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Semiologia Cardiovascular

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Lívi� Thaí� Rodrigue� C�st� - 2° Períod� - Medicin�
Semiologia Cardiovascular
➥ Dispnéia: A dispnéia no cardiopata indica uma congestão pulmonar decorrente da insuficiência
ventricular esquerda, apresentando características próprias quanto à duração, evolução, relação com
esforço e posição adotada pelo paciente, que permitem reconhecer os seguintes tipos:
● Dispnéia de esforço
● Dispnéia de decúbito
● Dispnéia paroxística
Ocorre o acúmulo sanguíneo na árvore arterial pulmonar consequente de um problema cardíaco
esquerdo, preenchendo os alvéolos pulmonares de líquido e inviabilizando a hematose.
➥ Síncope: Desmaio é a perda súbita e transitória da consciência (síncope). Nem sempre, contudo, o
desmaio ocorre em sua forma completa, podendo ser parcial a perda da consciência (pré-sincope ou
lipotímia). Pode ser de origem psicogênica ou por redução aguda, mas transitória, do fluxo sanguíneo
cerebral. Quase sempre o quadro evolui rapidamente para a recuperação da consciência, pois, se não
houver melhora da perfusão cerebral, sobrevirá a morte em curto período de tempo.
● Causas: Arritmias, Diminuição do débito cardíaco (Estenose aórtica), Diminuição mecânica
do retorno venoso (Mixoma atrial), Hipovolemia
➥ Palpitação: Palpitações podem ser definidas como a percepção incômoda dos batimentos cardíacos.
Há três tipos principais de palpitações - as palpitações de esforço, as que traduzem alterações do ritmo
cardíaco e as que acompanham os distúrbios emocionais. As palpitações de esforço surgem durante a
execução de esforços físicos e desaparecem com o repouso. Nos pacientes com cardiopatia têm o
mesmo significado da dispnéia de esforço, sendo comum ocorrerem simultaneamente. As palpitações
decorrentes de alterações no ritmo cardíaco são descritas pelos pacientes com expressões ou
comparações que permitem ao médico presumir até o tipo de arritmia. Assim, o relato de "falhas" e
"arrancos" indica quase sempre a ocorrência de (extrassístoles).
Quando as palpitações têm início e fim súbitos, costumam ser indicativas de taquicardia paroxística,
enquanto as que têm início súbito e fim gradual sugerem taquicardia sinusal ou estado de (ansiedade).
➥ Dor Torácica:
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- Sintomas usados como critério de classificação: Localização precordial, exacerba com
estresse emocional e/ou atividades físicas e atenua com nitrato e/ou repouso
- A (3 sintomas - definitivamente anginosa) B (2 sinais - provavelmente anginosa) C (1 sinal -
provavelmente não anginosa) D (0 sinais - definitivamente não anginosa)
➥ Edema: Causas diversas. Em especial, aumento da pressão atrial direito
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( Bulhas e sons acessórios)
NOTA: Identificar os espaços intercostais dos focos
Foco aórtico: 2º espaço intercostal, à direita do esterno, perto da borda esternal.
Foco aórtico: 2º espaço intercostal,
à direita do esterno, perto da borda
esternal
Foco aórtico acessório: Porém,
algumas vezes, o melhor local para
auscultar alterações de origem aórtica é a
área entre o 3º e 4º EIC esquerdo, onde
fica localizado o foco aórtico acessório.
Foco pulmonar: 2º espaço
intercostal, à esquerda do esterno,
próximo à borda do esterno. Nesse
espaço podemos avaliar desdobramentos
da 2ª bulha cardíaca
Foco mitral: situa-se no 5º espaço
intercostal (EIC) esquerdo na linha
hemiclavicular e corresponde ao ictus
cordis.
Foco tricúspide: Situa-se na base do
apêndice xifóide ligeiramente para a esquerda. Os fenômenos acústicos originados na valva tricúspide
(sopro sistólico) costumam ser mais percebidos na área mitral.
💖 Bulhas Cardíacas:
As bulhas cardíacas são vibrações de curta
duração, que ocorrem a determinados intervalos
do ciclo cardíaco, produzidas pelo impacto das
cúspides no momento em que se fecham.
Normalmente, ocorrem quatro vibrações, mas
apenas duas (B1 e B2 - sons fundamentais, pois
delimitam as duas principais fases do ciclo
cardíaco) são audíveis na ausculta cardíaca.
A sucessão das bulhas delimita um período
dividido em dois tempos, sendo o primeiro - entre B1 e B2 - mais curto, denominado de pequeno
silêncio e o segundo - entre B2 e B1 - mais longo, denominado de grande silêncio, pois a duração da
diástole é duas vezes maior que a sístole.
Primeira Bulha (B1)
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O evento principal na formação da primeira bulha é o fechamento das válvulas mitral e tricúspide
(atrioventriculares) decorrente da contração dos músculos papilares que modulam a tensão nas
cordoalhas tendíneas e as mantém fechadas, marcando o início da sístole ventricular. A primeira bulha
coincide com o pulso carotídeo e o ictus cordis, sendo mais grave e mais longa que a segunda bulha, é
representada pela expressão onomatopaica TUM e possui maior intensidade no foco mitral
O qu� ���a � b���a 1?
• Contrações de ambos os ventrículos;
• Tensão de fechamento das válvulas atrioventriculares, mitral e tricúspide;
Al�e��ções �� B1:
NOTA: A intensidade do primeiro ruído cardíaco irá depender da inter-relação entre esses múltiplos
fatores fisiológicos e aspectos da anatomia do tórax, determinantes da transmissão das vibrações
sonoras.
- A hipofonese pode
acontecer nas lesões da fibra
cardíaca (IAM, cardiomiopatia),
no aumento da cavidade
ventricular esquerda (bradicardias,
insuficiência mitral e aórtica)
- A hiperfonese acontece
quando há aumento da
contratilidade ou diminuição da
cavidade do ventrículo esquerdo
(Ex.: hipertireoidismo, taquicardia,
febre, estenose mitral, exercício
físico), ou por processos que
acometam a valva aórtica e a
artéria aorta (Ex.: Hipertensão
arterial sistêmica, coarctação da aorta), e ainda em condições patológicas que determinam sobrecarga
das câmaras direitas (CIA e CIV)
Desdobramento amplo da primeira bulha ocorre, basicamente, devido ao retardo no aparecimento
do componente tricúspide desse som. Situações clínicas, em que tal fenômeno pode se manifestar,
incluem o bloqueio completo do ramo direito do feixe de His, em idosos, na hipertensão arterial, a
estenose tricúspide, e a estimulação elétrica do ventrículo esquerdo. Os desdobramentos curtos são
observados na estenose aórtica.
Segunda Bulha (B2)
São resultantes das vibrações emitidas pelas valvas semilunares durante seu fechamento, em que são
submetidas à tensão que determina uma abrupta desaceleração do sangue e do movimento valvar. O
que determina o fechamento das valvas semilunares é a pressão sistêmica (no caso da aota) e pressão
pulmonar (no caso da artéria pulmonar).
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A B2 é constituída por dois componentes temporalmente distintos: o primeiro depende do fechamento
mais precoce da valva aórtica (A2) o segundo depende do fechamento retardado da valva pulmonar
(P2) em relação à aórtica.
