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Nocoes de Geografia Fisica

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Manual de Curso de Licenciatura em Ensino de História 
HO167 – NOÇÕES DE 
GEOGRAFIA FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância 
CED 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância 
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no 
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de 
Moçambique  Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a 
processos judiciais. 
 
 
 
Elaborado Por: dra. Luísa Jemuce, 
Licenciado em ensino de Geografia pela UP- Beira, 
Colaboradora do Curso de Licenciatura em ensino de História no Centro de Ensino à 
Distância (CED) da Universidade Católica de Moçambique – UCM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância-CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa· 
Moçambique-Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
 
 
Fax: 23 32 64 06 
E-mail: ced @ ucm.ac.mz 
Website: www. ucm.ac.mz 
 
 
Agradecimentos 
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual, 
dra. Luisa Jemuce, gostaria de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na 
elaborção deste manual: 
 
Pela maquetização dra Georgina Nicolau. 
Pela Coordenação e edição dra Georgina Nicolau 
Pela Revisao Final dr. Luis Dovelo Cessar 
 
 
 
 
 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA i 
 
Índice 
Visão geral 1 
Benvindo a NOÇÕES DE GEOGRAFIA FISICA ......................................................... 1 
Introdução à Pesquisa .................................................................................................... 1 
Objectivos da cadeira .................................................................................................... 2 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 3 
Como está estruturado este módulo................................................................................ 3 
Ícones de actividade ...................................................................................................... 4 
Habilidades de estudo .................................................................................................... 4 
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 6 
Avaliação ...................................................................................................................... 6 
 
 
Unidade I 9 
Introdução ao Estudo da Geografia ............................................................................ 9 
Introdução ............................................................................................................ 9 
1.1. Noção de Geografia ....................................................................................... 9 
Sumário ....................................................................................................................... 12 
Exercícios.................................................................................................................... 12 
Unidade II 13 
Divisao da geografia .................................................................................................. 13 
Evolução da ciência Geografica ................................................................................ 13 
Tarefas da Geografia ................................................................................................. 13 
Introdução .......................................................................................................... 13 
2. Divisao da Geografia ...................................................................................... 13 
Sumário ....................................................................................................................... 18 
Exercícios.................................................................................................................... 18 
Unidade III 19 
Noção do Universo ..................................................................................................... 19 
Estrutura do Universo e Teorias da sua Origem ...................................................... 19 
Introdução .......................................................................................................... 19 
Sumário ....................................................................................................................... 25 
Exercícios.................................................................................................................... 25 
Unidade IV 26 
Sistema Solar ............................................................................................................. 26 
Conceito, características e composiçao. .................................................................... 26 
Esfera celeste e seus elementos, conteslações e sua importância na orientação ...... 26 
Introdução .......................................................................................................... 26 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA ii 
 
Sumário ....................................................................................................................... 32 
Exercícios.................................................................................................................... 33 
Unidade V 33 
Formas e dimensões da terra .................................................................................... 34 
Movimentos da terra ( rotação e translação), suas características e consequências34 
Introdução .......................................................................................................... 34 
Sumário ....................................................................................................................... 37 
Exercícios.................................................................................................................... 38 
Unidade VI 39 
Equinócios e Solstícios ............................................................................................... 39 
Estações do ano .......................................................................................................... 39 
Introdução .......................................................................................................... 39 
Sumário ....................................................................................................................... 41 
Exercícios.................................................................................................................... 42 
Unidade VII 43 
Climatogeografia ....................................................................................................... 43 
Tempo e Clima........................................................................................................... 43 
Atmosfera.................................................................................................................... 43 
Estrutura Vertical da Atmosfera e sua Composição ...................................................... 43 
Introdução .......................................................................................................... 43 
Sumário ....................................................................................................................... 51 
Exercícios....................................................................................................................51 
Unidade VIII 53 
Elementos do Clima ................................................................................................... 53 
Factores do Clima ...................................................................................................... 53 
Introdução .......................................................................................................... 53 
Sumário ....................................................................................................................... 63 
Exercícios.................................................................................................................... 64 
Unidade IX 65 
Centros Barométricos................................................................................................ 65 
Gráficos Termopluviométricos ................................................................................. 65 
Introdução ................................................................................................................... 65 
Sumário ....................................................................................................................... 69 
Exercícios.................................................................................................................... 69 
Unidade X 70 
Tempo e clima de Moçambique ............................................................................... 70 
Introdução ................................................................................................................... 70 
Sumário .............................................................................................................. 91 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA iii 
 
Exercícios.................................................................................................................... 91 
Unidade XI 92 
Geologia e Geomorfologia: 92 
Estrutura Interna da Terra 92 
Rochas e Minerais 92 
Tipos de Rochas 92 
Introdução ................................................................................................................... 92 
Sumario: ............................................................................................................. 97 
Exercícios.................................................................................................................... 97 
Unidade XII 98 
Relevo: agentes da geodinâmica da terra (internos e externos); Principais formas de 
relevo terrestre. 98 
Introdução ................................................................................................................... 98 
 ......................................................................................................................... 123 
Sumario ..................................................................................................................... 123 
Exercícios.................................................................................................................. 124 
Unidade XIII 125 
O relevo de Moçambique ........................................................................................ 125 
Introdução ................................................................................................................. 125 
Sumário ..................................................................................................................... 129 
Exercícios.................................................................................................................. 129 
Unidade XIV 130 
Hidrografia .............................................................................................................. 130 
Oceanos, Mares, Rios e Lagos ................................................................................. 130 
Ciclo hidrológico ...................................................................................................... 130 
Introdução ................................................................................................................. 130 
Sumário ..................................................................................................................... 162 
Exercícios.................................................................................................................. 162 
Unidade XV 164 
Principais rios de Moçambique 164 
Introdução ........................................................................................................ 164 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA iv 
 
XV.1.Hidrografia de Moçambique 164 
XV.1.1. 2. Principais Bacias Hidrográficas de Moçambique 166 
Principais bacias hidrográficas de Moçambique 168 
XV.1.1. 2. Potencial Hidroeléctrico de Moçambique: 169 
XV.2. Importância e necessidade da conservação de águas 172 
Sumário ..................................................................................................................... 173 
Exercícios.................................................................................................................. 173 
Unidade XVI 175 
Pedogeografia 175 
Conceito, processos e factores de formação dos solos. 175 
Classificação dos solos 175 
Introdução ........................................................................................................ 175 
XVI.1. Pedogeografia 175 
XVI.2. Processos e factores de formação dos solos 177 
XVI.3. Classificação dos solos. 181 
Sumário ..................................................................................................................... 184 
Exercícios.................................................................................................................. 184 
Unidade XVII 185 
Os solos de Moçambique: Importância, conservação e defesa dos solos 185 
Introdução ........................................................................................................ 185 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA v 
 
XVII.1. Os solos de Moçambique 185 
XVII. 2. Importância dos solos; conservação e defesa dos solos 187 
Unidade XVIII 190 
Biogeografia – conceito; factores da distribuição geográfica da fauna e vegetação. 190 
Introdução ............................................................................................................... 190 
XVIII.1. Biogeografia 190 
XVIII.2. Factores da distribuição geográfica da fauna e vegetação 192 
Sumário ..................................................................................................................... 193 
Exercícios.................................................................................................................. 194 
Unidade XIX 195 
Tipos de vegetação e suas características 195 
XIX.1. Tipos de vegetação e suas características 195 
XIX.2. Importância da protecção e conservação dos recursos biológicos. 207 
Sumário ..................................................................................................................... 209 
Exercícios.................................................................................................................. 209 
Unidade XX 210 
Cartografia, Topografia e Geodesia (conceito) 210 
Objecto de Estudo da Cartografia 210 
Ramos da Cartografia e Topografia 210 
XX.1. Cartografia, Topografia e Geodesia 210 
XX.2. Objecto de Estudo da Cartografia 211 
XX.3. Ramos da cartografia e Topografia: 213 
Sumário ..................................................................................................................... 214 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA vi 
 
