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Pedagogia em espaços sociais múltiplos

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PEDAGOGIA EM 
ESPAÇOS SOCIAIS 
MÚLTIPLOS 
Luciane Weber Baia Hees
1ª Edição, 2021
Administração da Entidade Mantenedora (IAE)
Diretor-presidente: Maurício Lima
Diretor administrativo: Edson Medeiros
Diretor-secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor depto. de educação: Ivan Góes
Divisão Sul-Americana da IASD
Presidente: Stanley Arco 
Secretário: Edward Heidinger 
Tesoureiro: Marlon Lopes 
Centro Universitário Adventista de São Paulo
Reitor: Martin Kuhn
Vice-reitores executivos / diretores de campus: Afonso Cardoso Ligório, 
Antônio Marcos Alves, Douglas Jefferson Menslin
Vice-reitor administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-reitor de graduação: Afonso Cardoso Ligório 
Pró-reitor de pesquisa e desenvolvimento institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-reitor de educação à distância: Fabiano Leichsenring Silva 
Pró-reitor de pós-graduação (lato sensu): Antônio Marcos Alves
Pró-reitor de desenvolvimento espiritual: Henrique Gonçalves
Diretores administrativos: Claudio Valdir Knoener, Flavio Knoner, Murilo Marques Bezerra
Diretor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia : Reinaldo Wenceslau Siqueira
Diretor-geral de educação básica: Douglas Jefferson Menslin 
Secretário-geral e procurador institucional : Marcelo Franca Alves 
Diretora de recursos humanos : Karla Cristina de Freitas Souza 
Diretor de produções artísticas: Tuiu Costa
Advogado-geral : Misael Lima Barreto Junior 
Chefe de gabinete: Anna Cristina Pascual Ramos 
Editora Universitária Adventista
Editor-chefe: Rodrigo Follis
Gerente administrativo: Bruno Sales Ferreira
Editor associado: Alysson Huf
Supervisor administrativo: Werter Gouveia
1ª Edição, 2021
PEDAGOGIA EM 
ESPAÇOS SOCIAIS 
MÚLTIPLOS 
Editora Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Luciane Weber Baia Hees
Doutora em Psicologia da Educação e 
Pós-Doutora em Educação e Psicologia 
pela Universidade de Aveiro
Campagnoni, Mariana / dos Santos, Diego Henrique Moreira
Formação da identidade profissional do contador [livro eletrônico] / Mariana Campagnoni. -- 1. 
ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira profissional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como profissão 4. Contabilidade como 
profissão - Leis e legislação 5. Formação profissional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Ficha catalográfica elaborada por Hermenérico Siqueira de Morais Netto – CRB 7370)
Pedagogia em espaços sociais múltiplos
1ª edição – 2021
e-book (pdf)
OP 00123_107
Coordenação editorial: Kerilyn Oliveira
Preparação: Willian Bernardes
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Felipe Rocha
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP – CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Editora Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Marcia Coutinho de Robertis Azevedo
Doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piraci-
caba, SP, com ênfase no ensino da Contabilidade
Conselho editorial e artístico: Martin Kuhn, Telson 
Vargas, Rodrigo Follis, Adolfo Suárez, Afonso Cardoso, 
Allan Novaes, Antônio Marcos Alves, Diogo Cavalcanti, 
Douglas Menslin, Eber Liesse, Edilson Valiante, Fabiano 
Leichsenring, Fabio Alfieri, Gilberto Damasceno, Gildene 
Silva, Henrique Gonçalves, José Prudêncio Júnior, Luis 
Strumiello, Reinaldo Siqueira
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Editora Universitária Adventista. Proibida 
a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da editora, salvo 
em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS ............................... 13
Introdução ........................................................................................14
Espaços sociais múltiplos ...............................................................16
Modalidades de educação formal, informal e não formal..............20
Os quatro pilares da educação ................................................33
O papel do pedagogo em espaços não formais .....................40
Considerações finais.........................................................................59
Referências .......................................................................................63
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
OB
JE
TI
VO
S
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
- analisar a complexidade da ação docente em ambientes não escolares visando a 
regulação da aprendizagem diante das diferentes abordagens metodológicas;
- compreender os pilares da educação e seus impactos na ação do pedagogo, 
inteirando-se da dimensão desses conceitos em espaços não escolares;
- valorizar o papel do pedagogo nos diferentes campos de atuação como processo 
para viabilizar a aprendizagem significativa nos múltiplos espaços sociais de atuação.
UNIDADE 1
14
LUCIANE WEBER BAIA HEES
INTRODUÇÃO
Bem-vindo(a)! Vamos dar partida em nossa jornada de 
conhecimentos? Se perguntarmos para qualquer pessoa onde o 
pedagogo trabalha, a resposta imediata será: “na escola, claro!”. 
Certamente, essa afirmativa está correta, mas será que posso 
encontrar pedagogos atuando em outros espaços? Se sim, quais 
são esses espaços? Quais as funções que ele desenvolve além do 
muro da escola? Essas e muitas outras questões que alcançam o 
espaço de atuação do pedagogo são discutidas aqui. 
Para isso, descreveremos o que são espaços sociais 
múltiplos, a fim de contextualizar os locais onde o pedagogo 
pode atuar e identificar quais as modalidades dessa atuação, 
que pode ser formal, informal e não formal, e como os pilares 
da educação, estabelecidos pela UNESCO, se relacionam com 
esses ambientes também. 
Ao longo dessa jornada, serão apresentados os espaços 
múltiplos de atuação do pedagogo e seu papel nesses 
contextos, entre outros aspectos. Os espaços interferem 
no aprendizado e, consequentemente, na mudança de 
comportamento das pessoas. Esses espaços podem se 
materializar em um determinado ambiente físico, como 
a escola, a igreja, uma empresa, um hospital e outros. 
15
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Segundo a Constituição Federal do Brasil de 1988, a 
educação é responsabilidade da família e do Estado e esse 
processo ocorre sistematicamente dentro do espaço escolar. 
Entretanto, mais recentemente, outros espaços educacionais 
considerados não formais se abrem para atuação do 
pedagogo. Dessa forma, as ações educativas intencionais 
ultrapassam os muros da escola alcançando outros 
espaços sociais, como ONGs, hospitais, empresas, museus, 
brinquedotecas etc. 
Ao final desta unidade, esperamos que você tenha 
aprendido:
• quais são os espaços sociais múltiplos 
de atuação do pedagogo; 
• como são caracterizadas as modalidades de 
educação: formal, informal e não formal;
• os objetivos dos 4 Pilares da Educação;
• qual o papel do pedagogo em espaços não formais.
Vamos começar? Bom estudo!
16
LUCIANE WEBER BAIA HEES
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTI-
PLOS 
O que são espaços sociais? Você 
já ouviu alguém falar sobre isso? 
Certamente, podemos imaginar o que 
são, pois, quando falamos em “espaços”, 
imaginamos um ambiente, e quando nos 
referimos a “sociais”, logo nos lembramos 
de pessoas. Contudo, para dar partida 
aos nossos estudos, vamos buscar ajuda 
na área da sociologia para entender o que 
significa quando falamos em pedagogia 
em espaços sociais múltiplos. Segundo 
estudos na área sociológica, essa expressão 
é utilizada para mencionar as inter-
relações entre os indivíduos e envolvem as 
interações que se estabelecem entre lugar 
+ relações sociais + cultura. 
E pedagogia? Quando falamos 
dessa ciência, logo nos lembramos de 
professores, escola, ensino e educação. 
E é isso mesmo! Pedagogia é a ciência 
que estuda a educação e os processos 
ESPAÇOS SOCIAIS
Segundo o site Toda Matéria, o 
espaço socialé um conceito que 
está associado ao espaço multi-
dimensional em que as relações 
sociais são efetivadas por meio 
da interação entre os atores so-
ciais (seres humanos).
Fonte: https://www.todamateria.
com.br/espaco-social/. Acesso em: 
10 de abr. 2021.
17
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
de ensino e aprendizagem. O termo 
pedagogia vem do grego antigo “paidos”, 
que significa “da criança” e “agein”, que é 
“conduzir”. 