A segunda bulha ocorre no início da diástole ventricular. O componente aórtico se ausculta em toda a
região precordial, enquanto que o componente pulmonar é auscultado somente no foco pulmonar (2º
espaço intercostal esquerdo justaesternal) e na margem esternal esquerda. O timbre da segunda bulha
é mais agudo, por isso ela é representada pela expressão TA.
O qu� ���a � b���a 2?
• Níveis tensionais na circulação sistêmica e pulmonar;
Al�e��ções �� B2:
A segunda bulha pode estar
alterada no seu timbre, podendo
apresentar um timbre metálico nas
alterações estruturais da porção
inicial da aorta, na esclerose e
calcificação da valva, além da
síndrome de Marfan. Assim como
a primeira, a segunda bulha pode
apresentar alterações na
intensidade. A hipofonese pode
ser vista no choque e nas
estenoses aórtica e pulmonar,
enquanto que a hiperfonese é
vista na hipertensão arterial.
O desdobramento fisiológico de segunda bulha:
Os componentes aórticos e pulmonares são
identificados separadamente durante a
INSPIRAÇÃO. Esse desdobramento depende,
por um lado, e principalmente, de uma
sequência de eventos fisiológicos,que se inicia
com a redução da pressão intratorácica,
induzida pela inspiração, resultando em aumento do retorno venoso sistêmico, prolongamento do
enchimento ventricular direito, e retardo no aparecimento do componente pulmonar da segunda bulha;
por outro lado ocorre acúmulo de sangue na porção pulmonar, com consequentemente redução de
retorno sanguíneo para o coração esquerdo e redução da sístole atrial esquerda , o que resulta em
aparecimento mais precoce do componente aórtico do segundo ruído.
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NOTA: No entanto, atualmente, passou-se a considerar que o fator mais importante no atraso da
ocorrência do componente pulmonar depende do aumento da capacitância pulmonar na inspiração e
suas consequências sobre a dilatação do leito vascular pulmonar, e estaria menos relacionada às
alterações do volume ventricular direito durante a respiração
O desdobramento fixo da B2:
Acontece na expiração e na inspiração.
Ele ocorre devido ao retardo da ativação
do ventrículo direito como no bloqueio
de ramo direito, comunicação interatrial
(CIA) e estenose pulmonar. Ele
acentua-se na inspiração devido ao
maior enchimento do ventrículo direito
nessa fase da respiração
O desdobramento paradoxal de B2:
É caracterizado por ocorrer durante a
expiração e desaparecer durante a
inspiração. Na inspiração, o retardo do
componente pulmonar faz com que a
bulha se torne única. Tal desdobramento
paradoxal acontece por causa do atraso
no início da sístole ventricular esquerda
ou do prolongamento dela, levando a um atraso do componente aórtico. Isso acontece no bloqueio de
ramo esquerdo, estenose aórtica e na disfunção ventricular esquerda.
Desse modo, o início da sístole ventricular é clinicamente identificado pela primeira bulha, enquanto a
segunda bulha marca o início da diástole ventricular. Assim, a identificação desses dois sons é
elemento primordial do processo auscultatório. Além disso, a primeira bulha mostra-se mais intensa
na região apical e porção inferior da borda esternal esquerda, enquanto a intensidade da segunda bulha
tende a ser mais proeminente nos focos da base.
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Terceira Bulha (B3)
NOTA: Tanto B3 quanto B4 são AUSCULTADAS na diástole, de baixa
frequência (auscultado melhor com a campânula)
A terceira bulha é provocada pela distensão da parede ventricular, durante o
início do enchimento diastólico (fase de enchimento rápido). Portanto, é
uma bulha protodiastólica, de baixa frequência. Esse som pode ser
originário tanto do ventrículo direito como do esquerdo. Se for do ventrículo esquerdo, é audível no
ápice do coração e se for do ventrículo direito, vai ser audível na região subxifóide e aumenta durante
a inspiração (manobra de Rivero-Carvalho). É perceptível nos focos mitral, tricúspide, aórtico
acessório. Sua intensidade poderá ser fisiologicamente aumentada por manobras que promovam um
incremento de velocidade do fluxo através das valvas atrioventriculares, ou seja, aumentem o retorno
venoso.
Em condições patológicas, como na insuficiência cardíaca, o ventrículo esquerda reduz
consideravelmente o seu débito sistólico, o que expande o volume sanguíneo residual na câmara
ventricular, isso, por sua vez, causa um choque significativo do sangue vindo do átrio com este
volume residual, gerando um som, ou melhor, a B3, e uma hipertrofia excêntrica. Com isso, B3 indica
uma disfunção sistólica do VE, sobrecarga de volume do VE, encontradas em cardiopatias
hipertróficas excêntricas, como a hipertensão arterial, doença arterial coronariana isquêmica, doença
de chagas, etc.
B3 fisiológica: Em crianças, em adolescentes, em gestantes, em atletas de atividade isotônicas
(corridas) e em síndromes hiperdinâmicas (febre, anemia, tireotoxicose). É considerada normal desde
que não tenha nenhuma doença cardíaca conhecida e nenhum sintoma cardíaco
B3 patológica: Sobrecarga de volume crônica (insuficiência mitral crônica, insuficiência aórtica
crônica, comunicação interventricular (CIV), comunicação interatrial (CIA) ou anormalidades
estruturais ventriculares que modificam sua complacência e seu volume, como em cardiomiopatia
dilatada, restritiva e hipertrófica.
NOTA: A terceira bulha é um marcador de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. Pode ser,
inclusive, o único achado num paciente assintomático, que apresente disfunção sistólica do ventrículo
esquerdo
Com� ���er �� é pa����gi� �u não n� �u���l��? Na prática, a associação da terceira bulha com desvio
do ictus cordis em direção à axila e para espaços intercostais inferiores, bem como o aumento de sua
duração e extensão, denotando cardiomegalia, é um dos principais fatores que apontam para uma
característica patológica do achado.
Quarta Bulha (B4)
É uma bulha pré-sistólica, ou seja, auscultada no final da diástole que
ocorre pelo aumento na contração atrial. É um som de baixa frequência
que ocorre antes da primeira bulha e é melhor audível no ápice se for de
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ventrículo esquerdo e na região subxifóide e mais intensa na inspiração (manobra de
Rivero-Carvalho) se for de ventrículo direito. A onomatopeia TRUM-TA a representa.
Seu mecanismo provável parece estar relacionado com vibrações da parede ventricular, secundárias à
expansão volumétrica dessa cavidade, produzida pela contração atrial. A quarta bulha cardíaca é
detectada, com frequência, em situações clínicas em que os ventrículos apresentam redução da
complacência, isto é, hipertrofia ventricular concêntrica, tornando necessário um aumento da força de
contração atrial para produzir o enchimento pré-sistólico dessa cavidade tal como observado na
hipertensão arterial sistêmica ou pulmonar, na estenose aórtica ou pulmonar, na miocardiopatia
hipertrófica e, também, na doença isquêmica do coração.
Indica sobrecarga de pressão do ventrículo esquerdo e é uma disfunção diastólica. Causas: doença
arterial coronariana isquêmica, cardiopatia hipertrófica assimétrica congênita (CIA, valva aórtica
bicúspide, etc. Muito comum em homens jovens, suspeita-se após auscultar B4 em jovens). Muito
comum em idoso
NOTA: Em pacientes com fibrilação atrial não se pode auscultar B4, pois a sístole não ocorre
devidamente.
