Diarreia Viral Bovina (BVD) em Animais Domésticos

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DOENÇAS VIRAIS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS – MEDICINA VETERINÁRIA- 6º PERÍODO 
Diarreia Viral Bovina (BVD) 
A BVD é uma patologia que causa 
redução do desenvolvimento dos 
animais, diminuição da produção 
de leite, transtornos reprodutivos, 
complicações respiratórias, 
imunossupressão, infecção 
secundárias e quadros de morte 
súbita. 
ETIOLOGIA 
RNA fita simples da família 
Flaviviridae e gênero Pestivirus. 
ESPÉCIES: BVDV 1-2-3 ou atípico; 
Encontramos a espécie BVDV-3 no 
Brasil. 
CARACTERÍSTICAS 
O vírus é sensível ao éter e ao 
clorofórmio, sendo inativado na 
presença de tripsina, estável no pH 
> 5,7 – 9,3 / <10ºC; viável a 3h/35ºC 
– 3 a 7d/20º C e 3s/5º C; 
EPIDEMIOLOGIA 
Acomete bovinos, bubalinos, 
caprinos, ovinos, lhamas e veados. 
Transmissão: 
- Vertical (mãe-filho); 
- Horizontal (contato direto – 
secreções oronasais, cópula, 
aerossóis/ contato indireto- 
iatrogênica, palpação retal e 
instrumentos para colocação de 
brincos) 
É uma patologia que tem como 
característica epidemiológica sua 
alta morbidade e baixa 
mortalidade. 
- Fatores de risco 
• Quanto mais idade mais 
exposição; 
• Monta natural; 
• Assistência veterinária 
• Aquisição de animais sem 
testes; 
• Falta da quarentena; 
• Insetos hematófagos; 
• Bebedouros e comedouros 
coletivos; 
PATOGENIA 
- INFECÇÃO PRÉ-NATAL 
A vaca se infecta entre 40 a 125 
dias de gestação com o vírus da 
BVD no ambiente causando 
abortamentos ou anomalias ou 
congênitas. Caso a infecção 
ocorra no terço final da gestação 
podem ocorrer nascimentos de 
animais normais, porém infectados 
que serão principais reservatórios e 
fontes de infecção de outros 
animais. 
- INFECÇÃO PÓS-NATAL 
Ocorre a infecção pela via 
oronasal, conjuntiva e genital, e a 
replicação acontecerá na mucosa 
destas conjuntivas causando 
viremia. O vírus chega às células 
de defesa como macrófagos, 
granulócitos, linfócitos B, T etc. 
Desta forma, há a apoptose de 
leucócitos diminuindo a resposta 
de anticorpos (imunossupressão) e 
número de linfócitos. 
SINAIS CLÍNICOS 
Geralmente é assintomática, mas 
no caso de infecções pré-natais 
observamos a morte embrionária, 
fetal, abortos e anomalias como 
microcefalia e hipoplasia 
cerebelar. 
Nos casos de infecção pós natal 
podemos observar em alguns 
casos: 
1. Doença aguda transitória: 
Prostração, Linfadenopatia, 
Inapetência, Diarreia 
sanguinolenta, Epistaxe, 
Úlceras oronasais e 
interdigitais, Pneumoenterite 
neonatal em bezerros; 
2. Doença das mucosas: 
Acomete animais PI, 6 meses 
a dois anos; Coinfecção com 
biotipo cp.; Diarreia aquosa 
escura; lesões erosivo-
ulcerativas dos tec. linfoides 
3. Óbito 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
Exames Laboratoriais: 
1-Hematológico: Leucograma- 
linfopenia; Anemia e 
trombocitopenia; 
2-Isolamento viral; 
3- ELISA direto; 
4-Neutralização viral; 
5- RT-PCR 
6- Histopatológico; 
Exames post mortem 
Erosões e úlceras no TGI, enterite, 
necrose do epitélio intestinal e 
hipoplasia cerebelar; 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Febre aftosa, estomatite vesicular, 
varíola bovina, IBR, Infecções 
bacterianas, Neospora. 
PROFILAXIA E CONTROLE 
• Eliminação dos PI 
• Quarentena 
• Rotina de exames laboratoriais 
• Cuidados sanitários na 
reprodução 
• Vacinação 
– Bezerros > 3 meses 
sinais clínicos 
Epidemio 
exames 
– Fêmeas 30-60 d antes da monta;