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Alterações dentárias de desenvolvimento 2

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Alteração dentária de desenvolvimento 2 – Capitulo 2 
Aula 4 – Bloco 1 – Patologia 1 
 
 
Nessa aula iremos falar sobre as alterações na forma dos dentes. As alterações de forma incluem: 
 
• Geminação 
• Fusão 
• Concrescência 
• Cúspides acessórias 
• Dente invaginado 
• Esmalte ectópico 
• Taurodontia 
• Raízes acessórias 
• Dilaceração 
Um dente duplo é aquele elemento dentário que apresenta uma coroa dupla. São aqueles que observamos na arcada 
do paciente como dentes unidos pela dentina e/ou pela polpa. Essas formas de união podem ser divididas em: 
• Fusão de dois germes dentários – Fusão 
• Divisão de um germe dentário em dois – Geminação 
• União pelo cemento – Concrescência 
A geminação e fusão podem trazer uma certa dificuldade de identificação na clínica, por isso devemos saber a diferença 
entre as duas quando estamos olhando a boca do paciente e encontramos um dente duplo (coroa dupla). 
Embora, na geminação e fusão a coroa em ambas situações pareça ser dupla, apenas na geminação iremos ter somente 
uma raiz (1 germe dentário apenas que se desenvolveu, e quando chegou na parte da coroa se bifurcou). Na fusão, por 
sua vez, iremos ter duas raízes (2 germes dentários que se desenvolveram e se uniram pela dentina). Logo, ambos 
apresentam coroa bífida, mas na geminação há apenas um único canal radicular e uma única raiz, já na fusão há dois 
canais radiculares e duas raízes. 
 
 
Na figura 1 abaixo sabemos que o paciente possui um dente duplo, só que não podemos classifica-lo apenas como dente 
duplo temos que dizer se é uma geminação, fusão ou concrescência. A geminação nesse caso é o melhor termo. Temos 
duas maneiras de definir se um dente é uma geminação ou fusão: clínica e radiográfica. 
Na radiografia (a qual não temos disponível) desse paciente iriamos observar uma única raiz e um único canal radicular, 
havendo a divisão da coroa. Como nesse caso ou no dia-a-dia clinico se não tivermos o exame radiográfico para observar, 
somente o físico intra-oral nós iremos contar o número de dentes (o dente duplo é considerado como um único dente) 
presentes na boca do paciente, assim se ao contar os dentes não tiver faltando nenhum na arcada isso é sinal que se 
trata de uma geminação. 
 
Figura 1 - Nesse paciente há geminação do elemento 41 
 
 
Figura 2 - Geminação do dente 34 (não há dentes faltando na arcada) 
 
Figura 3 - Geminação bilateral dos elementos 11 e 21 (após contagem dos quadrantes não há dentes faltando) 
 
Figura 4 - A) Geminação do dente 44; B) Geminação do dente 41. A radiografia nos ajuda na diferenciação de casos de geminação e fusão. Nessa imagem 
radiográfica o paciente apresenta uma única raiz e um único canal, mas duas coroas, logo, trata-se de um caso de geminação. Ademais, no exame físico intra-
oral (considerando o dente duplo como um só) iremos perceber que não há nenhum dente faltando na cavidade oral, confirmando a geminação. 
Na fusão os dentes duplos também serão contados como um só dente, mas diferentemente da geminação, iremos 
observar que após a contagem haverá dentes faltando na arcada dentária. A radiografia de dois dentes fusionados mostra 
duas raízes, dois canais radiculares e a coroa unida pela dentina 
 
Figura 5 - Nessa imagem há dois dentes duplos na dentição decídua dessa criança. Ao realizar o exame físico intra-oral de contagem iremos perceber que estará 
faltando dentes em cada quadrante inferior. Logo, trata-se de fusão bilateral dos elementos 72 com 73 e 82 com 83. 
 