Exercícios.................................................................................................................. 214 
Unidade XXI 215 
Significado da Cartografia e Topografia para os professores e estudantes no estudo da 
Geografia; 215 
História Sumária da Cartografia. 215 
XXI.1. Significado da Cartografia e Topografia para os professores e estudantes no estudo da 
Geografia: 215 
XXI.2. História Sumáriada Cartografia: 216 
Sumário ..................................................................................................................... 218 
Exercícios.................................................................................................................. 218 
Unidade XXII 219 
Mapas Geográficos – conceitos básicos 219 
Exigência que os mapas devem obedecer 219 
Classificação dos mapas geográficos 219 
Diferença entre mapas e plantas 219 
Escalas e seus diferentes tipos 219 
Coordenadas geográficas 219 
Importância dos mapas geográficos para a prática social. 219 
XXII.1. Mapas Geográficos 220 
XXII.2. Exigência que os mapas devem obedecer 220 
XXII.3. Classificação dos mapas geográficos 220 
XXII.4. Diferença entre mapas e plantas 221 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA vii 
 
XXII.5. Escalas e seus diferentes tipos 221 
XXII.6. Coordenadas geográficas: ...................................................................................... 223 
Sumário ..................................................................................................................... 225 
Exercícios.................................................................................................................. 225 
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 226 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 1 
 
Visão geral 
Bem vindo 
 A Noções De Geografia Fisica 
 Introdução à Pesquisa 
As aulas de noções de geografia fisica, visam preparar o professor em 
formação para o seu objectivo final após o curso (leccionação). Nelas, 
apela-se aos professores a terem máxima atenção na abordagem dos 
conteúdos porque, dada a natureza da História (enquanto as acções dos 
homens no tempo e espaço), exige mudanças constantes consoante as 
mudanças sociais. Contudo, a natureza dos acontecimentos continua a 
mesma, pois não é vontade humana mudá-los. O que muda é a forma de 
abordagem. Por isso, neste programa valoriza-se o uso de métodos 
activos, apelando-se, ao mesmo tempo, ao abandono dos métodos 
tradicionais baseados na exposição. 
Também o presente programa foi concebido de modo a fornecer aos 
docentes em formação um conjunto de instrumentos teóricos e linha de 
orientação para a prática docente, tendo em conta a natureza especifica da 
História e a realidade de Moçambique, ou seja, pretende-se articular o 
ensino teórico com a futura prática profissional dos docentes, 
privilegiando ainda a relação ensino-pesquisa. 
Na sua função didáctica o professor de geografia é confrontado com 
diversos problemas decorrentes da especificidade da ciência que 
transmite e da forma como o seu ensino se pode articular com os 
contributos provenientes das ciências da Educação. 
Hoje, sabe-se muito mais sobre o desenvolvimento psicológico dos 
estudantes que são confiados aos professores, e as novas correntes 
pedagógicas têm chamado à atenção para a existência de novos modelos 
de ensino, e a geografia tem experimentado consideráveis avanços 
teóricos e metodológicos. Por isso, é importante definir e concretizar os 
pontos de encontro entre duas linhas de evolução, ou seja os problemas 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 2 
 
que se põem ao professor de geografia para que na prática docente possa 
efectuar a transmissão de conteúdos científicos correctos e actualizados, 
duma forma adequada ao desenvolvimento psicológico dos alunos e 
tendo em conta os novos contributos pedagógicos. 
 
Objectivos da cadeira 
A mesma visa a orientação cientificamente conduzida do ensino de 
Geografia, numa perspectiva multidimensional onde se entrecruzam as 
dimensões humanistas, técnica e politico-social. 
 
Pretende-se pois, no fim do estudo da cadeira: 
o Introdução a pesquisa, 
o Metodologia e Epistemologia da Geografia, 
o Definição dos Objectivos, 
 que o estudante, entre outros objectivos, seja capaz de: 
 
Objectivos 
 
 Conhecer os novos conceitos de nocoes de geografia fisica; 
 Conhecer o vocabulário de análise geografica; 
 Caracterizar e relacionar a evolução de elaboração do 
conhecimento geografico com o desenvolvimento do ensino da 
História; 
 Analisar criticamente os programas, manuais e outros materiais 
de ensino de geografia de diversos graus de ensino; 
 Problematizar a função de definição dos objectivos no ensino; 
 Planificar o processo de ensino-aprendizagem; 
 Avaliar a eficácia das diversas estratégias de ensino-
aprendizagem; 
 Desenvolver a competência didáctica nos seguintes níveis: 
 Capacidade para a auto-reflexão; 
 Habilidades sociais e comunicativas; 
 Competências para a planificação, leccionação e avaliação; 
 Habilidades analíticas e de organização; 
 Desenvolver o gosto pelo estudo e pesquisa na perspectiva de 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 3 
 
aprendizagem ao longo da vida; 
 Julgar o papel formativo da Geografia em função das mutações 
verificadas no conceito e metodologia desta ciência; 
 Desenvolver uma alta competência profissional; 
 Desenvolver o espírito de patriotismo, solidariedade e ajuda 
mútua; 
 Contribuir para a conservação do património cultural nacional. 
 
 
Quem deveria estudar este 
módulo 
Este Módulo foi concebido para todos aqueles estudantes que queiram ser 
professores da disciplina de História, que estão a frequentar o curso de 
Licenciatura em Ensino de História, do Centro de Ensino a Distancia. 
Estendese a todos que queiram consolidar os seus conhecimentos sobre 
a Noçao de Geografia fisica. 
 
Como está estruturado este 
módulo 
Todos os módulos dos cursos produzidos pela Universidade Católica de 
Moçambique - Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados 
da seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. 
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de 
começar o seu estudo. 
Conteúdo do curso / módulo 
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade ncluirá uma 
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo 
actividades de aprendizagem, um summary da unidade e uma ou mais 
actividades para auto-avaliação. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 4 
 
Outros recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista 
de recursos adicionais para você explorer. Estes recursos podem incluir 
livros, artigos ou sites na internet. 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação 
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de cada 
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para 
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes 
elementos encontram-se no final do modulo. 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários 
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários 
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / modulo. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das 
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo 
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma 
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Acerca dos ícones 
Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por 
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África 
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia. 
 
Habilidades de estudo 
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores 
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os 
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é 
importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que 
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos:Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente 
de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de 
tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com 
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo 
de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem 
interrupção? 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 5 
 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da 
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já 
domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria 
do que saber pouco sobre muitas partes. 
 
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque, 
devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a 
ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda 
a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua 
agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar 
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o 
utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e 
a outras actividades. 
 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A 
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de 
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode 
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode 
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados 
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a 
seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
desconhece. 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o 
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, 
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de 
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, 
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, 
contacteo pessoalmente. 
Os tutores tem por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o 
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, 
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. 
 
Todos os tutores tem por obrigação facilitar a interacção, em caso de 
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase 
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza 
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. 
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de 
expediente. 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 6 
 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem 
a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode 
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras. 
 
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque 
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiemse mutuamente, reflictam 
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu 
próprio saber e desenvolva suas competências. 
 
Tarefas (avaliação e auto-
avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do 
período presencial. 
 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. 
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser 
dirigidos ao tutor\docentes. 
 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os 
mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do 
autor. 
 
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) 
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, 
humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem marcar a 
realização dos trabalhos. 
 
Avaliação 
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o 
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com 
base no chamado regulamento de avaliação. 
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual, 
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira. 
 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões 
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 7 
 
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a 
cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar 3 (três) trabalhos, 2 (dois) teste e 
1 (um) exame. 
 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas como 
ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, 
a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das 
referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. 
consulteos. 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 9 
 
Unidade I 
Introdução ao Estudo da Geografia 
Introdução 
Na nossa primeira unidade, iremos abordar o conceito da 
Geografia, a Geografia como sistema de ciências; seu objecto e 
objectivos. 
A geografia é uma ciência com uma história muito antiga, com um 
objecto e métodos próprios para o se estudo. 
Ao completar esta unidade / lição, você deve ser capaz de: 
 
Objectivos 
 
 Definir geografia; 
 Destacar seu objecto e objectivos. 
 
