Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Linfoma em Cães INTRODUÇÃO Linfomas são neoplasias caracterizadas pela proliferação clonal de linfócitos malignos. LINFOMA = LINFOSSARCOMA ou LINFOMA MALIGNO Originam-se nos órgãos linfoides, como medula óssea, baço e linfonodos. Entretanto, os linfomas podem se desenvolver em praticamente qualquer órgão, qualquer local onde passam linfócitos (passam na medula, na corrente sanguínea), portanto qualquer lugar do corpo pode ter um linfoma. Correspondem a 90% das neoplasias hematopoiéticas de cães e gatos ➡ chamadas de NEOPLASIAS LÍQUIDAS (que têm origem no sangue). Acomete principalmente animais adultos (idosos). ↪ Quanto mais velho o paciente, maior sua chance de desenvolver linfoma. Obs.: A resposta do paciente idoso ao linfoma é melhor, pois, não vai ter uma super-resposta imune. A quimioterapia vai destruir as células e acaba imunossuprimindo o paciente, portanto precisamos de um paciente que não responda que responda muito pouco com seu sistema imune. Obs.: Quanto mais jovem o paciente menor sua resposta ao linfoma, mais rápido ele vai morrer e menos vai responder a terapia. O QUE ACONTECE? ↪ O linfócito é uma célula de defesa, e de repente se torna uma célula maligna e precisa ser combatida com células que se assemelham a ela. Portanto, a resposta imune do paciente jovem é muito mais exacerbada do que o animal idoso, isso faz com que ele se perca na resposta e não responda direito ao tratamento. Relatos de animais com menos de 12 meses. RAÇAS MAIS PREDISPOSTAS Boxer, Rottweiler, Poodle, Chow-Chow, Beagle, Basset Hound, Pastor Alemão, São Bernardo, Scottish, Bulldog. Obs.: Bullmastiff e Golden Retriever possuem predisposição familiar. ↪ Por isso é importante conhecer a linhagem do animal, pois se os seus parentes tiveram linfoma a chance dele ter também é grande. QUANDO SUSPEITAR DE LINFOMA? Quando o animal tiver o LINFONODO AUMENTADO! ↪ não precisam ser todos, pode ser 1 só. Obs.: Linfoma pode ser confundido com erliquiose ou doenças sistêmicas, pois, também causam aumento dos linfonodos. O aumento dos linfonodos tende a ser PROGRESSIVO começando-nos: 1º - Mandibulares; 2º - Cervicais; 3º - Axilares; 4º - Inguinais; 5º - Poplíteo. Aumento CRÂNIO/CAUDAL. E quando começa o tratamento eles vão diminuindo ao CONTRÁRIO (CAUDO\CRANIAL). 1º - Poplíteo; 2º - Inguinais; 3º - Axilares; 4º - Cervicais; 5º - Mandibulares. GATO Em gatos CAQUÉTICOS o linfoma é um diferencial importante, pois nos gatos não se costuma aumentar os linfonodos. SÍNDROME PARANEOPLÁSICA: Sintomas que o animal apresenta graças ao que o linfoma está causando nele. ↪ A síndrome paraneoplásica consiste em um conjunto de sinais e sintomas, que precedem ou que ocorrem simultaneamente com a presença de uma neoplasia no organismo. O responsável por esta síndrome são os fatores humorais excretados por células tumorais ou por uma resposta à neoplasia. No caso do linfoma, o linfonodo começa a liberar substâncias anorexígenas, o animal para de comer, perde o apetite e vem para clínica, caquético. ANIMAL CAQUÉTICO = Diferencial para câncer, doença renal e cardíaca, pois são doenças caquetizantes. Obs.: lembrar que nem sempre o animal vai estar com linfonodos aparentemente aumentados, às vezes os internos podem estar aumentados (no fígado e baço), e o animal vir apenas caquético, principalmente se for animal com perda de peso progressiva. ETIOLOGIA AGENTES QUÍMICOS ↪ Herbicidas (ácido fenoxiacético), clorofenóis, dioxinas, benzeno e outros solventes orgânicos... FÁRMACOS IMUNOSSUPRESSORES como: CICLOSPORINA é um fármaco imunossupressor usado para problemas de pele para o animal que não pode usar corticoide. ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS; TROMBOCITOPENIA IMUNOMEDIADA; ↪ Queda de plaqueta. O organismo do animal começa a destruir as plaquetas dele e essa reação pode predispor ao linfoma. ATIVAÇÃO DE BCL-2 E INATIVAÇÃO DO GENE P53 (gene que protege contra o câncer). Obs.: Na veterinária, é difícil sabermos como o linfoma do animal surgiu. O tratamento é o mesmo independente do agente etiológico. GATOS Em gatos, a imunodeficiência viral felina e a leucemia viral felina FIV E FELV, são consideradas fatores predisponentes ao linfoma. 25% dos gatos com Felv desenvolvem linfoma. Isso torna o quadro um pouco mais difícil, pois além de termos que tratar o linfoma vamos ter que tratar a doença viral. ↪ A Felv é causada por um retrovírus que se integra no DNA da célula hospedeira, alterando o crescimento celular, o que pode resultar na transformação maligna. A Fiv participa indiretamente da oncogênese, uma vez que, por ser imunossupressor, esse retrovírus compromete a habilidade do sistema imune em destruir as células malignas. Obs.: Células linfomatosas de pacientes felinos, ambos negativos e positivos para Felv, expressam um antígeno de membrana celular associado ao oncovírus felino (FOCMA, feline oncovirus-associated cell-membrane antigen), indicando a exposição dos animais ao vírus da Felv, sugerindo sua participação no desenvolvimento do linfoma. FOCMA antígeno presente na membrana da célula que era identificado no PCR isso significava que o animal provavelmente tinha contato com a felv (usado antigamente quando não existia teste rápido para felv). Existem 4 FORMAS do linfoma se apresentar: 1. MULTICÊNTRICO É multicêntrico, ou seja, tem muitos centros, vários locais acometidos. Mais comum em cães; LINFADENOMEGALIA REGIONAL OU GENERALIZADA. ↪ Animal vem com linfonodo aumentado. Mais fácil para diagnóstico! HEPATOESPLENOMEGALIA; ↪ aumenta o fígado e o baço, pois existem linfócitos neoplásicos neste local e aumenta a resposta destes órgãos. DOR, APATIA, HIPOREXIA, EMAGRECIMENTO E FEBRE. Obs.: Sinais Clínicos muito comuns com a erliquiose, cuidado para não confundir. COMO DIFERENCIAR? ↪ Teste rápido da erliquiose, citologia do linfonodo (a resposta do linfonodo para erliquiose é uma resposta hiperplásica, pois ele só está inflamado, já no linfoma vai estar neoplásico). EDEMA OU ANASARCA ; Obs.: Em gatos raramente se percebe linfadenopatia periférica (não vamos observar os linfonodos aumentados). ↪ geralmente ocorre uma forma mais sistêmica que envolve linfonodos mesentéricos, fígado, baço e rins. 2. MEDIASTINAL (TIMICO) O linfoma mediastinal envolve os linfonodos mediastinais e/ou timo. Entretanto, pacientes com linfoma multicêntrico também podem apresentar aumento desses linfonodos. ↪ O mediastino contém o coração, o timo, alguns linfonodos e partes da traqueia, esôfago, aorta, glândula tireoide. Obs.: É um linfoma normalmente de células T (que tende a ser pior que o B). Causa HIPERCALCEMIA frequente em cães. ↪ Muitas vezes morrem por causa da hipercalcemia. COMO OCORRE A HIPERCALCEMIA: A hipercalcemia maligna pode ocorrer nas formas direta ou indireta: DIRETA as células tumorais passam a sintetizar, de forma aberrante, a proteína relacionada ao paratormônio (PTH-rP). INDIRETA a neoplasia produz ou induz a produção de grande quantidade de interleucinas 1 e 6, TNF-α e fator de crescimento transformador. ↪ Essas citocinas, por sua vez induzem a produção excessiva do PTH-rP. O PTH-rP provoca aumento da atividade de osteoclastos, redução da atividade dos osteoblastos, aumento da excreção renal de fósforo e da reabsorção renal de cálcio, resultando na elevação dos níveis séricos de cálcio. Obs.: O linfoma é a principal causa de hipercalcemia em cães, sendo relatada em 40% dos pacientes, sobretudo nos de origem T, comumente identificado nos animais domésticos com linfoma mediastinal. PIOR PROGNÓSTICO . Na rotinaé o tipo que mais visto nos gatos, o animal chega dispneico. Obs.: Animais com linfoma se fizer quimioterapia as chances de boa resposta são grandes, pois o linfoma desaparece muito rápido com a quimioterapia, possui uma boa resposta. Como dar DIAGNÓSTICO DE LINFOMA MEDIASTINAL? ↪ Fazer citologia do líquido da efusão torácica. 