Figura 6 - Fusão bilateral entre 32 com 33 e 42 com 43 
 
Figura 7 - A radiografia de dois dentes fusionados mostra duas raízes, dois canais radiculares e a coroa unida pela dentina 
Na concrescência na maioria das vezes iremos observar coroas separadas, é a união de dois dentes pelo cemento 
Causas: 
 Desenvolvimento: Dois germes dentários muito próximos durante seu desenvolvimento pela bainha epitelial de 
Hertwig pode ter a união de suas células, assim desenvolvendo o cemento em continuidade. 
 Inflamatória: Fazendo que haja proliferação do cemento secundário e assim a formação da concrescência 
 
Figura 8 - Concrescência 
 
Na maioria das vezes na concrescência podemos ter um dente exposto na cavidade oral e outro dente incluso/impactado 
dentro osso (em uma posição em que as suas raízes estão muito próximas com as raízes dos dentes adjacentes). 
Geralmente, isso acontece com os terceiros molares superiores em concrescência aos segundos molares superiores. A 
extração desses dentes é em conjunto e o cirurgião buco-maxilo-facial tem que desgastar muito dente ao redor dele. 
 
Fusão e geminação 
• Erupção retardada ou ectópica 
• Apinhamento 
• Espaçamento anormal dos dentes 
 
Concrescência 
• Complicações durante a exodontia 
 
Figura 9 - A) Concrescência - Dois dentes unidos pelo cemento; B) Fusão - Duas raizes, dois canais radiculares e coroa bífida; C) Geminação - Uma raiz, um canal 
radicular e coroa bífida 
Quando o tubérculo de carabelli se encontra mais avantajado que o normal., passando a ser considerada uma cúspide 
acessória na superfície palatina da cúspide mesio-palatina de um molar superior 
São alterações que devemos considerar porque traz repercussões clinicas. Aprendemos em escultura dentária que o 
tubérculo de carabelli está presente nos primeiros molares superiores, mas quando ele se encontra maior que o normal 
pode representar uma cúspide nesse elemento dentário. Logo, esse tubérculo mais avantajado deixa de ser considerado 
uma variação da normalidade e passa a ser uma alteração patológica e pode gerar repercussões clinicas (dificuldade de 
higienização e problemas de oclusão). 
 
 
Figura 10 - Cúspide de carabelli 
• Cúspide acessória em dente anterior 
• Ocorre na superfície lingual/palatina 
• Extensão pulpar 
 
Nada mais é que um cíngulo mais proeminente que ultrapassa a metade da coroa do incisivo fazendo com que chegue 
muito perto da borda incisal. Isso faz com que o paciente tenha problemas oclusais. 
Essa cúspide em garra também tem uma extensão pulpar, portanto não se deve fazer um desgaste indiscriminado de 
uma cúspide em garra porque podemos fazer uma exposição pulpar nesse elemento dentário. A cúspide em garra 
também pode gerar maior acumulo de placa na região devido à dificuldade de higienização, assim como problemas 
oclusais. 
 
As cúspides em garra são facilmente diagnosticadas através do exame físico intraoral, o paciente muitas vezes é 
assintomático e desconhece tal alteração dentária. 
 
Essa alteração não traz nenhum problema estético pelo falto de estar normalmente situado por lingual, mas ele pode 
trazer problemas funcionais, principalmente oclusais. Nas radiografias podemos ver uma projeção de esmalte afilado, quase 
que parecendo um dente conoide, mas na verdade é um cíngulo mais proeminente. 
 
 
Figura 11 - Cúspide em Garra 
 
Figura 12 - Radiografia de uma cúspide em garra 
• Elevação globosa de esmalte na face oclusal de pré-molares e molares (dentes posteriores) 
• Presente no sulco central contendo: Esmalte, dentina e polpa 
• Pode trazer problemas oclusais devido à dificuldade de higiene naquela região 
• Condição associada: Cristas marginais proeminentes de incisivos, convergindo para o cíngulo, chamados de incisivos 
em pá 
 