NOTA: Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ausculta B3 (Problema em jogar o sangue
para frente, pois a contração tá anormal); insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada
(Problema em receber o sangue pois o músculo ta espesso, o que diminui o tamanho da câmara)
ausculta B4
Como diferenciar um desdobramento de B2 de uma B3? O desdobramento de B2 é bastante
agudo, já a B3 é de baixa frequência. O desdobramento de B2 depende da inspiração, ou seja, emerge
ou desaparece conforme a ventilação do paciente, já a B3 é fixa, não depende da respiração. O
desdobramento de B2 é melhor auscultado no foco aórtico e pulmonar, já B3 melhor auscultada na
mitral e tricúspide.
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SONS ACESSÓRIOS
Es�a��d�� Di�s�óli���/ Es�a��d�� de Abe���r�: Em condições normais, a abertura das valvas
atrioventriculares não está habitualmente associada à ocorrência de sons, quando estenóticas, elas
podem determinar o aparecimento de ruídos de alta frequência, com timbre de estalido, que surgem,
em média, entre 40 e 60 ms após o componente aórtico da segunda bulha. Dessa forma, a origem
desse ruído depende da tensão súbita a que são submetidos os folhetos das valvas A-V durante sua
abertura incompleta, no início da diástole, na presença de um gradiente de pressão maior que o da
situação normal, não patológica. A estenose mitral é, certamente, a condição clínica em que mais
comumente esse tipo de som é identificado. Ocorre entre B2 e B1 antes do sopro de estenose mitral
NOTA: Sua presença é um indicador clínico de que, pelo menos, o folheto anterior da mitral apresenta
mobilidade satisfatória, enquantoque sua ausência, na estenose mitral pura, indica a possibilidade de
calcificação dos folhetos valvares, ou estenose muito leve.
Como diferenciar B3 do estalido de abertura? B3 é de baixa frequência e, por isso,auscultado com a
campânula, já o estalido é melhor auscultado com o diafragma, pois é um som de alta frequência. A
presença de B3 não é seguida de um sopro, já o estalido de abertura é seguido do som soproso.
O Estalido de abertura mitral é um ruído seco, de curta duração, protodiastólico, bem audível no
foco mitral e na borda esternal esquerda. Pode ser melhor audível com o paciente em decúbito lateral
esquerdo (decúbito de Pachon). Na estenose mitral, em decorrência das modificações anatômicas e
das alterações pressóricas, a abertura da valva mitral passa a provocá-lo.
O Estalido de abertura tricúspide é bem audível na borda esternal esquerda. É difícil
diferenciá-lo do de abertura mitral, principalmente no reumático (febre reumática) que geralmente
associa as duas estenoses
Es�a��d�� Pro���s���óli���/Cli���� de Ejeção: Os estalidos pulmonar e aórtico são de ruídos transitórios
de alta frequência, agudos e intensos, com timbre que lembra um estalido de curta duração, e ocorrem
logo após o primeiro ruído, produzidos na artéria pulmonar e na aorta, relacionando-se,
temporalmente, à ejeção ventricular. Som provocado pela abertura da valva aórtica ou pulmonar
estenótica. Ocorre entre B1 e B2, bem no início da sístole antes do sopro da estenose aórtica, ou seja,
indica valvas aórticas estenosadas abrindo com dificuldade
Como são formados? Existem duas explicações para esses sons: 1- Vibrações decorrentes da tensão a
que os folhetos de valvas semilunares estenóticas seriam submetidos durante sua abertura na sístole e
2- Associadas à distensão súbita das artérias durante a ejeção ventricular. Existem indícios de que os
dois mecanismos possam estar implicados na gênese do ruído.
Sua ocorrência está associada a anormalidades estruturais de valvas semilunares e/ou dos vasos da
base, que, normalmente, se apresentam dilatados em tais condições. Quando ocorrem associados à
doença valvar, indicam uma valva não calcificada, com boa mobilidade, embora sem relação com a
gravidade da estenose. Podem ocorrer, principalmente, no lado sistêmico da circulação, em
decorrência da estenose valvar aórtica, valva aórtica bicúspide, ou dilatação da raiz da aorta,
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entretanto também pode aparecer na porção pulmonar associados à estenose valvar pulmonar,
hipertensão arterial pulmonar, ou dilatação idiopática da artéria pulmonar.
Es�a��d�� me���s���óli��� e te���s���óli���/Cli���� não ej����os: Tanto o atrito pericárdico
(pleuropericárdico) quanto o prolapso da valva mitral podem originar o clique sistólico não ejetivo.
Esse clique, é um ruído, que acontece entre a primeira e a segunda bulha, de alta frequência, seco,
agudo, audível nos focos mitral ou tricúspide, que tem timbre de estalido e ocorre na porção média ou
final da sístole. Ocorre logo após B1 (Ou seja, entre B1 e B2) e é seguido do sopro da insuficiência
mitral, indicando então o prolapso da valva mitral
A causa mais frequente desse tipo de estalido é o prolapso de valva mitral, admitindo-se que sua
gênese, nesse caso, estaria relacionada à tensão súbita a que os folhetos redundantes e cordas
tendíneas são submetidos na sístole ventricular. Em tal condição clínica, pode-se auscultar apenas um
ou, até mesmo, vários desses ruídos, em sequência. Nesse sentido, manobras fisiológicas, que
reduzem o enchimento ventricular esquerdo, como a inspiração, a posição ortostática, a inalação de
nitrito de amilo, ou a manobra de Valsalva, fazem com que o estalido ocorra mais precocemente.
At�i�� pe���ár�i��: Ocorre a inflamação do pericárdio, o que causa o endurecimento e espessamento
da membrana pericárdica, com isso durante a movimentação do miocárdio o pericárdio visceral e
parietal atritam entre si, causando um som auscultado pelo esteto. Portanto, indica inflamação viral ou
bacteriana do pericárdio
O paciente irá relatar uma dor torácica intensa que não guarda relação com atividade física e/ou
repouso, piora com o decúbito dorsal e melhora quando se assume a posição de prece maometana,
pois reduz a compressão do coração pelo saco pericárdico
Conceito
Sopro é a percepção auditiva, na região precordial ou nas imediações sobre os vasos, de uma sensação
acústica, semelhante àquela obtida quando se deixa sair o ar pela boca, sob certa pressão, mantendo os
lábios entreabertos. Os sopros cardíacos correspondem a um conjunto de vibrações de duração bem
mais prolongada, que surgem quando o sangue modifica o seu padrão laminar de fluxo, tornando-se
turbulento.
Dessa forma, a produção do sopro é atribuída à turbulência da corrente sanguínea, a qual origina
vibrações audíveis e palpáveis (frêmito catáreo). Portanto, é necessário um fluxo turbulento para se
gerar um sopro cardíaco. Os sopros aparecem na dependência de alterações do próprio sangue, da
parede do vaso ou das câmaras cardíacas, principalmente nos aparelhos valvares, incluindo os
seguintes mecanismos/fatores de turbulência: Aumento da velocidade da corrente sanguínea,
diminuição da viscosidade sanguínea, passagem do sangue através de zona estreita, passagem do
sangue po uma membrana de borda livre e impacto do jato de sangue.