1.1. Noção de Geografia 
Etimologicamente, a palavra compõe-se de GEO-Terra e 
GRAPHIA – Descrição, isto é, descrição da Terra. Seria, porém, 
insuficiente a sua tarefa se se fosse pela mera descrição. Para 
além de descrever o que capta, a geografia procura compreender 
e, para isso, tem de analisar, interpretar, concluir. Mas, 
compreender o quê? O espaço. 
O espaço é um produto social, tem dimensões que devem ser 
cartografados, é palco de múltiplas actividades produtivas que os 
homens nele desenvolvem e que resultam na transformação 
progressiva e diversificada da camada mais superficial da crusta. 
Por isso, a geografia debruça-se sobre um leque imenso de 
temas, buscando as causas e procurando as soluções para 
múltiplos problemas que afectam, gravemente, a sociedade 
humana: população, recursos naturais, actividades humanas, etc. 
Assim, podemos concluir que a Geografia estuda ao mesmo 
tempo, os elementos físicos, biológicos e humanos e dada a 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 10 
 
complexidade de tais fenómenos, bem como o seu carácter 
sempre dinâmico, uma conceituação precisa do seu objecto de 
estudo é sempre problemática. 
Sendo que o nosso tema, é noções de Geografia Física, podemos 
definir a Geografia Física como sendo ciência que estuda os 
fenómenos físicos e biológicos da superfície terrestre; procura 
compreende-los, através de análises, interpretações e tira 
conclusões para propor soluções. 
I.2. Objecto e objectivos da geografia física 
O objecto de estudo da Geografia Física é fenómenos físicos e 
biológicos que ocorrem na Terra e tem por objectivo, 
compreender, analisar e interpretar esses fenómenos, para tirar as 
conclusões para formulação de soluções de problemas. 
I.3. Geografia como sistema de ciência: 
Foi graças ao trabalho de notáveis cientistasda chamada escola 
alemã, como Alexandre von Humboldt (1769-1859), Karl Ritter 
(1779-1859) e mais tarde de Frederico Ratzel (1844-1904), que a 
geografia adquiriu seus princípios, tornando-se assim uma ciência 
explicativa e não meramente descritiva. 
I.3.1. Princípios da Geografia 
o carácter científico da geografia decorre da existência e 
aplicabilidade de seus princípios, os quais constituem a sua 
própria metodologia. 
 Princípio de Extensão é o princípio segundo o qual, o 
geógrafo deve ao estudar um facto ou área, proceder a sua 
localização e delimitação, utilizando para isso, os recursos da 
cartografia (Frederico Ratzel); 
 Princípio de Analogia ou Geografia Geral é o princípio 
segundo o qual, depois de delimitada e observada a área, 
deve o geógrafo compará-la com outras áreas buscando as 
semelhanças e diferenças existentes (Karl Ritter e Vidal de La 
Blache); 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 11 
 
 Princípio de Causalidade é o princípio segundo o qual, deve 
o geógrafo, explicar as causas do facto ou factos observados 
(Alexandre von Humboldt); 
 Princípio de Conexão ou interacção é o princípio segundo o 
qual, deve o geógrafo, os fenómenos físicos e humanos, 
nunca agem isoladamente (Jean Brunhes); 
 Princípio de Actividade é o princípio segundo o qual, a 
paisagem possui um carácter sempre dinâmico (Jean 
Brunhes). 
I.3.2. Concepções da Geografia 
Procurando explicar a relação homem-natureza, duas importantes 
concepções foram elaboradas: a primeira delas surgiu no final do 
século XIX, através da escola alemã com Frederico Ratzel e a 
segunda, no início do século XX, através da escola francesa, por 
intermédio de Paul Vidal de La Blache. Surgiu assim, o 
Determinismo Geográfico e Possibilismo Geográfico. 
Determinismo Geográfico, é uma concepção geográfica exposta 
por Frederico Ratzel (1844-1904), através de sua obra 
Antropogeografia, onde ele considera que o meio natural exerce 
uma acção dominadora sobre o homem, colocando-o como um 
ser passivo perante a natureza; para ele, é a natureza quem 
determina as condições da vida do homem. O homem é um ser 
submisso à natureza. 
Possibilismo Geográfico é uma concepção geográfica exposta 
por paul Vidal de La Blache (1845-1918), onde o autor defende a 
ideia de que o homem 
E um elemento activo do meio natural. Para ele, o homem é capaz 
de reagir contra determinadas influências do meio, modificando-o 
e adaptando-o às suas necessidades; para La Blache, o homem é 
um ser activo na natureza, sendo capaz de adaptá-la às suas 
necessidades. O homem modifica o meio. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 12 
 
Sumário 
Na unidade que acabamos de ver, falamos do conceito da 
geografia física, seu objecto de estudo e objectivos; princípios de 
geografia e concepções de geografia, de acordo com vários 
autores. 
A geografia como qualquer outra ciência utiliza vários métodos 
para explicar vários fenómenos geográficos. Os principais 
métodos que a geografia emprega são: Observação, Histórico 
Cartografico, Comparativo, Estatistíco, Análitico, Sintético, 
Indutivo, Dedutivo. 
A aplicação de cada um destes métodos depende de tipos de 
investigação que se fizer. Os diferentes métodos existentes foram 
evoluindo a medida que as ciências também se desenvolviam. 
Assim podemos destinguir métodos tradicionais como é o caso da 
observação e os modernos, neste âmbito ou Estaíistico. 
Exercícios 
1-Defina Geografia Física. 
2-Identifica o seu objecto de estudos e seus objectivos. 
3-Destaca os princípios da Geografia. 
4-Distinga determinismo geográfico do possibilismo 
geográfico e diga, qual que está mais correcta e explica 
porquê? 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
 
 Resolver os exercícios indicados. 
 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 13 
 
Unidade II 
Divisão da geografia 
Evolução da ciência Geografica 
Tarefas da Geografia 
Introdução 
Nesta unidade abordaremos sobre a divisão da geografia, sua 
evolução e suas tarefas. 
O Estudo da Geografia como ciência é mais compreensível 
quando ela se enquadra num estudo de uma ciência específica 
que se encontra subdividida, nomeadamente a Geografia Física 
que estuda os aspectos naturais e a Geografia Económica que se 
debruça sobre aspectos da Sociedade. 
Ao completar esta unidade / lição, você deve ser capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 Identificar as divisões da Geografia; 
 Destacar as fases da evolução da ciência geográfica; 
 Destacar as tarefas da geografia. 
 
II.1. Divisão da Geografia 
2.1. A geografia estuda duas ordens de factores: ao naturais 
(físicos e biológicos) e os humanos, resultando daí a sua divisão 
em dois grandes ramos: a Geografia Física e a Geografia 
Económica. 
A Geografia Física também subdivide – se em Astronomia 
(Universo), que estuda a Terra e os seus movimentos; 
Climatologia que estuda os climas; Hidrografia que estuda as 
massa líquidas; Geomorfologia que estuda as formas do relevo; 
Biogeografia que estuda a distribuição geográfica dos seres vivos. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 14 
 
A Geografia Económica subdivide-se em Geografia da População; 
Geografia Agrária; Geografia da Indústria; Geografia Urbana; 
Geografia dos Transportes 
 
 
Fig. 1 Divisão da Geografia 
II.2. Evolução da ciência geográfica 
A geografia, como todo o conhecimento, evoluiu reflectivo a 
própria evolução da sociedade. Assim podemos distinguir as fases 
da evolução da ciência geográfica: 
 Fase da antiguidade dos gregos ao século V d. C.: nesta 
fase a geografia era pensada sob forma descritiva, isto é, 
regional que insistia nas características da paisagem, nas 
particularidades dos habitantes e respectivas civilizações e 
sob forma matemática, que consistia na localização precisa 
dos lugares segundo sistemas elaborados, à confecção de 
cartas e à busca de explicações para a influência que a forma 
da Terra exercia nos diferentes climas. 
 Fase da época medieval (do século V.d.C ao século XIV): 
corresponde a época em que a geografia perdeu muito a 
cientificidade, o paradigma científico legado pelos gregos, foi 
substituído pelo paradigma dos monges; a bíblia passou a dar 
GEOGRAFIA 
Geografia 
física 
Geografia 
Económica 
Geografia 
Regional 
Geografia 
Geral 
Geografia 
Geral 
Geografia 
Regional 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 15 
 
