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Dermatologia – Larissa Lopes Anna Paula Marques – 7° semestre Psoríase O termo psoríase vem tem grego psora= prurido. Foi descrito por Galeno. A psoríase é uma dermatose inflamatória crônica e recorrente. Não tem cura. Obs: doenças inflamatórias melhoram com a exposição solar, pois vai ter a diminuição das células. A sua patogenia é imunologicamente mediada. Caráter universal: Mais frequente em países longe da linha do equador, rara em negros na África e em afro- americanos, incidência baixa no Japão e indígenas. Acomete ambos os sexos e qualquer faixa etária. Ampla gama de manifestações sistêmicas, vem junto com outras comorbidades que pioram o quadro clínico do paciente, não é um doença estritamente da pele. Qualidade de vida substancialmente afetada ETIOPATOGENIA: Poligênica. Os genes alterados estão envolvidos com alterações de crescimento e diferenciação epidérmica. Múltiplas anormalidades bioquímicas, imunológicas e vasculares. O que leva a inflamação, ou seja, o polo que está alterado é pela resposta Th1, Th17 e Th22. Relação não compreendida com o sistema nervoso. Tipo I: Início antes dos 40 anos Incidência familiar Clínica mais exuberante Forte associação com HLA Tipo II: Inícios após 40 anos Menos prevalência familiar Menor correlação com HLA Tanto o tipo I como o tipo II, vai ter aceleração do ciclo germinativo epidérmico >> aumento das células em proliferação, ou seja, a célula que proliferaria renovando a camada em 30 – 40 dias, ela acaba se proliferando em 10. Logo, não vai ocorrer a maturação adequada. Existe alguns fatores aumentados, como de: - Fator de crescimento epidérmico (EGF) - Fator de crescimento e transformação alfa (TGF alfa) - Citocinas proinflamatórias: IL-1, IL-6, IFN- gama >> mitógenos - Falha na resposta a citocinas inibitórias: TGF- beta, TNF-alfa> LT CD8+ Encurtamento do tempo de renovação celular na epiderme, tanto na lesão quanto na pele normal. Fatores ambientais: Trauma cutâneo, infecções (estreptococo, HIV), drogas (lítio, betabloqueadores, iECA, AINE), interrupção de corticoide, tabagismo, abuso de álcool, variações climáticas, fatores psicogênicos/emocionais, distúrbios endócrinos e metabólicos. Fatores ambientais, trauma, microorganismo, drogas, que vão ser gatilhos para um estresse celular e estimulação da resposta da imune (Th22, Th17 e Th1), com a produção das citocinas que leva a uma epideme alterada, como podemos observar na imagem. Além disso, tem alteração vascular, por isso encontramos eritrema na lesão. CLÍNICA: Psoríase vulgar: presença de placa 90% dos casos. Placas eritematoescamosas: escamas secas, brancas ou prateadas, aderentes, estratificadas, finas e grosseiras (rupiáceas), bem delimitadas, graus variados de infiltração, mede de milímetro a centímetros de extensão. É simétrica, ou seja, acomete 2 braços ou 2 pernas. Normalmente acomete: face e face extensora de membros, couro cabeludo e região sacra. Não são friáveis, mas se atritar o local, ela sangra pois está perto da derme. A depender da região que ela acomete, damos nomes, como: Áreas seborreicas: seborríase Dobras flexurais: psoríase invertida Mucocas podem ser acometidas Língua geográfica: placas esbranquiçadas que tendem a migrar de topografia na superfície lingual. Prurido e queimação Lesões anulares: remissão. Diferenciar psoríase de dermatite seborreica, é que na psoríase a placa sai da região do cabelo. Psoríase gutata: Mais comum em crianças e adolescentes. De inicio súbito Forma pápulas de 0,5 a 1 cm. Tronco e raiz de membros, pois são areas mais protegidas do sol Até 85% precedida por IVAS estreptocócica Pode resolver espontaneamente em até 3 meses ou progredir. Na imagem da para ver o fenomeno de koebne, que é o caminho que o paciente coçou e ai fez a escoriação. Psoríase palmoplantar: Mais comum em adultos Nítida delimitação e simetria de placas Intensa ceratose com ou sem fissura Poupa o cavo plantar Associada a psoríase vulgar ou não. Psoríase pustulosa: Generalizada: Psoríase vulgar po interrupção de corticóide, hipocalcemia, infecções, irritantes locais. Comprometimento do estado geral, febre alta e leucocitose. É mais grave. Erupção súbita Persiste por poucas semanas revertendo ao quadro prévio ou evoluindo para eritrodermia. Localizada: 3 subformas: Em placas ou anular Acrodermatite contínua de HAllopeau, sem remissão espontânea. Pustulose palmoplantar: sem manifestações sistêmicas. Psoríase ungueal: 50 a 80% dos casos. Podem precerder as lesões cutâneas e ser a única manifestação. Depende da intensidade, duração e localização do processo no aparelho ungueal. Depressões cupiliformes = pittings = unha em dedal Onicólise, hiperceratose subungueal, manchas em óleo Onicodistrofia, traquioníquia, hemorragias em estilhaço Afastar infecção fúngica associada. Artrite psoriásica: Soronegativa, ou seja, o fator reumatoide vai ser negativo. Acomete esteses, sinóvia e articulações espinhais e sacroilíacas. 5 a 42% dos casos 19% precede 16% concomitante 65% após lesões cutâneas Mutilante 80 a 85% tem manifestações ungueais. Artrite: normalmente melhora com movimentação, apresenta edema. Formas: Mono ou oligoartrite assimétrica: mais frequente, mãos e pés, articulações interfalagianas proximais e distais. Simétrica: poliarticular, pequenas e médias articulações (interfalangiana proximal, metacarpofalangianas, punho, cotovelo e tornozelos). Axilal: coluna vertebral e/o sacroilíaca. HLA- B27 + / DII (doença inflamatória intestinal)/ uveíte. RX com desmineralização óssea local, diminuição do espaço articular, erosão óssea e edema de tecido mole. Tratamento: AINE, corticóides, fisioterapia, terapias sistêmicas. Comorbidades na psoríase: Doença cardiovascular, síndrome metabólica, doença inflamatória intestinal, doenças hepáticas e renais e transtornos psiquiátricos. Índice de severidade: PASI –Psoriasis Area and Severity Index Eritema, descamação, infiltração. Calculo e valor varia de 0-72. DLQI – índice de qualidade de vida em dermatologia Numeração 0-30 Regra dos 10: psoríase moderada a grave quando PASI>10/ DLQ > 10/ BSA >10. TRATAMENTO: Tópico: Monoterapia ou combinado Corticóide Calcipotriol Imunomoduladores Retinóides Fototerapia Sistêmico: Metotrexato Acitretina Ciclosporina Imunobiológicos Obs: O corticóide é de forma tópica, não sistêmico, já que é uma doença que não tem cura. O corticóide sistêmico pode ser quando ela está na fase aguda, mas não pode ser de forma indescriminada. O paciente não pode esfregar a pele, hidratar bem a pele. O imunobiológicos zera a lesão dos pacientes, vai agir diretamente na citocina, principalmente nas citocinas chave. Ele não é a primeira escolha não, vai fazer os outros antes até escolher o imuno.
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