Então, retomando nossa discussão 
inicial sobre o que queremos dizer quando 
falamos sobre pedagogia em espaços 
sociais múltiplos, estamos articulando os 
seguintes conceitos: lugares + interações 
sociais + cultura + aprendizagem + 
ensino. Vamos formar uma definição? A 
pedagogia em espaços sociais múltiplos, 
em sua essência, refere-se ao processo 
educacional em que ensinar e aprender 
acontecem por meio das relações 
entre diferentes sujeitos, articulando 
conhecimentos e cultura. 
Os espaços interferem no 
aprendizado, assim como as diversas 
interações que eles proporcionam, e, 
consequentemente, causam diferentes 
mudanças no comportamento das pessoas. 
Esses espaços podem se materializar 
PEDAGOGIA
Pedagogia, de acordo com o di-
cionário on-line Dicio, é a “ciên-
cia cujo objeto de análise é a 
educação, seus métodos e prin-
cípios; reunião das teorias sobre 
educação e sobre o ensino”.
Fonte: https://www.dicio.com.
br/pedagogia/. Acesso em: 15 
de abr. de 2021.
18
LUCIANE WEBER BAIA HEES
em um determinado ambiente físico, 
como a escola, a igreja, uma empresa, 
um hospital, museu, oficinas, fábricas, 
entre outros. Segundo Trilla (2008, p. 
21), a “proliferação de novos espaços 
educacionais deslocados do estritamente 
escolar e, paralelamente, as referências 
reais de certa mudança de orientação no 
discurso pedagógico, a fim de torná-lo 
capaz de integrar e legitimar tais espaços”. 
Isso significa que aprendemos nos mais 
variados espaços e não apenas na escola. 
O pedagogo é o profissional 
que estuda, conhece e se ocupa da 
educação. Precisa estar em constante 
aperfeiçoamento e estudo, pois cabe a ele 
organizar e sistematizar os conhecimentos 
necessários para formação de outros 
seres humanos. Como vivemos num 
mundo globalizado e dinâmico, esses 
conhecimentos estão em intenso 
movimento, exigindo do pedagogo 
habilidades, competências e saberes 
diversos para articular informações e 
O pedagogo é 
o profissional 
que estuda, 
conhece e 
se ocupa da 
educação.
19
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
conhecimentos que estão em todas as 
partes (LIMA et al., 2018).
Quando nos referimos ao pedagogo, 
imediatamente nos reportarmos aos 
ambientes escolares, onde acontece 
o processo de ensino-aprendizagem 
sistemático e regular. Segundo a 
Constituição Federal do Brasil de 1988, a 
educação é responsabilidade da família 
e do Estado e esse processo ocorre 
sistematicamente dentro do espaço escolar. 
Entretanto, com o passar do tempo, 
outros espaços educacionais considerados 
não formais se abriram, e, com isso, “o 
campo de atuação do pedagogo é tão 
vasto quanto as práticas educativas na 
sociedade.” (PRADO; SILVA; CARDOSO, 
2013, p. 68). Dessa forma, as ações 
educativas intencionais ultrapassam os 
muros da escola alcançando diversos 
espaços sociais, como: ONGs, hospitais, 
empresas, museus, brinquedotecas etc. 
Nesses espaços diversos, quer sejam 
Escola, espaço onde 
acontece o processo de 
ensino-aprendizagem 
sistemático e regular.
Fonte: Shutterstock
20
LUCIANE WEBER BAIA HEES
escolares ou não escolares, acontecem diferentes modalidades 
de educação, vamos ver sobre isso no próximo tópico. 
MODALIDADES DE EDUCAÇÃO FORMAL, IN-
FORMAL E NÃO FORMAL
As terminologias formal, não formal e informal têm origem 
anglo-saxônica, sendo reportadas para década de 1960. Segundo 
Fávero (2007), com a crise educacional causada pela Segunda 
Guerra Mundial, os sistemas escolares não estavam conseguindo 
suprir as necessidades sociais e as demandas escolares. Isso 
começou a refletir na falta de formação dos indivíduos para 
atenderem os novos contextos da revolução industrial, exigindo 
a flexibilização e reconhecimento de vivências e experiências não 
escolares como meios de formação educacional do indivíduo, 
preparando-o para o novo cenário mundial que surgia. 
Essa educação chamada não formal surgiu no Brasil na 
década de 1970, com objetivo de organizar movimentos sociais 
para combater a ditatura militar, e, depois, com a intenção de 
assegurar emancipação das minorias, como mulheres e negros, 
que eram excluídos da sociedade. A educação não formal 
“decorre da intencionalidade de dados sujeitos em criar ou buscar 
determinadas qualidades e/ou objetivos” (GOHN, 2011, p. 107).
21
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Desde então, podemos identificar 
três modalidades de educação com 
características e objetivos específicos. 
Essas modalidades oferecem diferentes 
contribuições para o processo formativo, 
ocorrem em espaços educativos 
diversificados e são chamadas de: 
educação formal, educação informal e 
educação não formal. 
Podemos explicar a educação formal 
como aquela que acontece nas escolas, 
onde os conteúdos são previamente 
organizados e sistematicamente 
transmitidos. A educação informal é aquela 
na qual os indivíduos aprendem com a 
família, no bairro, no clube, com os amigos. 
Essa modalidade é carregada de valores 
e culturas que são herdadas por meio das 
socializações nesses espaços. E, por fim, 
mas não mesmo importante, a educação 
não formal, que se aprende no “mundo de 
vida”, por meio dos processos de partilha 
de experiências, principalmente em 
espaços e ações coletivas (GOHN, 2006).
Aprendizagens em diferentes 
espaços educativos: educação 
formal, educação informal e 
educação não formal. 
Fonte: Shutterstock
22
LUCIANE WEBER BAIA HEES
Vamos entender um pouquinho mais como isso 
acontece? Educação formal é essa que identificamos de 
imediato, aquela que acontece nas escolas, sistematizada, 
com objetivos, conteúdos previamente estabelecidos e 
diretrizes estabelecidas pelo sistema de educação do país. 
Esse espaço chamado escola tem como objetivo transmitir 
o conhecimento e promover aprendizagem de conteúdos 
historicamente sistematizados, por meio de uma estrutura 
e de sistemas que são normatizados por leis certificadoras e 
organizados mediante diretrizes nacionais.
E, você, sabe a origem do termo escola? Segundo o 
Dicionário Etimológico, a palavra escola tem sua origem na 
Grécia, com “skholê”, que quer dizer “descanso, repouso, lazer, 
tempo livre.” (Na Grécia, quando as pessoas de condições 
socioeconômicas tinham tempo livre, reuniam-se na escola 
para refletir). Depois, passou para língua latina como “schòla”, 
“scholae”, significando “lugar nos banhos onde cada um espera 
a sua vez; ocupação literária, assunto, matéria; escola, colégio, 
aula; divertimento, recreio”. Historicamente organizada, a 
escola, em um contexto mundial, traz o mesmo perfil: espaço 
organizado e institucionalizado, com organograma definido e 
instituído de poder para outorgar títulos, atuando como meio 
de transmissão de conhecimentos e cultura. 
23
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Já a educação não formal, podemos 
dizer que acontece a partir das 
necessidades ou experiências ao longo da 
vida do indivíduo. Isso quer dizer que 
pode ocorrer em diversos espaços onde se 
pode aprender algo, sendo de forma mais 
sistematizada ou não. Aqui, podemos 
citar como exemplo o que se aprende nas 
igrejas, em clubes e, até mesmo, nas redes 
sociais (BES; TOLEDO, 2020). 
A educação não-formal designa um 
processo com várias dimensões tais 
como: a aprendizagem política dos 
direitos dos indivíduos enquanto 
cidadãos; a capacitação dos 
indivíduos para o trabalho, por meio 
da aprendizagem de habilidades e/ou 
desenvolvimento de potencialidades; 
a aprendizagem e exercício de 
práticas que capacitam os indivíduos 
a se organizarem com objetivos 
comunitários, voltadas para a solução 
de problemas coletivos cotidianos; 
a aprendizagem deconteúdos que 
possibilitem aos indivíduos fazerem 
A escola promove a 
aprendizagem dos 
conteúdos historicamente 
sistematizados. 