3. CUTÂNEO Forma mais complexa do ponto de vista terapêutico. ↪ PIOR DOS 3 TIPOS. É difícil tratar, muitos animais não respondem ao tratamento de linfoma cutâneo. Pode envolver MUCOSA ORAL, LINFONODOS, BAÇO, FÍGADO E MEDULA ÓSSEA. ↪ Pode começar na pele e depois passar para outros órgãos. Pode ser EPITELIOTRÓPICO (presença de linfócitos neoplásicos na EPIDERME, GERALMENTE DE ORIGEM T). ↪ Vai ficar na epiderme, camada mais superficial. Ou pode ser NÃO EPITELIOTRÓPICO (presença de linfócitos neoplásicos na DERME, GERALMENTE DE ORIGEM B). ↪ onde está mais profundo neste caso é chamado de MICOSE FUNGÓIDE (pois lembra uma lesão fúngica). Obs.: MICOSE FUNGÓIDE = tipo de linfoma cutâneo. ↪ Vários nódulos cutâneos. Obs.: Se fizer uma citologia daquele local pode dar fungo, mas temos que lembrar que a dermatofitose é sempre secundária, vai se aproveitar da imunossupressão do animal. 4. EXTRANODAL Linfoma que está em qualquer outro lugar que não seja nos linfonodos. ↪ CORAÇÃO, OLHOS, FARINGE, OSSOS, BEXIGA, RINS e qualquer outro órgão que chegue sangue. OUTROS SINAIS EFUSÃO NO TÓRAX OU ABDÔMEN; ↪ pela presença do tumor nessas regiões começa a produzir líquido que é muito valioso para o diagnóstico. SÍNDROME DA VEIA CAVA CRANIAL (fica com a cabeça e pescoço inchado). ↪ quando o aumento dos linfonodos mediastinais e torácicos comprime a veia cava cranial causando edema de cabeça e pescoço, além disso, é mais frequente nos linfomas mediastinais. ↪ raios-X da cabeça e pescoço para procurar onde fazer a citologia. Obs.: Parece picada de inseto, mas se for e dar anti-histamínico e corticóide (dexametasona e prometazina) o animal volta ao normal. Se o paciente não responder ao tratamento, precisamos pensar no Linfoma. Fazer raio-x ou tomografia da região de cabeça e pescoço para procurar linfonodos que possam estar comprimindo a veia cava. HIPERCALCEMIA - as células vão tirar cálcio do osso que vai ficar na circulação. O osso fica descalcificado e quebram muito facilmente. DERMATOFITOSE RECORRENTE ↪ Dermatofitose que vai e volta sempre, que o proprietário está fazendo o tratamento correto e mesmo assim volta pensar em linfoma, pois é imunidade do animal fica baixa e o dermatófito que está no ambiente acaba se manifestando. CONVULSÕES; UVEÍTES; INSUFICIÊNCIA RENAL. Obs.: Observar onde aparecem os sintomas e direcionar os exames através da suspeita no olho, colher o humor aquoso e fazer análise, no SNC fazer análise do líquor, no tórax análise da efusão... DIAGNÓSTICO EXAMES DE IMAGEM ↪ Ultrassom e raio-x para buscar qualquer aumento de volume. São exames primordiais. CITOLÓGICO ↪ Pode ser por PAAF (punção aspirativa por agulha fina) ou CAAF (citologia aspirativa por agulha fina). COLETA FEITA DE linfonodos, nódulos, líquido ascítico, pleural, pericárdico… OFERECE DIAGNÓSTICO DEFINITIVO? ↪ Sim, permite o tratamento e ajuda no prognóstico! A CITOLOGIA PARA O LINFOMA É DECISIVA, NEM SEMPRE É PRECISO FAZER BIÓPSIA. HISTOPATOLÓGICO IMUNOFENOTÍPICO ↪ Para saber se o linfoma é de linfócitos neoplásicos tipo T ou B. PERFIL HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO (Ca++ iônico) FIV E FELV MIELOGRAMA Obs.: Não fica barato fazer esses exames e nem o tratamento, pois para fazer a quimioterapia é necessário fazer exames gerais para saber o quadro completo do paciente, rins, pois é nefrotóxica, fígado, pois é hepatotóxica, avaliar proteínas, pois se estiverem muito altas ou baixas não podemos