resposta às interrogações dos homens; a representação da 
Terra tomou a forma discoidal, isto é, dentro de um disco 
circular apareciam os continentes do Velho Mundo-Europa, 
África e Ásia, divididos por um mar em forma de Te rodeados 
pelo oceano. Eram os chamados mapas de T em O, onde 
Jerusalém, o principal pólo da cristandade, ocupava o centro. 
 Fase da época moderna (do século XV ao século XVIII: é a 
época em que todo o mundo é conhecido, graças às grandes 
descobertas marítimas e, depois devido às grandes 
explorações do interior dos continentes. As cartas-portulanos 
substituem os mapas antigos, mostrando com bastante 
exactidão os contornos das terras encontradas. Foram criados 
novos sistemas de projecção, como a cilíndrica de Mercator 
(1570). Apareceram os primeiros atlas com um rigor científico 
crescente, surgiram pela primeira vez, os planisférios ou mapa 
mundi, com traçado dos rumos dos ventos, muito importantes 
para a navegação. Em suma, esta é a chamada da evolução 
cartográfica. 
 Fase da época contemporânea (século XVII a XIX): é a fase 
em que se destacam Alexandre von Humboldt e Karl Ritter 
no conceito da geografia moderna, é quando surgem os 
princípios da geografia. Alexandre von Humboldt defendeu o 
princípio de causalidade e o princípio da geografia geral, ele, 
reagindo contra o carácter estático do sistema científico do 
século XVIII, (segundo este sistema, era possível uma 
classificação dos seres vivos, que se manteriam numa 
proporção inalterável), Humboldt queria demonstrar 
experimentalmente a harmonia universalda natureza, através 
da nova ciência, a física do globo. E foi com este firme 
propósito que ele desenvolveu a sua actividade, quer como 
viajante, quer como escritor, em que utilizou métodos 
científicos. Entre os métodos utilizados, sobressai o método 
comparativo, um método geográfico por excelência, ao mesmo 
tempo que tinha em consideração a perspectiva histórica no 
estudo dos fenómenos sobre que se debruçava. Empregando 
um método empírico e indutivo, Humboldt localizava e 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 16 
 
comparava os numerosos dados que ele próprio recolhia ao 
longo das viagens que empreendia (em 17779 à América; de 
1804 a 1826 a Paris; em 1829 à Rússia). A maioria destes 
dados respeitava a fenómenos físicos, embora não se 
alheasse totalmente dos aspectos humanos. O facto de ser a 
natureza o que mais o cativava contribuiu ara que, 
posteriormente ao seu desaparecimento, muitos geógrafos 
vissem nele o grande impulsionador da geografia física. 
Considerando a paisagem como resultado da conexão de 
fenómenos naturais, Humboldt não se detinha no estudo de casos 
individuais mas, pelo contrário, perseguia os factos gerais. Deste 
modo, aplicava os dois princípios que formulara, o da causalidade 
e o da geografia geral. Já Karl Ritter, foi quem sistematizou as 
ideias de Humboldt e as aplicou na Geografia. Com uma formação 
inicial filosófica e histórica, a sua dedicação ao ensino da 
geografia (durante anos ocupou a cátedra desta disciplina na 
Universidade de Berlim) permite que se considere Ritter como 
geógrafo. Influenciado pelas ideias pedagógicas de Rousseau e 
Pestalozzi, procurou estudar as relações entre a superfície 
terrestre e a actividade humana. Ao contrário de Humboldt, que 
centrava a sua atenção na Terra e nos fenómenos que nela 
ocorrem, Ritter colocou a tónica bno estudo do homem, passando 
a Terra a ser objecto de uma importância secundária. Esta a razão 
pela qual muitos geógrafos vêem em Ritter o iniciador de 
Geografia Humana. Com uma educação cristã fervorosa, Ritter, 
tal como Humboldt, sujeito às influências do idealismo e do 
romantismo alemão, concebia o Mundo como organizado segundo 
um princípio de finalidade e considerava a superfície terrestre – 
Todo Geográfico, como inserida no grande Todo da natureza, a 
que correspondia uma harmonia completa derivada do equilíbrio e 
coesão das partes. Segundo ele, à geografia competia estudar as 
relações entre o homem e a natureza, no sentido da reconstrução 
do Todo. Para isso, deveria utilizar, em primeiro lugar, a 
observação e, depois, progredindo do mais simples ao mais 
complexo, chegaria, por comparação, `a formulação de leis gerais. 
Esta procura de leis e as conclusões a que chegou no estudo das 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 17 
 
formas terrestres e respectivas proporções mostra, em Ritter, 
tendências deterministas, nomeadamente quando se refere ao 
destino dos povos e da humanidade. Este determinismo era, 
também, uma consequência da perspectiva teológica defendida 
por Ritter segundo a qual a explicação dos factos se deriva basear 
em causas finais. Isto conduzia à concepção de uma submissão 
fatalista do homem às leis da natureza, pelo que defendia a 
existência de leis cósmicas superiores responsáveis pela 
disposição dos continentes e respectivas áreas ocupadas, bem 
como pelo destino dos povos que neles habitavam. Porém, pode 
se afirmar que Ritter não era um determinista radical, pois chegou 
a especular sobre a ideia da transformação do espaço físico em 
consequência do desenvolvimento científico, social e técnico. Esta 
perspectiva da mutação do espaço e das relações nele existentes, 
seria a característica que distinguira da Geografia das outras 
ciências que também estudam o espaço. 
Pode-se, concluir assim, que Humboldt e Ritter foram 
modeladores da Geografia moderna; da ciência descritiva e 
caótica que fora até ao seu tempo, tornaram-na ou antes, criaram-
lhe os fundamentos para ser uma ciência sistemática, deixando 
claro o caminho que a geografia deveria seguir para se converter 
em verdadeira ciência, ou seja, perseguir a recolha de dados 
através da observação, a sistematização desses dados segundo o 
princípio da causalidade e a formulação de leis gerais. No entanto, 
este valioso contributo não foi suficiente para levar a Geografia a 
ascender à categoria de ciência autónoma. Humboldt e Ritter 
foram, no seu tempo, figuras isoladas cujas obras não 
encontraram eco imediato na Geografia da época. Isso só viria a 
suceder cerca de 1870, com a institucionalização da Geografia. 
II.3. Tarefas da Geografia 
A geografia tem como tarefa compreender os fenómenos que 
ocorrem na superfície terrestre através de análise, interpretação e 
tirar conclusões para formulação de soluções. 
Tem também como tarefas fornecer uma concepção científica do 
mundo, combater o obscurantismo, explicar os fenómenos da 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 18 
 
atmosfera ligados com a formação da crusta terrestre, dar a 
conhecer a localização dos recursos naturais, seu aproveitamento 
económico e as formas da sua defesa e conservação, explicar a 
divisão geral dos países do mundo e as suas ideologias, fornecer 
conhecimentos profundos dos países do mundo de modo a criar o 
orgulho da pátria. 
Sumário 
Acabamos de ver nesta unidade, a divisão da geografia, a 
evolução da ciência geográfica e as tarefas da Geografia. 
A geografia é uma ciência ponte. Ela esta entre as ciências 
naturais e as ciências sociais, por isso mesmo ela se subdivide 
em Geografia Física e Económica. 
Tanto uma como a outra, tem relações com outras ciências. A 
Geografia mantém laços por exemplo com a Sociologia, 
Antropologia, Demografia, História, Matemática, Hidrologia, 
Biologia, Geologia, Química etc. 
Todas as ciências utilizam as informações dadas pelas outras; há 
uma relação de interdisciplinaridade. 
Exercícios 
1- Destaca a divisão da geografia e as suas 
subdivisões. 
2- Distinga as fases da evolução da ciência 
geográfica, através das características de cada 
fase. 
3- Identifica as tarefas da geografia. 
 
 
Auto-avaliação 
 
 Resolve os exercícios indicados. 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 19 
 
Unidade III 
Noção do Universo 
Estrutura do Universo e Teorias da 
sua Origem 
Introdução 
Nesta unidade, iremos abordar o conceito do universo e a 
estrutura do universo. 
O estudo sobre a origem do Universo teve o seu ponto de partida 
com os trabalhos do filosofo alemão Emanuel Kant publicada na 
famosa obra “História Natural Geral” e “Teoria do céu” editada em 
1755. 
Ao completar esta unidade / lição, você deve ser capaz de: 
 
Objectivos 
 
 Definir o Universo. 
 Identificar os componentes do universo. 
III. 1 Noção do Universo: 
De acordo com o dicionário de língua portuguesa, Universo é 
conjunto formado pelo espaço com todos os corpos celestes. E de 
acordo com NAKATA, Hirome e COELHO, Marcos Amorim, em 
Geografia Geral, 1982, definem Universo como sendo o conjunto 
formado por astros e as diferentes formas de energia. Suas 
dimensões são tão vastas que apesar de todo o progresso 
alcançado pela Astronomia e pela Astronáutica, pode-se dizer que 
o homem apenas principiou a sua exploração. 
III.2. Estrutura do Universo 
Na estrutura, o Universo é composto de astros, nomeadamente: 
galáxias, estrelas, nebulosas, cometas, planetas, satélites, 
planetóide e meteoros. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 20 
 
