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comentário sobre o filme " A ditadura perfeita"

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O filme mexicano “A ditadura perfeita”, dirigido por Luís Estrada, retrata, de forma satírica, como um governador, após ser denunciado por um escândalo de corrupção e envolvimento com contrabando, compra o apoio midiático para tentar reerguer- se e até mesmo alcançar o cargo de presidente do país. Com um caráter escrachado e estereotipado, o filme se mostra bem incisivo em sua crítica à mídia oportunista e manipuladora, à violência e à política, sendo a última caracterizada por um novo coronelismo, na qual as figuras públicas são grandes “manda chuvas” de seus estados. A contradição entre o título de “ditadura perfeita” e retratação de um governo democrático mora justamente na manipulação que os meios de comunicação de massa fazem na população, instituindo seu interesse pessoal no imaginário popular. A alienação midiática é um forte artifício dos grandes processos ditatoriais e governos totalitários ao redor de todo o mundo – nazismo, estado novo getulista, entre outros – promovendo não só a subordinação do povo, mas o caráter heroico e paternal do ditador – algo que foi explorado nas cenas do sequestro das gêmeas no filme, que além de ser uma distração para abafar os escândalos do governo, serviu como sustentáculo para seu firmamento na política.
Por fim, ao elencar os elementos e críticas feitas pelo diretor, é notável que é a junção de fatores que fazem o estabelecimento de uma ditadura, nem sempre evidente e anunciada, que se disfarça de democracia, mas manipula o corpo social e os mantém refém de governos falaciosos e corruptos que crescem com o apoio das grandes mídias.

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