 
Figura 13 - Dente evaginado 
 
 
Figura 14 - A) Dente 34 evaginado; B) Incisivos em forma de pá 
Cúspide em garra 
• Exposição pulpar 
• Interferência oclusal 
Dente evaginado 
• Interferência oclusal 
• Fraturas frequentes 
Tratamento 
• Desgaste gradual para formação de dentina terciária e posterior restauração com resina composta 
• Invaginação profunda da superfície da coroa ou da raiz, limitada internamente por esmalte: “dente dentro do 
outro” 
• Acomete principalmente os dentes anteriores 
• Invariavelmente o dente invaginado apresentará na radiografia uma área de cavidade radiolúcida revestida 
internamente por radiopacidade semelhante ao esmalte na regiãoperiapical, isso significa que existe uma resposta 
inflamatória a presença de bactérias dentro dessa cavidade vazia, portanto causando a destruição dos tecidos 
periradiculares. 
• Tratamento: Fazer um selamento na abertura presente na coroa desse dente invaginado 
 
• Tipo: 
 Coronário 
Invaginação do folículo dental 
Invaginações dilatadas que alteram a formação dentária: odontoma dilatado 
 
 Radicular 
Proliferação da bainha radicular de Hertwig em diração da papila dental 
 
 
 
• Dens in dente tipo 1: Invaginação sutil (abertura microscópica na incisal da coroa) 
• Dens in dente tipo 2: Invaginação profunda e muito proxima a camara pulpar 
• Dens in dente tipo 3: Invaginação muito profunda que atravesa o dente paralelamente a polpa, criando uma 
comunicação direta da cavidade oral com os tecidos periradiculares (maior prevalencia de lesões pericoronárias) 
• Dens in dente radicular: Invaginação na raiz criando uma morfologia dentária completamente alterada (chamado por 
alguns autores de odontomas dilatados) 
 
 
Figura 15 - Na radiografia de um Dens in dente conseguimos observar um dente dentro do outro. Invariavelmente um dente invaginado apresentará na 
radiografia uma área de cavidade radiolúcida revestida internamente por radiopacidade semelhante ao esmalte na região periapical, isso significa que existe 
uma resposta inflamatória a presença de bactérias dentro dessa cavidade vazia, portanto causando a destruição dos tecidos perirradiculares. 
 
 
Figura 16 - A) Dens in dente tipo 1 com formato de gota invertida, e radiopacidade revestido semelhante a esmalte; B) Dens in dente tipo 3. Podemos observar o 
canal radicular contendo a polpa e, logo ao lado a presença da cavidade vazia fruto da invaginação desde a coroa até os tecidos periapicais 
 
Figura 17 - Dens in dente tipo 4. Observamos a cavidade radiolúcida revestida internamente por esmalte (radiopaco), e por fora em volta vemos o canal radicular 
com a polpa. Na macroscopia vemos a cavidade muito próxima com o canal radicular, mas são diferentes. (progresso de cárie muito mais rápido que o usual) 
• Ocorre devido a migração de ameloblastos em direção a bainha epitelial de Hertwig 
• Estrutura hemisféricas de esmalte ou esmalte, dentina e polpa 
• Geralmente em raízes de molares, região de furca ou próximo à junção cemento-esmalte – Fazendo com que 
o ligamento periodontal não tenha a mesma ligação ao esmalte a qual teria em contato com o cemento, logo, a 
região de furca com peróla de esmalte fica suscetível ao desenvolvimento de doenças periodontais e acumulo 
de placa. Assim, quando identificados devem ser dentes raspados e sondados periodicamente pelo periodontista, 
a fim de prevenir o surgimento de doenças periodontais 
• Nódulo radiopaco bem definido ao longo da raiz, ao RX 
• Podemos identifica-lo pela radiografia ou uso de sonda periodontal na região de furca 
 
Figura 18 - Pérola de esmalte em região de furca 
 
Figura 19 - Dente 28 com presença de estrutura globosa com radiopacidade a esmalte, sendo denominado como pérola de esmalte 
• É considerada a descida do esmalte da junção cemento-esmalte na direção à região de furca dos molares 
• Alguns autores consideram a extensão cervical de esmalte como um estágio prévio da perola de esmalte 
• Essa extensão cervical de esmalte traz problemas pois a ligação do esmalte com o ligamento periodontal não é 
possível, acarretando uma região mais vulnerável ao aparecimento de doenças periodontais. 
 