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Características semiológicas dos sopros
NOTA: Deve-se iniciar a ausculta na ordem, pelos focos mitral, tricúspide, aórtico, pulmonar,
mesocárdio, procedendo sempre o rastreamento até a região lateral esquerda, região infra-axilares,
infraclaviculares, lateral direita e pescoço
As principais características dos sopros são:
• Localização (sede)
• Situação no ciclo cardíaco (tempo)
• Irradiação
• Intensidade
• Timbre e tonalidade (altura)
• Variações com a posição, respiração e exercício.
• Natureza dos sopros
Localização: É importante frisar que o ponto onde ele é auscultado com maior intensidade, nem
sempre, é aquele que representa seu foco de origem. Nesse aspecto, a direção que se irradia contribui
significativamente para se conhecer o local de origem do sopro.
Situação no ciclo cardíaco: O tempo no ciclo cardíaco é o momento em que o sopro ocorre. Situar o
sopro corretamente no ciclo cardíaco é a primeira e mais importante análise semiológica. Portanto, do
ponto de vista de localização no tempo, deve-se distingui-lo entre sístole e diástole, e por isso é tão
importante identificar B1 e B2 e o grande e o pequeno silêncio para se dizer se é na sístole ou na
diástole.
Holossistólicos ou holodiastólicos: Quando ocuparem inteiramente o silêncio respectivo
(Pequeno/grande silêncio).
Merosistólicos ou Merodiastólicos: Quando ocuparem apenas parte do silêncio
Protossitólico ou Protodiastólico: Quando ocuparem apenas o terço inicial do silêncio
Mesossistólicos ou Mesodiastólico: Quando ocuparem apenas o terço médio do silêncio
Telessistólicos ou Telediastólico (pr-e-sistólico): Quando ocuparem apenas o terço final do silêncio
NOTA: Nos pacientes com frequência cardíaca normal ou baixa, é fácil determinar se o sopro é sistólico
ou diastólico; porém, quando ela é alta, torna-se difícil diferenciar o pequeno do grande silêncio e,
consequentemente, classificar os sopros. Nessa situação, é uma boa prática relacionar a ausculta
concomitantemente com a palpação do íctus. Assim, pode-se classificar o sopro como sistólico,
quando coincidir com o íctus ou vier imediatamente após ele; e, como diastólico, quando preceder o
choque da ponta.
Determinar a localização do sopro dentro do ciclo cardíaco é de grande importância para o
diagnóstico anatômico das lesões valvares, pois os sopros sistólicos localizados nos focos da ponta
(mitral e tricúspide) são devidos ao refluxo de sangue para os átrios durante a sístole, revelando a
existência de insuficiência das referidas valvas, já quando os sopros sistólicos se localizam nos focos
de base(aórtico e pulmonar) indicam a existência de estenose daquelas valvas. Na diástole, por sua
vez, os sopros diastólicos localizados nos focos da ponta são devidos à estenose das valvas mitral e
tricúspide, já quando os sopros se localizam nos focos da base são produzidos pelo refluxo de sangue
das artérias para os ventrículos, durante a diástole, revelando assim insuficiência das referidas valvas.
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Irradiação: É a propagação do sopro através dos tecidos, principalmente do ósseo, a partir de seu
ponto de origem. Na insuficiência aórtica, o sopro diastólico costuma irradiar-se para o terceiro
espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno (foco aórtico acessório), onde, muitas vezes, é mais
intenso do que no foco aórtico principal, já na insuficiência mitral, o sopro sistólico irradia-se para a
axila esquerda visto que o átrio esquerdo situa-se acima e atrás do ventrículo esquerdo, ao passo que o
sopro da estenose aórtica propaga-se para o pescoço, ao longo das artérias carótidas.
Intensidade: A intensidade dos sopros, dependendo da maior ou menor facilidade na sua percepção,
pode ser classificada de fraca, média e forte. Nesse sentido, a intensidade dos sopros estará aumentada
nos indivíduos magros e com tórax achatado e diminuída nos obesos, edemaciados, musculosos e nos
portadores de tórax enfisematoso. No entanto, a intensidade não guarda relação com o grau de
gravidade da doença.
Grau I: sopro de muito difícil percepção (não identificável por todos os operadores);
Grau II: sopro sempre perceptível;
Grau III: sopro facilmente perceptível, mas com ausência de frêmito (não
ocorre tradução palpatório do sopro);
Grau IV: sopro facilmente perceptível e tem frêmito;
Grau V: sopro intenso que é audível mesmo quando o estetoscópico está
próximo do tórax sem contato direto com o mesmo;
Grau VI: sopro muito intenso, audível mesmo sem a utilização do estetoscópio
Classificação dos sopros
Sopros fisiológicos: São sopros que não estão associados a qualquer anormalidade estrutural no
coração nem a qualquer distúrbio hemodinâmico e estão presentes, geralmente, em crianças e adultos
jovens e, excepcionalmente, na idade adulta.
Car����rís�i��s: Sempre sistólicos e sempre leves (menores que grau III), raramente se irradiam para
outras regiões e, acompanhados de frêmitos, frequentemente, são auscultados melhor no bordo
esternal esquerdo, não há hipertrof a ventricular associada e as bulhas cardíacas, pulsos, radiograf a de
tórax e ECG são normais
Sopros patológicos: São sopros originados no aparelho cardiovascular por aumento da velocidade
do sangue, por alterações funcionais ou por alterações anatômicas dos aparelhos orovalvares
1- Sopros funcionais: São os sopros dependentes do aumento do fl uxo e os originados nas alterações
funcionais dos aparelhos orovalvares
2- Sopros orgânicos: São os sopros que têm origem nas alterações anatômicas dos aparelhos
orovalvares
Sopros Sistólicos
Esten�s� aó�tic�: A estenose aórtica consiste na redução do orifício da valva aórtica por malformação
congênita, doença reumática ou degeneração senil com deposição de cálcio.
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As manifestações clínicas da estenose aórtica dependem basicamente da hipertrofia ventricular
esquerda, que é o mecanismo de que dispõe o coração para vencer a obstrução e manter um débito
cardíaco adequado. Além disso, o paciente apresenta Ictus Cordis bem intenso e propulsivo, é comum
a presença de B4
NOTA: Entretanto, essa hipertrofia só é benéfica até certo limite, acima do qual ocorre hipoxemia da
musculatura ventricular por não haver desenvolvimento proporcional da circulação coronária.
Sintomas: Pressão convergente / síncope / dispneia por congestão pulmonar / angina.
NOTA: É uma condição muito grave e que não cronifica!