Fonte: Shutterstock
24
LUCIANE WEBER BAIA HEES
uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do 
que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia 
e pela mídia, em especial a eletrônica etc (GOHN, 2016, p. 1).
Entre as características da educação não formal, Gadotti (2005, 
p. 2) destaca o tempo da aprendizagem e os espaço múltiplos, 
explicando que o tempo nesses contextos são flexíveis e respeitam 
as diferenças e habilidades de cada indivíduo, e que os espaços 
múltiplos podem ser recriados constantemente. 
Portanto, a educação não formal não é estática, é uma 
atividade aberta que sempre está em construção. Trata-se de 
um espaço muito aberto, de natureza ampla e diversa. Essa 
característica possibilita diversos procedimentos e promove 
diferentes contextos culturais. Sendo assim, o aspecto da 
diversidade pode ser apontado como uma característica muito 
forte dessa modalidade de educação. 
E a educação informal? Como podemos caracterizá-la? 
O principal palco dessa modalidade de educação acontece 
no contexto familiar. Apesar de não ter uma organização 
sistemática, com conteúdos pré-estabelecidos, tem uma 
característica permanente e constante. Bruno (2014, p. 
14) descreve as características da construção da educação 
informal, afirmando que o agente dessa modalidade faz parte 
das redes familiares e pessoais, e nos meios de comunicação. 
25
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Outra característica é que os espaços 
onde acontecem a educação informal são 
espontâneos e não estão delimitados. 
Além de serem carregados de referências 
de localidade, idade, gênero, religião, 
etnia. Nos espaços informais, as relações 
sociais se organizam de acordo com 
gostos e preferências. A educação 
informal está relacionada aos processos 
de socialização dos indivíduos, por 
isso desenvolvem hábitos, atitudes, 
comportamentos, maneiras de pensar 
e de se expressar conforme os valores 
e crenças do grupo que o indivíduo 
pertence e frequenta. 
A educação informal inicia na 
família e tem sua continuidade em 
demais grupos sociais ao longo da vida. 
Sayão (2013) aponta alguns aspectos 
relacionados aos conteúdos que se 
aprendem nessa modalidade: convivência 
com os outros, transmissão da história, 
valores, tradições e costumes, virtudes, 
princípios morais e outros. 
O processo educacional se 
inicia desde os primeiros 
momentos de vida, cabe 
à família conduzir essa 
educação da melhor 
forma possível. 
Fonte: Shutterstock
26
LUCIANE WEBER BAIA HEES
E como identificar cada uma das modalidades? Gohn (2006) 
descreve uma sequência de perguntas que podem servir de 
base para estudarmos esses diferentes tipos de modalidades de 
educação. Veja a figura 1 que organizamos para que você possa 
visualizar as características de cada uma delas.
Figura 1 – Educação não formal, formal e informal
MODALIDADE FORMAL NÃO FORMAL INFORMAL
Quem é o 
educador 
principal?
Professor, tutor.
Diferentes 
sujeitos que 
desempenham 
papel 
educacional.
Família.
Onde se 
educa? Lugar
Na escola.
Ao longo da vida, 
em vários locais 
onde se venha a 
aprender algo.
Em casa, no 
trabalho, no 
lazer. 
Como se 
educa?
Práticas 
curriculares 
propostas 
pelo sistema 
educacional.
Práticas flexíveis 
que se ajustam 
às necessidades 
e vivências do 
indivíduo. Foco na 
subjetividade do 
grupo e contribui 
para a formação 
da identidade.
Experiência 
cotidiana 
e influências 
educativas do 
meio. Processo 
permanente e 
não organizado.
27
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
MODALIDADE FORMAL NÃO FORMAL INFORMAL
Por que se 
educa?
Objetivos 
considerados 
constitucionais: 
preparação para 
a cidadania, o 
desenvolvimento 
pleno e a 
qualificação para 
o trabalho.
Construção e 
reconstrução de 
concepções e 
princípios.
Formação da 
identidade 
pessoal, 
através do 
desenvolvimento 
de hábitos e 
atitudes.
Características
Características 
físicas, estruturas, 
processos, 
pessoas e
recursos claros e 
específicos. 
Flexível em 
relação ao tempo 
e aos espaços de 
aprendizagem.
Atitudes, valores, 
procedimentos e 
conhecimentos 
adquiridos ao 
longo da vida. 
Resultados
Viver de forma 
produtiva na 
sociedade. Títulos 
e produtividade.
Proporcionar 
conhecimento 
sobre o mundo, 
promover a 
formação cultural 
e social.
Ajustamento 
social adequado 
e equilibrado.
Fonte: adaptado de Gohn (2006)
Costumeiramente, as características da aprendizagem na 
modalidade formal são bem conhecidas por todos: sala de aula, 
laboratórios, professores, horários de aulas, avaliações, atividades, 
calendário escolares etc. Agora, como a aprendizagem acontece 
28
LUCIANE WEBER BAIA HEES
na educação não formal? Já vimos as características, objetivos e 
finalidade, mas quais seriam esses espaços? Alguns exemplos de 
ambientes não formais de aprendizagem são empresas, ONGs, 
museus, ateliês de arte, fábricas, zoológicos e igrejas. 
AGORA É COM VOCÊ
Depois de ler atentamente as características de cada uma das 
modalidades de educação, procure identificar e refletir quais são e/ou 
quais foram esses espaços na sua própria formação. E o ambiente virtual 
de aprendizagem? Como você classificaria? Leia um pouco mais sobre 
isso em: RIGO, Rosa Maria. Mediação pedagógica em ambientes virtuais 
de aprendizagem. Porto Alegre: EdiPUC-RS, 2015. E-book Pearson. (126 
p.). ISBN 9788539707744. Disponível em: https://biblioteca.sophia.com.
br/9198/index.asp?codigo_sophia=58297. Acesso em: 05 jul. 2021.
Resumindo, podemos apontar a família como responsável 
pela educação informal, na qual o sujeito aprende os 
processos sociais desde o início de sua vida. A escola como 
responsável pela educação formal, com currículo sistematizado 
e organizado. E a educação não formal proporciona a 
aprendizagem em espaços não escolares, onde as atividades são 
intencionais e bem direcionadas. 
Todas as modalidades de educação visam oferecer 
conhecimentos e proporcionar aprendizagens. É fundamental 
29
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
lembrar que essas atividades precisam ser significativas para 
realmente promover mudanças e transformações no ser humano. 
Ou seja, as novas experiências do indivíduo precisam ampliar e/
ou reconfigurar conhecimentos que já existem na estrutura mental, 
fazendo conexões e, assim, provocando novos conhecimentos. 
O pesquisador norte-americano David Paul Ausubel 
(1918-2008), especialista em psicologia educacional, 
estudou e defendeu a concepção de ensino-aprendizagem 
afirmando que o conhecimento prévio da pessoa é a chave 
para a aprendizagem significativa. Dessa forma, aprender 
significativamente consiste em ampliar e reconfigurar ideias 
já existentes na mente e relacionar e acessar novos conteúdos 
a partir do que já é conhecido. Ou seja, é fundamental que o 
ensino-aprendizagem, independente dos métodos e técnicas, 
comece pelo conhecimento que se relacione com a vida do 
aluno, que tenha sentido e significado, para partir de “fatos 
imediatos para os mais remotos, do concreto para o abstrato, do 
conhecido para o desconhecido” (RANGEL, 2005, p. 29). 
Muito aplicada para ensinar ciências, a “Teoria da 
Aprendizagem Significativa” de Ausubel (2003) em espaços 
não formais no processo ensino-aprendizagem facilita a 
aprendizagem, aproximando a teoria da prática. Planejar 
e promover aulas em espaços não formais favorecem a 
30
LUCIANE WEBER BAIA HEES
observação e a compreensão dos fatos, proporcionando uma 
aprendizagem mais significativa. 
