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Linfoma em Cães e Gatos

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Linfoma em Cães 
INTRODUÇÃO 
 
 Linfomas são neoplasias caracterizadas 
pela proliferação clonal de linfócitos 
malignos. 
 
LINFOMA = LINFOSSARCOMA ou LINFOMA 
MALIGNO 
 
 Originam-se nos órgãos linfoides, como 
medula óssea, baço e linfonodos. Entretanto, 
os linfomas podem se desenvolver em 
praticamente qualquer órgão, qualquer local 
onde passam linfócitos (passam na medula, 
na corrente sanguínea), portanto qualquer 
lugar do corpo pode ter um linfoma. 
 
 Correspondem a 90% das neoplasias 
hematopoiéticas de cães e gatos ➡ chamadas 
de NEOPLASIAS LÍQUIDAS (que têm origem no 
sangue). 
 
 Acomete principalmente animais adultos 
(idosos). 
↪ Quanto mais velho o paciente, maior sua 
chance de desenvolver linfoma. 
 
Obs.: A resposta do paciente idoso ao linfoma 
é melhor, pois, não vai ter uma super-resposta 
imune. A quimioterapia vai destruir as células 
e acaba imunossuprimindo o paciente, 
portanto precisamos de um paciente que não 
responda que responda muito pouco com seu 
sistema imune. 
 
Obs.: Quanto mais jovem o paciente menor 
sua resposta ao linfoma, mais rápido ele vai 
morrer e menos vai responder a terapia. 
O QUE ACONTECE? 
↪ O linfócito é uma célula de defesa, e de 
repente se torna uma célula maligna e precisa 
ser combatida com células que se 
assemelham a ela. Portanto, a resposta imune 
do paciente jovem é muito mais exacerbada 
do que o animal idoso, isso faz com que ele se 
perca na resposta e não responda direito ao 
tratamento. 
 
 Relatos de animais com menos de 12 meses. 
 
 
RAÇAS MAIS PREDISPOSTAS 
 
 Boxer, Rottweiler, Poodle, Chow-Chow, 
Beagle, Basset Hound, Pastor Alemão, São 
Bernardo, Scottish, Bulldog. 
 
Obs.: Bullmastiff e Golden Retriever  
possuem predisposição familiar. 
↪ Por isso é importante conhecer a linhagem 
do animal, pois se os seus parentes tiveram 
linfoma a chance dele ter também é grande. 
 
QUANDO SUSPEITAR DE LINFOMA? 
 
 Quando o animal tiver o LINFONODO 
AUMENTADO! 
↪ não precisam ser todos, pode ser 1 só. 
 
Obs.: Linfoma pode ser confundido com 
erliquiose ou doenças sistêmicas, pois, 
também causam aumento dos linfonodos. 
 
O aumento dos linfonodos tende a ser 
PROGRESSIVO começando-nos: 
 
1º - Mandibulares; 
2º - Cervicais; 
3º - Axilares; 
4º - Inguinais; 
5º - Poplíteo. 
 
 Aumento CRÂNIO/CAUDAL. E quando 
começa o tratamento eles vão diminuindo ao 
CONTRÁRIO (CAUDO\CRANIAL). 
 
1º - Poplíteo; 
2º - Inguinais; 
3º - Axilares; 
4º - Cervicais; 
5º - Mandibulares. 
 
GATO 
 Em gatos CAQUÉTICOS o linfoma é um 
diferencial importante, pois nos gatos não se 
costuma aumentar os linfonodos. 
 
 SÍNDROME PARANEOPLÁSICA: Sintomas 
que o animal apresenta graças ao que o 
linfoma está causando nele. 
↪ A síndrome paraneoplásica consiste em um 
conjunto de sinais e sintomas, que precedem 
ou que ocorrem simultaneamente com a 
presença de uma neoplasia no organismo. O 
responsável por esta síndrome são os fatores 
humorais excretados por células tumorais ou 
por uma resposta à neoplasia. 
 
No caso do linfoma, o linfonodo começa a 
liberar substâncias anorexígenas, o animal 
para de comer, perde o apetite e vem para 
clínica, caquético. 
 
 ANIMAL CAQUÉTICO = Diferencial para 
câncer, doença renal e cardíaca, pois são 
doenças caquetizantes. 
 
