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Afecções da vesícula biliar COLELITÍASE COLELITÍASE – FATORES DE RISCO » Idade – a partir dos 50 anos » Sexo feminino – estrogênio » Raça – espânicos, caucasianos » História família » Estilo de vida; pesa de peso rápida, gravidez, jejum prolongado, sedentarismo e dieta rica em carboidratos e pobre em fibra *gravidez – A exposição ao estrógeno, incluindo o uso de contraceptivos orais e durante a gravidez, aumenta a expressão de receptores de lipoproteína hepática e estimula a atividade da HMG- CoAredutase hepática, aumentando tanto a captação quanto a biossíntese de colesterol, respectivamente. » Condições associadas; obesidade, síndrome metabólica, nutrição parenteral, predisposição genética, doenças no íleo terminal, lesões medulares. » ACBG8 aumenta a produção e captação de colesterol » Anemias hemolíticas → quebra de HB → bilirrubina liberada → favorece formação de cálculos pigmentares » Bariátrica: pesa de peso rápida, aumenta hipomotilidade,maior disponibilidade de colesterol. Recomendado retirar a vesícula quando faz bariátrica. COLELITÍASE – CÁLCULOS DE COLESTEROL → Patogenia – Fatores pré-disponentes » Supersaturação da bile » Hipomotilidade da vesícula biliar – estase » Presença de cálcio » Hipersecreção de muco na vesícula biliar → Quando as concentrações de colesterol excedem a capacidade de solubilização da bile (supersaturação), o colesterol pode não permanecer disperso e torna-se nucleado em cristais monoidratados de colesterol sólido 1. A partir da bile saturada ou litogênica, há descompensação dos itens da composição dessa bile 2. Há um desequilíbrio da relação entre colesterol ↑ e sais biliares. 3. Forma-se a LAMA BILIAR (inicio nucleação) RELEMBRANDO... → Bile – é produzida pelos hepatócitos, é composta de água, eletrólitos e solutos orgânicos. - É constantemente modificada pelos colangiócitos que revestem os ductos biliares e pela mucosa da vesícula biliar. Sendo assim, a bile da vesícula biliar é diferente da bile hepática. 4. Quantidade excessiva de colesterol leva a precipitação de cristais monoidratados de colesterol solido (nucleação + cristalização) + glicoproteínas (mucina) → CÁLCULOS PIGMENTARES - Associados a bilirrubinemia; estase biliar; infecções. Causas: » Disfunção ileal » Anemias hemolíticas » Escherichia coli » Áscaris lumbricoides » Trematóides COLELITÍASE – MORFOLOGIA → Colesterol puro » Exclusivamente na vesícula biliar » 5 a 10% puros – raro » Amarelo claro » Redondos, ovoides » Superfície externa dura » 2 a 4cm de diâmetro » Geralmente são únicos → Colesterol misto » 60 a 90% » Colesterol + bilirrubina » Múltiplos – 0,2-0,3cm » Brancos, acizentados a pretos » Radiopacos – consegue ver em raio x » Associado a colicistite → Cálculos pigmentados » 25% » Marrom a preto (borra de café) » Bile e ductos biliares » Brilhantes de contornos irregulares, espiculados e moldados » 0,2 a 0,5 cm diâmetro » Número variável » Bastante friável, macio e oleoso » Polímeros oxidados: bilirrubinato + carbonato de cálcio+ fosfato de cálcio + glicoproteína de mucina. » Mais perigosos pois podem obstruir os ductos O grande é mais perigoso para colecistite O pequeno mais perigoso para pancreatite COLELITÍASE – QUADRO CLÍNICO » 70 a 80% assintomático » Cólica biliar » Dor constante – geralmente após refeição gordurosa → Complicações: » Empiemia » Perfuração; fistula » Colangite (arvore biliar) » Colestase obstrutiva » Pancreatite » Cálculo – aumenta o risco de carcinoma biliar COLELITÍASE – DIAGNÓSTICO COLECISTITE → Inflamação da vesícula. → 90% dos casos é por conta das presenças dos cálculos. → 5-10% não calculosa. Devido a processo sistêmicos de diminuição da circulação sanguínea. Choques, queimaduras, em geral processos que causem isquemia. → A colecistite calculosa aguda é precedida, em 90% dos casos, por obstrução do colo da vesícula ou do ducto cístico por um cálculo. COLECISTITE AGUDA → Calculosa » Irritação química + inflamação » Obstrução – fosfolipase - hidrolisa fosfolipídios - gera lisolecitina tóxicas - altera camada muco protetora - ação ácidos biliares - inflamação » Prostaglandinas - liberadas na parede da vesícula - distensão e aumento pressão intramural (motilidade alterada) → Acalculosa – causas: » Sepse com hipotensão » Imunodepressão » Trauma de grande porte » Queimaduras » Partos e transfusão sanguínea » Diabetes mellitus » Infeções » Candida albicans » Salmonella » E. coli » Leptospirose - Resultante de ISQUEMIA » Artéria cística edema estase Mucosa vulnerável → efeitos tóxicos dos sais biliares → acúmulo microcristais de colesterol (lama biliar) – hipersecreção de muco → obstrução do ducto cístico COLECISTITE AGUDA – QUADRO CLÍNICO » Dor progressiva no quadrante superior ou epigástrica – dura mais de 6 horas » Febre baixa, anorexia, taquicardia, sudorese, náuseas e vômitos → Patogenia → A colecistite calculosa aguda pode aparecer de modo notavelmente súbito e constituir uma emergência cirúrgica aguda, ou pode apresentar-se com sintomas leves que cedem sem intervenção médica. COLECISTITE CRÔNICA » Associada a colelitíase 90% » Surtos repetidos » Supersaturação da bile pré-dispõe a inflamação » Obstrução não é pre requisito » Mulher 3:1 » 50 a 60 anos COLECISTITE CRÔNICA – QUADRO CLÍNICO » Ataques recorrente de dor epigástrica ou quadrante superior direito » Náuseas, vômitos e intolerância a alimentos gordurosos → Complicações » Infecção bacteriana/sepse » Perfuração e formação de abcesso, ruptura/perotonite » Fistula entérica » Vesícula em porcelana/risco de câncer. COLECISTITE CRÔNICA – MORFOLOGIA » Mucosa normal a ulcerada » Seio de rokitanski – Aschoff (herniações diverticulares da mucosa) » Mucosa hiperplásica » Metaplasia » Vesícula em porcelana - calcificação distrófica - aumenta incidência de câncer » Células xantomatosas parede espessada, » Focos de necrose Metaplasia → displasia → adenocarcinoma. → Complicações » Sepse » Perfuração da vesícula biliar » Formação local de abcesso » Peritonite difusa » Obstrução intestinal induzida por cálculo (íleo) » Agravamento de condições médicas preexistentes » Vesícula em porcelana ADENOCARCINOMA DA VESÍCULA → Lesões polipoides da vesícula biliar » Geralmente não tem potencial maligno » 3mm de diâmetro - aí sim o potencial maligno aumenta com o tamanho » Mais de 10mm apresenta maior potencial maligno – colecistectomia é recomendada mesmo quando assintomático → Hiperplasia adenomatosa » Adenomiose e diverticulose intramural (exuberância de seios de Rokitanks Aschoff – reação hipertrófica/hiperplasia » Adenoma/adenocarcinoma – muito silencioso ADENOCARCINOMA DA VESÍCULA – PATOGENIA » KRAS – TP53 27-70% » ONCOPROTEINAS ERBB2 (superexpressão) » Mutações PBRM1/MLL3 (remodelação de cromatina) Infiltrante – mais comum e geralmente aparece como uma área mal definida de espessamento e endurecimento difuso mural. Esses tumores são cirrosos e possuem uma consistência muito firme. O padrão exofítico cresce para a luz como massa irregular, em forma de couve-flor, mas, ao mesmo tempo, invade a parede subjacente ADENOCARCINOMA DA VESÍCULA - MORFOLOGIA A. Infiltrativo/papilífero B. Escamoso 5% *tipo exófitico* ADENOCARCINOMA DA VESÍCULA - DIAGNÓSTICO → O método definitivo continua sendo primeiramente a ultrassonografia seguida pela tomografia computadorizada (TC) ou pela ressonância nuclear magnética (RNM) → Marcadores aumentados• CA 19-9 • CEA CPRE – colangiopancreatografia retrograda endoscopia A CPRE é um procedimento endoscópico. O endoscópio é introduzido na segunda parte do duodeno e o líquido de contraste é injetado nos ductos biliares. A CPRE é tanto diagnóstica quanto terapêutica (procedimentos como biópsia e colocação de endoprótese descompressiva podem ser realizados). Entretanto, isso também requer a habilidade de cateterizar a ampola de Vater.
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