Lorenzetti e Delizoicov (2001) podem nos ajudar a entender 
um pouco mais sobre os espaços não formais e a relação 
deles com a educação formal quando eles explicam que os 
espaços não formais (museus, zoológicos, parques, fábricas, 
[...]) assim como os formais (escolas, bibliotecas escolares e 
públicas,) constituem fontes que promovem a ampliação dos 
conhecimento dos indivíduos. Todas as atividades pedagógicasdesenvolvidas nesses ambientes propiciam uma aprendizagem 
mais significativa. Como exemplo, podemos citar as aulas 
práticas, saídas à campo, feiras de ciências, entre outros.
Estamos tentando destacar que as três modalidades de 
educação se complementam, apesar de distintas em suas 
características e procedimentos. A educação não formal e 
informal, que acontecem fora dos muros da escola, promovem e 
criam situações que podem facilitar e favorecer a aprendizagem 
de conteúdos relacionados com a educação formal. E as pessoas 
envolvidas nas práticas formais e sistemáticas da educação 
formal podem criar elos e trazer para os espaços escolares as 
vivências externas dos alunos, aproximando e significando 
conhecimentos adquiridos fora da escola. 
31
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja 
ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós 
envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, 
para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para 
fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos 
a vida com a educação. Com uma ou com várias: 
educação! Educações (BRANDÃO, 1993, p. 7 e 9). 
Por isso, fique atento! Muitas atividades práticas 
promovidas pela escola consideradas como educação formal 
podem ser desenvolvidas em espaços não formais, e recebem 
diferentes denominações, são as excursões, as visitas guiadas, 
as viagens de estudos, as visitas externas, as saídas escolares 
e de campo, viagens e passeios escolares. São atividades 
que acontecem fora do ambiente escolar, mas vinculadas e 
organizadas pela escola. Temos, então, uma educação formal se 
relacionando com a educação não formal. Temos uma educação 
formal acontecendo em espaços não formais.
Vamos ver alguns exemplos simples? Um determinado 
professor está dando aula sobre história antiga e leva seus 
alunos em uma visita guiada ao museu da cidade para 
identificar objetos e práticas de determinados períodos da 
história. Posteriormente, essa experiência é compartilhada e 
sistematizada em sala de aula. Outro exemplo rotineiro que 
podemos citar para compreender essa relação: o professor 
32
LUCIANE WEBER BAIA HEES
de ciências organiza com seus alunos um fim de semana na 
praia, onde que, além da vivência social, poderão identificar 
animais invertebrados e aquáticos para aprenderem sobre 
recursos naturais, ambiente terrestre, aquático e aéreo. Também 
podemos descrever como forma de relacionar e vincular 
educação formal com a educação não formal quando um 
professor utiliza os esportes praticados por seus alunos, como 
skate ou ciclismo, para ensinar sobre velocidade, movimento 
etc., relacionando os conhecimentos e fazendo vínculos que 
possam promover uma aprendizagem significativa. 
AGORA É COM VOCÊ
Imagine situações nas quais a educação formal contribua com a educação 
não formal e informal. Imagine, também, ideias que a educação 
não formal possa contribuir com a educação formal. Lembre-se que 
a educação não formal pode ocorrer em museus, brinquedotecas, 
igrejas e outros mais, desde que seja fora do ambiente escolar e tenha 
intencionalidade de transmitir conhecimentos. Para refletir: Cantar no 
coro da igreja pode contribuir com a educação formal? Como? E tocar um 
instrumento na orquestra? 
Concluímos, então, relacionando o resultado pretendido 
pelas três modalidades, educação formal, não formal e 
informal, pois todas objetivam que a educação prepare o 
ser humano para viver de forma produtiva na sociedade, 
33
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
proporcionando conhecimento sobre o 
mundo, promovendo ajustamento social 
adequado e equilibrado no decorrer de 
toda vida. Nesse sentido, faz-se necessário 
uma educação ao longo da vida. E esse 
conceito serviu de referência ao relatório 
da comissão internacional sobre educação 
para o século XXI, para a UNESCO, que 
propôs que “a educação deve organizar-
se em torno de quatro aprendizagens: 
aprender a conhecer, aprender a fazer, 
aprender a viver juntos e aprender a ser”. 
Vamos estudar um pouco mais sobre isso? 
OS QUATRO PILARES DA 
EDUCAÇÃO
Segundo o relatório para a UNESCO da co-
missão internacional sobre educação para 
o século XXI, os conceitos fundamentais 
da educação estão amparados em quatro 
pilares sobre os quais a prática pedagógi-
ca deve prever suas ações. Essa comissão, 
presidida por Jacques Delors, era composta 
Os Pilares da Educação de 
Philippe Perrenoud.
Fonte: Shutterstock
34
LUCIANE WEBER BAIA HEES
por 14 representantes de diversas partes do 
mundo e foi organizada durante o perío-
do de três anos, de 1993 até o ano de 1996. 
Quando concluíram, foi publicado um li-
vro que apresenta a educação que deve es-
tar vinculada às necessidades históricas e 
sociais do mundo. 
De acordo com o livro, a prática 
pedagógica deveria se preocupar em 
desenvolver quatro aprendizagens 
fundamentais que serão para cada 
indivíduo os pilares do conhecimento. Os 
quatro pilares são: aprender a conhecer, 
aprender a fazer, aprender a viver com os 
outros e aprender a ser. Esses conceitos 
são fundamentais em qualquer espaço, 
formal ou não formal, onde se pretenda 
ensinar e aprender. 
Superar os desafios que o processo 
de ensinar impõe não é uma tarefa 
assim tão fácil. Então, para tornar esse 
percurso mais seguro, o professor pode 
organizar suas ações permeando as quatro 
Aprender a 
conhecer é 
a busca pelo 
conhecimento, 
é querer 
aprender. 
Aprender 
a fazer é 
a prática. 
Aprender 
a conviver 
se refere ao 
próximo, à 
cooperação. 
Aprender a ser 
é ser aquilo que 
somos.
35
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
aprendizagens que compõem os pilares da educação. Vamos 
ver um pouco mais sobre esses pilares? 
O primeiro pilar: Aprender a conhecer. Entender como 
se aprende. Levar o indivíduo a descobrir como ele adquire 
competências para compreender as coisas. Aprender a conhecer 
é a busca pelo conhecimento, é querer aprender. 
Existem diversas formas pessoais de aprender, de exercitar 
nossa mente e nossa memória. Identificar as informações novas 
e a relação com o que já sabemos é o caminho desse percurso. 
Delors et al (2010, p. 16) defendem que “...os conteúdos devem 
desenvolver o gosto por aprender, a vontade e a alegria de 
conhecer: portanto, o desejo e as possibilidades de ter acesso, 
mais tarde, à educação ao longo da vida”.
A tendência para prolongar a escolaridade e o tempo livre 
deveria levar os adultos a apreciar, cada vez mais, as alegrias 
do conhecimento e da pesquisa individual. O aumento dos 
saberes, que permitem compreender melhor o ambiente 
sob os seus diversos aspectos, favorece o despertar da 
curiosidade intelectual, estimula o sentido crítico e permite 
compreender o real, mediante a aquisição de autonomia 
da capacidade de discernir (DELORS et al, 2010, p. 74).
36
LUCIANE WEBER BAIA HEES
Pensando na prática escolar e no papel de professor, como 
você colocaria esse pilar em prática? Propor desafios, despertar 
a motivação a autoavaliação dos alunos e criar situações que 
estimulem o desejo de aprender mais são formas simples de 
promover a aprendizagem cada vez mais. 
O segundo pilar: Aprender a fazer. Aqui, estamos falando 
não só de colocar em prática um ou outro conhecimento, mas do 
exercício de aplicar todos os conhecimentos ao longo da nossa 
vida. Quer seja para o trabalho rotineiro ou para atividades 
profissionais mais específicas. Ressalta-se o aplicar aquilo que 
aprendemos para melhorar, transformar o mundo e as relações 
ao nosso redor. Tornar os conhecimentos reais na nossa vida. E 
isso pode ser feito tanto na rotina escolar, como em espaços não 
formais de educação. Esses espaços possibilitam a descoberta e a 
prática de atividades que aplicam os conhecimentos adquiridos. 