III.2.1. Galáxias – São consideradas, os elementos básicos da 
massa do universo. A mais conhecida é a Via – Láctea, pois é 
dentro dela que se encontra a Terra e todo o Sistema Solar. Os 
astrónomos admitem existir no Universo, cerca de 10 bilhões de 
galáxias, sendo que cada uma delas contém de 1 bilhão a 1 trilhão 
de estrelas. Portanto, galáxias são sistemas estrelares. Existem 
três tipos de galáxias: espirais, elípticase irregulares. 
As distâncias no universo são tão grandes que os astrónomos 
utilizam medidas especiais. A principal delas é o Ano – Luz que é 
o espaço percorrido pela luz em 1 ano. A velocidade da luz é de 
300.000 km/segundo, equivalendo dizer que em 1 ano a luz 
percorre nada menos que 9.461 bilhões de km, isto é, 
praticamente 9,5 trilhões de km. Portanto 1 Ano – luz corresponde 
a 9,5 trilhões de km. 
A estrela que se encontra mais próxima de nós (exceptuando-se o 
sol), está a mais de 4 Anos – luz da Terra, é a estrela próxima da 
constelação Centauro. 
A Via – Láctea tem um diâmetro de 100.000 anos-luz e a galáxia 
que se encontra mais próxima dela está a 1 milhão de anos-luz. 
III.2.2. Estrelas – São corpos gasosos, dotados de luz própria e 
possuidores de elevadas temperaturas. São classificadas, de 
acordo com seu brilho ou magnitude, em 21 grandezas. O sol é 
uma estrela amarela de 5ª grandeza, apresentando temperaturas 
de aproximadamente 6.000ºC na cromosfera. 
As regiões do espaço celeste são caracterizadas por 
configurações de grupos estrelares que têm a denominação de 
Constelações; e existem 88 constelações, classificadas de 
acordo com a localização em: Boreais quando situadas no 
hemisfério norte. Exemplo: Ursa Maior, Ursa Menor e Hércules; 
Austrais quando situadas no hemisfério sul. Exemplo: Cruzeiro do 
Sul, Centauro e Cão Maior; Zodiacais são em número de 12 e 
estão situadas na faixa do Zodíaco. Exemplo: Sagitário, 
Capricórnio e Aquário. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 21 
 
III.2.3. Nebulosas – São astros constituídos por gases e poeira 
cósmica. Assemelham-se a nuvens e são classificadas em: 
galácticas (pertencentes a Via - Láctea) e extragalácticas 
(distantes da Via-Láctea). Exemplo: Orion, Lira e Caranguejo. 
III.2.4. Cometas – São corpos celestes de núcleo brilhante e 
cauda nebulosa e alongada. Sua origem é ainda desconhecida, 
mas sua constituição é basicamente formada por rochas e 
minerais envolvidos por gases e poeira. Possuem três partes que 
são: o núcleo, a cabeleira (também chamados de cabeça) e a 
cauda, sendo que a última está sempre voltada contra o sol, 
aumentando de tamanho quando dele se aproxima. O cometa 
mais conhecido e mais espectacular é Halley, o qual gasta 76,5 
anos para percorrer sua órbita em torno do sol (revolução). Foi 
visto pela última vez em 1910, devendo, e previa-se o seu 
reaparecimento em 1986. centenas de cometas são conhecidos e 
muitos deles já estão com seus períodos de revolução calculados 
pelos astrónomos. Alguns exemplos: Encke (3,3 anos), Biela (6,6 
anos), Daniel (6,7 anos) e Halley (76,5 anos). 
III.2.5. Planetas – São astros iluminados que giram em torno do 
sol, descrevendo órbitas elípticas pouco alongadas. Existem 9 
planetas, os quais apresentam a seguinte ordem de afastamento 
em relação ao sol: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, 
Saturno, Urano, Neptuno e Plutão. Os planetas mais próximos do 
sol possuem maior temperatura e maior velocidade de translação; 
os mais distantes são mais frios e apresentam menor velocidade 
de translação. 
Estrutura do Universo 
 Infinito 
 
 Meta-galaxia 
 
 Super-galaxia 
 
 Grupo Local (vinte vias lacteas) 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 22 
 
 Via Lactea (ou estrada de Santiago) 
 
 Sistema Solar 
 
 Terra-Lua 
 
 
Característica dos Planetas 
Pl
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st
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(ºC
) 
Mercúrio 57,94 88 Dias 115 Dias 59 Dias 4.960 -1,9 400 
Vénus 108,27 224,7 
Dias 
584 Dias 247 
Dias 
12.100 -4,4 350 
Terra 149,6 365 Dias - 23 h 56 12.757 - 60 
Marte 228,06 687 Dias 780 Dias 24 h 37 6.800 -2,8 25 
Júpiter 778,35 11,9 
Anos 
399 Dias 9 h 50 142.880 -2,5 -140 
Saturno 1.427,7 29,5 
Anos 
378 Dias 10 h 14 120.000 -0,4 -160 
Urano 2.874,4 84 Anos 370 10 h 49 47,360 +5,6 -210 
Neptuno 4.500,8 164,8 
Anos 
367,5 
Dias 
16 h 44,320 +7,7 -230 
Plutão 5.914,8 248 
Anos 
366,2 
Dias 
6 Dias 
9 h 
6.000 +13 ? 
NAKATA, Hirome; COELHO, Marcos Amorim, Geografia Geral, Série Sinopse, 1982, 
pag 14 
III.2.6. Satélites – São astros iluminados que giram em torno dos 
planetas. Existem 32 satélites, pertencentes a 6 planetas que são: 
 Terra: 1 satélite (a Lua); 
 Marte: 2 satélites (Fobus e Deimus); 
 Júpiter: 12 satélites; 
 Saturno: 10 satélites; 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 23 
 
 Urano: 5 satélites; 
 Neptuno: 2. 
III.2.7. Planetóide – São pequenos planetas que se movem entre 
as órbitas de Marte e Júpiter. Duas hipóteses são atribuídas à 
origem dos planetóides: uma delas afirma que seriam restos de 
um planeta desintegrado, a outra considera os como sendo 
matéria que nunca chegou a formar um planeta. Cerca de 1.700 
planetóides já foram catalogados, sendo Ceres o maior de todos, 
possuindo um diâmetro de 770 km. Alguns exemplos de 
planetóides: Ceres, Eros, Juno, Palas e Vesta 
III.2.8. Meteoritos (meteoros) ou bolas de fogo – São pequenas 
partículas que, atraídas pela Terra, penetram em sua atmosfera 
com grande velocidade e, devido ao atrito, tornam-se 
incandescentes, recebendo o nome popular de estrelas 
cadentes. Esporadicamente grandes meteoritos atingem a 
superfície terrestre e a velocidade do impacto pode originar 
grandes crateras, como foi o caso da cratera Barringer (no 
Arizona), que mede 1.200 m de diâmetro. 
III.3 Origem e algumas teorias da sua origem 
Pela primeira vez na história da Astronomia, Kant estudou o 
Universo segundo uma dinâmica evolutiva e foi dentro deste 
contexto que colocou a hipótese de que o sol e os planetas do 
sistema solar se teriam formado a partir de uma Nebulosa 
rarefeita, composta por gás e poeiras, assim o Sol se teria 
formado no centro e os restantes planetas na periferia. Pode-se 
considerar esta teoria como válida, embora na época não fosse 
suficientemente esclarecedora e aceitável. 
Mais tarde P. Laplace (1796-1824) cientista francês sustentou a 
hipótese de todos os planetas terem a sua origem a partir de uma 
nuvem quente. 
Existem outras varias teorias sobre a origem do Universo, por 
exemplo: 
A teoria de James Jeans, segundo qual teria havido uma 
catástrofes-colisão ocorrida numa época longínqua pela 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 24 
 
passagem de uma outra estrela perto do Sol e pela força de 
atracção desta estrela ter-se-iam desprendido da massa solar 
vários fragmentos a partir dos quais se teriam formado os actuais 
planetas do sistema solar. 
Teoria de Turbulência 
Segundo esta teoria, o sistema solar teria surgido de um espaço 
de matéria inter-estrelar cujos componentes essenciais seriam 
gases e poeiras com uma certa densidade que se encontravam 
em estado de Turbulência. 
Os elementos pesados ter-se-iam condensado em consequência 
da baixa temperatura e teriam formado núcleos em que os 
maiores seriam os embriões dos actuais planetas principais. Esta 
teoria cosmogónica foi formulada e 1950 por O. Chmidt cientista 
Soviético. 
Teoria Geocêntrica 
É uma teoria que considerava a terra como centro do universo. 
Segundo esta teoria, todos mos outros astros do universo 
incluindo o Sol giram em volta da terra. As ideias baseadas nesta 
teoria dominaram as mentes da Humanidade, incluindo cientistas 
até ao sé. XV. da nossa Era. (Claúdio Ptolomeu foi o seu 
defensor) 
Teoria Heliocêntrica 
É a teoria segundo a qual a Terra gira em torno do seu eixo e em 
volta do Sol. Esta teoria havia sido proposta antes da Nossa Era 
pelo astrónomo grego Aristóteles (270 A.N.E) que na altura foiconsiderada como perturbação dos deuses. 
O célebre astrónomo polaco Nicolau Copérnico (1473-1543) foi 
quem deu mais consistência a esta teoria, ao elaborar uma teoria 
sobre o Sistema solar na qual o Sol é o centro de um sistema de 
planetas e a Terra gira em torno de um eixo e ocupa como um 
planeta desse sistema um foco, descrevendo uma órbita circular 
em torno do Sol 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 25 
 