Apresentação da disfunção valvar: A estenose da valva aórtica produz um sopro sistólico rude,
intenso, em jato de vapor, devido à passagem do sangue pela valva enrijecida, o que causa vibrações,
é audível no foco aórtico. É do tipo de ejeção “em crescendo e decrescendo”, e sua intensidade
máxima estará situada tanto mais perto da segunda bulha quanto mais intenso for o grau da estenose,
pois quanto maior a resistência imposta pela valva estenosada, mais intensamente o coração se contrai
. Irradia-se para o terceiro espaço intercostal esquerdo, para a região infraclavicular direita e para o
pescoço, seguindo o trajeto das carótidas e é sempre acompanhado de frêmito sistólico. O sopro da
estenose aórtica, como todos os de ejeção, é mais intenso após as diástoles longas, devido ao maior
enchimento do ventrículo
Car����rís�i��s �� �op�� �� es����se �ór�i��:
Sede: 2º espaço intercostal direito, junto ao esterno (foco aórtico)
Tempo: sistólico
Duração: meso/telessistólico
Altura: grave
Timbre: rude, granuloso
Intensidade: ++ a ++++
Irradiação: em ampulheta, isto é, cervical e torácica direita (devido à posição anatômica da aorta)
Configuração: Sopro em diamante
Manobras: Valsalva e Hand Grip diminuem o sopro
Pulso: Parvus et tardus
PA: Convergente
NOTA: O formato em diamante ocorre, pois no início da sístole o V.E vai encontrar resistência para
vencer a válvula aórtica estenótica (aumento da pós-carga). Como a quantidade de sangue que passa é
pequena, o sopro começa pequeno, e à medida que o V.E vai prosseguindo a sístole, e forçando a
passagem de sangue através da válvula, ele consegue aumentar a ejeção, então o sopro aumenta. A
partir do momento que a aorta enche de sangue, a ejeção diminui, assim como o sopro
Insuficiênci� Mitra�: Consiste no fechamento incompleto da valva mitral com refluxo de sangue
para o átrio esquerdo, durante a sístole ventricular.
Lívi� Thaí� Rodrigue� C�st� - 2° Períod� - Medicin�
Semiologia Cardiovascular
Causas: As principais causas são a doença reumática, as endocardites infecciosas, o prolapso valvar
mitral, o infarto agudo do miocárdio e miocardiopatias hipertróficas excêntricas.
Ao exame físico do coração, constatam-se ventrículo esquerdo hipercinético, sem sinais de dilatação –
ictus cordis não deslocado, mas de intensidade maior –
Car����rís�i��s �� �op�� �� in��fi��ên�i� ��t�a�:
Sede: 5º espaço intercostal esquerdo, na direção da linha hemiclavicular esquerda (foco mitral)
Tempo: sistólico
Duração: proto/meso/tele (holo)
Altura: agudo
Timbre: em jato de vapor; musical
Intensidade: ++ a ++++
Irradiação: para a axila esquerda e dorso; às vezes sopro circular de Miguel Couto.
Configuração: Sopro em barra
Manobras: Valsalva (diminui a intensidade do sopro) Hand Grip (aumenta a intensidade do sopro) e
Rivero-Carvallo (Diferencia o sopro da insuficiência mitral do sopro da insuficiência tricúspide)
NOTA: O sopro ocorre, pois como o átrio esquerdo é uma câmara, ele dilata para receber o sangue,
diferentemente da aorta, que não dilata facilmente. No caso da I.M, durante a sístole, o átrio recebe
sangue de duas fontes: das veias e do próprio ventrículo, mas, mesmo com um maior volume de
sangue, não há aumento de pressão pois o átrio dilata, isto é, o átrio tem uma alta complacência. Por
isso, é um sopro contínuo, em BARRA
Sopros Diastólicos
Insuficiênci� aó�tic�: É a incapacidade de fechamento das sigmoides aórticas, permitindo o refluxo de
certa quantidade de sangue para o ventrículo esquerdo durante a diástole.
Causas: As principais causas são as doenças reumáticas, a lues (aortite luética), a aterosclerose, a
endocardite infecciosa e a doença primária das valvas semilunares
Sintomas: Além da dispneia, pressão divergente e dos outros sintomas indicativos de insuficiência
ventricular esquerda, pode estar presente o quadro de angina do peito, provocado pelo “roubo” do
fluxo coronariano (efeito venturi), devido à rápida passagem de sangue da aorta para o ventrículo
esquerdo durante a diástole.
Exame físico: ictus cordis (deslocado para baixo e para a esquerda, tipo musculoso e amplo),
indicativo da dilatação e da hipertrofia do ventrículoesquerdo
Car����rís�i��s �� �op�� �� in��fi��ên�i� �ór�i��
Sede: 2º espaço intercostal direito, junto ao esterno (foco aórtico), mas melhor auscultado no foco
aórtico acessório
Tempo: diastólico
Lívi� Thaí� Rodrigue� C�st� - 2° Períod� - Medicin�
Semiologia Cardiovascular
Duração: proto/mesodiastólico
Altura: agudo
Timbre: aspirativo
Intensidade: Geralmente, são sempre difíceis de auscultar e, por isso, a classificação de levinger não
se aplicakk
Irradiação: ponta do coração
Configuração: Decrescente
Manobras: Valsalva (diminui a intensidade o sopro) e Hand Grip (aumenta a intensidade do sopro)
Pulso: em martelo D’água
PA: Divergente
NOTA: O sopro começa com uma grande intensidade, já que no início da diástole a diferença de pressão
entre ventrículo esquerdo e aorta é maior, mas com o decorrer da diástole o VE vai se enchendo de
sangue vindo do átrio, reduzindo assim a intensidade da regurgitação aórtica
Esten�s� Mitra�: A estenose mitral consiste no estreitamento do orifício atrioventricular esquerdo
devido ao espessamento e fibrose das cúspides valvares com fusão das suas comissuras. De acordo
com o orifício atrioventricular, a estenose pode ser classificada como leve, moderada e grave.
Causas: A causa principal é a moléstia reumática. Outras causas, porém muito raras, incluem
síndrome carcinoide, artrite reumatoide, lúpus eritematoso
Car����rís�i��s �� �op�� �� es����se ���r��:
Sede: 5º espaço intercostal esquerdo, na direção da linha hemiclavicular esquerda (foco mitral)
Tempo: diastólico
Duração: meso/tele
Altura: grave; auscultado com a campânula
Timbre: em ruflar
Intensidade: ++ a ++++
Irradiação: axila esquerda
Configuração: em decrescendo e crescendo; sopro em ruflar; sopro com reforço pré-sistólico
Manobras: Valsalva e Hand Grip diminuem a intensidade do sopro
Essa configuração de reforço pré-sistólico é em virtude das fases da diástole, pois ocorre o
enchimento ventricular rápido e lento que causam a forma decrescendo, permitem que por diferença
de pressão o sangue caia dentro do ventrículo, já com a sístole atrial que ejeta cerca de 20% de
sangue no ventrículo de forma abrupta. Mas, em pessoas com arritmias, em especial a fibrilação
atrial, o sopro da estenose mitral não é em decrescente crescente, seria apenas decrescente, já que o
átrio não contrai
Além do sopro diastólico com reforço pré-sistólico (impulso dado pelo sangue durante a sístole atrial),
à ausculta encontra-se hiperfonese de 1ª bulha no foco mitral e da 2ª bulha no foco pulmonar e
estalido de abertura mitral
Lívi� Thaí� Rodrigue� C�st� - 2° Períod� - Medicin�
Semiologia Cardiovascular
Se um paciente com sopro retornar após um ano ou mais e o sopro diminuir não indica que ele
melhorou, mas sim que o quadro se agravou, já que ele perdeu o reforço pré-sistólico, isto é, o átrio
não contrai mais
NOTA: A hiperfonese da 1ª bulha é explicada pelo enchimento ventricular lento, fazendo com que as
válvulas mitrais se mantenham muito afastadas no momento da sístole, fechando-se bruscamente. Já o
estalido de abertura da valva mitral, é um ruído protodiastólico, que surge logo após a 2ª bulha,
iniciando o sopro.