Vamos falar um pouquinho mais sobre isso depois. 
O terceiro pilar: Aprender a viver juntos. Base para a 
vida de qualquer pessoa. Aqui, estamos colocando no foco as 
relações sociais. A vida que temos acontece em sociedade, e, 
para isso, aprender a convivercom os outros é fundamental 
no processo de ensino-aprendizagem, que acontece por meio 
de trocas e interações com os outros. Cabe à escola “...fornecer 
sua contribuição para a promoção e integração dos grupos 
37
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
minoritários, mobilizando os próprios interessados em relação 
ao respeito por sua personalidade” (DELORS et al., 2010, p. 28).
É de se louvar a ideia de ensinar a não violência na escola, 
mesmo que apenas constitua um instrumento, entre outros, 
para se combater os preconceitos geradores de conflitos. A 
tarefa é árdua porque, naturalmente, os seres humanos têm a 
tendência de supervalorizar as suas qualidades e as do grupo 
a que pertencem, e a alimentar preconceitos em relação aos 
outros. Por outro lado, o clima geral de concorrência que 
atualmente caracteriza a atividade econômica no interior de 
cada país e, sobretudo no nível internacional, tende a dar 
prioridade ao espírito de composição e ao sucesso individual. 
De fato, essa competição resulta, na atualidade, em uma guerra 
econômica implacável e em uma tensão entre os mais e os 
menos favorecidos, que divide os países do mundo e exacerba 
as rivalidades históricas. É de se lamentar que a educação 
contribua, por vezes, para alimentar esse clima, devido a uma má 
interpretação da ideia de emulação (DELORS et al, 2010, p. 79).
O quarto pilar: Aprender a ser. Desenvolver quem a pessoa 
realmente é, pois, assim, vai “...estar à altura de agir com 
cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento 
e de responsabilidade pessoal”. (DELORS et al., 2010, p. 10). 
Precisamos ser indivíduos autônomos e críticos. Responsáveis 
por tomar decisões, avaliar as situações da vida e contribuir na 
sociedade que faz parte. 
38
LUCIANE WEBER BAIA HEES
Ao permitir que todos tenham acesso ao conhecimento, a 
educação desempenha um papel bem concreto na plena 
realização desta tarefa universal: ajudar a compreender 
o mundo e o outro, a fim de que cada um adquira maior 
compreensão de si mesmo (DELORS et al., 2010, p. 27).
(...) Esse desenvolvimento do ser humano, que se realiza 
desde o nascimento até a morte, é um processo dialético 
que começa pelo conhecimento de si mesmo para se 
abrir, em seguida, à relação com o outro. Nesse sentido, 
a educação é, antes de mais nada, uma viagem interior, 
cujas etapas correspondem à da maturação contínua 
da personalidade (DELORS et al., 2010, p. 82).
Se você observar, podemos separar os quatro pilares em 
dois grupos. O primeiro grupo, teríamos os dois primeiros 
pilares, aprender a conhecer e aprender a fazer, pois ambos 
estão relacionados a questões mais específicas sobre processo 
de produção de conhecimento. E o outro grupo está relacionado 
com uma questão mais atitudinal, que envolve aspectos da vida 
e do papel social que desempenhamos: aprender a viver com os 
outros e aprender a ser. 
E qual a relação desses pilares com as três modalidades 
de educação, formal, não formal e informal? Essas três 
modalidades de educação podem contribuir para o 
desenvolvimento dos quatro pilares propostos no relatório 
39
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
para a UNESCO sobre educação para o século XXI da seguinte 
forma: aprender a conhecer refere-se a compreender como se 
adquire o conhecimento. Aprender a fazer refere-se a forma da 
aplicabilidade desse conhecimento, diz respeito ao agir humano, 
é quando se coloca em prática o conhecimento. A educação não 
formal e informal favorecem a apreensão dos conceitos, assim 
como incentivam a problematização de situações que possam 
surgir, promovendo a habilidade de saber como lidar nos 
mais diversos contextos. Aprender a viver juntos é o terceiro 
pilar, e nenhum espaço incentiva e favorece tanto as relações 
e atividades em grupo como os ambientes não formais. E, por 
fim, aprender a ser, o quarto pilar, refere-se ao preparar do ser 
humano para ser autônomo e crítico para interagir no mundo e 
ter condições de transformar e influenciar o ambiente ao redor. 
A educação não formal e informal também podem contribuir 
para isso, pois a medida que o indivíduo interage com os mais 
diversos ambientes e com os outros, está adquirindo autonomia 
e aprendendo a ser crítico e independente. A educação formal, 
informal e não formal se relacionam com os quatro pilares da 
educação no sentido de promover e favorecer a aprendizagem ao 
longo da vida (CASCAIS; TERÁN, 2014).
Vimos até aqui sobre as modalidades de educação e 
o papel dos quatro pilares da educação. Comece a refletir: 
quem educa para as necessidades do século atual? Como 
40
LUCIANE WEBER BAIA HEES
esses pilares podem ser implantados nas 
práticas docentes? Em quais espaços esses 
processos educacionais acontecem? Qual o 
papel do pedagogo nos espaços formais e 
não formais? Aproveite bem, organize-se e 
vamos continuar nossos estudos!
O PAPEL DO PEDAGOGO EM 
ESPAÇOS NÃO FORMAIS
Já estudamos que a educação não 
formal acontece em vários espaços fora 
do ambiente escolar. Podemos explicar 
essa modalidade de educação como 
aquela que proporciona a aprendizagem 
em espaços como museus, 
brinquedotecas ou qualquer outro no 
qual as atividades sejam desenvolvidas 
de forma a promover intencionalmente a 
aquisição de conhecimentos.
Num contexto mundial globalizado, 
com informações acontecendo a cada 
minuto, faz-se necessário repensar e 
A atuação do pedagogo 
envolve muito mais que 
dar aulas.
Fonte: Shutterstock
41
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
reconstruir os espaços de aprendizagem, promovendo um 
processo dinâmico e contínuo que atenda às diferentes realidades 
e necessidades. Pensando dessa forma, entendemos que existe 
e, consequentemente, que se repense a atuação do pedagogo em 
outros espaços, já que cabe a ele estudar os processos educacionais. 
Reduzir a atuação do pedagogo apenas à prática docente 
demonstra falta de conhecimento e fragmentação sobre o conceito 
de pedagogia. Leia, a seguir, um conceito de pedagogia: 
Pedagogia é uma reflexão teórica a partir e sobre as práticas 
educativas. Ela investiga os objetivos sociopolíticos e 
os meios organizativos e metodológicos de viabilizar 
os processos formativos em contextos socioculturais 
específicos. Portanto, reduzir a ação pedagógica à docência 
é produzir um reducionismo conceitual, um estreitamento 
do conceito da pedagogia (LIBÂNEO, 2002, p. 14).
Estamos falando de uma atuação ampla, complexa e que 
se depara com desafios impostos pelas limitações do próprio 
contexto de atuação. Para entender um pouco mais sobre isso, 
vamos identificar a finalidade do curso de pedagogia. 
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o 
Curso de Graduação em Pedagogia (DCNPs)/Resolução CNE/
CP n. 1, de 15 de maio de 2006:
42
LUCIANE WEBER BAIA HEES
Art. 4° O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-
se à formação de professores para exercer funções de 
magistério na educação Infantil e nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, 
na modalidade Normal, de Educação Profissional na 
área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas 
quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. 
Parágrafo único. As atividades docentes também 
compreendem participação na organização e gestão 
de sistemas e instituições de ensino, englobando: 
I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento 
e avaliação de tarefas próprias do setor da educação; 
II - planejamento, execução, coordenação, 
acompanhamento e avaliação de projetos e experiências 
educativas não-escolares; (grifo nosso).