• Ausência de aderência do tecido periodontal com envolvimento de furca 
• Higiene dificultada na região da pérola de esmalte, por sua natureza exofítica (facilita o acumulo de placa) 
• Retenção de placa 
• Doenças periodontal 
– –
• Aumento do corpo e câmara pulpar de um dente multirradicular 
• Deslocamento do assoalho pulpar para o ápice, bifurcação das raízes curtas e canais radiculares delgados 
• Dentes retangulares 
• Câmaras pulpares aumentadas 
• Essa alteração dentária só é diagnósticada através de radiografias 
• A taurodontia não traz consequências clinicas ao paciente, ele consegue viver bem com essa condição não 
havendo necessidade de tratamento. Essa condição será mais importante se o paciente necessitar de tratamento 
endodôntico (instrumentação específica) 
 
 É importante dizer que a coroa dos dentes afetados não aumentam de tamanho (não é uma macrodontia), mas sim 
há migração do assoalho da ca câmara pulpar em direção apical fazendo com que os dentes fiquem mais retangulares. 
 
 
Figura 20 - A) Dentes 37 e 38 com taurodontia; B) Dentes 47 e 48 com taurodontia 
• Deposição excessiva de cemento ao longo da vida (gradual) 
• Essa condição só é diagnosticada radiograficamente e a raiz apresenta-se com forma romba 
• A hipercementose pode ser isolada (acometer um único dente) ou generalizada (acometer um grupo de 
dentes) 
• Fatores associados: Trauma oclusal; inflamação periapical; doença óssea de Paget; ausência de dentes 
antagonistas 
• A hipercementose traz dificuldades ao dentista no momento que esse elemento dentário for submetido a 
extração (necessidade de secção cirúrgica). Fora isso o paciente convive bem com a hipercementose, não 
necessitando de tratamento e muitas vezes desconhecendo a condição assintomática. 
• No corte histológico observamos que no limite do osso alveolar e o dente iremos ter o ligamento periodontal, 
e invadindo o ligamento periodontal podemos observar excesso de cemento na área. 
 
 Na hipercementose os canais radiculares ficam do mesmo tamanho, pois o crescimento é para fora mudando o 
formato da raiz. O espaço referente ao ligamento periodontal e lâmina dura é preservado/mantido na hipercementose, 
e o trabeculado da crista óssea é considerado normal. 
 
Figura 21 - Hipercementose (dente apresenta coroa normal, mas sua raiz está em formato rombo devido a deposição excessiva gradual de cemento) 
 
Figura 22 - Paciente com molar inferior apresentando hipercementose. No corte histológico observamos que no limite do osso alveolar e o dente iremos ter o 
ligamento periodontal, e invadindo o ligamento periodontal podemos observar excesso de cemento na área. 
• Raízes adicionais ao número normal 
• Comum em pré-molares inferiores, caninos e terceiro molares 
• Pode trazer complicações para endodontia e exodontia 
 
Figura 23 - Molar inferior que normalmente deveria ter duas raízes, apresentando uma terceira raiz supranumerária 
 
Figura 24 – Primeiro molar inferior com três raízes (a raiz supranumerária ainda apresenta dois canais radiculares) 
 
Figura 25 - Canino inferior com três raízes (duas raízes supranumerárias) 
• Angulação anormal ou curvatura na raiz 
• Geralmente decorrente de injúria ao germe dentário (extrusão/avulsão) - Remanescente dentário formado num 
ângulo anormal 
• Paciente convive bem com a dilaceração, mas seu conhecimento é importante pois traz dificuldades para possíveis 
tratamentos endodônticos para evitar perfuração da polpa (lima tem que apresentar uma curvatura), assim como 
extrações dentárias com o intuito de evitar a fatura do ápice do elemento 
 
Figura 26 - Incisivo central com dilaceração 
 
Figura 27 - Radiografias de diferentes elementos dentários com dilaceração

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