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Evolução do Pensamento Administrativo Curso: Administração Prof. Dr. Vitor Correa da Silva A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro. O que é Administração? É o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da administração de organizações (com ou sem fins lucrativos). A administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção, do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorrem dentro da organização. O que é Administração? Administração Objeto de estudo: Organizações. A tarefa de administrar se aplica a qualquer tipo ou tamanho de organização, seja ela uma grande indústria, uma cadeia de supermercados, uma universidade, um clube, um hospital, uma empresa de consultoria ou uma organização não- governamental (ONG). A Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais. O que é Administração? Administração Objeto de estudo: Organizações. A administração lida com tudo que se relaciona com as organizações. Conhecimentos em Administração também são chamados de conhecimento em gestão. O que é Administração? Administração Objeto de estudo: Organizações. Principais áreas de estudo da Administração: O que é Administração? Administração Objeto de estudo: Organizações. O mundo em que vivemos é uma sociedade institucionalizada e composta por organizações. Todas as atividades relacionadas à produção de bens (produtos) ou prestação de serviços (atividades especializadas) são planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e controladas pelas organizações. Logo, os conhecimentos da área de Administração são importantes para todos os profissionais! O que é Administração? O que é Administração? 3 Habilidades importantes para o desempenho administrativo (independente da profissão/formação) bem-sucedido: 1. habilidades técnicas; 2. habilidades humanas e; 3. habilidades conceituais. O que é Administração? 1 - habilidades técnicas Envolvem o uso de conhecimento especializado e facilidade na execução de técnicas relacionadas com o trabalho e com os procedimentos de realização. É o caso de habilidades em contabilidade, em programação de computador, engenharia etc. O que é Administração? 1 - habilidades técnicas As habilidades técnicas estão relacionadas com o fazer, isto é, com o trabalho com "coisas", como processos materiais ou objetos físicos e concretos. É relativamente fácil trabalhar com coisas e com números porque eles são estáticos e inertes, não contestam nem resistem à ação do administrador. O que é Administração? 2 - habilidades humanas Estão relacionadas com o trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou grupais. As habilidades humanas estão relacionadas com a interação com as pessoas. O que é Administração? 2 - habilidades humanas O desenvolvimento da cooperação dentro da equipe, o encorajamento da participação, sem medos ou receios, e o envolvimento das pessoas são aspectos típicos de habilidades humanas. Saber trabalhar com pessoas e por meio das pessoas! O que é Administração? 3 - habilidades conceituais Envolvem a visão da organização ou da unidade organizacional como um todo, a facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, teorias e abstrações. Um administrador (profissional) com habilidades conceituais está apto a compreender as várias funções da organização, complementá-las entre si, como a organização se relaciona com seu ambiente, e como as mudanças em uma parte da organização afetam o restante dela. O que é Administração? 3 - habilidades conceituais As habilidades conceituais estão relacionadas com o pensar, com o raciocinar, com o diagnóstico das situações e com a formulação de alternativas de solução dos problemas. Representam as capacidades cognitivas mais sofisticadas do administrador (profissional). Na medida em que um profissional faz carreira e sobe na organização, ele precisa, cada vez mais, desenvolver as suas habilidades conceituais para não limitar a sua empregabilidade. O que é Administração? União das 3 habilidades A combinação dessas 3 habilidades é importante para o profissional. Na medida em que se sobe para os níveis mais elevados da organização, diminui a necessidade de habilidades técnicas, enquanto aumenta a necessidade de habilidades conceituais. O que é Administração? O que é Administração? Em torno dessa discussão sobre habilidades conceituais podemos pensar em algumas perguntas: 1. Qual é a melhor forma de se administrar uma empresa? 2. Qual é a melhor estrutura organizacional? 3. Qual é o melhor modelo de gestão a ser adotado? 4. Qual é a melhor estratégia para as empresas? 5. Qual é a melhor ferramenta para a formulação da estratégia? 6. Qual é a melhor forma de lidar com as pessoas no mercado de trabalho? 7. Como deve se comportar um chefe no trabalho? O que é Administração? Para pensarmos melhor sobre estas perguntas, é preciso conhecermos um pouco mais sobre as diferentes abordagens do pensamento administrativo. O que é Administração? O que é Administração? Ênfase nas Tarefas; Ênfase na Estrutura Organizacional; Ênfase nas Pessoas; Ênfase na Tecnologia; Ênfase no Ambiente. Abordagens das Teorias da Administração Antes de adentrar nas escolas de Administração e nos principais autores da área é preciso pensar um pouco sobre a relação entre teoria e prática. A pesquisa e a produção científica em Administração também merece atenção (prescrição e descrição)! O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: A história da Administração (campo de estudo) é recente. Ela é um produto do século XX. No entanto, desde épocas remotas como no Egito antigo, na Mesopotâmia, na Assíria temos a presença de dirigentes capazes de planejar e guiar os esforços de milhares de trabalhadores em obras que perduram até os nossos dias, como as pirâmides do Egito. Há também os estudos voltados para as práticas de guerras, os quais também são “reutilizados” pela Administração de hoje em dia. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Até meados do século XIX, a sociedade era completamente diferente. As organizações eram poucas e pequenas: predominavam as pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos - como médicos, advogados e artistas que trabalhavam por conta própria - o lavrador, o armazém da esquina etc. Teoria Clássica da Firma X Teoria de Agência (Economia) O que é Administração? O dono do negócio também é o Administrador do negócio. À medida que o negócio cresce, surge a necessidade da contratação de Administradores profissionais. Antecedentes históricos da Administração: Embora a Administração tenha sofrida fortes influências de filósofos, da Igreja Católica, de organizações militares, o fator seminal para o seu surgimento foi a Revolução Industrial. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: 1780 a 1860: 1° Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro. 1860 a 1914: 2° Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade. O rápido e intenso fenômeno da “maquinização” das oficinas provocou fusões de pequenas oficinas que passaram a integrar outras maiores e que, aos poucos, foram crescendo e se transformando em fábricas. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Com o aumento dos mercados, decorrente da redução de preços e popularizaçãodos produtos, as fábricas passaram a exigir grandes contingentes humanos (empregados assalariados). Assim, aumenta a migração de mão de obra dos campos agrícolas para os centros industriais e o capitalismo se solidifica. Cresce o tamanho de uma nova classe social: o proletariado. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Não vamos abordar aspectos relevantes do período, como: Surto acelerado e desorganizado de urbanização; Precariedade das condições de vida e de trabalho (riscos de graves acidentes); Longos períodos de trabalho, inclusive para crianças (12 a 13 horas); Exploração por uma classe social economicamente favorecida (excesso de demanda de trabalhadores) e, consequentemente, conflitos entre a classe operária e os proprietários. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Influência dos economistas liberais: Os direitos econômicos humanos são inalienáveis! A livre concorrência é o postulado principal do liberalismo econômico. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Influência dos economistas liberais: A vida econômica deve afastar-se da influência estatal, pois o trabalho segue os princípios econômicos e a mão-de-obra está sujeita às mesmas leis da economia. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Influência dos economistas liberais: Adam Smith (1723-1790) - "Mão invisível“. Para Adam Smith, a origem da riqueza das nações reside na divisão do trabalho e na especialização das tarefas, preconizando o estudo dos tempos e movimentos que, mais tarde, Taylor e Gilbreth iriam desenvolver como a base fundamental da Administração Científica. Adam Smith reforçou a importância do planejamento e da organização dentro das funções da Administração. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Influência do Socialismo: Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engel (1820-1895) publicaram em 1848 o Manifesto Comunista, que também exerceu enorme influencia na Administração! O socialismo e o sindicalismo obrigaram o capitalismo do início do século XX a enveredar pelo caminho do aperfeiçoamento de todos os fatores de produção envolvidos e sua adequada remuneração. O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Por fim, ao final do século XIX houve o surgimento de grandes corporações por meio de empreendedores de sucesso, como John Rockefeller, Andrew Carnegie, JP Morgan, dentre outros que desenvolveram industrias como aço, cobre, alumínio, petróleo etc. Esse feito culminou com o desenvolvimento de toda a economia e com o surgimento de novas grandes corporações (impérios). O que é Administração? Antecedentes históricos da Administração: Surgiram os primitivos impérios industriais, aglomerados de empresas que se tornaram grandes demais para serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares. Logo apareceram os gerentes profissionais, os primeiros organizadores que se preocupavam mais com a fábrica do que com vendas ou compras. Assim, a influência dos pioneiros e empreendedores foi fundamental para a criação das condições básicas para o surgimento das teorias sobre a Administração! O que é Administração? ABORDAGENS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO No início do séc. XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos a respeito da Administração: O americano Frederick W. Taylor iniciou a chamada Escola da Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário. O francês Henri Fayol desenvolveu a chamada Teoria Clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas. Abordagem: Ênfase nas tarefas Embora Taylor e Fayol não tenham se comunicado e tenham partido de pontos de vista diferentes, suas ideias constituem as bases da chamada Abordagem Clássica da Administração, cujos postulados dominaram as quatro primeiras décadas do século XX no panorama administrativo das organizações. Abordagem: Ênfase nas tarefas Taylor Fayol Escola da Administração Científica Principais Autores: Frederick W. Taylor, Henry L. Gantt, Frank B. Gilbreth. Porém, Henry Ford costuma ser incluído entre eles pela aplicação desses princípios em seus negócios. O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração a fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica A Administração científica se ocupou do plano de trabalho individual de cada operário tomado isoladamente. Até então, a escolha do método de trabalho era feita pelo próprio operário! Assim, as indústrias apresentavam grandes disparidades entre os métodos de trabalho! Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Taylor tirou do operário o direito de escolher a própria tarefa para impor-lhe um método planejado e estudado por um profissional especializado no planejamento das tarefas. Essa administração das tarefas se assentava na organização racional do trabalho (ORT) do operário que procurava localizar o método (the best way) pelo qual o operário poderia se tornar eficiente. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Os princípios da Administração Cientifica: Planejamento (das tarefas) Preparo (dos trabalhadores e das máquinas) Controle e execução. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica A técnica para se chegar ao método racional era o estudo de tempos e movimento (motion-time study). Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Principais objetivos do estudo de tempos e movimentos: 1. Reelaboração da tarefa para fazer com que os movimentos sejam mais simples e mais rápidos. 2. Desenvolvimento de padrões mais eficientes de movimento para os trabalhadores, de modo que possam fazer o trabalho mais rapidamente e com menor fadiga. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Principais objetivos do estudo de tempos e movimentos: 3. Estabelecimento de padrões para que certas tarefas sejam usadas como base para a determinação de escalas de pagamento e como critérios de avaliação dos trabalhadores. 4. Desenvolvimento de uma descrição completa de tarefas para ajudar no processo de recrutamento e seleção de novos trabalhadores, orientação e treinamento dos mesmos. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Exemplo típico dessa fragmentação, simplificação das tarefas e busca da padronização: A linha de montagem onde cada operário executa tarefas simples e repetitivas ao longo de sua jornada diária de trabalho. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Houve melhorias nas condições de trabalho, visto que condições de trabalho agradáveis e de conforto são capazes de reduzir a fadiga - poderoso inimigo da eficiência. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Também houve o estabelecimento dos tempos e padrões de produção: tempo médio necessário para a realização da tarefa. O tempo-padrão passou a ser uma das formas de controle do desempenho do operário e, além disso, também permitia oferecer incentivos salariais voltadas à produção. Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica Essas tratativas de aumentos salariais eram baseadas num importante conceito existente na época: HOMO ECONOMICUS Abordagem: Ênfase nas tarefas Pressuposição de que as pessoas são motivadas exclusivamente por interesses salariais e materiais. Escola da Administração Científica Crendo no conceito de homo economicus,Taylor e seus seguidores, preocuparam-se em construir um modelo de administração baseado na racionalização e no controle das atividades humanas, visto que, quando são deixados livres, os homens não trabalham e optam pela vadiagem! Abordagem: Ênfase nas tarefas Escola da Administração Científica A ênfase nas tarefas e uma abordagem microscópica feita no nível do operário e não no nível da empresa tomada como uma totalidade. É uma abordagem mecanicista! Assim, a ênfase nas tarefas representa o primeiro enfoque administrativo, ainda míope, limitado e reduzido a algumas poucas variáveis da realidade empresarial. Foi o primeiro passo do estudo das Teorias da Administração! Abordagem: Ênfase nas tarefas É a fase em que administrar é sobretudo planejar e organizar a estrutura de órgãos e de cargos que compõem a empresa, e dirigir e controlar as suas atividades. Crê que não se pode encontrar a eficiência organizacional somente pela eficiência dos trabalhadores, mas sim pela adequação dos meios (órgãos e cargos) aos fins que se deseja alcançar. Assim, ela possui preocupação não só no nível individual de cada operário com relação à tarefa executada, mas sim no nível da empresa como uma totalidade em relação à sua estrutura organizacional. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Iremos estudar duas abordagens relacionadas com a estrutura organizacional: Teoria Clássica, de Henry Fayol e; Teoria da Burocracia, de Max Weber. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Nasceu com Henri Fayol, engenheiro francês. Substituiu o enfoque concreto de Taylor por uma visão mais ampla. Fayol focou na organização formal da empresa e nas relações dos órgãos dentro da empresa. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Para Fayol, toda empresa possui seis funções básicas: 1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa; 2. Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação. 3. Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Para Fayol, toda empresa possui seis funções básicas: 4. Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens. 5. Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas. 6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Segundo Fayol, as funções administrativas não são privativas da alta cúpula, mas sim distribuídas proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos. As funções administrativas são as próprias funções do administrador. Elas englobam os chamados elementos da administração. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica As funções administrativas são: 1. Previsão; 2. Organização; 3. Comando; 4. Coordenação: 5. Controle. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação. Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa. Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo e alcançar o máximo retorno de todas os empregados no interesse dos aspectos globais. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu negócio e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins. Controle: Consiste na verificação para certificar se todas as coisas acorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá- los e prevenir a ocorrência. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Na perspectiva de colocar a Administração como ciência, Fayol propôs princípios universais da Administração que seriam aplicados a todas as situações com que o Administrador se defrontar. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Os princípios universais da Administração mais conhecidos são: Princípio da divisão do trabalho: A especialização é necessária para a eficiência. Princípio da autoridade e responsabilidade: A autoridade é o poder derivado da posição que se ocupa. Princípio da unidade de comando: Cada pessoa recebe ordens de apenas um superior. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Os princípios universais da Administração mais conhecidos são: Princípio da hierarquia: A autoridade deve estar disposta em hierarquia. Princípio da departamentalização: A especialização de tarefas leva à heterogeneidade. Para buscar a homogeneidade, deve-se agrupar aqueles que participam do mesmo processo. Princípio da coordenação: Os esforços devem ser direcionados para um fim comum. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria Clássica Teoria Clássica de Fayol caracteriza-se por ser eminentemente prescritiva e normativa: Como o Administrador deve conduzir as situações do processo administrativo. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Diferenças mais comentada entre Taylor e Fayol: Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Cresceu na empresa. Visão do chão de fábrica. Vê a organização de baixo para cima. Carreira na diretoria. Visão da alta direção. Vê a organização de cima para baixo. Taylor Fayol Teoria da Burocracia Fundador: Max Weber. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Os principais estudos de Weber foram sobre política, economia, religião, poder e dominação. Sobre a dominação, Weber identificou 3 tipos: 1. Tradicional 2. Carismática 3. Racional-Legal (surge com a Burocracia). Teoria da Burocracia Burocracia para Max Weber: Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional O conceito de Burocracia de Weber é diferente do significado pejorativo utilizado para o termo no uso popular! Para Weber, burocracia é o que identifica certas características da organização formal voltada exclusivamente para racionalidade e para a eficiência. Teoria da Burocracia Segundo Weber, o tipo “ideal” de burocracia contêm 7 dimensões: Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia 7 dimensões da burocracia: Formalização: Todas as atividades são definidas por escrito (rotinas procedimentos). Divisão do trabalho: Cada pessoa tem um cargo ou posição definida. Hierarquia: A burocracia se assenta em uma hierarquia bem definida. Impessoalidade: A burocracia enfatiza os cargos e não as pessoas. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia 7 dimensões da burocracia: Competências e técnica: A seleção dos empregados deve ser feita apenas por critérios técnicos. Separação entre propriedade e Administração: A administração esta separada da propriedade. Profissionalização do funcionário: Os funcionários são profissionais especializados no seu trabalho. São assalariados, nomeados pelo superior e não são donos dos meios de produção. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia Assim, num sentido mais técnico, a burocracia serve para o alcance dos objetivos organizacionais. Num sentido mais amplo, a burocracia significa o tipo de organização humana onde a racionalidade atinge o seu mais elevado grau. A racionalidade é a adequação dos meios para o alcance de determinados fins ou objetivos. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia A burocracia também visa atingir a previsibilidade do comportamento das pessoas dentro da organização. Ate certo ponto, isto significa a tentativa de padronizar o desempenho humano para alcançar um objetivo organizacional: a máxima eficiência da organização. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia O comportamento das pessoas, contudo, nem sempre ocorre dentro da previsibilidade da burocracia. Assim, notou-se a ocorrência de consequências imprevistas (ou indesejadas) e que levam à ineficiência e às imperfeições. Estas consequências imprevistas (ou indesejadas) são chamadas de DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia Principais DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA: Internalização das diretrizes: normas e regulamentos - inicialmente elaboradas para atingir os objetivos organizacionais - adquirem valor próprio passando a serem absolutos. Preocupação maior com elas do que o trabalho em si. Uso da categorização para a tomada de decisão: nem sempre a pessoa de maior cargo que toma a decisão possui o melhor conhecimento para isso. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia Principais DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA: Excesso de formalismo e papelório: a tendência de documentar e formalizar tudo pode prejudicar o funcionamento da organização. Exibição de sinais de autoridade: Como a burocracia enfatiza a hierarquia, surge a necessidade de indicados, símbolos ou sinais de autoridade. Resistências a mudanças: às vezes representam ameaças à posição ou estabilidade das pessoas dentro da organização, assim passa a resistir a mudanças ou modificação de situações. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA: Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional Teoria da Burocracia As causas das disfunções da burocracia residem no fato dela não considerar a variabilidade do ser humano. No entanto, é inegável a sua importância na sociedade moderna. Apesar de todas as limitações e desvantagens, a burocracia ainda é o menos ruim dos modelos para lidar com as organizações. Abordagem: Ênfase na Estrutura Organizacional É a fase em que administrar é, sobretudo, lidar com pessoas! Esta terceira abordagem das Teorias da Administração procura enfatizar as pessoas dentro das empresas, deixando em segundo plano a estrutura e as tarefas. Pode ser desdobrada em duas escolas ou teorias: a Escola de Relações Humanas e a Teoria Comportamental. Abordagem: Ênfase nas pessoas Escola de Relações Humanas Abordagem: Ênfase nas pessoas Principal teórico: Elton Mayo. Surgiu como uma teoria de oposição e combate à Teoria Clássica, alicerçada sobre as obras de Taylor e Fayol. Seus conceitos foram desenvolvidos a partir da Psicologia e Sociologia Industrial. Mayo Escola de Relações Humanas Abordagem: Ênfase nas pessoas Negou ou omitiu todos os conceitos desenvolvidos e afirmados pela teoria clássica, como os de organização formal, autoridade e responsabilidade, hierarquia, unidade de comando, estudos de tempos e movimentos, eficiência, departamentalização, princípios gerais de administração etc. Escola de Relações Humanas Abordagem: Ênfase nas pessoas Introduziu novos conceitos como o de organização informal, motivação, incentivos sociais, dinâmica de grupo, comunicação, liderança etc. O administrador típico da Teoria Clássica - eminentemente técnico e voltado para os aspectos lógicos da organização - cedeu lugar ao administrador eminentemente humanista e voltado para os aspectos psicológicos e sociológicos da organização. Escola de Relações Humanas Abordagem: Ênfase nas pessoas Os planos de incentivos salariais - fundamentados na concepção do homo economicus - foram substituídos pelo incentivo social e simbólico fundamentado na concepção do homo social. homo social Pressuposição de que o homem é motivado basicamente por recompensas sociais e simbólicas, pois as necessidades psicológicas do ser humano são mais importantes do que a necessidade de ganhar mais dinheiro. Escola de Relações Humanas Um evento singular para o desenvolvimento da escola de relações humanas foi a experiência de Hawthorne (bairro da cidade de Chicago, EUA ). A experiência foi feita na fábrica da Western Eletric Company pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA em 1927. Foi liderada por Elton Mayo (médico especializado em psicopatologia) Abordagem: Ênfase nas pessoas Escola de Relações Humanas Sobra a Experiência de Hawthorne: Objetivo: observar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários (produção), ou seja, conduzir experimentos relacionando produtividade e condições físicas de trabalho. A hipótese era de que aumentando a luminosidade, a produtividade também aumentaria. Abordagem: Ênfase nas pessoas Escola de Relações Humanas Sobra a Experiência de Hawthorne: Foram observados dois grupos de trabalhadores distintos, um trabalhava sobre intensidade de luz variável enquanto o outro trabalhava sobre intensidade constante de luz. Qual foi o resultado encontrado em relação a diferença de produtividade? Abordagem: Ênfase nas pessoas NENHUM. Não houve diferença de produtividade! Escola de Relações Humanas Sobra a Experiência de Hawthorne: A conclusão foi que aumento da produtividade não estava relacionado com a intensidade da luz, mas sim com a atenção que estava sendo dada às pessoas. Além dessa primeira fase, foram realizados mais duas fases com os funcionários da fábrica. Houve modificação nos sistema de pagamentos, nas horas trabalhadas, nas horas de descanso, nos grupos de trabalhos, nas condições de trabalho, nos tipos de supervisores e nas pressões exercidas por ele (inclusive com a ausência de supervisores), dentre outras. Abordagem: Ênfase nas pessoas Escola de Relações Humanas Sobra a Experiência de Hawthorne: Principais conclusões: 1. O incentivo econômico não é a única força motivadora a que o trabalhador responde; sua produção é fortemente influenciada tanto por suas relações com os outros companheiros de trabalho como por seus problemas pessoais, tanto dentro como fora da fábrica. 2. O trabalhador não se comporta como um ser isolado, mas como um membro do grupo (organização informal). 3. A especialização funcional não cria, necessariamente, a organização mais eficiente. A rotação de cargos e de tarefas contribui para o melhor desempenho. Abordagem: Ênfase nas pessoas Escola de Relações Humanas Porém, a Escola de Relações Humanas também recebeu muitas críticas, principalmente por valorizar símbolos baratos e relegar a um plano secundário as recompensas salariais. Abordagem: Ênfase nas pessoas Escola de Relações Humanas Mesmo com algumas críticas, não há como negar que a Escola de Relações Humanas representa uma reação saudável contra a ênfase no trabalho programado, no controle hierárquico rígido e no alto grau de especialização do trabalhador (que pode gerar alienação), aspectos característicos do Taylorismo e da Teoria Clássica de Fayol. As principais contribuições da Teoria das Relações Humanas se concentram no esforço rumo à humanização das empresas: a ênfase na organização informal, nos grupos sociais, nas comunicações, na motivação, na liderança, nas abordagens participativas e, sobretudo, na preocupação com a satisfação no trabalho. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental Principal autor: Herbert A. Simon A teoria comportamental (ou Teoria Behaviorista) descende diretamente da Escola das Relações Humanas e mantem a tradição de deixar os aspectos estruturais em segundo plano, para se dedicar completamente aos aspectos comportamentais. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental Traz a grande contribuição do abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoçãode posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas em comparação com a Escola das Relação Humanas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo. Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas e, assim, torna-se necessário o estudo da motivação humana. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental Assim, um dos temas fundamentais da Teoria Comportamental da Administração é a motivação humana, campo no qual a teoria administrativa recebeu volumosa contribuição. Os autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental Principais autores sobre a motivação: 1. Abraham Maslow; 2. Frederick Herzberg; 3. David McGregor. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 1 - Hierarquia das necessidade de Abraham Maslow: Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, em uma hierarquia de importância. Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização). Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 1 - Hierarquia das necessidade de Abraham Maslow: Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 1 - Hierarquia das necessidade de Abraham Maslow: Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 1 - Hierarquia das necessidade de Abraham Maslow: As necessidades humanas e as suas respectivas intensidades assumem formas e expressões que variam conforme o indivíduo. As pesquisas não chegaram a confirmar cientificamente a teoria de Maslow e algumas delas até mesmo a invalidaram. Contudo, sua teoria é bem aceita e oferece um esquema orientador e útil para a atuação do administrador. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 2 - Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg: Para Herzberg, existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas: Higiênicos e Motivacionais. Fatores higiênicos: Os principais são salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionários. Tradicionalmente apenas os fatores higiênicos eram utilizados na motivação dos empregados. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 2 - Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg: As pesquisas de Herzberg revelaram que quando os fatores higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação dos empregados; se elevam a satisfação não conseguem sustentá- la por muito tempo. Porém, quando os fatores higiênicos são precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. Exemplo: O trabalhado não se sente motivado apenas porque o seu salário caiu na conta no dia certo, mas se sentirá incomodado caso ele atrase! Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 2 - Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg: Fatores motivacionais: Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Tradicionalmente, as tarefas e os cargos eram arranjados e definidos com a preocupação de atender aos princípios de eficiência e economia, eliminando o desafio e a criatividade individual. Isso criava um efeito de "desmotivação" provocando apatia, desinteresse e falta de sentido psicológico. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 2 - Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg: Quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas. Porém, quando são precários, eles evitam a satisfação. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental Comparação entre Maslow e Herzberg: Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 3 - Teoria X e Teoria Y de David McGregor: Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria X As pessoas são indolentes e preguiçosas por natureza; falta-lhes ambição; não gostam de responsabilidades nem de mudanças; são incapazes de autocontrole e autodisciplina. Por isso: precisam ser dirigidas e controladas pela administração. Teoria Y As pessoas não têm desprazer inerente em trabalhar, não são resistentes a mudanças; possuem alto grau de imaginação e de criatividade. Por isso: precisam de liberdade, confiança e oportunidades. Teoria Comportamental 3 - Teoria X e Teoria Y de David McGregor: A Teoria X representa o típico estilo de administração da Administração Científica de Taylor, da Teoria Clássica de Fayol e da Teoria da Burocracia de Weber em diferentes estágios da teoria administrativa: bitolamento da iniciativa individual, aprisionamento da criatividade, estreitamento da atividade profissional por meio do método e da rotina de trabalho. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 3 - Teoria X e Teoria Y de David McGregor: A Teoria Y mostra um estilo de administração aberto, dinâmico e democrático, por meio do qual administrar torna-se um processo de criar oportunidades, liberar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos. Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental 3 - Teoria X e Teoria Y de David McGregor: A Teoria Y propõe um estilo de administração participativo e baseado nos valores humanos e sociais. Enquanto a Teoria X é a administração por meio de controles externos impostos às pessoas. As duas teorias são opostas entre si. ➢Qual é a certa? ➢ Será que podemos classificar as pessoas como sendo apenas de uma ou de outra? ➢Chiavenato (2004, p. 339) diz: “no fundo, a Teoria X se baseia em pressuposições errôneas a respeito do comportamento humano”. Será? Abordagem: Ênfase nas pessoas Teoria Comportamental Outra contribuição da Teoria Comportamental foi a Teoria das Decisões de Herbert A. Simon. As empresas são visualizadas como sistemas de decisões, onde as pessoas percebem, sentem, decidem e agem, definindo seus comportamentos frente as situações com que se deparam. Assim, a administração não pode deixar de lado estes aspectos comportamentais. Logo, a abordagem mecanicista das teorias clássicas não são válidas. Abordagem: Ênfase nas pessoas Uma pausa para a Qualidade Existem diversas definições sobre a qualidade! Uma definição famosa na literatura diz que “qualidade é o atendimento das exigências do cliente. Para Deming, “a qualidade deve ter como objetivo as necessidades do usuário, presentes e futuras”. Para Juran, representa a “adequação à finalidade ou ao uso”. Para Crosby, é a “conformidade com as exigências”. Considera-se, na literatura, que todas essas definições estão corretas. O que é Qualidade? A Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management - TQM) é um conceito de controle que atribui às pessoas, e não somente aos gerentes e dirigentes, a responsabilidade pelo alcance de padrões de qualidade. Gestão da Qualidade Total O conceito de “Qualidade Total” é multidimensional, ou seja, suas dimensões atingem