fazer… TRATAMENTO 1° ter o diagnóstico definitivo, saber se é o mesmo linfoma = CITOLOGIA. ↪ se possível fazer a imunofenotipagem para descobrir se é um linfoma T ou B, se for um linfoma do tipo T prognóstico é pior! EXAMES COMPLEMENTARES ↪ fazer exames gerais para saber o quadro completo do paciente, rins, pois é nefrotóxica, fígado, pois é hepatotóxica, avaliar proteínas, pois se estiverem muito altas ou baixas não podemos fazer. SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS ↪ Se o animal apresentar sintomas da síndrome, primeiramente tratar os sintomas para depois começar a quimioterapia. Ex: animais caquéticos primeiramente alimentar (se necessário passar sonda), ganhar peso para depois começar com a quimio. ESTADIAMENTO CLÍNICO ↪ serve para saber o estágio em que o tumor se encontra para termos uma noção do prognóstico. COMO AVALIAR MEDULA ÓSSEA SEM FAZER MIELOGRAMA? ↪ observar o hemograma, um animal anêmico, com os leucócitos baixos provavelmente está com a resposta medular deficiente. ATENCAO PREDNISONA E PREDNISOLONA (forma ativa de prednisona) São corticoides! Obs.: CORTICOIDE Causa lise (quebra) de linfócitos neoplásicos. Não é muito efetivo, pois melhora em curto prazo, mas depois vai piorar. Portanto, NÃO UTILIZE PREDNISONA OU PREDNISOLONA ISOLADAS NO TRATAMENTO DE LINFOMA, pois ela estimula o crescimento de novas glicoproteínas P que vão tirar o quimioterápico da célula de forma mais rápida não fazendo efeito no paciente. Obs.: Para pacientes que foram tratados com corticóide, e precisamos fazer a quimioterapia, mas não está funcionando, pode ser feito um tratamento com IVERMECTINA antes da quimioterapia, pois geralmente ela bloqueia a glicoproteína P, evitando que o quimioterápico saia da célula tão rápido (muito utilizado para o TVT (tumor venéreo transmissível), para o linfoma não tem tanta eficiência, mas pode ser utilizado!). ↪ Para cães que não podem com ivermectina, utilizar VERAPAMIL (ANTI HIPERTENSIVO). QUIMIOTERAPIA Exige BIOSSEGURANÇA! Luvas de látex ou polipropileno (duplas), sem talco, descartáveis. Avental descartável, com mangas longas, fechados na parte frontal, punhos com elásticos e baixa permeabilidade. Máscaras com proteção de carvão ativado (filtro químico). Óculos de proteção, com bloqueio lateral. Touca descartável. ↪ Não colocar agulha em frasco Utilizar filtro de seringa (estabiliza a pressão atmosférica do frasco com a seringa e impede a disseminação de partículas). Alternativa = tufo de algodão. Descartar lixo especial! ↪ ter uma área só para quimioterapia. Fazer com cateter na veia (garante que não vai sair da veia), se extravasar causa feridas grandes no animal. DOSE E DURAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA (QTX) ➡ DMT = dose máxima tolerada ➡ Menor tempo possível dose mais alta. ➡ A posologia dos medicamentos está baseada na DMT e precisa ser ajustada ao estado do paciente, ao estadiamento da doença ou a disfunção orgânica envolvida. ESTADIAMENTO PARA O LINFOMA EM CÃES Estádio I Envolvimento limitado a um linfonodo ou tecido linfoide, exceto medula óssea. Estádio II Envolvimento de linfonodos regionais. Estádio III Aumento generalizado dos linfonodos. Estádio IV Envolvimento do fígado e/ou baço, com ou sem os estádios I, II ou III. Estádio V Envolvimento do sangue, medula óssea, com ou sem os estádios I, II, III ou IV. A Sem sinais sistêmicos B Com sinais sistêmicos ↪ precisamos seguir o consenso Brasileiro - aqui no Brasil usamos a menor dose. ↪ Dose calculada por metro quadrado (5 kg - 0,292) ➡ dose 10 mg = 10x 0,292 UTILIZADO NA ROTINA PARA CÃES PROTOCOLO 5: CHOP C ➡ Ciclofosfamida H ➡ Doxorrubicina O ➡ Vincristina P ➡ Prednisona ↪ O tratamento dura 19 semanas! SEMA 1 Vincristina (0,7 mg/m2 EV) e Prednisona 2 mg/kg a cada 24 horas