplo, com 1 mês de inadimplemento. 
Feito o requerimento pelo exequente, seguimos para a segunda etapa do cumprimento de 
sentença de alimentos. 
O juiz, nesta etapa, determina a intimação pessoal da parte (note que não pode intimar o 
advogado) para, em 3 dias: 
 
Pagar o débito; 
 
• Provar que já pagou; 
• Justificar o motivo pelo qual não pagou. 
 
Quanto a justificativa, é preciso estar atento... 
Não cabe, a título de justificativa alegar que: 
• Está desempregado; 
• Casou novamente e constituiu nova família; 
• Teve mais um filho; 
 
Aplica-se a teoria do adimplemento substancial. 
Nos dois primeiros casos, evidentemente, poderá o exequente, em separado, postular pela 
revisão dos alimentos (ação revisional). 
Contudo, não poderá deixar de pagar o importe devido com base nessas justificativas. 
Na hipótese de o magistrado não aceitar a justificativa, prosseguirá com a decretação da 
prisão (de 1 a 3 meses). 
Neste caso, a prisão será cumprida: 
• Em regime fechado (art. 528, § 4º, CPC); 
• Separado dos demais presos (art. 528, § 4º, CPC). 
• O próprio juiz, neste caso manda protestar o título.

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