Sístole Diástole
Insuficiência Mitral Estenose Mitral
Estenose Aórtica Insuficiência Aórtica
Manobra de Valsalva: Reduz as dimensões do ventrículo
esquerdo (VE), diminui o retorno venoso para o coração direito
e, subsequentemente, para o coração esquerdo.
Pede-se ao paciente para soprar o dorso da mão, elevando o
diafragma, diminui o volume da caixa torácica, o que aumenta a
pressão intratorácica, reduzindo o retorno venoso
Função: Intensifica sopro da miocardiopatia hipertrófica
obstrutiva (Ocorre o uma dilatação concêntrica, o que reduz tanto a complacência ventricular que gera
um som análogo à estenose aórtica) e sopro diastólico da estenose mitral, atenua os sopros da estenose
aórtica, insuficiência mitral e estenose tricúspide. Portanto, ela reduz todos os sopros, com exceção do
sopro da insuficiência mitral (relacionada ao prolapso da valva mitral)
Usa-se valsalva para esclarecer uma insuficiência mitral e para diferenciar uma estenose aórtica de
uma miocardiopatia hipertrófica obstrutiva, pois estenose diminui e na miocardiopatia aumenta
Manobra de Handgrip: Aumenta pós-carga e resistência arterial
periférica, pois o paciente fecha as mãos e as pressiona. Esse exercício
isométrico leva ao aumento da resistência vascular periférica, aumenta
regurgitação mitral e reduz o fluxo aórtico.
Mecanismo de ação: Aumento da resistência vascular periférica, isto
é, a pós-carga
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Semiologia Cardiovascular
Pede-se ao paciente para fechar as mãos com força com o intuito de dificultar a migração sanguínea
da árvore arterial para a árvore venosa aumentando a pressão arterial, especialmente na aorta, o que
consequentemente aumenta a pressão ventricular e intensifica os sopros
Função: Atenua sopros de estenose aórtica e miocardiopatia hipertrófica obstrutiva; reduz sopro do
prolapso da valva mitral ou da disfunção do músculo papilar; intensifica sopro de insuficiências mitral
e aórtica, sopro diastólico da estenose mitral, sopro da comunicação interventricular
Manobra de
Rivero-Carvallo: Aumenta
simultaneamente o fluxo
venoso para o coração
direito e diminui o fluxo
venoso para o coração
esquerdo. O mecanismo
fisiopatológico desta
manobra semiológica é
explicado pelo fato de que a
inspiração prolongada
diminui a pressão
intratorácica, permitindo
maior retorno venoso para câmaras cardíacas direitas. A partir disso, temos maior volume venoso no
coração direito, levando ao aumento da força de contração do ventrículo direito (VD), como descrito
na lei de Frank-Starling. Como consequência da maior força de contração do VD, o volume de ejeção
do mesmo aumenta e, em casos de insuficiência tricúspide, aumenta-se o refluxo de sangue para o
átrio direito pela valva insuficiente, de maneira que o sopro auscultado neste momento é intensificado.
Função: Esta manobra semiológica tem como principal função auxiliar na distinção entre sopros
originários das câmaras cardíacas direitas ou esquerdas, ou seja, se é uma insuficiência mitral ou
tricúspide, pois aumenta sopro tricúspide e pulmonar e diminui o sopro mitral e aórtico. Portanto,
deve ser usado para auxiliar no diagnóstico mais preciso do sopro em questão, pois exacerba os sons
cardíacos direitos e reduz os sons cardíacos esquerdos.
NOTA: Em paciente com hipertensão pulmonar associada à insuficiência pulmonar, a manobra de
Rivero Carvalho não aumenta os sopros das câmaras cardíacas direitas, sopro de Graham Steel.
Manobra do acocoramento: Diminui simultaneamente o
retorno venoso ao coração direito e aumenta pós-carga e
resistência periférica
Mecanismo de ação: Aumenta o retorno venoso e aumenta
a resistência vascular periférica
Função: Intensifica os sopros de insuficiência e estenose
aórtica, prolapso da valva e insuficiência mitral, e sopro
diastólico da estenose mitral; atenua o sopro da miocardiopatia hipertrófica obstrutiva e prolapso da
valva mitral ou disfunção do músculo papilar
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Semiologia Cardiovascular
Pulso paradoxal: É uma queda superior a 10
mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase de
inspiração profunda. É um sinal clínico
inespecífico, o qual pode indicar diversas
condições, incluindo as possibilidades de
tamponamento cardíaco, de pericardite, de
apneia obstrutiva do sono crônica, de crupe, além
de doenças obstrutivas dos pulmões, como a asma
e o DPOC, traumas, câncer, uremia, obesidade.
Nessas situações o ventrículo direito é comprimido,
desviando o septo interventricular, o que reduz a
complacência do VE, reduz o débito sistólico do VE, reduzindo, assim, o suprimento sanguíneo para
os tecidos
Pode- se dizer que na inspiração há o aumento do volume no ventrículo direito (VD), devido ao maior
retorno venoso sistêmico. Ao mesmo tempo, o volume no ventrículo esquerdo (VE) diminui, devido
ao menor retorno venoso pulmonar, sendo esseefeito acentuado no tamponamento cardíaco em outras
condições patológicas, devido a equalização da pressão sobre o coração, por não haver, nessas
situações, pressão ventricular grande o suficiente para ser capaz de impedir o desvio do septo
ventricular para a esquerda.
Quando vigente o pulso paradoxal grave, definido variavelmente em uma medida acima de 10 a 20
mmHg, esse com frequência pode ser palpado nos pulsos radial, braquial ou femoral, o que se traduz
pela diminuição ou até mesmo desaparecimento do pulso durante a inspiração. No entanto, na maioria
dos pacientes, o pulso paradoxal não é tão grave e é mais facilmente identificado durante o registro da
pressão arterial.
Todos os pulsos palpáveis devem ser analisados, e, aqueles que for possível, analisar bilateralmente
concomitantemente (exceto o carotídeo e o poplíteo, que não podem ser palpados ao mesmo tempo),
para avaliar a simetria. Nesse sentido, o pulso reflete a força de sístole do V.E, da saúde da válvula
aórtica e da pressão arterial.
PULSO ARTERIAL X PRESSÃO ARTERIAL: quando o avaliador encontra dificuldade em
colabar totalmente a artéria, possivelmente a P.A está alta. Se o avaliador conseguir colabar a artéria
com facilidade, possivelmente a P.A está baixa.
O pulso arterial reflete:
1. A presença ou ausência de alguma obstrução na artéria;
2. A força do ventrículo esquerdo;
3. A pressão arterial
Pulso Temporal
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Semiologia Cardiovascular
Surge da artéria carótida externa e bifurca na artéria temporal superficial e na artéria maxilar. Seu
pulso é o palpável e superior ao arco zigomático, anterior e superior ao tragus.