durante 7 dias(vai diminuindo a dose durante 4 semanas - totalizando 1 mês de prednisona). SEMANA 2 Ciclofosfamida (250 mg/m2 EV ou Oral) SEMANA 3 Vincristina novamente SEMANA 4 Doxorrubicina (30 mg/m2 EV) SEMANA 5 Descanso E vai repetindo até totalizar 19 semanas (5 ciclos mais ou menos). A partir deste tratamento, esperamos que o animal fique vivo por mais alguns meses (6-8 meses na média). Esse tratamento é todo feito pelo veterinário na clínica, o único que vai ser feito em casa é a prednisona. ↪ Montar um calendário e seguir! Linfoma Alimentar no Paciente Felino Acomete o sistema gastrointestinal, mais precisamente ou intestino. Linfoma Alimentar x Doença Inflamatória Intestinal ↪ o linfoma alimentar tem como principal diagnóstico diferencial a doença inflamatória intestinal. Para fechar diagnóstico: Ultrassom + citologia. O principal sinal clínico é a DIARREIA , pois o intestino não está absorvendo e está destruindo o epitélio intestinal. ↪ Estratificação do intestino em camadas. ↪ Mostra apenas o lúmen intestinal. A perda da característica normal, estratificação intestinal sugere linfoma ou doença intestinal inflamatória. Obs.: Na citologia do linfoma vai vir linfócitos e na inflamação crônica também vai ter linfócitos então pode deixar a desejar. Nesse caso é necessário fazer uma BIÓPSIA. SINAIS CLÍNICOS Gatos MAGROS E COM DIARRÉIA OU VÔMITO CRÔNICO . ↪ Doença intestinal inflamatória causa o mesmo problema DIAGNÓSTICO TESTAR FIV E FELV ↪ Muitas vezes são animais Felv positivo Fazer ULTRASSONOGRAFIA E BIÓPSIA Se possível fazer a IMUNOFENOTIPAGEM para descobrir se é T ou B. TRATAMENTO ↪ Administrado pela VIA ORAL, mais fácil. Os gatos respondem muito bem ao tratamento. Obs.: Para gatos tem que ser a PREDNISOLONA (forma ativa). Trabalho novo (Brasileiro) ↪ Tratamento com L-ASPARAGINASE, VINCRISTINA, PREDNISOLONA E DOXORRUBICINA novo protocolo para linfoma de gatos com FELV. Obs.: Um pouco mais caro, pois a L- asparaginase está voltando para o Brasil agora, mas futuramente pode estar mais barata. REAÇÕES COLATERAIS/ADVERSAS IMUNOSSUPRESSÃO (queda de leucócitos) Obs.: NÃO usar LEUCOGEN (feito de timo de bezerro) ↪ Não funciona O QUE FAZER? Se o animal tem 2000 leucócitos preocupante, pois está muito baixo (SUSPENDER A QUIMIOTERAPIA) ↪ Usar VISCUM ALBUM (produto homeopático que vem de um fungo produzido pela fermentação de um arroz chinês que reduz os efeitos da quimioterapia) - É invejável. Obs.: Se tiver algum contato com bactérias ele não vai conseguir responder, portanto é interessante usar algum antibiótico. FILGRASTINA (GRANULOKINE) ↪ estimulante de colônias de granulócitos, vai estimular a rápida produção, maturação e saída mais rápida de granulócitos pela medula óssea que são neutrófilos, eosinófilos, parte dos leucócitos = AUMENTA A CONTAGEM DE LEUCÓCITOS. ↪ fazer até chegar ao valor máximo de leucócitos, pois quando pararmos de fazer este medicamento à contagem de leucócitos tende a cair de novo então é necessário manter sempre um valor mais alto para podermos voltar com a quimioterapia com segurança. Obs.: Associar o VISCUM ALBUM + GRANULOKINE. SINTOMAS GASTROINTESTINAIS VÔMITO = Ondansetrona e Maropitant para cão e gato. CARDIOTOXICIDADE (Doxorrubicina) dose cumulativa - é um medicamento cardiotóxico. ↪ Administra CARDIOXANE Obs.: mas é um medicamento muito caro! VITAMINA E ↪ opção mais barata, para evitar o problema cardíaco ela ajuda um pouco. CISTITE HEMORRÁGICA ESTÉRIL Ciclofosfamida (metronômica) - causa cistite hemorrágica. ↪ Fazer a administração profilática de 2- MERCAPTOETANOSULFONATO DE SÓDIO (MESNA), o qual inibe a formação de acroleína (é um produto que a ciclofosfamida deposita que faz a bexiga inflamar). ↪ Administrada em 20%, diluída em soro 0,9% de NaCl por 2 a 5 horas.
Compartilhar