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Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) A Política Nacional da atenção básica é renovada no decorrer dos tempos. Foi atualizada nos anos 2006, 2011 e 2017. Com relação em APS, no início do século XX, o Relatório Dawson – Pilar do NHS (UK) serviu como norteador para a elaboração do sistema de saúde brasileiro (SUS), sendo discutida com mais sobriedade no final da década de 70, na Conferência de Alma-Ata. A Conferência de Ottawa no Canadá também contribuiu para o fortalecimento mundial da APS, por intermédio dos esforços da OMS visando que os países reconhecessem a necessidade de organizar seus sistemas de saúde por meio da Atenção Básica. Nos anos 90, o Brasil foi marcado pelo surgimento das primeiras equipes do Programa Agentes Comunitários em Saúde (PACS). Os primeiros ACS surgiram pela necessidade de melhorar os indicadores e dados de saúde materna e infantil. Logo após surgiram as primeiras equipes do PSF, posteriormente adotado como política. Foi elaborado também as estratégias do ESF, PAB, NOB-SUS 96 (normas operacionais, marcadas pelo piso e expansão de atenção básica). A atualização da PNAB foi lançada pelo Ministério da Saúde como uma Portaria n° 2.436/2017, que fixa as diretrizes operacionais para a organização da Atenção Básica (AB) – e do papel dela nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), para os três níveis de governo: municipal, estadual e federal, traz também informação das equipes. O artigo 2º da PNAB de 2017 modernizou o conceito de Atenção Básica: é um conjunto de ações de saúde que podem ser individuais, familiares ou coletivas, indo de encontro com a abordagem (individual, familiar ou coletiva) que o profissional pode fazer, que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnostico (clinico ou coletivo), tratamento, reabilitação, redução de danos (reforma a saúde mental). Funcionamento das UBS · Deve contar com uma carga horaria mínima de 40 horas semanas, no mínimo 5 dias por semana e durante 12 meses. Equipe de Saúde da Família · Carga horária do profissional em 40 h/semana · Composição: · técnicos ou auxiliar de enfermagem; · enfermeiro; · médico; · ACS (retirou-se a questão de quantidade mínima e máxima); · ACE (Agente comunitário de Endemia). Equipe de Atenção Básica · Carga horaria mínima de 10 h/semana e uma carga horaria mínima por equipe de 40 h/semana, com a distribuição da carga horária a critério do gestor. · Componentes: · no máximo três profissionais por categoria e pode agregar dentistas técnicos/ auxiliares de saúde bocal; · Tira a obrigatoriedade, com exceção a áreas de maior vulnerabilidade com 750 pessoas/ACS, de ter o ACS e deixou a critério do gestor (redução de custo, mostrou-se alarmante pois a economia foi posta a cima da saúde). Equipe de Saúde Bucal · Contém cirurgião dentista e técnico ou auxiliar de saúde bucal; · Deve estar vinculada a uma UBS ou Unidade Odontológica Móvel; · Possui duas modalidades: · Modalidade I: cirurgião dentista e auxiliar ou técnico em saúde bocal; · Modalidade II: cirurgião dentista e técnico e auxiliar ou técnico em saúde bocal. Nasf-AB (Núcleo Ampliado da Saúde da Família na Atenção Básica) · Deve ser contactado pelas Equipes de Unidade Físicas (eSF e eAB), sendo um suporte clinico, técnico pedagógico (garante a prevenção e a promoção, pouco aplicado no ambulatório) e sanitário, cobrindo mais de um território. · Reforça a integralidade do atendimento, reforçado pelo trabalho multiprofissional e interprofissional. Gerente de Atenção Básica – na nova PNAB recomenda a inclusão de um gerente (a necessidade deste profissional deve ser avaliada pelo gestor). ACS – Em caráter excepcional, capacidade técnica e com formação especifica, o ACS poderão aferir pressão arterial, aferir temperatura axilar, medir glicemia capilar e realizar técnicas limpas de curativos. (Até agora está apenas no papel, pois deveria ser ofertado um técnico em enfermagem para todos os ACS, que ainda não aconteceu). A PNAB trousse como novidade também o número de equipes por UBS, em que se recomenda até 4 equipes de AB ou ESF. As vezes é construído uma UBS maior e com várias equipes, para cobrir usuários que não possuem UBS em sua localidade; medida emergencial para tentar aumentar a cobertura. Além disso, a população adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) ou Equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser de 2.000 a 3.500 pessoas. Atribuições comuns aos profissionais da eAB · Territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe de saúde · Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde da família e dos indivíduos · Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita · Participação do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento humanizado, realizando classificação de risco. · Responsabilizar-se pelo acolhimento da população adscrita ao longo do tempo · Praticar cuidado individual, familiar e dirigido a pessoas, familiares e grupos sociais · Responsabilizar-se pela população adscrita ao longo do tempo · Praticar cuidado individual, familiar e em grupos sociais · Responsabilizar-se pela população adscrita mantendo a coordenação do cuidado · Utilizar o Sistema de Informação Básica vigente para registro · Realizar a gestão de filas de espera · Instruir ações para segurança do paciente · Reuniões · Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória · Contribuir como trabalho em equipe · Realizar visitas a domicílios e atendimentos em domicilio às famílias e pessoas em residências, Instituições de Longa Permanência (ILP), abrigos e entre outros. Atribuições Especificas do Médico na APS · Realizar a atenção (integral) à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade; · Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outros); em conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, municipal ou Distrito Federal), observadas as disposições legais da profissão; · Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe; (chamar a atenção para a necessidade de o médico ter uma abordagem para as condições agudas e crônicas); · Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sob sua responsabilidade o acompanhamento do plano terapêutico prescrito; · Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa; · Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe; (reforça a mudança que os ACS não são mais gerenciados apenas pelos enfermeiros, mas pela equipe toda, incluindo o médico); · Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de atuação. Suspensão de Recursos O Ministério da Saúde poderá suspender os recursos financeiros para a AB quando houver não alimentação regular pelos Municípios aos bancos de dados informatizados. · Não envio de produção ao Sistema de Informação por 3 meses consecutivos; · Descumprimento de carga horaria mínima, · Ausência de qualquer um dos profissionais que compõem as equipes por um período acima de 60 dias, · Inconsistência no CNES por duplicidade profissional, erro de registro e ausência de profissional.
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