Deve-se avaliar bilateralmente ao mesmo tempo para perceber a simetria
Pulso Carotídeo (artéria carótida comum)
- Crucial na avaliação do pulso central paciente – se está vivo ou
morto;
- A referência anatômica é o Pomo de Adão (cartilagem
tireóidea), arrastando o dedo para trás;
- Não se pode palpar os dois pulsos (direito e esquerdo) ao
mesmo tempo, pois interromperia o fluxo sanguíneo cerebral –
AVC isquêmico;
- Outra situação em que é válido palpar o pulso carotídeo é
quando houver dúvida entre as bulhas: o pulso sempre coincide
com a B1.
NOTA: Em idosos, a carótida nunca deve ser palpada antes de
auscultar o pescoço. Se houver sopro na ausculta, pode significar que ali há uma placa estenótica
obstruindo a artéria, e a pressão exercida por ela para conferir o pulso pode soltá-la, indo para o
encéfalo e podendo causar um AVE isquêmico ou uma Embolia por placa de gordura . Se não houver
sopro, pode palpar.
A carótida comum se bifurca em duas: interna e externa. O local dessa ramificação é o Bulbo
Carotídeo: Região essa que possui barorreceptores. Caso essa região seja palpada por muito tempo
(mais que 10seg), o organismo reconhece um aumento de pressão e desenvolve mecanismos para
diminuir a p.a do paciente, assim como a frequência cardíaca;
NOTA: A massagem nessa região por mais de 10 minutos pode ser usada para cardioverter algumas
arritmias cardíacas
Pulso Aórtico Abdominal:
- Importante na investigação de aneurisma da aorta abdominal;
- A palpação é feita mais na região do mesogástrio e flanco esquerdos;
- Em condições fisiológicas, o pulso da aorta abdominal não é palpável; - Caso seja palpada uma
massa pulsante, geralmente dolorosa, trata-se da artéria aorta dilatada → Aneurisma da Aorta (muito
comum em idosos e hipertensos, e trata-se de um quadro grave);
- O paciente sente dor pois existem receptores de dor na parede das artérias (diferentemente das veias,
que não possuem); isso explica porque o acesso venoso é pouco doloroso e o arterial é muito
doloroso.
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Semiologia Cardiovascular
Pulso Braquial:
- Utilizado para saber o local certo do
posicionamento do estetoscópio durante o
aferimento de pressão arterial;
- Localização: a referência anatômica é 3 cm
medial ao epicôndilo medial do cotovelo;
- Usualmente, a artéria braquial não é palpada
em outras ocasiões se não na aferição da p.a,
pois se a artéria radial está pérvia, simétrica e
com boa amplitude, a braquial (acima)
também estará normal
Pulso Radial:
Localização: 1,5 cm medial ao processo estilóide do
rádio;
- É na artéria radial que se faz a gasometria arterial, onde
se avalia a perfusão do punho e onde avaliamos a
frequência do pulso;
Pulso Femoral:
- Usado principalmente para acesso venoso central, que tem
como referência anatômica a artéria femoral;
-Apesar do acesso ser venoso, a referência é o pulso da
artéria femoral, pois a veia não pulsa;
- A veia femoral está a 1 cm medial da artéria femural .
- Está entre a artéria ilíaca e a artéria poplítea;
- Referência anatômica: traçada uma linha entre a sínfise
púbica e a crista ilíaca anterossuperior, em qualquer região
abaixo dessa linha a artéria femoral é palpável.
Pulso Poplíteo:
- Usado na investigação de doenças arteriais dos membros inferiores;
- Sua localização é atrás do joelho;
- Para ser palpado são necessárias as duas mãos em cada joelho, não
podendo, portanto, ser palpada bilateralmente ao mesmo tempo
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Semiologia Cardiovascular
Pulso Tibial Posterior:
- Sua localização é logo atrás do maléolo medial
- Deve ser palpado principalmente em idosos, diabéticos
e tabagistas, pois é muito comum a obstrução desse
segmento de artéria, o que leva à isquemia, dor nas
pernas, marcha claudicante, e, em casos mais graves,
pode levar à amputação da perna.
- A pressão arterial também pode ser aferida nesse pulso
Pulso Pedioso:
- Traçada uma linha entre o polegar e indicador do pé, seguindo
para o dorso do pé, encontrará a artéria pediosa;
- Como é uma artéria menor que as outras, é comum ser a primeira
obstruída na aterosclerose, sendo um dos primeiros pulsos a sumir.
INGURGITAMENTO JUGULAR
- Avaliação da veia jugular, não da artéria;
- A turgência jugular é um sinal da insuficiência cardíaca do lado direito;
Característica� Básica� d�� Puls�� A�teriai�:
Frequência – Alterações da freqüência cardíaca podem ser facilmente determinadas pela palpação do
pulso em qualquer sítio; é importante ressaltar que, na presença de alterações do ritmo cardíaco, a
freqüência será mais precisamente determinada, aumentando-se o tempo de observação.
- Frequência de pulso não é o mesmo que frequência cardíaca;
- Quase sempre a frequência de pulso será igual à F.C ou um pouco menor;
- O pulso nunca pode ser maior que a F.C, pois cada pulso representa uma sístole.
- Quando a frequência de pulso está menor que a F.C, chamamos de déficit de pulso;
- Quando a diferença é grande (10, 20, 30), trata-se de arritmias.
- Toda alteração de pulso indica alteração na ausculta.
TAQUISFIGMIA: - É quando os pulsos estão acima de 100 pbm; - Pode ser causada por dor, febre,
ansiedade, IC, hipertireoidismo... - A pressão arterial pode estar baixa e corpo está tentando
compensar, aumentando a frequência de pulso
BRADISFIGMIA: - É quando os pulsos estão abaixo de 50 pbm; - Pode ser causada por doenças do
nó sinusal (geralmente diminuem a frequência), IC, hipotireoidismo, efeito de medicamentos…
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Semiologia Cardiovascular
Ritmo – deve-se avaliar se o ritmo é regular ou irregular. Quando irregular, é possível, com a prática,
identificar algumas características que sugiram a presença de alguns distúrbios do ritmo cardíaco,
específicos, como a fibrilação atrial ou extra-sistolia. É importante registrar que essa técnica tem
especificidade limitada para estabelecer o diagnóstico de arritmias, embora possa oferecer
informações relevantes para isso. A avaliação concomitante, do pulso com a ausculta cardíaca
possibilita verificar a concomitância entre o batimento cardíaco e a ocorrência do pulso.
Normalmente, a cada batimento, deve-se detectar o pulso arterial correspondente. A não ocorrência
dessa concomitância, ou seja, quando nem todo batimento auscultado tem seu correspondente
palpável, indica que a contraçãoimediatamente precedente não teve intensidade suficiente para abrir a
valva aórtica e gerar o pulso correspondente
NOTA: Pré-sístoles são batimentos cardíacos antes da hora. São arritmias que geram déficits de pulsos,
ou seja, FC maior que a frequência de pulso
RITMO REGULAR COM EXTRA SÍSTOLE:
RITMO REGULAR COM ALTA FREQUÊNCIA:
RITMO IRREGULAR:
ALTERAÇÃO DE RITMO ONDE O PULSO CAROTÍDEO NÃO ESTÁ PALPÁVEL:
Localização – A avaliação dos pulsos deve ser realizada em todos os locais onde eles podem ser
palpados: carotídeo, temporal, braquial, radial, ulnar, abdominal, femoral, poplíteo, tibial posterior e
pedioso
Simetria – Percepção da amplitude dos pulsos palpáveis em comparação com o mesmo pulso
contralateral. Tal análise oferece subsídios para o diagnóstico de situações como obstrução arterial,
crônica, de membros inferiores ou de outras doenças vasculares, periféricas
- Para avaliar a simetria, seria essencial palpar os pulsos bilateralmente ao mesmo tempo;
- Em condições fisiológicas, o pulso do lado direito deve ser igual ao do lado esquerdo e vice-versa.