Sumário 
Na unidade que acabamos de ver, abordamos o conceito de 
Universo, sua Estrutura e as Teorias sobre a sua origem. 
No processo do conhecimento do Universo existem outras várias 
teorias tais como a Geocêntrica e Heliocêntrica. Estas teorias 
juntas as da Nebulosa rarefeita, de Colisão/catástrofe de James 
Jeans e de Turbulência, ajudaram a compreender os fenómenos e 
o próprio Universo. 
Exercícios 
 O que entende por Universo? 
 Menciona os astros do universo que o homem pode 
observar. 
 Distinga Planetas de Satélites. 
 
Auto-avaliação 
 
 
 Resolução dos exercícios indicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 26 
 
Unidade IV 
Sistema Solar 
Conceito, características e 
composição. 
Esfera celeste e seus elementos, 
conteslações e sua importância na 
orientação 
 
Introdução 
O sistema solar como um conjunto formado pelo sol e por todos 
os outros astros efectua o seu movimento em torno do centro da 
galáxia em cerca de 180 milhões de ano. O tempo de duração 
deste movimento denomina-se ano galáctico. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você deve ser capaz de: 
 
Objectivos 
 
 Definir Sistema Solar. 
 Identificar os elementos que compõem o sistema solar. 
 Explicar as características de cada elemento do Sistema 
Solar. 
 Definir Esfera Celeste. 
 Explicar a importância das Constelações na orientação. 
IV.1. Sistema solar 
É um conjunto formado de astros que giram em torno do sol. Os 
astros que fazem parte do sistema solar são: os planetas, os 
satélites, os planetóides os cometas e os meteoros. Suas órbitas 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 27 
 
são elípticas e variam em função da massa, da velocidade e da 
distância em relação ao sol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV.2. Características e composição do Sistema Solar 
Todos os planetas descrevem a sua órbita em volta do sol e um 
Movimento de Rotação em torno dos seus eixos. 
A Terra gira em torno do sol a uma distância de 149 milhões de 
km, o Mercúrio é o mais próximo do sol, gira a uma distância de 
58 milhões de km, e o Plutão o mais distante gira a uma distância 
de 5.917 milhões de km. 
Características Gerais do Sistema Solar 
1- Todos os planetas encontram-se no mesmo plano com 
excepção do Mercúrio e Plutão cujas orbitas possuem uma 
pequena excentricidade. 
2- O movimento dos planetas em orbita do sol realiza-se no 
sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio. 
3- O Movimento de Rotação dos planetas em torno dos seus 
eixos realiza-se no mesmo sentido. 
4- Todos os elementos do sistema solar estão metidos em 
equilíbrio pela lei geral de gravitação. 
SISTEMA SOLAR 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 28 
 
5- O tamanho dos planetas aumenta progressivamente de 
Mercúrio a Jupter e de Plutão diminuem. 
6- Os planetas estão divididos dois grandes grupos: Grupo 
Terra e Grupo Gigante. 
O Grupo Terra (Mercúrio, Venus, Terra, Marte) caracteriza por 
possuir uma grande densidade, e são compostos por elementos 
pesados (densos). 
O Grupo Gigante (Jupter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão) 
caracteriza por ter uma baixa densidade e estão compostos por 
Hélio e Hidrogénio, fazendo com que possuam uma temperatura 
baixa conforme se distanciam do Sul, para alem do Hélio, 
Hidrogénio na sua composição também entra, Carbono, 
Nitrogénio, e Oxigénio. 
Movimento dos Planetas do Sistema Solar 
Devido a contrariedade das teorias Geocêntricas e Heliocêntricas 
defendidos por Ptolomeu e Copérnico respectivamente surge 
Galileu Galilei e J. Kepler também apoiando a teoria Heliocêntrica 
e este ultimo baseando-se nas observações de Marte deduziu o 
movimento dos planetas através de três leis, as chamadas “Leis 
de Kepler” 
1°- Os planetas giram em redor do sol numa forma elíptica, 
onde o sol ocupa com dois focos. 
2°- O raio vector do planeta só descreve áreas iguais em 
tempos iguais. 
3°- Os quadrados do tempo gastos pelo planeta em percorrer 
as suas orbitas, são proporcionas aos cubos dos seus 
semieixos maiores. Quanto mais afastado o planeta estive, do 
sol, maior é o tempo de translação. 
 
O sistema solar compõe-se dos seguintes astros: 
 1 Estrela – o sol (centro do sistema); 
 9 Planetas; 
 32 Satélites; 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 29 
 
 Milhares de planetóides; 
 Numerosos cometas; 
O sol, apesar de ser mais de 1 milhão de vezes maior que a Terra, 
torna-se uma pequena estrela quando comparada a outras do 
universo. O sol dista, em média, 150 milhões de quilómetros da 
Terra, sendo a estrela que se encontra mais próxima de nós. Sua 
importância é vital, pois, sendo a principal fonte de energia para a 
Terra, é também responsável pela origem e manutenção da vida 
em nosso planeta. Do exterior ao interior, apresenta as seguintes 
camadas: Coroa (parte mais externa), Cromosfera (esfera de 
calor), fotosfera (esfera da luz) e o núcleo. 
 
Entre os satélites do sistema solar, 12 possuem movimentos no 
sentido retrógrado (contrário aos demais astros): Marte (1 
satélite); Júpiter (4 satélites); Saturno (1 satélite); Urano (5 
satélite); Neptuno (1 satélite). 
IV.3. Esfera Celeste e seus elementos 
É esfera imaginária, de raio arbitrário, centrada no observador ou 
no centro da Terra, na qual, os corpos celestes se consideram 
projectados. Para os localizar, são empregues diversos sistemas 
de coordenadas, que diferem entre si de acordo com as 
referências utilizadas. Para um observador na Terra, a esfera 
celeste está sujeita a um movimento de rotação em torno do seu 
eixo, designado por movimento diurno e aparente. 
Paralelamente a esfera celeste temos o conceito da Abóbada 
celeste que é definida como uma imensa superfície imaginária que 
parece colorir ou envolver a Terra em cuja superfície parece 
estarem fixadas as estrelas e outros astros. 
Ao observar a Abóbada Celeste em qualquer ponto da Terra o 
observador julga ter ocupado centro. 
 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 30 
 
 
Elementos da Esfera Celeste 
Entre os elementos da esfera celeste se destacam os seguintes: 
• O Eixo da Esfera Celeste ou do Mundo; 
• Os Pólos Celestes Norte e Sul; 
• Equador Celeste; 
• Meridianos Celeste; 
• Os paralelos celeste e entre outros elementos; 
O Eixo da Esfera Celeste ou do Mundo é uma linha imaginária 
em torno do qual parece girar a esfera celeste (PN/PS) e coincide 
naturalmente com o eixo da Terra. 
O Equador Celeste é uma linha perpendicular ao eixo celeste 
(Meridiano). 
O Eixo do Mundo intercepta a esfera celeste em dois pontos 
diametralmente opostos, são chamados pólos celestes: 
O Pólo Norte fica actualmente muito próximo, cerca de 1 km da 
estrela Alfa, da constelação Ursa Menor, que por isso mesmo é 
conhecida como Estrela Polar é utilizado como referencia na 
orientação. 
Equador Celeste é o circulo máximo perpendicular ao eixo do 
mundo que divide a esfera celeste em dois hemisférios: 
Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. 
Meridianos Celeste são semi-eixos máximos cujo o plano contém 
eixo do mundo, tem como extremos os pólos, e dividem a esfera 
 celeste em duas partes. 
Paralelos Celeste são os círculos menores paralelos ao equador 
(PP’). 
Zénite (Z) e Nadir (Z’) Para qualquer lugar da Terra o fio de 
prumo sempre toma a direcção bem definida que é a vertical do 
lugar (zz’ 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 31 
 
 Que vai interceptar a esfera celeste em dois pontos 
diametralmente opostos chamados Zénite e Nadir.O primeiro fica exactamente em cima do observador sendo por 
isso o ponto mais alto do firmamento em relação ao observador. O 
segundo (Z’) é invisível visto que fica do lado oposto do 1°(Zénite). 
 