Obs.: lembrar que nem sempre o animal vai 
estar com linfonodos aparentemente 
aumentados, às vezes os internos podem 
estar aumentados (no fígado e baço), e o 
animal vir apenas caquético, principalmente 
se for animal com perda de peso progressiva. 
 
 
ETIOLOGIA 
 
 AGENTES QUÍMICOS 
↪ Herbicidas (ácido fenoxiacético), clorofenóis, 
dioxinas, benzeno e outros solventes 
orgânicos... 
 
 FÁRMACOS IMUNOSSUPRESSORES 
como: 
 
CICLOSPORINA  é um fármaco 
imunossupressor usado para problemas de 
pele para o animal que não pode usar 
corticoide. 
 
 ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS; 
 
 TROMBOCITOPENIA IMUNOMEDIADA; 
↪ Queda de plaqueta. O organismo do animal 
começa a destruir as plaquetas dele e essa 
reação pode predispor ao linfoma. 
 
 ATIVAÇÃO DE BCL-2 E INATIVAÇÃO DO 
GENE P53  (gene que protege contra o 
câncer). 
 
Obs.: Na veterinária, é difícil sabermos como o 
linfoma do animal surgiu. O tratamento é o 
mesmo independente do agente etiológico. 
GATOS 
 
Em gatos, a imunodeficiência viral felina e a 
leucemia viral felina FIV E FELV, são 
consideradas fatores predisponentes ao 
linfoma. 
 
 25% dos gatos com Felv desenvolvem 
linfoma. Isso torna o quadro um pouco mais 
difícil, pois além de termos que tratar o 
linfoma vamos ter que tratar a doença viral. 
↪ A Felv é causada por um retrovírus que se 
integra no DNA da célula hospedeira, 
alterando o crescimento celular, o que pode 
resultar na transformação maligna. 
 
 A Fiv participa indiretamente da 
oncogênese, uma vez que, por ser 
imunossupressor, esse retrovírus compromete 
a habilidade do sistema imune em destruir as 
células malignas. 
 
Obs.: Células linfomatosas de pacientes 
felinos, ambos negativos e positivos para Felv, 
expressam um antígeno de membrana celular 
associado ao oncovírus felino (FOCMA, feline 
oncovirus-associated cell-membrane antigen), 
indicando a exposição dos animais ao vírus 
da Felv, sugerindo sua participação no 
desenvolvimento do linfoma. 
 
FOCMA  antígeno presente na membrana 
da célula que era identificado no PCR isso 
significava que o animal provavelmente tinha 
contato com a felv (usado antigamente 
quando não existia teste rápido para felv). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem 4 FORMAS do linfoma se apresentar: 
 
1. MULTICÊNTRICO 
 
 É multicêntrico, ou seja, tem muitos centros, 
vários locais acometidos. 
 
 Mais comum em cães; 
 
 LINFADENOMEGALIA REGIONAL OU 
GENERALIZADA. 
↪ Animal vem com linfonodo aumentado. Mais 
fácil para diagnóstico! 
 
 
 
 HEPATOESPLENOMEGALIA; 
↪ aumenta o fígado e o baço, pois existem 
linfócitos neoplásicos neste local e aumenta a 
resposta destes órgãos. 
 
 DOR, APATIA, HIPOREXIA, 
EMAGRECIMENTO E FEBRE. 
 
Obs.: Sinais Clínicos muito comuns com a 
erliquiose, cuidado para não confundir. 
 
COMO DIFERENCIAR? 
↪ Teste rápido da erliquiose, citologia do 
linfonodo (a resposta do linfonodo para 
erliquiose é uma resposta hiperplásica, pois 
ele só está inflamado, já no linfoma vai estar 
neoplásico). 
 
 EDEMA OU ANASARCA ; 
 
Obs.: Em gatos raramente se percebe 
linfadenopatia periférica (não vamos observar 
os linfonodos aumentados). 
↪ geralmente ocorre uma forma mais 
sistêmica que envolve linfonodos 
mesentéricos, fígado, baço e rins. 
 
2. MEDIASTINAL (TIMICO) 
 
O linfoma mediastinal envolve os linfonodos 
mediastinais e/ou timo. Entretanto, pacientes 
com linfoma multicêntrico também podem 
apresentar aumento desses linfonodos. 
 
 
↪ O mediastino contém o coração, o timo, 
alguns linfonodos e partes da traqueia, 
esôfago, aorta, glândula tireoide. 
 