Segundo as diretrizes curriculares nacionais do curso de 
pedagogia (DCNPs), tanto a de 2006 como a de 2015, apontam 
que o egresso (aluno quando conclui o curso) do curso de 
pedagogia deverá estar apto para lidar com os conhecimentos, 
métodos e técnicas, que precisam ser articuladas tanto em 
espaços escolares como não escolares, pois o pedagogo estará 
atuando onde existir práticas educativas que promovam o 
desenvolvimento social e cultural, além do educacional. Caberessaltar que o pedagogo deve realizar constantemente reflexões 
sobre sua prática, observando e analisando os processos e 
43
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
resultados para nortear seus planejamentos, quer sejam escolares 
ou não escolares, vinculados ao ensino público ou privado. 
Bes e Toledo (2020), ao explicarem sobre os espaços 
de atuação do pedagogo, separam em práticas nos espaços 
escolares e não escolares. Nos espaços escolares, ocorrem 
as ações do “magistério da educação básica”, nomenclatura 
instituída pela Resolução n. 2, de 1° de julho de 2015, do 
Ministério da Educação. Nesse espaço, o pedagogo desenvolve 
suas ações em sala de aula, na educação conhecida como 
formal. Todos os demais locais onde o pedagogo possa utilizar 
seus conhecimentos adquiridos na formação específica são 
chamados de espaços de educação não formal. 
As diretrizes curriculares nacionais do curso de pedagogia 
(DCNPs), definidas pela Resolução CNE/ CP Resolução N. 2, De 1 
de julho de 2015, explicam sobre isso. Veja o que fala o artigo:
Art. 13. Os cursos de formação inicial de professores para a 
educação básica em nível superior, em cursos de licenciatura, 
organizados em áreas especializadas, por componente 
curricular ou por campo de conhecimento e/ou interdisciplinar, 
considerando-se a complexidade e multirreferencialidade 
dos estudos que os englobam, bem como a formação para o 
exercício integrado e indissociável da docência na educação 
44
LUCIANE WEBER BAIA HEES
básica, incluindo o ensino e a gestão educacional, e dos 
processos educativos escolares e não escolares, da produção e 
difusão do conhecimento científico, tecnológico e educacional, 
estruturam-se por meio da garantia de base comum nacional 
das orientações curriculares (BRASIL, 2015, p. 11, grifo nosso).
Essa resolução descreve as possibilidades de exercício da 
docência ao pedagogo na educação básica e nos serviços de 
apoio à gestão escolar (cargos de coordenação pedagógica, 
secretarias de educação, supervisão escolar, dentre outros). 
No ensino superior, o pedagogo também pode atuar na 
formação de professores, coordenação de curso e assessorias 
pedagógicas (BES; TOLEDO, 2020).
Entretanto, pretende-se destacar a ampliação do campo do 
pedagogo, quando a Resolução CNE/ CP n. 1, de 15 de maio de 
2006, estabelece que ele poderia atuar tanto na educação formal, 
quanto nos contextos não escolares. 
Esses contextos não escolares, considerados como espaços de 
educação não formal, são múltiplos. Destacamos como exemplos as 
Organizações Não Governamentais, igrejas, sindicatos e partidos, 
comunicação da mídia, as associações de bairro etc. Lembrando que 
na própria escola, considerada educação formal, podemos encontrar 
momentos e espaços onde são oferecidas educação não formal 
(GADOTTI, 2005), o que veremos mais à frente.
45
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Para favorecer a sua compreensão, observe a figura 2. 
Ela organiza e descreve os espaços de atuação do pedagogo, 
explicando o campo de atuação específico.
Figura 2 – Campos de atuação do pedagogo
ESPAÇOS ESCOLARES ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
• Na docência: escolas de educação infantil, 
escolas de ensino fundamental, curso 
normal. 
• Na gestão escolar: instituições da 
educação básica e do ensino superior.
• Na docência: escolas de educação infantil, 
escolas de ensino fundamental, curso 
normal. 
• Na gestão escolar: instituições da 
educação básica e do ensino superior.
• Empresas;
• Organizações sociais: ONGs, igrejas, centros 
de assistência social, fundações, associações 
comunitárias etc.;
• Órgãos públicos relacionados ou não com 
a educação;
• Estabelecimentos prisionais; 
• Hospitais;
• Centros de pesquisa.
Fonte: Bes e Toledo (2020, p. 56)
Os autores Bes e Toledo (2020) descrevem essa figura 
explicando que o pedagogo pode atuar desde organizações 
empresariais até organizações típicas do terceiro setor (associações, 
fundações, cooperativas e outras instituições que visem o bem-
estar social). Também pode atuar em órgãos públicos relacionados 
com a educação e demais esferas da administração pública. 
46
LUCIANE WEBER BAIA HEES
Podemos encontrar pedagogos atuando 
em penitenciárias, presídios e fundações de 
assistência social educativa para menores. 
Outros espaços não formais de atuação do 
pedagogo são em hospitais, onde podem 
atuar em classes hospitalares favorecendo 
a humanização nesse ambiente frio e triste 
quando a criança precisa ficar por longos 
períodos internada. 
Libâneo (2001) também reforça 
que o trabalho do pedagogo não fica 
restrito ao espaço escolar, apontando 
que esse profissional pode atuar em 
diversos espaços como: hospitais, ONGs, 
empresas, museus, meios de comunicação, 
projetos sociais e outros nos quais sejam 
necessários conhecimentos da prática 
pedagógica. Nesse contexto, afirmamos 
que se a educação acontece em espaços 
sociais múltiplos e alcança além dos 
muros da escola, a atuação do pedagogo 
é necessária. “(...) Em todo lugar onde 
houver uma prática educativa com 
caráter de intencionalidade, há aí uma 
Não importa 
o lugar, se 
houver prática 
educativa 
intencional, 
existe uma 
pedagogia.
47
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
pedagogia” (LIBÂNEO, 2001, p. 116). Você concorda com essa 
afirmação? Não importa o lugar, se houver prática educativa 
intencional, existe uma pedagogia.
COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA 
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
Quando falamos em competências necessárias para 
atuação do pedagogo, não podemos deixar de citar os estudos 
de Perrenoud (2000) que propõe dez classes de competências 
necessárias para ensinar. Apesar de citar que não existe 
uma lista definitiva, Perrenoud (2000) define competência 
como habilidade de mobilizar os mais diferentes recursos 
cognitivos para enfrentar as diferentes situações com as quais o 
indivíduo se depara. Neste estudo, sempre que nos referirmos 
a competências, nos apropriaremos desse sentido. E quais são 
essas competências que Perrenoud (2000) dividiu as habilidades 
docentes necessárias para ensinar? São elas: 
• organizar e dirigir situações de aprendizagem; 
• administrar a progressão das aprendizagens; 
• conceber e fazer evoluir os 
dispositivos de diferenciação; 
48
LUCIANE WEBER BAIA HEES
• envolver os alunos em suas 
aprendizagens e em seu trabalho; 
• trabalhar em equipe; 
• participar da administração da escola; 
• informar e envolver os pais; 
• utilizar novas tecnologias; 
• enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; 
• administrar sua própria formação contínua. 
Vamos nos aprofundar um pouquinho em cada uma delas? 
Organizar e dirigir situações de aprendizagem: cabe ao 
professor preparar e articular situações eficazes para que os 
alunos possam aprender. Essas situações devem ser amplas, 
abertas, significativas e reguláveis. Para isso, o professor precisa 
conhecer os conteúdos que ensinará, ter clareza dos objetivos 
que pretende alcançar, trabalhar a partir do que os alunos 
conhecem e têm de bagagem das experiências de sua vida, trazer 
conhecimentos também a partir dos erros e obstáculos que possam 
49
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
surgir no processo de aprendizagem, organizar recursos, fazer 
planejamentos e envolver os alunos nas atividades de pesquisa e 
em projetos de conhecimento (Perrenoud, 2000).
Fazendo uma relação dessas competências com espaços não 
formais de educação, podemos identificar semelhanças? Quando 
falamos que a educação não formal tem como característica 
a intencionalidade de ensinar fora do ambiente escolar, faz-
se necessário criar essas situações com planejamento menos 
sistemático e com significativa flexibilidade. Além disso, é 
necessário considerar os conhecimentos prévios dos alunos e ter 
objetivos claros, visto existir a intenção de ensinar alguma coisa. 