 
IV.4. Constelações e sua importância na orientação 
Já vimos na unidade III que Constelações são configurações de 
grupos estrelares elas têm grande importância para a orientação, 
pois os seus nomes coincidem com a sua localização. Por 
exemplo, os Boreais são aquelas situadas no hemisfério Norte. 
Como: Ursa Maior, Ursa Menor e Hércules; enquanto que as 
Austrais estão situadas no hemisfério Sul, tais como: Cruzeiro 
do Sul, Centauro e Cão Maior; Zodiacais são em número de 12 
e estão situadas na faixa do Zodíaco. Exemplo: Sagitário, 
Capricórnio e Aquário. 
Zodíaco é a faixa da esfera celeste limitada por dois círculos 
menores paralelos à eclíptica, a 8,5º desta, contendo o sol e os 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 32 
 
planetas do sistema solar. Está dividido em 12 partes, tomando 
cada uma, o nome de uma constelação. 
Eclíptica – é o círculo máximo que resulta da intersecção do 
plano da órbita da Terra em torno do sol com a esfera celeste. 
Este plano faz um ângulo de cerca de 23,5º com o plano do 
equador. 
Sumário 
Na unidade que acabamos de ver, vimos o conceito do sistema 
solar; os elementos que o compõe e suas características; 
definimos Esfera Celeste falamos das constelações e sua 
importância para a orientação. 
O universo ou cosmos é o conjunto de todos os astros e do 
espaço celeste. 
No Universo, os astros apresentam-se em aglomerados de muitos 
milhões, juntamente com gases e poeiras. A estes aglomerados 
dá-se o nome de galáxia. 
O sistema solar encontra-se na galáxia chamada Via Láctea. A 
Terra é um planeta. 
O sistema solar é constituído pelo Sol, planetas, satélites naturais, 
planetas anões, asteróides e alguns cometas. 
A Terra realiza dois movimentos: um em torno do se eixo durante 
24 horas (movimento de rotação), resultando na sucessão dos 
dias e das noites, e outro em torno do Sol, durante 365 dias 
(movimento de translação), dando origem as estações do ano. 
No Hemisfério sul para além do cruzeiro do Sul outras 
constelações observáveis são: Triângulo, Peixe, Capricórnio, 
Serpente, Sagitário Escorpião, Cão Menor, Orión e outras estrelas 
polares. 
No Hemisfério Norte para além de Ursa Menor, são observáveis, 
outras constelações como Ursa Maior, Cassiopeia, Cão Maior, 
Cão Menor, Câncer, Lira, Leão, Escorpião, Aquário, Libra, Peixe, 
Orión, Andrómeda, Hércules, e Perseu. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 33 
 
Exercícios 
1- Defina Sistema Solar. 
2- Identifique os elementos que compõem o sistema 
solar. 
3- Explica as características de cada elemento do 
Sistema Solar. 
4- Defina Esfera Celeste. 
5- Explique a importância das Constelações na 
orientação. 
 
Auto-avaliação 
 
 Resolução dos exercícios indicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 34 
 
Unidade V 
Formas e dimensões da terra 
Movimentos da terra (rotação e translação), suas 
características e consequências 
Introdução 
Nesta unidade, iremos abordar as questões ligadas às formas e 
dimensões da Terra, os movimentos da Terra, suas características 
e consequências. 
A superfície terrestre do planeta é extremamente irregular, 
apresentando grandes elevações1 e depressões2; no entanto 
tidas como irrelevantes quando comparadas com as dimensões 
da terra. 
Quando se fala da forma da terra3 subentende-se uma superfície 
regular que se difunde medianamente, o andamento do relevo 
que aflora, o nível médio das águas do mar e passa debaixo das 
montanhas. 
Em cada ponto da terra existe uma direcção característica, 
fisicamente bem definida e assinalada com qualquer instrumento 
simples, é a direcção vertical. 
Ao completar esta unidade / lição, você deve ser capaz de: 
 
Objectivos 
 Identificar a forma da Terra. 
 Indicar as suas dimensões. 
 Explicar os movimentos da Terra, suas características e 
consequências. 
 
 
1A maior elevação situa-se em Glaisker sobre o Everest, com 8838m aproximadamente 
2A maior profundidade é das fossas Marianas com 11.034 m. 
3A forma da terra será pois a superfície que, partindo de um ponto do nível médio do 
mar, mantém se constantemente normal a um sistema de linhas verticais conduzidas 
pelos pontos da superfície física da terra. Essa superfície denomina-se de geóide e é 
de difícil determinação teórica, devido às ondulações geoídicas; mas o seu 
conhecimento é de extrema importância, porque constitui a superfície de referência. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 35 
 
 V.1. Formas e Dimensões da Terra: 
Determinar a forma da Terra tem sido uma preocupação constante 
desde os mais remotos tempos, sendo que a ela já se atribuíram 
as mais diferentes formas: esférica, plana, triangular, elipsóide, 
ovóide, tetraédrica, geóide e outras. Como se vê, a questão é sem 
dúvida complexa. A forma da Terra é inegavelmente esférica; 
entretanto, por não ser uma esfera perfeita, devido ao 
achatamento que se verifica nos pólos e ao abaulamento do 
equador, atribui-se actualmente a ela a forma geóide (uma forma 
própria). 
A Terra tem 12.757 km de diâmetro e dista do sol a 149,6 milhões 
de quilómetros. 
Alguns dados úteis: 
Raio equatorial (a)................................. 6.378 km 
Raio polar (b)......................................... 6.357 km 
Diferença (a-b)....................................... 21 km 
Achatamento (a-b)................................. 1/297 km 
Quarto de meridiano.............................. 10. 002 km 
Circunferência equatorial...................... 40. 007 km 
Arco de meridiano de 1° 
De 0° a 1° de latitude................... 110,6 km 
De 89° a 90° de latitude................ 111,7 km 
 
V.2. Movimentos da Terra: 
A Terra é um astro em movimento no espaço. Ela executa mais de 
14 movimentos, mas apenas dois é que interessam a geografia: a 
de Rotação e de Translação. 
V.2.1. Movimento de Rotação da Terra 
V.2.1.1.Características: 
O movimento de rotação da Terra é o movimento que a Terra 
executa em torno de um eixo imaginário que passa pelos seus 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 36 
 
pólos. O movimento de rotação é feito no sentido oeste – leste, 
num período de aproximadamente 24 horas (1 dia) e a uma 
velocidade de 1.609 km/h na altura do equador. O movimento 
aparente do sol, surgindo ao amanhecer no leste e 
desaparecendo ao anoitecer no oeste, levou os antigos a 
admitirem a imobilidade da Terra. Na realidade, é o nosso planeta 
Terra quem está girando sobre si mesmo diante do sol. Ao girar, 
vão se sucedendo os dias e as noites. 
V.2.1.2. Consequências do movimento de Rotação da Terra 
A mais importante consequência do movimento de rotação da 
Terra é a sucessão dos dias e das noites, determinando entre 
outras coisas, os períodos de actividade (geralmente dia) e de 
repouso (normalmente noite) para a maioria dos seres vivos. 
 
