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Fratura de Tálus

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Fratura de Tálus 
Fracture of Talus
Anatomia do Tálus
60% composto por cartilagem, não possui inserções musculares ou tendinosas.
Composto por 3 partes: 
Cabeça: Articula-se anteriormente com o osso navicular.
 (Art. Talonavicular, adução e abdução)
Colo: Realiza a junção da cabeça com o corpo
Corpo: Articula-se superiormente com a Tíbia e Fíbula.
 (Art. Talocrural, plantiflexão e dorsiflexão)
 Articula-se inferiormente com o calcâneo.
 (Art. Subtalar, inversão e eversão)
(NEUMANN, 2010)
Anatomia do Tálus
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-esqueletico/membro-inferior/ossos-do-pe/
Anatomia do Tálus
Suprimento vascular: 
A. Tibial anterior, Peroneal, Tibial posterior e Sino Társico (Extra-Ósseo)
Ramos da A. Pediosa e A. Deltóide (Intra-Ósseo)
Mecanismo de Lesão 
Padrão comum: Intensa força em dorsiflexão, fraturando o colo do tálus e bloqueando o corpo na pinça do tornozelo. A cabeça do tálus e o calcêneo é deslocado medialmente através da articulação subtalar.
Deslocamento total do talo: Lesão grave causada por hiper flexão plantar e rotação interna. A capsula ântero-lateral e os ligamentos colaterais se rompem, podendo causar ruptura da pele.
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Mecanismo de Lesão 
Fratura do processo lateral do Tálus
  “fratura do snowboarder”.
Queda para frente, paralela à prancha. O tornozelo dianteiro sofre uma eversão extrema do pé que se encontra em carga e dorsiflexão. 
Exame clínico: Na avaliação pós operatória ou em casos de suspeita de fratura não diagnosticada o teste de “stress para o PLT” causa dor em casos de sequelas. 
(SERRANO, 2019)
Epidemiologia
1% de todas as fraturas do corpo humano
3% a 6% de todas as fraturas no pé
 Trauma de alta energia.
(Melenevsky et al., 2015)
Epidemiologia 
Faixa etária
Mecanismo de trauma
(Sakaki, 2014)
Epidemiologia
Local da fratura
Tempo de 
internação hospitalar
(Sakaki, 2014)
Epidemiologia 
Fraturas associadas 
(Sakaki, 2014)
Exame radiológico 
Incidências: anteroposterior, perfil e mortise (obliqua com rotação interna de 15°-20°)
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Exame radiológico 
Radiografia de face e de perfil do tornozelo: Sinal “V”
(SERRANO, 2019)
Fratura do Tálus 
Divisões entre cabeça, colo e corpo do Tálus
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura da cabeça do Tálus
Fraturas raras: 5% a 10% das fraturas do Tálus
Fratura por esmagamento x cisalhamento
Sinais e sintomas: dor no dorso do mediopé, edema, sensibilidade local e limitação de movimentos da articulação mediotársica.
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura da cabeça do Tálus
 Radiografia AP TC axial oblíqua
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura da cabeça do Tálus
Tratamento conservador: fraturas sem desvio
Tratamento cirúrgico: fraturas com desvio, com redução anatômica do fragmento para manter a congruência da articulação talonavicular e subtalar.
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura do colo do Tálus 
Fratura mais comum do tálus
Pequena área de secção transversal e crescimento interno vascular (porosidade)
Mecanismo de lesão: dorsiflexão forçada com impactação do tálus na tibia (ruptura do lig. Subtalar posterior).
(Melenevsky et al., 2015)
Classificação
+ Utilizada na Santa casa: Hawkins
	Classificação de Hawkins
	Tipo I: Fratura vertical do colo sem desvio
	Tipo II: Fratura do colo com subluxação ou luxação da articulação subtalar (a articulação do tornozelo continua alinhada)
	Tipo III: Fratura do colo com luxação tíbio-talar e subtalar
	Tipo IV: Fratura do colo com luxação talus-navicular
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Fratura do colo do Tálus 
Hawkins‑Canale tipo I: Fratura do colo do Tálus sem desvio.
Risco de necrose avascular: 0 a 15%
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura do colo do Tálus 
Hawkins‑Canale tipo II: Fratura do colo do Tálus e deslocamento subtalar.
Risco de necrose avascular: 20 a 50%
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura do colo do Tálus 
Hawkins‑Canale tipo III: Fratura do colo do Tálus, deslocamento subtalar e tibiotalar.
Risco de necrose avascular: 100%
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura do colo do Tálus 
Hawkins‑Canale tipo IV: Fratura do colo do Tálus, deslocamento subtalar, tibiotalar e talonavicular.
Risco de necrose avascular: 100%
(Melenevsky et al., 2015)
Tratamento cirúrgico 
Fraturas do colo talar:
Fraturas do tipo A: Se não houver deslocamento o tratamento consiste em imobilização com gesso de 6-8 semanas.
Tratamento cirúrgico: fraturas com desvio (tipo II, III e IV) com redução aberta e fixação interna.
* A redução fechada irá restaurar a posição plantígrada normal do pé, porém c/ esta técnica corre-se o risco de consolidação viciosa e subluxação crônica subtalar.