Administrar a progressão das aprendizagens: quando se 
propõe situações de aprendizagens, o professor deve regular a 
progressão com um olhar formativo, questionando “O que meu 
aluno aprendeu? O que não aprendeu?Onde pretendo chegar 
e o que devo fazer para que o aluno alcance o objetivo?” Será 
que podemos citar essa competência como também necessária 
e aplicável numa educação não formal? Claro, certamente que 
sim, pois regular a aprendizagem e saber se o que se pretende 
ensinar está cumprindo sua função ou não é fundamental 
para direcionar o trabalho docente. É como uma balança que 
equilibra o que se ensina com o que se aprende. 
50
LUCIANE WEBER BAIA HEES
Outra classe de competências descritas por Perrenoud 
(2000) é conceber e fazer evoluir os dispositivos de 
diferenciação, dividida nas seguintes capacidades: 
• administrar a heterogeneidade 
no âmbito de uma turma; 
• abrir, ampliar a gestão de classe 
para um espaço mais vasto; 
• fornecer apoio integrado, trabalhar com 
alunos portadores de dificuldades. 
Aqui, identificamos a diversidade, as diferenças culturais 
e os aspectos sociais também presentes de forma marcante em 
espaços sociais não formais de ensino. 
Descrevendo a quarta categoria, que consiste em envolver os 
alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho, nos deparamos 
com conceitos de natureza didática, epistemológica e relacional. 
Destaca-se, aqui, a relevância e a relação com o primeiro pilar 
de Delors (2010) “aprender a aprender”. Estamos falando da 
motivação e do incentivo ao aluno para que ele tenha desejo de 
aprender sempre mais. Esses aspectos acontecem de maneira mais 
natural nos ambientes não formais, pois o próprio espaço já atua 
51
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
como motivador e mola impulsionadora 
para despertar o interesse do aluno. Como 
isso acontece? Se um indivíduo está num 
planetário, assistindo uma sessão altamente 
tecnológica e realística, sentirá muito mais 
envolvido e motivado para aprender sobre 
os planetas, sol e estrelas, do que numa aula 
em que o professor está transmitindo de 
forma oral as mesmas informações dentro 
de uma sala de aula convencional. 
O trabalhar em equipe pode ser 
dividido em três grandes competências: 
“Saber trabalhar eficazmente; saber 
discernir os problemas que requerem 
cooperação; saber perceber, analisar e 
combater resistências e impasses ligados 
à cooperação...” (PERRENOUD, 2000, p. 
82). Falamos no início deste estudo que 
os espaços sociais múltiplos referem-se 
a lugar, cultura e relações sociais. Ou 
seja, é fundamental o trabalho em equipe 
quando falamos de aprendizagens em 
espaços sociais múltiplos, inclusive em 
espaços de educação não formais. 
Trabalho em equipe é 
fundamental em espaços 
formais e não formais de 
educação. 
Fonte: Shutterstock
52
LUCIANE WEBER BAIA HEES
Participar da administração da escola pode ser dividida 
em: elaborar e negociar um projeto da instituição; administrar 
os recursos da escola; coordenar e dirigir uma escola com 
todos os seus parceiros; organizar e fazer evoluir, no âmbito 
da escola, a participação dos alunos. E o sétimo grupo de 
competências que é “informar e envolver os pais”. Essas duas 
classes de competências são mais específicas nos procedimentos 
regulares e sistemáticos da educação formal, mas não impedem 
que possam ser identificadas em algumas circunstâncias de 
educação não formal (PERRENOUD, 2000).
Utilizar novas tecnologias é o oitavo grupo de 
competências docentes. Em qualquer espaço de educação, quer 
seja formal ou não formal, as tecnologias podem contribuir, 
influenciar e favorecer, pois já fazem parte da vida das 
pessoas. Ignorar ou não utilizar para ampliar e promover o 
conhecimento, é fugir ou negar o mundo globalizado do qual 
todos fazemos parte (PERRENOUD, 2000).
Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão: 
preconceitos, violência, discriminações, falta de solidariedade e 
justiça são alguns dos desafios que existem não só nas escolas, 
mas também em espaços não formais de educação. Os espaços 
não formais são ambientes perfeitos para desenvolver projetos e 
ações sociais para combater esses problemas presentes em nossa 
53
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
sociedade. Um exemplo disso são as 
ONGs, onde os pedagogos podem atuar 
desenvolvendo diversos projetos para 
amenizar os impactos desses desafios sociais. 
Administrar sua própria formação 
contínua é o último grupo de competências 
descritas por Philippe Perrenoud. Segundo 
o autor, a formação contínua é o que 
condiciona o desenvolvimento de todas 
as outras formações. Ou seja, precisamos, 
como pedagogos, estar sempre nos 
atualizando, estudando e buscando novos 
conhecimentos. Essa formação contínua 
envolve cinco componentes: refletir sobre 
os desafios da prática, analisar o programa 
pessoal de formação continuamente, 
desenvolver um projeto de formação 
comum com os colegas (equipe, escola), 
envolver-se em tarefas mais amplas para 
adquirir uma visão mais globalizada e, por 
fim, contribuir para a formação de outros. 
Claro que outras competências podem 
ser acrescentadas com a visão de outros 
Tecnologias podem contri-
buir em qualquer modali-
dade de educação. 
Fonte: Shutterstock
54
LUCIANE WEBER BAIA HEES
autores, e mesmo com diferentes necessidades emergentes da 
própria prática. Mas Perrenoud (2000), em sua classificação, amplia 
significativamente nossas discussões quando buscamos descrever o 
papel do pedagogo em espaços não formais de educação. Ressalta-
se que a atuação do pedagogo adquiriu maior relevância nesses 
espaços não formais, pois, segundo Saviani (1985, p. 27), ele “[...] 
possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação 
cultural”. Nesse contexto, passou a se exigir novas competências 
para organizar diferentes processos de educação em ambientes não 
escolares, valorizando a formação cultural. 
E as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de 
Pedagogia (DCNPs)? O que estabelecem como perfil para o 
pedagogo que vai atuar em espaços escolares e não escolares? 
O documento aprovado em julho de 2015, em art. 8°, descreve o 
perfil traçado para o egresso do curso de pedagogia. 
No inciso I das DCNPs (2015), descreve que o pedagogo 
deve atuar com ética, contribuindo para a construção de 
uma sociedade justa, equânime, igualitária. No inciso II, o 
egresso deve compreender o seu papel e contribuir para seu 
desenvolvimento integral dos alunos da educação básica, 
inclusive de crianças que estão com idade diferente por não 
terem tido oportunidades de escolarização na idade regular. 
No inciso III, encontramos que o pedagogo deve trabalhar na 
55
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
promoção da aprendizagem de sujeitos 
em diferentes fases do desenvolvimento 
humano, em diversos níveis e 
modalidades do processo educativo. Aqui, 
podemos entender que inclui a educação 
formal e não formal. 
Os incisos IV e V abordam as questões 
relacionadas às práticas no ensino das 
diferentes disciplinas. Alertando sobre a 
necessidade de ensinar de forma coerente 
com as fases do desenvolvimento e a 
importância do uso da tecnologia no 
processo de ensino. 
Ter uma postura investigativa diante 
de problemas socioculturais e educacionais 
é o que afirma o inciso VII. Isso nos 
lembra a classe de competência descrita 
por Perrenoud, “enfrentar os deveres e os 
dilemas éticos da profissão” que são alguns 
dos desafios que o docente deve estar apto 
para enfrentar. E nas DCNPs (2015), esses 
desafios são descritos como realidades 
complexas que o pedagogo deve contribuir 
Diretrizes Curriculares 
Nacionais para o Curso 
de Pedagogia descreve o 
perfil do egresso.
Fonte: Shutterstock
56
LUCIANE WEBER BAIA HEES
para superar as “exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, 
culturais, religiosas, políticas e outras” (inciso VII). E no inciso 
VIII já cita o respeito à diversidade “ambiental-ecológica, étnico-
racial, de gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões, 
necessidades especiais, escolhas sexuais, entre outras”. 