- Existem doenças em que um pulso torna-se diferente do outro;
● Isso indica obstrução em algum local das artérias.
- Um exemplo de doença é coarctação de aorta (estreitamento), muito comum em jovens saudáveis
que começam a desenvolver pressão alta, cansaço a pequenos esforços, dor nas pernas.
● Doença congênita ՜ A aorta está estenótica;
● Pulsos radial e braquial direito e esquerdo normais;
● Pulso femoral diminuído;
● Nesse caso, há uma assimetria entre o polo superior e o polo inferior.
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Semiologia Cardiovascular
Forma - O formato do pulso expressa a análise do seu contorno. Do ponto de vista clínico, embora
uma grande variedade de formatos seja descrita com estudos invasivos das ondas de pulso, essas
alterações são de difícil percepção e exigem muita prática
Para a distinção entre
os diversos pulsos de
duplo pico, a
caracterização do
momento do ciclo em
que as ondas ocorrem
é fundamental. É
importante ressaltar
que devem ser
pesquisados em
pulsos proximais,
como o pulso
carotídeo
Amplitude - A amplitude do pulso pode ser influenciada por vários fatores, como ressaltado acima.
Sua percepção pode ser facilitada, quando se examinam pulsos de localização mais distal no sistema
arterial. Quanto à amplitude, os pulsos arteriais podem ser classificados como de amplitude normal,
aumentada ou reduzida. É implícita, nessa classificação, que o observador deverá definir, a gradação
de amplitude segundo uma escala individual, que depende, fundamentalmente, da experiência
acumulada.
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Semiologia Cardiovascular
● O pulso bisferiens é mostrado, na Tabela I, como um dos três tipos de pulso de duplo pico. A
alteração de seu contorno é uma característica fundamental para sua caracterização. Porém
outras características devem ser ressaltadas: é um pulso de elevação e descenso rápidos,
decorrentes da grande quantidade de volume ejetado e do volume regurgitante,
respectivamente, na insuficiência aórtica, grave; e possui amplitude aumentada, decorrente,
também, do grande volume ejetado. Essas alterações podem ser percebidas ao longo de todo o
sistema arterial.
● O pulso parvus e tardus é encontrado na estenose aórtica e está ilustrado na Tabela II como
exemplo de pulso caracterizado por alteração de amplitude. A baixa amplitude é característica
desse tipo de pulso, mas ele também é caracterizado por uma elevação lenta da sua porção
ascendente, o que ocasiona que ele seja percebido tardiamente na sístole, durante a palpação.
Essas modificações de amplitude (parvus) e de localização no ciclo (tardus) são características
fundamentais dessa alteração, e são freqüentemente mascaradas por perda da elasticidade do
sistema arterial, como aquelas decorrentes do envelhecimento. Embora tais alterações
dificultem sua percepção e sejam um sinal tardio da estenose aórtica, implicam sempre, em
severidade do quadro
✨ Eletrocardiograma
● É um exame indispensável, pois
oferece numerosas informações sobre a saúde
do coração
● Qualquer queixa relacionada ao
ACV deve ser examinada por um eletro
● É um registro do funcionamento
elétrico do coração
● Conforme a disposição das curvas
gráficas, é possível saber as dimensões atriais
e ventriculares, se existe sobrecarga de pressão
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Semiologia Cardiovascular
ou de volume, se o ritmo cardíaco está regular ou irregular, arritmias, avaliar a frequência
cardíaca com bastante precisão
● FC normal: Entre 50 e 100 bpm
● Verifica a saúde dos ramos direito e esquerdo (nervos de condução elétrica)
● É um exame amplo, de baixa especificidade, ou seja, dificilmente fecha um diagnóstico
precisamente, mas dá indícios de disfunções cardíacas
● Arritmias, bloqueios de ramo, etc só são diagnosticadas com o eletro
● Onda P mede o impulso elétrico que passa pelos átrios direito e esquerdo. Onda Q indica o
impulso passando no septo interventricular. Onda R e S mostra o impulso elétrico passando
pelos ventrículos. Onda S repolarização miocárdica
✨ Ecocardiograma Transtorácico
● Ecocardiograma é um ultrassom que
busca analisar a anatomia do coração (Câmaras,
valvas) ou seja, identificar os diâmetros e
perceber possíveis alterações morfológicas
● Mostra a situação do fluxo sanguíneo
dentro do coração (identifica sopros)
● Deve-se pedir sempre que o eletro der
alterado
● Confirma a presença do sopro, qual seu
tipo e sua gravidade
✨ Teste Ergométrico
● É um eletrocardiograma feito durante o
exercício físico
● Analisar a atividade elétrica do coração em
atividades intensas
● Identificar isquemia (angina), pois o exame
irá demandar mais O2 ao miocárdio explicitando a
alteração da angina, ou seja, alteração
eletrocardiográfica
● Pede-se para diagnóstico de angina
(isquemia)/doença coronariana obstrutiva
✨ Holter 24 h
● É a verificação da atividade elétrica do
coração durante 24 horas
● Monitora o ritmo cardíaco
● Queixa de palpitações e suspeita de
arritmias (pois as palpitações são paroxísticas e, por
isso, requerem um monitoramento de, no mínimo, 24
hrs)
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✨ M.A.P.A
● Monitora a PA do paciente em 24 hrs
● Diagnóstico de hipertensão arterial,
principalmente a noturna
✨ Cineangiocoronariografia
● Analisa o diâmetro interno das coronárias por dentro
do seu lúmen
● Diagnosticar uma suspeita de angina
● Filmagem do interior de uma artéria contrastada
✨ Ressonância Magnética Cardíaca
● Análogo ao ecocardiograma, entretanto mais
sofisticado, mais preciso, mais nítido
● Indicado para as mesmas situações que o eco,
no entanto ele é mais caro
✨ Angiocoronariografia
● Menos invasivo, pois não se contrasta as coronárias por
punção
● Analisa as coronárias de fora para dentro
● Indicado para suspeita de coronárias anômalas ou suspeita
de angina mas sem fatores de risco, como uma pessoa jovem
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✨ Cintilografia
● Analisar a perfusão do miocárdio
● Confirmar suspeita de isquemia em pacientes
idosos, deficientes, ou seja, impossibilitados de fazer o
ergométrico
● Compara-se o miocárdio antes de um estresse físico
ou medicamentoso com o miocárdio após essas situações
para ver se o sangue está chegando adequadamente, pois se
após o estresse a perfusão cair, existe uma isquemia
✨ Doppler vascular
● Avaliar obstrução de veias ou artérias (ausência
de pulsos)
● Não necessariamente um problema no coração
NOTA: Pacientes sem sinais do ACV que deseja fazer um check-up deve-se solicitar um hemograma e
um eletrocardiograma
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