 
 
Obs.: É um linfoma normalmente de células T 
(que tende a ser pior que o B). 
 
 Causa HIPERCALCEMIA frequente em 
cães. 
↪ Muitas vezes morrem por causa da 
hipercalcemia. 
 
COMO OCORRE A HIPERCALCEMIA: 
 A hipercalcemia maligna pode ocorrer nas 
formas direta ou indireta: 
 
DIRETA  as células tumorais passam a 
sintetizar, de forma aberrante, a proteína 
relacionada ao paratormônio (PTH-rP). 
 
INDIRETA  a neoplasia produz ou induz a 
produção de grande quantidade de 
interleucinas 1 e 6, TNF-α e fator de 
crescimento transformador. 
↪ Essas citocinas, por sua vez induzem a 
produção excessiva do PTH-rP. 
 O PTH-rP provoca aumento da atividade de 
osteoclastos, redução da atividade dos 
osteoblastos, aumento da excreção renal de 
fósforo e da reabsorção renal de cálcio, 
resultando na elevação dos níveis séricos de 
cálcio. 
 
Obs.: O linfoma é a principal causa 
de hipercalcemia em cães, sendo relatada em 
40% dos pacientes, sobretudo nos de origem 
T, comumente identificado nos animais 
domésticos com linfoma mediastinal. 
 
 
 PIOR PROGNÓSTICO . Na rotinaé o tipo 
que mais visto nos gatos, o animal chega 
dispneico. 
 
Obs.: Animais com linfoma se fizer 
quimioterapia as chances de boa resposta 
são grandes, pois o linfoma desaparece muito 
rápido com a quimioterapia, possui uma boa 
resposta. 
 
Como dar DIAGNÓSTICO DE LINFOMA 
MEDIASTINAL? 
↪ Fazer citologia do líquido da efusão 
torácica. 
 
3. CUTÂNEO 
 
Forma mais complexa do ponto de vista 
terapêutico. 
↪ PIOR DOS 3 TIPOS. É difícil tratar, muitos 
animais não respondem ao tratamento de 
linfoma cutâneo. 
 
 Pode envolver MUCOSA ORAL, 
LINFONODOS, BAÇO, FÍGADO E MEDULA 
ÓSSEA. 
↪ Pode começar na pele e depois passar para 
outros órgãos. 
 
 Pode ser EPITELIOTRÓPICO (presença de 
linfócitos neoplásicos na EPIDERME, 
GERALMENTE DE ORIGEM T). 
↪ Vai ficar na epiderme, camada mais 
superficial. 
 
 Ou pode ser NÃO EPITELIOTRÓPICO 
(presença de linfócitos neoplásicos na DERME, 
GERALMENTE DE ORIGEM B). 
↪ onde está mais profundo neste caso é 
chamado de MICOSE FUNGÓIDE (pois lembra 
uma lesão fúngica). 
 
Obs.: MICOSE FUNGÓIDE = tipo de linfoma 
cutâneo. 
 
 
↪ Vários nódulos cutâneos. 
 
Obs.: Se fizer uma citologia daquele local 
pode dar fungo, mas temos que lembrar que a 
dermatofitose é sempre secundária, vai se 
aproveitar da imunossupressão do animal. 
 
4. EXTRANODAL 
 
 Linfoma que está em qualquer outro lugar 
que não seja nos linfonodos. 
↪ CORAÇÃO, OLHOS, FARINGE, OSSOS, 
BEXIGA, RINS e qualquer outro órgão que 
chegue sangue. 
 
 
OUTROS SINAIS 
 
 EFUSÃO NO TÓRAX OU ABDÔMEN; 
↪ pela presença do tumor nessas regiões 
começa a produzir líquido que é muito valioso 
para o diagnóstico. 
 
 SÍNDROME DA VEIA CAVA CRANIAL (fica 
com a cabeça e pescoço inchado). 
↪ quando o aumento dos linfonodos 
mediastinais e torácicos comprime a veia 
cava cranial causando edema de cabeça e 
pescoço, além disso, é mais frequente nos 
linfomas mediastinais. 
↪ raios-X da cabeça e pescoço para procurar 
onde fazer a citologia. 
 
 
 
Obs.: Parece picada de inseto, mas se for e 
dar anti-histamínico e corticóide 
(dexametasona e prometazina) o animal volta 
ao normal. Se o paciente não responder ao 
tratamento, precisamos pensar no Linfoma. 
 