Outras competências necessárias para o egresso do curso de 
pedagogia são: participar da gestão da escola e nos processos 
de elaboração, implantação e execuçãodo projeto político 
pedagógico descritas nos incisos IX e X. 
E nos incisos XI e XII: 
XI - realizar pesquisas que proporcionem conhecimento sobre 
os estudantes e sua realidade sociocultural, sobre processos 
de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-
ecológicos, sobre propostas curriculares e sobre organização 
do trabalho educativo e práticas pedagógicas, entre outros; 
XII - utilizar instrumentos de pesquisa adequados 
para a construção de conhecimentos pedagógicos 
e científicos, objetivando a reflexão sobre a própria 
prática e a discussão e disseminação desses 
conhecimentos (BRASIL, DCNPs, 2015, p. 8)
57
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Essa realidade sociocultural alcança os espaços sociais 
múltiplos. Nesse caso, o ambiente não escolar é incluído como 
campo de pesquisa e estudo. E isso é importante para formação 
continuada e compreensão da prática. No inciso XII, são 
apontadas as competências para fazer uso de instrumentos para 
construção de conhecimentos pedagógicos e científicos. 
O último inciso do art. 8°, das DCNPs (2015), aponta a 
necessidade do pedagogo ter domínio e conhecimento das 
diretrizes curriculares e outras determinações legais para seu 
exercício profissional.
Podemos ressaltar, ainda no art. 7° das DCNPs (2015), o 
seguinte: 
Art. 7° O(A) egresso(a) da formação inicial e continuada deverá 
possuir um repertório de informações e habilidades composto 
pela pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, resultado 
do projeto pedagógico e do percurso formativo vivenciado cuja 
consolidação virá do seu exercício profissional, fundamentado 
em princípios de interdisciplinaridade, contextualização, 
democratização, pertinência e relevância social, ética e 
sensibilidade afetiva e estética, de modo a lhe permitir: 
58
LUCIANE WEBER BAIA HEES
(...) Parágrafo único. O PPC, em articulação com o 
PPI e o PDI, deve abranger diferentes características e 
dimensões da iniciação à docência, entre as quais: 
(...) III - planejamento e execução de atividades nos 
espaços formativos (instituições de educação básica e de 
educação superior, agregando outros ambientes culturais, 
científicos e tecnológicos, físicos e virtuais que ampliem 
as oportunidades de construção de conhecimento), 
desenvolvidas em níveis crescentes de complexidade em 
direção à autonomia do estudante em formação; (grifo nosso).
Nesta descrição do perfil do pedagogo, observamos a inserção 
do termo “outros ambientes culturais” que contempla espaços 
não formais onde o egresso deve estar habilitado e preparado 
para atuar. Vimos, também, que o pedagogo deve estar apto para 
trabalhar com sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento 
humano, assim como em diversos níveis e modalidades. Isso 
implica em conhecer e saber lidar com diferentes necessidades 
e processos de aprendizagens nas mais diversas etapas do 
desenvolvimento humano em espaços escolares e não escolares. 
Podemos concluir afirmando que o pedagogo é um 
profissional multifacetado e qualificado para atuar em espaços 
escolares e não escolares, atuando de forma diversificada. 
Transpondo o ambiente escolar, inserido em empresas, 
hospitais, ONGs, associações, museus, brinquedotecas, o 
59
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
pedagogo deve estar preparado para mobilizar diferentes áreas 
do conhecimento, em diferentes espaços e desenvolvendo uma 
educação com qualidade social.
AGORA É COM VOCÊ
Compare as dez grandes classes de competências de Perrenoud (2000) 
com o perfil do egresso estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais 
para o Curso de pedagogia aprovado em Resolução N. 2, de 1 de julho DE 
2015, no art. 8o, e identifique se existem relações. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudamos sobre os espaços sociais múltiplos e como as 
inter-relações entre os indivíduos nesses espaços envolvem 
encontros com a cultura, provocando transformações na 
aprendizagem. Nesse contexto, deparamo-nos com as 
modalidades de educação que podem ocorrer em diversos 
espaços múltiplos sociais e que são classificados em espaços 
formais, informais e não formais da educação, promovendo 
oportunidades para o indivíduo ter experiências que irão 
favorecer sua formação e a construção da sua identidade.
A modalidade de educação informal acontece junto 
à família e amigos, em que os processos de ensino e 
60
LUCIANE WEBER BAIA HEES
aprendizagem são relacionados com a cultura e valores dos 
grupos que o indivíduo frequenta e pertence. A educação 
formal é a sistemática e tem seus conteúdos organizados e 
transmitidos nos ambientes escolares. A modalidade não formal 
acontece em todos os demais espaços onde ocorrem práticas 
educativas com intencionalidade, mas com flexibilidade de 
tempo e espaços. Esses ambientes são inclusivos, pois atendem 
os diferentes ritmos e interesses individuais. 
Concluímos que os quatro pilares da educação, aprender 
a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a 
ser, são fundamentais para uma aprendizagem significativa e 
podem ser praticados tanto no espaço formal, como em espaço 
não formal de educação. 
O papel e atuação do pedagogo sofreram significativa 
ampliação, alcançando espaços não formais de educação, 
podendo atuar além de escolas, em organizações empresariais, 
associações, fundações, cooperativas, órgãos públicos, 
penitenciárias, presídios, fundações de assistência social 
educativa para menores e hospitais. 
Nossos objetivos são que, ao terminar a leitura desses 
itens, você seja capaz de analisar quão complexa é a ação 
docente em ambientes não escolares visando a regulação da 
61
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
aprendizagem diante das diferentes abordagens metodológicas, 
compreenda os pilares da educação e seus impactos na ação 
do pedagogo, inteirando-se da dimensão desse conceito em 
espaços não escolares, e possa valorizar o papel do pedagogo 
nos diferentes campos de atuação como processo para viabilizar 
a aprendizagem significativa nos múltiplos espaços sociais de 
atuação.
RESUMO
Nesta unidade, aprendemos que:
• a atuação do pedagogo ganhou espaço com o 
passar dos anos, expandindo do ambiente da 
escola para espaços sociais múltiplos;
• a educação do ser humano perpassa por três modalidades: 
a formal, que acontece na escola, onde os conteúdos 
são previamente selecionados e organizados, o ensino 
é sistemático e obrigatório; a não formal, que ocorre 
com mais flexibilidade de tempo, ritmo e acontece em 
diversos espaços sociais; e a informal, que emerge ao 
longo da vida do indivíduo, a família exerce papel central 
e que tem fortes características culturais e de valores do 
62
LUCIANE WEBER BAIA HEES
grupo que o indivíduo pertence e frequenta. Essas três 
modalidades de educação, apesar de distintas em suas 
características e procedimentos, complementam-se; 
• os quatro pilares da educação da Comissão Internacional 
sobre Educação para o século XXI são fundamentais 
para promover uma educação com qualidade social, e 
podem ser aplicados tanto na educação formal como na 
educação não formal. Esses quatro pilares são: aprender a 
conhecer (que se refere ao desejo de descobrir, de saber), 
aprender a fazer (colocar em prática os conhecimentos 
adquiridos), aprender a conviver com os outros (respeitar a 
diversidade e colocar-se no lugar do outro) e o aprender a 
ser (desenvolvimento da totalidade de quem a pessoa é);
• o pedagogo deve ser um profissional multifacetado e 
qualificado para atuar em espaços escolares e não escolares. 
Para isso, ele deve desenvolver diferentes habilidades e 
competências que são escritas nas diretrizes curriculares para 
o curso de pedagogia. Entre essas características, destaca-
se que o pedagogo deve atuar com ética e compromisso 
para a construção de uma sociedade justa, equânime 
e igualitária. Ele deve também trabalhar em espaços 
escolares e não-escolares, promovendo a aprendizagem 
em diferentes fases do desenvolvimento humano, em 
63
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
diversos níveise modalidades, além de participar da gestão 
das instituições planejando, executando, acompanhando 
e avaliando projetos e programas educacionais.
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