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. PCP Psicologia e a Filosofia Pré-socrática A GRÉCIA FATORES QUE ESTIMULARAM O SURGIMENTO DA FILOSOFIA: a vida urbana (a polis grega), o surgimento do calendário, da escrita, dos espaços públicos, das leis, da política e da democracia, da educação por meio do discurso Essas características sociais despertaram o interesse por compreender homem e sua inserção na sociedade As riquezas geraram crescimento que exigiam organização social Nesse contexto, as reflexões filosóficas introduzem o homem em suas reflexões, surgindo as primeiras tentativas de sistematizar a psicologia. FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS Preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção IDEALISTAS: a ideia forma o mundo MATERIALISTAS: a matéria que forma o mundo já é dada para a percepção Os pré-socráticos se centravam nas manifestações físicas, enquanto que a alma (psique), sempre era transportada para um campo místico Os filósofos deste período preocuparam- se quase exclusivamente com os problemas cosmológicos Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas continuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade TALES DE MILETO (624-548 A.C.) É o mais antigo filósofo grego. Tales não deixou nada escrito, mas sabemos que ele . PCP ensinava ser a água a substância única de todas as coisas. A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano Do seu pensamento só restam interpretações formuladas por outros filósofos que lhe atribuíram uma ideia básica: a de que tudo se origina da água. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem à terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal. A cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a água; A água é a causa material de todas as coisas. HERÁCLITO DE ÉFESO (540-470 A.C.) IMPORTANTE! Foi considerado um dos filósofos mais fascinantes, apesar de suas ideias confusas, o que resultou no apelido de “O Obscuro”. Esse cientista transmitia seus ensinamentos na forma de jogos de palavras e charadas. Em razão da forma de expor seu pensamento, as ideias de Heráclito provocam debates acirrados há mais de vinte séculos. Heráclito nomeou o princípio organizador que governa o mundo de “logos” SÃO DELE AS SEGUINTES FRASES: "Da luta dos contrários é que nasce a harmonia. ” “Tudo o que é fixo é ilusão. ” “Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio” “Não escutem a mim e sim ao logos ” . PCP “Das coisas surge a unidade. E, da unidade, todas as coisas. ” PRINCIPAL IDEAL DE HERÁCLITO: tudo que existe é uma manifestação da unidade da qual o homem faz parte. As transformações, segundo o filósofo, são consequências da tensão entre os opostos, da ação e reação. Segundo ele, o sol é novo a cada dia e o universo muda e transforma-se infinitamente a cada instante. Ele recebeu a alcunha de filósofo do fogo por defender a ideia de que o agente transformador é o fogo. Ele purifica e faz parte do espírito dos homens. PITÁGORAS DE SAMOS (571-70 A.C.) Segundo Pitágoras, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e matéria, substância das coisas, consideraram o número como sendo a união de um e outro elemento. Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas. PARMÊNIDES DE ELÉIA (530-460 A.C.) IMPORTANTE! Parmênides propôs que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, indivisível e, portanto, imóvel. Ele considerou que o pensamento humano pode atingir o conhecimento genuíno e a compreensão. Essa percepção do domínio do "ser" corresponde às coisas que são percebidas pela mente. O que é percebido pelas sensações, por outro lado, é, segundo ele, enganoso e falso, e pertence ao domínio do não-ser. Trata-se de uma oposição direta ao mobilismo defendido . PCP por Heráclito, para quem "tudo passa, nada permanece". ANAXÁGORAS (499-428 A.C.) Anaxágoras realizou ainda um estudo original sobre o problema do conhecimento humano. ELE SEPAROU EM TRÊS ESTÁGIOS O CONHECIMENTO: A experiência e a sensação: a relação com o mundo desenvolve nossa sensibilidade, fazendo com que seja possível identificar as modificações dos objetos externos. A MEMÓRIA: o que vivenciamos através das sensações é depositado na nossa memória, definida como a nossa capacidade de conservar as experiências e os conhecimentos adquiridos. A TÉCNICA: o acúmulo de conhecimentos em nossa memória vai gerar a sabedoria, que por sua vez dá origem à técnica, que é a nossa capacidade de utilizar os conhecimentos para construir objetos e modificar a natureza. Anaxágoras acreditava que “tudo está em tudo, pois em cada coisa há uma parte de todas as coisas”. A diversidade deriva da combinação dos elementos do todo. Influencia a psicologia na concepção acerca da complexidade das relações na formação dos sujeitos. DEMÓCRITO (460-370 A.C.) Considerava o universo composto por átomos materiais indivisíveis. E o pensamento humano como determinado por agentes externos (determinismo). Como materialista, as perguntas que Demócrito se fazia eram direcionadas a entender quais circunstâncias causaram determinado evento, sem preocupar-se com o propósito ao qual o evento serve. A posição defendida por Demócrito era a . PCP de que tudo é resultado das leis naturais e, portanto, as questões da física podem ser explicadas por meio da compreensão da mecânica do mundo, interações entre elementos físicos, regidos pelas leis naturais. Derivando de sua posição materialista geral, a posição de Demócrito acerca da natureza dos objetos do mundo dava conta de que tudo é composto de partículas indestrutíveis, entre as quais existe espaço vazio. Embora sejam geometricamente divisíveis, estas partículas são fisicamente indivisíveis, infinitas em quantidade e sempre estiveram em movimento. CETICISMO O ceticismo é uma corrente de pensamento filosófico que defende a ideia da impossibilidade do conhecimento de qualquer verdade. Criado na Grécia Antiga por Pirro de Elis, esta filosofia rejeita qualquer tipo de dogma (afirmação considerada verdadeira sem comprovação) Ideias e crenças De acordo com os céticos, todo conhecimento é relativo, pois depende da realidade da pessoa que o possui e das condições do objeto que está sendo analisado. Como a cultura (regras, leis, costumes, visões e mundo, crenças) muda em cada período histórico, os defensores do ceticismo acreditam ser impossível estabelecer o que é real e irreal ou correto e incorreto. Logo, os céticos defendem a ideia de assumir uma postura de neutralidade em todas as questões, não fazendo julgamentos. Assim, o cético defende a indiferença total. . PCP Filósofos céticos da Antiguidade - ceticismo filosófico Pirro de Élis (filósofo grego do século III a.C.) Carneádes de Cirene (filósofo grego do século II a.C.) Enesidemo (filósofo grego do século I a.C.) SOFISMA/SOFISMO Sofisma ou sofismo em filosofia, é um raciocínio ou falácia se chama a uma refutação aparente, refutação sofística e também a um silogismo aparente, ou silogismo sofístico, mediante os quais se quer defender algo falso e confundir o contradito. No uso filosófico moderno,sofisma é um termo depreciativo para a retórica, que é projetado para atrair o ouvinte para além da estrita validade lógica das declarações que estão sendo feitas Os sofistas tinham uma visão relativista sobre a cognição e o conhecimento. Sua filosofia contém crítica da religião, direito e ética. Embora muitos sofistas eram tão religiosos quanto seus contemporâneos, alguns tinham opiniões ateias ou agnósticos. Os sofistas foram reputados como grandes mestres, eram procurados por jovens bem-nascidos, dispostos a pagar muito dinheiro para aprender o que os filósofos tinham a lhes ensinar Os sofistas negam a existência da verdade, ou pelo menos a possibilidade de acesso a ela. Para os sofistas, o que existe são opiniões: boas e más, melhores e piores, mas jamais falsas e verdadeiras. Na formulação clássica de Protágoras, “o homem é a medida de todas as coisas”. Entre os sofistas, destacam-se: Protágoras, Híppias, Górgias, Isócrates.
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