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Hepatite A (epidemiologia, classificação, características, biossíntese viral, patogênese, mecanismo de ação, transmissão, prevenção, manifestações clínicas e diagnóstico) - Virologia Clínica

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O vírus da Hepatite A foi evidenciado pela 
primeira vez por microscopia eletrônica em 1973. 
 Imunoensaios foram desenvolvidos, culminando 
no teste de detecção da imunoglobulina da classe 
M (IgM) específica anti-HAV, capaz de detectar 
infecção recente e distingui-la da infecção 
passada; 
 Provost obteve êxito no isolamento desse vírus, 
possibilitando assim, o desenvolvimento de uma 
vacina anti-HAV. 
EPIDEMIOLOGIA 
 O vírus A é a causa mais frequente de hepatite 
viral aguda no mundo. 
 
NO BRASIL 
 O Brasil é considerado área de risco para a 
doença. Anualmente, ocorrem cerca de 130 novos 
casos por 100.000 habitantes. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO E 
CARACTERÍSTICAS 
 Família: Picornaviridae. 
 Gênero: Hepatovirus. 
 As partículas virais icosaédrica de 27 a 32 nm; 
 RNA fita simples de polaridade positiva (7,5kb); 
 O vírion não é envelopado; 
 Resistente a altas temperaturas e pH 1,0. 
 
GENÔMICA E PROTEÔMICA 
 Tem uma sequência única de leitura (RNA 
polimerase). As VPs são proteínas virais necessária 
para formar o capsídeo. 
 
 
hepatites virais 
AULA 5 – VIROLOGIA CLÍNICA 
 hepatite A 
 
 
 
 
 
BIOSSÍNTESE VIRAL 
 Uma proteína da partícula viral, na maioria 
das vezes a 3C, interage com o receptor CD365 nos 
hepatócitos. Quando acontece a adsorção da 
partícula viral na superfície da célula, ocorre o 
processo de descapsidação (remoção do capsídeo). 
Assim, apenas o genoma viral entra no citosol da 
célula. Uma vez no citosol, esse genoma viral de 
polaridade positiva é traduzido em uma poliproteína. 
Mediantes clivagens proteolíticas dessa 
poliproteína, algumas proteínas são liberadas para 
desempenhar diversas funções (proteínas do 
capsídeo e proteínas do complexo de replicação). 
Além de produzir essas proteínas, esse genoma viral 
também vai ser fita molde para produzir o RNA 
genômico. 
A partir do genoma viral de polaridade positiva (5’-
3’) vai ocorrer a produção do RNA de polaridade 
negativa (3’-5’). Esse RNA (3’-5’) é a fita molde 
para que ocorra a produção do RNA 5-3, que vai 
formar o genoma do vírus (replicação). 
 O RNA entrou na célula, tem dois caminhos: 
 Tradução – produção de proteínas. 
 Replicação – formação de genoma. 
 
PATOGÊNESE 
 A transmissão do HAV se dá pela via fecal-
oral. Após a infecção, o vírus alcança a corrente 
sanguínea e é internalizado pelos hepatócitos, onde 
novas partículas são produzidas e secretadas. 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DE HAV 
 Sem efeito citopático. 
 Efeito citopático: a presença do vírus 
frequentemente provoca mudanças 
morfológicas nas células hospedeiras. 
Qualquer mudança detectável na célula 
hospedeira devido à infecção é conhecido 
como efeito citopático. 
 Lesão secundária da resposta imune por células 
TCD8 e NK. 
Ingesta de alimentos ou 
água contaminados
HAV atravessa o epitélio 
intestinal e alcança o fígado, 
via sistema porta
HAV infecta e se replica nos 
hepatócitos
Novas partículas virais são 
secretadas junto com a bile no 
duodeno
Esses vírus são excretados nas
fezes e permanecem viáveis em
mãos e objetivos contaminados
 
 
 
 
 
TRANSMISSÃO 
 Ingestão de alimentos contaminados; 
 Água contaminada; 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 2 a 7 semanas de incubação; 
 Infecções assintomáticas: crianças e jovens. 
 Doença severa: adultos e gestantes. 
 Convalescência prolongada: 6 meses. 
 Não há cronicidade; 
 Sintomas típicos: Febre, mal-estar, náuseas, 
vômitos, desconforto abdominal (hipocôndrio 
direito). 
 Urina escura (colúria), fezes claras (acolia 
fecal). 
 Ictéricia: 
▪ < 6 anos = < 10% 
▪ 6 – 14 ANOS = 40 % - 50% 
▪ > 14 anos = 70 % - 80% 
 Complicações: Hepatites fulminantes = 0,1% 
dos casos. 
DIAGNÓSTICO 
 Exame direto 
 Espécimes: fezes e sangue 
 Microscopia eletrônica 
 Biologia molecular 
 RT-PCR de fezes e fluidos corporais 
 Laboratorial (bioquímica) 
 Bilirrubina 
 Aspartato aminotransferase (AST) 
 Alanina aminotransferase (ALT) 
 Fosfatase alcalina 
AST e ALT podem permanecer elevados por até 6 
meses. 
 
LABORATORIAL (IMUNOLÓGICO) 
 A pesquisa de IgM anti-HAV é usada como 
marcador de infecção aguda. O título de anticorpos 
rapidamente aumenta até um período de 4 a 6 
semanas e declinam a níveis não detectáveis entre 3 
e 6 meses na maioria dos pacientes. Mais de 85% 
dos indivíduos apresentam as enzimas hepáticas 
normais antes ou no tempo de desaparecimento da 
IgM anti-HAV. 
A IgG anti-HAV pode ser detectada 
simultaneamente ou até 2 semanas depois do início 
dos sintomas agudos, e termina por substituir os 
anticorpos IgM. O ensaio do anticorpo anti-HAV 
total é utilizado também para determinar o estado 
imunológico de um indivíduo depois da vacinação 
ou infecção natural, ou avaliar o risco de um 
indivíduo que viaja para uma região de alta 
prevalência de HAV. A presença do anti-HAV total, 
na ausência de IgM específica, indica infecção 
passada ou imunidade vacinal, e proteção contra 
uma infecção futura. 
 
 
 
 
 
 Interpretação dos resultados sorológicos para 
hepatite A 
Interpretação Anti-HAV 
total 
IgM anti-
HAV 
Infecção recente +/- + 
Infecção passada 
ou vacinação 
+ - 
Ausência de 
contato com o 
HAV (não imune) 
- - 
LABORATORIAL 
(IMUNOCROMATOGRAFIA) 
 
 
 
PREVENÇÃO

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