Fazer raio-x ou tomografia da região de 
cabeça e pescoço para procurar linfonodos 
que possam estar comprimindo a veia cava. 
 
 HIPERCALCEMIA - as células vão tirar 
cálcio do osso que vai ficar na circulação. O 
osso fica descalcificado e quebram muito 
facilmente. 
 
 DERMATOFITOSE RECORRENTE 
↪ Dermatofitose que vai e volta sempre, que o 
proprietário está fazendo o tratamento 
correto e mesmo assim volta pensar em 
linfoma, pois é imunidade do animal fica baixa 
e o dermatófito que está no ambiente acaba 
se manifestando. 
 
 CONVULSÕES; 
 UVEÍTES; 
 INSUFICIÊNCIA RENAL. 
 
Obs.: Observar onde aparecem os sintomas e 
direcionar os exames através da suspeita  
no olho, colher o humor aquoso e fazer 
análise, no SNC fazer análise do líquor, no 
tórax análise da efusão... 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 EXAMES DE IMAGEM 
↪ Ultrassom e raio-x para buscar qualquer 
aumento de volume. São exames primordiais. 
 
 CITOLÓGICO 
↪ Pode ser por PAAF (punção aspirativa por 
agulha fina) ou CAAF (citologia aspirativa por 
agulha fina). 
 
COLETA FEITA DE  linfonodos, nódulos, 
líquido ascítico, pleural, pericárdico… 
OFERECE DIAGNÓSTICO DEFINITIVO? 
↪ Sim, permite o tratamento e ajuda no 
prognóstico! A CITOLOGIA PARA O LINFOMA É 
DECISIVA, NEM SEMPRE É PRECISO FAZER 
BIÓPSIA. 
 
 HISTOPATOLÓGICO 
 
 IMUNOFENOTÍPICO 
↪ Para saber se o linfoma é de linfócitos 
neoplásicos tipo T ou B. 
 
 PERFIL HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO 
(Ca++ iônico) 
 
 FIV E FELV 
 
 MIELOGRAMA 
 
Obs.: Não fica barato fazer esses exames e 
nem o tratamento, pois para fazer a 
quimioterapia é necessário fazer exames 
gerais para saber o quadro completo do 
paciente, rins, pois é nefrotóxica, fígado, pois 
é hepatotóxica, avaliar proteínas, pois se 
estiverem muito altas ou baixas não podemos 
fazer… 
 
 
TRATAMENTO 
 
1° ter o diagnóstico definitivo, saber se é o 
mesmo linfoma = CITOLOGIA. 
↪ se possível fazer a imunofenotipagem para 
descobrir se é um linfoma T ou B, se for um 
linfoma do tipo T prognóstico é pior! 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES 
↪ fazer exames gerais para saber o quadro 
completo do paciente, rins, pois é nefrotóxica, 
fígado, pois é hepatotóxica, avaliar proteínas, 
pois se estiverem muito altas ou baixas não 
podemos fazer. 
 
 SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS 
↪ Se o animal apresentar sintomas da 
síndrome, primeiramente tratar os sintomas 
para depois começar a quimioterapia. 
Ex: animais caquéticos primeiramente 
alimentar (se necessário passar sonda), 
ganhar peso para depois começar com a 
quimio. 
 
 
ESTADIAMENTO CLÍNICO 
↪ serve para saber o estágio em que o tumor 
se encontra para termos uma noção do 
prognóstico. 
 
COMO AVALIAR MEDULA ÓSSEA SEM 
FAZER MIELOGRAMA? 
↪ observar o hemograma, um animal anêmico, 
com os leucócitos baixos provavelmente está 
com a resposta medular deficiente. 
 
ATENCAO 
 
 PREDNISONA E PREDNISOLONA (forma 
ativa de prednisona)  São corticoides! 
 
Obs.: CORTICOIDE  Causa lise (quebra) de 
linfócitos neoplásicos. 
Não é muito efetivo, pois melhora em curto 
prazo, mas depois vai piorar. Portanto, NÃO 
UTILIZE PREDNISONA OU PREDNISOLONA 
ISOLADAS NO TRATAMENTO DE LINFOMA, pois 
ela estimula o crescimento de novas 
glicoproteínas P que vão tirar o 
quimioterápico da célula de forma mais 
rápida não fazendo efeito no paciente. 
 