não apenas os produtos, mas também os processos de produção e a satisfação das necessidades dos clientes que são os principais entes na busca pela Qualidade Total. O principal objetivo da Qualidade Total é produzir a satisfação daqueles que recebem o resultado do seu trabalho, seja ele produto ou serviço. Gestão da Qualidade Total A preocupação com a qualidade já era forte desde o Taylorismo, porém, na décadade 1920 ela ganhou mais força com Walter Shewhart, estatístico norte-americano. Um pouco do histórico da GQT Porém, o salto nos estudos sobre a qualidade total foi realizado no Japão na década de 1950. Logo após a II Guerra Mundial, o Japão se apresentava ao mundo literalmente destruído e precisando iniciar seu processo de reconstrução. Além disso, os produtos da indústria japonesa eram tidos como de baixa qualidade. Um pouco do histórico da GQT William Edwards Deming foi convidado pela Japanese Union of Scientists and Engineers (JUSE) para proferir palestras e treinar empresários e industriais sobre controle estatístico de processo e sobre gestão da qualidade. Um pouco do histórico da GQT Walter A. Shewhart: ➢Desenvolveu o Controle Estatístico de Processo (CEP); ➢Desenvolveu o o ciclo PDCA (Plann, Do, Check e Act). Willian E. Deming: ➢Considerado o responsável pelo sucesso das empresas japonesas na qualidade; ➢ Preconizou o foco em evitar os defeitos (variabilidade). Principais Autores sobre a Qualidade Alguns Princípios da Qualidade: 1. Satisfação do cliente: “o cliente é a razão da empresa existir.” 2. Fatos e dados: “opinião não é conhecimento, tem que ser verificada.” 3. Avaliação permanente: “Onde estou? Para onde vou? Qual distância? Quanto falta?” 4. Pessoas: “qualidade total significa a participação de todos.” 5. Treinamento: “quem não dá treinamento não pode exigir resultados.” 6. Busca das causas dos erros: “erro = oportunidade.” Um pouco mais sobre a GQT Kaizen: A filosofia da melhoria contínua deriva do kaizen (do japonês kai, que significa mudança e zen, que significa bom). O kaizen é uma filosofia de contínuo melhoramento de todos os empregados da organização, de maneira que realizem suas tarefas um pouco melhor a cada dia. Fazer sempre melhor. A ideia do Kaizen é condizente com aspectos da cultura japonesa, como disciplina, respeito à hierarquia, honra e desenvolvimento das habilidades. Um pouco mais sobre a GQT Samurai GQT e o Japão: Embora seja indiscutível os benefícios gerenciais propostos pela Gestão da Qualidade Total, não há como negar que a cultura japonesa atuou como um elemento diferencial neste sucesso. Foi um casamento perfeito: métodos de desenvolvimento contínuo e um povo disposto a melhorar o máximo possível. Um pouco mais sobre a GQT GQT é um pouco mais que melhoria contínua: Enquanto a melhoria contínua da qualidade é aplicável no nível operacional, a qualidade total estende o conceito de qualidade para toda a organização, abrangendo todos os níveis organizacionais, desde o pessoal de escritório e do chão da fábrica até a cúpula em um envolvimento total. Um pouco mais sobre a GQT GQT é um pouco mais que melhoria contínua: O tema central da qualidade total é bastante simples: a obrigação de alcançar qualidade está nas pessoas que a produzem. Esta ideia é relativamente contraditória com os princípios Tayloristas. Um pouco mais sobre a GQT GQT é um pouco mais que melhoria contínua: A qualidade total está baseada no empoderamento (empowerment) das pessoas. Empowerment significa proporcionar aos funcionários as habilidades e a autoridade para tomar decisões que tradicionalmente eram dadas aos gerentes. Significa também a habilitação dos funcionários para resolverem os problemas do cliente sem consumir tempo para aprovação do gerente. Um pouco mais sobre a GQT GQT é um pouco mais que melhoria contínua: Ao contrário da perspectiva Taylorista, que também buscava a melhoria contínua, a GQT trouxe um viés mais humanista, colocando o humano e as suas perspectivas e expectativas, como parte do processo. A própria cultura japonesa pode ter contribuído para isso. Embora seja uma sociedade tradicionalmente hierarquizado, a ideia de respeito ao subalterno e da compreensão de suas necessidades também é uma característica desse modelo. Ademais, os líderes partem da ideia de que precisam ser o exemplo. Um pouco mais sobre a GQT E a fase em que administrar e lidar com a tecnologia. Com o advento da cibernética, da mecanização, da automação, da computação e, mais recentemente, da robotização, a tecnologia passou a moldar-lhe a estrutura e a condicionar o seu funcionamento. Embora desde a época de Taylor houvesse preocupação com a tecnologia, suas incursões eram limitadas ao nível da tarefa individual de cada operário. Abordagem: Ênfase na tecnologia Esses estudos buscam identificar como a empresa pode utilizar a tecnologia para o alcance dos objetivos organizacionais. Principal autor: Joan Woodward. Na visão dessa abordagem, a estrutura organizacional deve seguir a tecnologia. Abordagem: Ênfase na tecnologia E a fase em que administrar é, sobretudo, lidar com as demandas do ambiente e obter o máximo de eficácia da empresa. Com a influência da Teoria de Sistemas, verificou-se que apenas o estudo das variáveis internas (endógenas) não proporcionava uma compreensão mais ampla da estrutura e do comportamento das empresas. Tornava-se necessário o estudo das variáveis exógenas, situadas fora dos limites da empresa, e que as influenciam profundamente. Abordagem: Ênfase no ambiente As relações de interação entre empresas e seus ambientes passaram a explicar com mais profundidade a estrutura organizacional e os processos operacionais. Essa ênfase no ambiente surgiu com o aparecimento da Teoria da Contingencia (que também focava na tecnologia), segundo a qual não existe uma única "melhor maneira" (the best way) de organizar as empresas. Pelo contrario, as características estruturais das empresas dependem