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Fratura do corpo do Tálus
Incidência: 13% a 61% das fraturas do tálus;
(Melenevsky et al., 2015)
Classificação 
Mais utilizada: Coltart (1952)
	Classificação das fraturas do talo
	Fraturas do corpo talar
	Tipo A: Fratura sem deslocamento do colo talar
	Tipo B: Fratura deslocada do colo talar, com subluxação da articulação subtalar
	Tipo C: Fratura deslocada do colo talar, com deslocamento do corpo
	Deslocamento subtalar
	Deslocamento total do talo
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Tratamento cirúrgico 
Fraturas do corpo:
Fraturas não desviadas: Aparelho tipo bota durante 6-8 semanas. Bom resultado.
Fraturas desviadas: RAFI por meio de parafusos de esponja.
*O procedimento só pode ser realizado quando a pele estiver suficientemente recuperada, para evitar necrose.
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Fratura osteocondral do Domo Talar
Lesão por impactação que danifica a cartilagem articular e o osso subcondral
Fratura por compressão do domo talar com diagnostico radiograficamente oculto (entorses*)
31% dessas fraturas não são visualizadas em radiografias
1% das fraturas do tálus.
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura osteocondral do Domo Talar
	Classificação Berndt e Harty (1959) com estadiamento adicional por Scranton e McDermott (2001):
	Tipo 1: compressão do osso subcondral
	Tipo 2: fragmento osteocondral parcialmente destacado
	Tipo 3: fragmento osteocondral completamente destacado mas sem desvio
	Tipo 4: fragmento osteocondral completamente deslocado e com desvio
	Tipo 5: grande cisto abaixo da superficie articular
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura osteocondral do Domo Talar
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura dos processos posteriores do Tálus
Tubérculo lateral: fratura de Shepherd
Tubérculo medial: fratura de Cedell; 
Impacto posterior : flexão plantar forçada
Trauma direto na região posterior do tornozelo; 
Sinais e sintomas: dor e crepitação durante a flexão plantar, pode apresentar dor no Halux.
(Melenevsky et al., 2015)
Fratura dos processos posteriores do Tálus
Tratamento conservador para as fraturas dos processos posteriores: imobilização sem descarga de peso. *Excisão do fragmento em caso de falha no conservador
Diagnóstico diferencial: Os Trigonum
Osso acessório posterior, borda redonda ou oval com extremidades lisas, pode ser comparado com o lado contralateral, dois terços é bilateral, fratura do processo posterior: bordas irregulares.
(Melenevsky et al., 2015)
Vias de acesso
Abordagem lateral: Longitudinal e ântero-lateral
Quando não houver fratura do maléolo medial 
Tendões extensores e estruturas neurovasculares são retraídas medialmente e a capsula seccionada.
Vantagens: 
Leva diretamente ao ponto da fratura
Evita lesão da artéria deltóide 
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Vias de acesso
Abordagem medial: Longitudinal medial
Quando o maléolo medial está fraturado
Corpo do tálus estiver deslocado posteriormente 
*Via de acesso mais difícil, pois pode comprometer a integridade do ligamento deltóide. 
(SCHATZKER.; TILE 2002)
Tratamento conservador
Tratamento conservador
Seguimento de 4 anos de 8 pacientes (6 homens e 2 mulheres) com idade médiade 37,2 anos apresentando luxação subtalar medial.
Redução imediata sob sedação e imobilização em todos os casos.
Protocolo: 2 semanas de imobilização e, posteriormente, exercícios de amplitude de movimento, mobilização talocrural e subtalar e sustentação parcial de peso.
Os resultados foram avaliados utilizando a escala AOFAS Ankle-Hindfoot.
Tratamento conservador
Resultados: 
Todos os pacientes atingiram uma amplitude de movimento do tornozelo quase normal e um bom resultado clínico
Melhora na qualidade de vida e função (escore AOFAS médio de 92,25). 
Não foi detectada evidência radiográfica de artrite ou necrose avascular do tálus.
 Dois pacientes queixaram-se de dor leve no retropé.
 Todos os pacientes retornaram às atividades rotineiras diárias em cerca de 2 meses após a lesão.
(Lasanianos, 2011)
Tratamento conservador
Conclusão: A redução imediata e a mobilização precoce podem ser fatores-chave para a recuperação sem intercorrências da luxação subtalar medial sem complicações.
a , b Amplitude de movimento da articulação do tornozelo 2 meses após a lesão. c , d Faixa de movimento da articulação do tornozelo 3 anos após a lesão.
(Lasanianos, 2011)
Obrigada
Referências
SAKAKI, Marcos Hideyo et al. Epidemiological study on talus fractures. Revista Brasileira de Ortopedia (English Edition), v. 49, n. 4, p. 334-339, 2014.
SCHATZKER, J.; TILE, Marvin. Tratamento cirúrgico das fraturas: técnicas recomendadas pelo grupo AO. 2002.
SERRANO, Pedro et al . Fratura do snowboarder. Rev. Port. Ortop. Traum.,  Lisboa ,  v. 20, n. 4, p. 491-497,  dez.  2012 .   Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222012000400013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  03  fev.  2019.
Lasanianos, Nikolaos G et al. “Early mobilization after uncomplicated medial subtalar dislocation provides successful functional results” Journal of orthopaedics and traumatology : official journal of the Italian Society of Orthopaedics and Traumatology vol. 12,1 (2011): 37-43.
NEUMANN, Donald A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético: fundamentos para reabilitação. Elsevier Health Sciences, 2010.

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