A outra consequência é o abaulamento da Terra na região 
equatorial e o achatamento dos pólos, esses fenómenos são 
provocados pela força centrífuga. 
E a última consequência é a circulação dos ventos e das correntes 
marítimas é influenciada pela rotação da Terra. A força de Coriolis 
ocasiona um desvio dos ventos e das correntes marítimas para a 
direita do observador no hemisfério norte e para a esquerda do 
observador no hemisfério sul. 
V.2.2. Movimento de Translação 
V.2.2.1. Características 
O movimento de Translação da Terra é o movimento que a Terra 
executa em torno do sol, no período aproximado de 365 dias (365 
dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos). A trajectória descrita 
pela Terra no seu movimento de translação chama-se órbita, 
medindo 930 milhões de quilómetros, sendo percorrida pelo 
planeta, em 1 ano, à velocidade média de 29,7km/sou 106.800 
km/h. 
V.2.2.2. Consequências do Movimento de Translação da Terra 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 37 
 
Umas das consequências mais importantes deste movimento são 
as estações do ano, resultante das diferentes posições que a 
Terra ocupa em relação ao sol, durante o seu movimento de 
translação. O eixo terrestre (norte-sul) mantém-se inclinado em 
relação ao plano de sua órbita (plano da elíptica solar). A desigual 
distribuição da luz e calor na Terra conforme a época do ano, 
surgindo, em consequência as estações do ano; a desigual 
duração dos dias e das noites de acordo com a época do ano. 
Sumário 
Nesta unidade que acabamos de ver, falamos da forma e 
dimensões da Terra, dos movimentos da Terra e das 
consequências dos mesmos. 
Assim a Terra no seu movimento de translação fica mais próxima 
do sol em 3 de Janeiro e neste dia a distância entre a Terra e o 
Sol é de 147.000.000 km e fica afastado 5 de Junho em que a 
distância entre o sol e a Terra é de 152.000.000 km a uma 
velocidade não constante e a sua media é de 29,8 km/s a máxima 
é de 30,3 km/s, e a mínima é de 29,03 km/s no Apogeu e 30.,3 
km/s no Perigeu 
As consequências da rotação da Terra são varias. A esfera 
celeste parece descrever um movimento de rotação em sentido 
retrógrado. É o movimento diurno aparente. Os dias e as noites 
sucedem-se regularmente, impondo um ritmo diário a quase todos 
os fenómenos que se desenrolam na superfície Terrestre. 
Os corpos que se encontram em movimento a superfície da Terra 
movem-se para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no 
hemisfério sul. É o resultado da força aparente de Coriollis que 
depende da massa de velocidade do corpo, da latitude do lugar e 
ainda da velocidade angular de rotação da Terra, que é constante. 
A força centrifuga resultante da rotação provocou no inicio o 
achatamento polar da Terra e contraria a força da gravidade que, 
por isso, aumenta desde o equador onde é mínima, ate aos pólos, 
onde é máxima. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 38 
 
Entre as cosequencias do movimento de translação da 
terra contam-se as seguintes: 
• O Sol parece estar animado de um movimento de 
translação de direcção leste, o qual descreve na esfera celeste um 
circulo máximo inclinado de 23° 27’ sobre o equador e conhecido 
por ecliptica. Este movimento faz-se em sentido directo (direcção 
leste) e é designado por movimento anual aparente do sol. 
• As estações do ano sucedem-se regularmente, impondo 
ritmo anual a grande número de fenómenos terrestre. 
Exercícios 
1- Idêntica a forma da Terra. 
2- Quais são os movimentos que a Terra executa e que 
interessam a geografia? 
3- Diferencie movimento de rotação da Terra do de 
translação. 
4- Quais são as consequências do movimento de rotação e 
de translação? 
 
 
Auto-avaliação 
 
 Resolução dos exercícios indicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 39 
 
Unidade VI 
Equinócios e Solstícios 
Estações do ano 
 
Introdução 
Nesta unidade iremos abordar acerca de equinócios e solstícios; e 
das estações do ano. 
A intersecção da ecliptica com o Equador determina uma linha dos 
Equinócios e tem pelos extremos os pontos equinociais de Maço 
ou da Primavera e de Setembro ou de Outono, 
perpendicularmente ao plano da Ecliptica fica a linha dos 
Solstícios que tem pelos extremos os pontos solsticiais de Junho e 
Dezembro. É dos Equinócios e Solstícios que o presente capítulo 
se debruça, 
Ao completar esta unidade / lição, você deve ser capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 Distinguir os equinócios dos solstícios 
 Caracterizar as estações do ano. 
 
 VI.1. Equinócios e Solstícios: 
VI.1.1. Equinócios correspondem às épocas do ano em que 
ambos os hemisférios são igualmente iluminados, coincidindo com 
a passagem do sol pela linha do equador. Os equinócios 
determinam igual duração dos dias e das noites para os dois 
hemisférios. Assim, há o equinócio de Março, isto é, de 21 de 
Março, significa que nesta data, inicia o Outono para o hemisfério 
sul e o início da primavera para o hemisfério norte. E o equinócio 
de Setembro, isto é, 23 de Setembro, nesta data, marca o início 
da primavera para o hemisfério sul e o início do Outono para o 
hemisfério norte. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 40 
 
VI.1.2. Solstícios correspondem às épocas do ano em que os 
hemisférios norte e sul são desigualmente iluminados, verificando-
se nas seguintes datas: 
 21 De Junho corresponde ao solstício de verão no hemisfério 
norte e coincide com a passagem sol pelo trópico de câncer; 
significa que o hemisfério norte recebe maior quantidade de 
luz e calor, ficando com os dias longos e as noites curtas. 
Enquanto que no hemisfério sul, a situação é inversa. 
 22 De Dezembro corresponde ao solstício de verão no 
hemisfério sul e coincide com a passagem do sol pelo trópico 
de Capricórnio. Em consequência, esse hemisfério recebe 
maior quantidade da luz e do calor e, consequentemente os 
dias são mais longos que as noites. Enquanto que no 
hemisfério norte acontece o contrário. 
V.2. Estações do ano 
As estações do ano são definidas pelos solstícios, nas datas de 
23 de Dezembro em que é verão no hemisfério sul e Inverno no 
hemisfério norte e em 21 de Junho, é verão no hemisfério norte e 
Inverno no hemisfério sul e também pelos equinócio de 23 de 
Setembro, primavera no hemisfério sul e Outono no hemisfério 
norte, enquanto que a 21 de Março é Outono no hemisfério sul e 
Primavera no hemisfério norte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTAÇÕES DO ANO (SOLISTICIOS E EQUINÓCIOS 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 41 
 
 
É importante no âmbito das estações do ano, referir-se aos tipos 
de anos: 
 Ano astronómico - 365 dias, 5 h, 48 minutos e 48 
segundos 
 Ano civil – 365 dias 
 Ano comercial – 360 dias 
 Ano bissexto – 366 dias. 
Ano Bissexto ocorre de 4 em 4 anos pelo excesso de 6 horas em 
cada ano, perfazendo um total de 24 horas (1 dia) que são 
acrescidos ao mês de Fevereiro, ficando este com 29 dias. 
 
Sumário 
Nesta unidade que terminamos, falamos da forma da Terra, dos 
movimentos da Terra e as consequências dos movimentos da 
Terra. 
Durante o Movimento de Translação a Terra decore a sua orbita e 
toma varias posições em relação a este astro. Em contrapartida 
em consequência do Movimento já definido o sol desloca-se na 
sua Eclíptica o que condiciona igualmente varias posições em 
relação a Terra. Pelo que se observa uma lenta deslocação do sol 
ora para Hemisfério Sul ate ao Trópico de Capricórnio. 
Assim ao longo do ano o sol descreve o Equador duas vezes no 
Equinócio de Setembro quando se desloca para o Hemisfério Sul 
e no Equinócio de Março quando se desloca para o Hemisfério 
Norte. 
Por outro lado quando o sol esta no Hemisfério Norte o Pólo Norte 
permanece dia cerca de 6 meses noite e quando o sol passa para 
o Hemisfério Sul acontece ao contrario. 
Em suma em cada pólo (Norte e Sul) regista-se um só dia e uma 
só noite durante o ano, porem a noite polar é afectada pela 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 42 
 
reflexão atmosférica pelo que não chega a ser uma noite 
completamente escura. 
Exercícios 
 Identifica a forma da Terra. 
 Destaca os movimentos da Terra que apreendeste. 
 Explica as consequências do movimento de rotação e de 
translação. 
 Explica como resulta o ano bissexto e diga de quanto 
tempo ocorre? 
 
Auto-avaliação 
 
 Resolução dos exercícios indicados. 
 HO167 – NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA 43 
 
 
 
 
Unidade VII 
Climatogeografia 
Tempo e Clima 
Atmosfera 
Estrutura Vertical da Atmosfera e 
sua Composição 
Introdução 
Pretende-se que no fim desta unidade, os estudantes sejam 
capazes de definir Climatologia, Tempo, Clima, Atmosfera; 
explicar a Estrutura Vertical da Atmosfera e sua Composição. 
A climatologia ou climatogeografia (geografia

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