das características ambientais que as circundam, ou seja, a estrutura organizacional deve seguir o ambiente. Assim, surge o conceito de stakeholders. Abordagem: Ênfase no ambiente Surge o conceito de stakeholders Abordagem: Ênfase no ambiente A ênfase no ambiente marca o aprofundamento máximo do objeto de estudo da administração: as organizações e os ambientes que com elas se relacionam (internos e externos). Abordagem: Ênfase no ambiente Todas as abordagens são válidas, na realidade, cada teoria administrativa surgiu como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes de sua época. De certo modo, todas as teorias administrativas são aplicáveis as situações de hoje. Conclusão sobre as abordagens Numa indústria, por exemplo, pode-se observar que: Utiliza em suas linhas de montagens os mesmos princípios da Administração Cientifica e da GQT. Em sua estrutura organizacional, os mesmos princípios da Teoria Clássica. A sua organização empresarial e seus normativos podem ser explicadas pela Teoria da Burocracia. Seus supervisores são preparados segundo a abordagem da Teoria das Relações Humanas, enquanto os gerentes se preocupam com a Teoria Comportamental. E as relações dessas empresas com a sua comunidade são consideradas sob o prisma da Teoria da Contingencia. Conclusão sobre as abordagens O administrador (ou qualquer profissional que lide com gestão) precisa conhecê-las bem para ter a sua disposição um naipe de alternativas interessantes para cada situação (ferramental teórico). Conclusão sobre as abordagens A configuração das empresas no Brasil passou por três fases: ➢Capitanias hereditárias: Os donatários possuíam amplos poderes para distribuir e produzir nas terras, cobrar impostos e fazer cumprir a Lei. Como o nome diz, eram hereditárias. ➢Senhores de engenho: deveriam empreender esforços para produzir nas terras e, consequentemente, buscavam acumular riqueza garantindo o patrimônio da família. ➢Modernização: Início no Sec. XIX. Diversas famílias atuavam em vários setores, tanto no campo, quanto nas cidades, atuando como pequenos empresários ou como trabalhadores em outras empresas familiares. Caracterização das Empresas Brasileiras Na década de 1950, as companhias familiares já atuavam em praticamente todos os segmentosda economia brasileira, como agricultura, indústrias diversas, serviços, telecomunicações, bancos e meios de comunicação. Porém, a grande parte dessas companhias era dotada de um baixíssimo nível profissional do ponto de vista gerencial, forjadas a partir de relações baseadas na confiança ou na relação parental e não na competência. Caracterização das Empresas Brasileiras As companhias familiares brasileiras foram marcadas por dois traços básicos: ➢Patrimonialismo: Lógica da família patriarcal sob o comando de um “senhor”. O patrimônio pessoal da família e o da companhia eram vistos como uma coisa só. Na prática, os ativos eram da família e os passivos eram da empresa. ➢Patronato político: O empresário brasileiro enxergou o Estado como um protetor e uma estrutura voltada para servi-lo. Isso levou à incompetência gerencial e à cultura de que o Estado deve defende-los como, por exemplo, com o fechamento da economia brasileira para a concorrência internacional. Caracterização das Empresas Brasileiras O patrimonialismo e o patronato político moldaram a cultura do empresário brasileiro e isso também gerou reflexos na capitalização das empresas. As empresas familiares brasileiras, de um modo geral, dependeram ao longo dos anos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por muitos anos, o BNDES foi a única possibilidade prática e viável para a captação de recursos para investimentos de longo prazo. Caracterização das Empresas Brasileiras Além dos relacionamentos potencialmente conflituosos entre executivos, conselheiros e acionistas presentes em qualquer companhia, surge um fator complicador adicional: A FAMÍLIA, incluindo os aspectos sentimentais do relacionamento entre parentes. Caracterização das Empresas Brasileiras Potenciais desvantagens associadas às empresas familiares: 1) Problemas sucessórios e de transição de gerações; 2) Nepotismo, informalidade na avaliação de desempenho dos executivos familiares e ausência de meritocracia; 3) Geração de facções entre ramos familiares; 4) Não separação das questões familiares das questões empresariais; 5) Ausência de fóruns para solução de divergências de âmbito familiar. Caracterização das Empresas Brasileiras Por outro lado, as empresas familiares também podem apresentar diversas vantagens potenciais: 1) Maior convergência de interesses na alta gestão entre acionistas e administradores; 2) Maior comprometimento e dedicação dos executivos familiares para com a empresa em comparação com os executivos de mercado; 3) Possibilidade de um maior horizonte temporal nas decisões corporativas; 4) Maior agilidade no processo decisório; 5) Maior interesse dos controladores em construir um negócio para gerações futuras. Caracterização das Empresas Brasileiras À medida que a empresa cresce e passa pelas transições de gerações, as relações de poder, influência e interesses se tornam diferentes, contribuindo para um afastamento gradual das esferas da família, gestão e propriedade do negócio. Caracterização das Empresas Brasileiras Caracterização das Empresas Brasileiras Caracterização das Empresas Brasileiras 141 Referências Bibliográficas Seja qual for o seu aproveitamento na disciplina, em qualquer momento, no futuro, na eventualidade de precisar de ajuda: VALE 1 S.O.S. – Prof. Vitor vitor_correa@msn.com 1. CHIAVENATO, I. Administração: Teoria, processo e prática. 5 ed. Barueri: Manole, 2014. 2. GONÇALVES, J. S. R. C. As empresas familiares no Brasil. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 7-12, 2000. 3. ROSSETTI, J. P.; ANDRADE, A. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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