Obs.: Para pacientes que foram tratados com 
corticóide, e precisamos fazer a 
quimioterapia, mas não está funcionando, 
pode ser feito um tratamento com 
IVERMECTINA antes da quimioterapia, pois 
geralmente ela bloqueia a glicoproteína P, 
evitando que o quimioterápico saia da célula 
tão rápido (muito utilizado para o TVT (tumor 
venéreo transmissível), para o linfoma não tem 
tanta eficiência, mas pode ser utilizado!). 
↪ Para cães que não podem com ivermectina, 
utilizar VERAPAMIL (ANTI HIPERTENSIVO). 
 
QUIMIOTERAPIA 
 
 Exige BIOSSEGURANÇA! 
 
 Luvas de látex ou polipropileno (duplas), 
sem talco, descartáveis. 
 
 Avental descartável, com mangas longas, 
fechados na parte frontal, punhos com 
elásticos e baixa permeabilidade. 
 
 Máscaras com proteção de carvão ativado 
(filtro químico). 
 
 Óculos de proteção, com bloqueio lateral. 
 
 Touca descartável. 
 
 
↪ Não colocar agulha em frasco  Utilizar 
filtro de seringa (estabiliza a pressão 
atmosférica do frasco com a seringa e impede 
a disseminação de partículas). 
Alternativa = tufo de algodão. 
 
 Descartar lixo especial! 
↪ ter uma área só para quimioterapia. 
 
 Fazer com cateter na veia (garante que 
não vai sair da veia), se extravasar causa 
feridas grandes no animal. 
 
DOSE E DURAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA 
(QTX) 
 
➡ DMT = dose máxima tolerada 
 
➡ Menor tempo possível  dose mais alta. 
 
➡ A posologia dos medicamentos está 
baseada na DMT e precisa ser ajustada ao 
estado do paciente, ao estadiamento da 
doença ou a disfunção orgânica envolvida. 
ESTADIAMENTO PARA O LINFOMA EM CÃES 
Estádio 
I 
Envolvimento limitado a um linfonodo 
ou tecido linfoide, exceto medula óssea. 
Estádio 
II 
Envolvimento de linfonodos regionais. 
Estádio 
III 
Aumento generalizado dos linfonodos. 
Estádio 
IV 
Envolvimento do fígado e/ou baço, com 
ou sem os estádios I, II ou III. 
Estádio 
V 
Envolvimento do sangue, medula óssea, 
com ou sem os estádios I, II, III ou IV. 
A Sem sinais sistêmicos 
B Com sinais sistêmicos 
 
↪ precisamos seguir o consenso Brasileiro - 
aqui no Brasil usamos a menor dose. 
 
 
 
↪ Dose calculada por metro quadrado (5 kg - 
0,292) ➡ dose 10 mg = 10x 0,292 
 
UTILIZADO NA ROTINA PARA CÃES 
 
 PROTOCOLO 5: CHOP 
 
C ➡ Ciclofosfamida 
H ➡ Doxorrubicina 
O ➡ Vincristina 
P ➡ Prednisona 
 
 
↪ O tratamento dura 19 semanas! 
 
 
SEMA 1  Vincristina (0,7 mg/m2 EV) e 
Prednisona 2 mg/kg a cada 24 horas durante 
7 dias(vai diminuindo a dose durante 4 
semanas - totalizando 1 mês de prednisona). 
 
SEMANA 2  Ciclofosfamida (250 mg/m2 EV 
ou Oral) 
 
SEMANA 3  Vincristina novamente 
 
SEMANA 4  Doxorrubicina (30 mg/m2 EV) 
 
SEMANA 5  Descanso 
 
E vai repetindo até totalizar 19 semanas (5 
ciclos mais ou menos). 
 
 A partir deste tratamento, esperamos que o 
animal fique vivo por mais alguns meses (6-8 
meses na média). 
 
Esse tratamento é todo feito pelo veterinário 
na clínica, o único que vai ser feito em casa é 
a prednisona. 
↪ Montar um calendário e seguir! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linfoma Alimentar no Paciente Felino 
 
Acomete o sistema gastrointestinal, mais 
precisamente ou intestino. 
 
Linfoma Alimentar x Doença Inflamatória 
Intestinal 
↪ o linfoma alimentar tem como principal 
diagnóstico diferencial a doença inflamatória 
intestinal. 
 
Para fechar diagnóstico: Ultrassom + citologia. 
 
O principal sinal clínico é a DIARREIA , pois o 
intestino não está absorvendo e está 
destruindo o epitélio intestinal. 
 
 
↪ Estratificação do intestino em camadas. 
 
 
↪ Mostra apenas o lúmen intestinal. A perda 
da característica normal, estratificação 
intestinal sugere linfoma ou doença intestinal 
inflamatória. 
 
Obs.: Na citologia do linfoma vai vir linfócitos 
e na inflamação crônica também vai ter 
linfócitos então pode deixar a desejar. Nesse 
caso é necessário fazer uma BIÓPSIA. 
 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 
 Gatos MAGROS E COM DIARRÉIA OU 
VÔMITO CRÔNICO . 
↪ Doença intestinal inflamatória causa o 
mesmo problema 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 TESTAR FIV E FELV 
↪ Muitas vezes são animais Felv positivo 
 
 Fazer ULTRASSONOGRAFIA E BIÓPSIA 
 
Se possível fazer a IMUNOFENOTIPAGEM 
para descobrir se é T ou B. 
 
TRATAMENTO 
 
 
↪ Administrado pela VIA ORAL, mais fácil. 
Os gatos respondem muito bem ao 
tratamento. 
 
Obs.: Para gatos tem que ser a 
PREDNISOLONA (forma ativa). 
 
Trabalho novo (Brasileiro) 
 
 
↪ Tratamento com L-ASPARAGINASE, 
VINCRISTINA, PREDNISOLONA E 
DOXORRUBICINA  novo protocolo para 
linfoma de gatos com FELV. 
 
Obs.: Um pouco mais caro, pois a L-
asparaginase está voltando para o Brasil 
agora, mas futuramente pode estar mais 
barata. 
 
REAÇÕES COLATERAIS/ADVERSAS 
 
 IMUNOSSUPRESSÃO (queda de 
leucócitos) 
 
Obs.: NÃO usar LEUCOGEN (feito de timo de 
bezerro) 
↪ Não funciona 
O QUE FAZER? 
 Se o animal tem 2000 leucócitos  
preocupante, pois está muito baixo 
(SUSPENDER A QUIMIOTERAPIA) 
↪ Usar VISCUM ALBUM (produto homeopático 
que vem de um fungo produzido pela 
fermentação de um arroz chinês que reduz os 
efeitos da quimioterapia) - É invejável. 
 
Obs.: Se tiver algum contato com bactérias ele 
não vai conseguir responder, portanto é 
interessante usar algum antibiótico. 
 
 FILGRASTINA (GRANULOKINE) 
↪ estimulante de colônias de granulócitos, vai 
estimular a rápida produção, maturação e 
saída mais rápida de granulócitos pela 
medula óssea que são neutrófilos, eosinófilos, 
parte dos leucócitos = AUMENTA A 
CONTAGEM DE LEUCÓCITOS. 
↪ fazer até chegar ao valor máximo de 
leucócitos, pois quando pararmos de fazer 
este medicamento à contagem de leucócitos 
tende a cair de novo então é necessário 
manter sempre um valor mais alto para 
podermos voltar com a quimioterapia com 
segurança. 
 
Obs.: Associar o VISCUM ALBUM + 
GRANULOKINE. 
 
 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS 
 
VÔMITO = Ondansetrona e Maropitant para 
cão e gato. 
 
 
 
 
 CARDIOTOXICIDADE 
 
(Doxorrubicina) dose cumulativa - é um 
medicamento cardiotóxico. 
 
↪ Administra CARDIOXANE 
Obs.: mas é um medicamento muito caro! 
 
VITAMINA E 
↪ opção mais barata, para evitar o problema 
cardíaco ela ajuda um pouco. 
 
 CISTITE HEMORRÁGICA ESTÉRIL 
 
Ciclofosfamida (metronômica) - causa cistite 
hemorrágica. 
 
↪ Fazer a administração profilática de 2-
MERCAPTOETANOSULFONATO DE SÓDIO 
(MESNA), o qual inibe a formação de 
acroleína (é um produto que a ciclofosfamida 
deposita que faz a bexiga inflamar). 
↪ Administrada em 20%, diluída em soro 0,9% 
de NaCl por 2 a 5 horas.

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