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IESC-Territorialização e Determinantes em Saúde

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Territorialização e determinantes de saúde
Território é o espaço geográfico delimitado por divisões administrativas que dão origem a bairros, cidades, estados e países.
O território se transforma por diversos fatores e o principal é a ação humana. A ação humana modifica a paisagem, transforma o estilo de vida e gera riscos. Essas transformações afetam a todos, mas não são feitas por todos e para todos.
Desenvolvendo o raciocínio de que os territórios são transformados, essa transformação influencia a maneira de que se pensa em saúde da população. 
Nossa civilização ocidental desenvolveu um modelo econômico baseado na abundância relativa, isto é, os recursos do mundo são para todos e devem ser comercializados livremente pelas forças de mercado, mas os padrões de vida e consumo, não. Assim, caberá a algumas nações e povos trabalharem mais e fornecerem os recursos. E a outras consumirem. Umas viverão na abundância e outras na penúria.
 Ao pensar no desgaste ao meio ambiente, pensamos também nos processos de adoecimento. Os determinantes de saúde são influenciados por diversas questões políticas, econômicas, ambientais e culturais. Quando elas se somam, de maneira complexa, elas determinam a maneira como as pessoas obtêm saúde e como elas adoecem.
Território em saúde
O território em saúde é um lugar de entendimento do processo de adoecimento, em que as representações sociais do processo saúde-doença envolvem as relações sociais e as significações culturais. 
É o resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais e sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças. 
Muito mais que uma extensão geográfica, apresenta um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural, que o caracteriza e se expressa num território em permanente construção. 
Com suas singularidades, é um espaço com limites que podem ser político-administrativos ou de ação de um grupo de atores sociais. Internamente, é relativamente homogêneo, identificado pela história de sua construção e, sobretudo, é um local de poder, uma vez que nele se exercitam e se constroem os poderes de atuação do estado, das organizações sociais e institucionais e de sua população.
Território amorfo é o território apenas como um limite geográfico para a organização administrativa de atendimento à população.
Território ampliado é o território como um lugar que amplia o olhar da equipe de saúde, permitindo incorporá-lo ao processo de trabalho, visualizar melhor o processo de adoecimento, a manutenção da saúde e à gestão do cuidado.
O território ou área de saúde em que a equipe trabalha deve ser visto como uma ferramenta no processo de trabalho e o risco em saúde é visto como a probabilidade de ocorrência de um evento desfavorável. As áreas de risco são partes de um determinado território que, por suas características, apresentam mais chances de que algo indesejado aconteça.
Territórios de atuação da APS
Área representa o espaço-população adstrita, que estabelece vínculo com uma Unidade de Saúde, permitindo a melhor relação e fluxo população-serviço.
Microárea é a subdivisão do território-área, corresponde à área de atuação do ACS, espaços onde se concentram grupos populacionais homogêneos, de risco ou não, com vistas à programação das ações destinadas à melhoria das condições de saúde.
 
Moradia é o espaço de menor agregação social, permitindo aprofundar o conhecimento para o desenvolvimento de ações de saúde.
Territorialização
Territorialização é o processo de reconhecimento do território. Pode ser visto como uma prática, um modo de fazer, uma técnica que possibilita o reconhecimento do ambiente, das condições de determinado território, assim como o acesso dessa população a ações e serviços de saúde, viabilizando o desenvolvimento de práticas de saúde voltadas à realidade cotidiana das pessoas.
As fases da territorialização são: fase preparatória, coleta de dados e análise de dados. A fase preparatória é a de reunião entre a equipe de saúde.
Concepções de saúde e doença
Concepção fisiológica
Iniciada por Hipócrates, explica as origens das doenças a partir de um desequilíbrio entre as forças da natureza que estão dentro e fora da pessoa. 
Essa medicina centra-se no paciente como um todo e no seu ambiente, evitando ligar a doença a perturbações de órgãos corporais particulares.
Concepção ontológica 
Defende que as doenças são entidades exteriores ao organismo, que o invadem para se localizarem em várias das suas partes. 
Ela tem estado frequentemente ligada a uma forma de medicina que dirige os seus esforços na qualificação dos processos de doença, na elaboração de um diagnóstico exato, procurando identificar os órgãos corporais que estão perturbados e que provocam os sintomas. 
É uma concepção redutora que explica os processos de doença na base de órgãos específicos perturbados. 
Assume que a doença é uma coisa em si própria, sem relação com a personalidade, a constituição física ou o modo de vida do paciente.
O processo saúde-doença está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendimento às suas necessidades. Representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
Relatório Lalonde
O Relatório Lalonde foi muito importante no que se refere ao processo saúde-doença no modelo vigente atual. Ele entende a doença como resultado de interações entre o estilo de vida, o ambiente a biologia humana, e ela acaba sendo influenciada também pela organização da atenção à saúde.
Os determinantes do processo saúde-doença são: idade, sexo e fatores hereditários (individuais), estilo de vida, suporte social e comunitário, condições de vida e trabalho, condições socioeconômicas, culturais e ambientais.
Modelo de Dahlgren e Whitehead
O modelo de Dahlgren e Whitehead é um modelo de determinantes sociais, no qual há determinantes proximais e distais.
Determinantes proximais são características anatomofisiológicas. 
Determinantes intermediários são aspectos comportamentais que podem formar redes sociais de apoio as questões de vida e saúde. 
Determinantes distais são as políticas estruturantes da nossa sociedade. 
As intervenções nos determinantes sociais de saúde são baseadas em evidências e promotoras da equidade em saúde. 
Existem pontos importantes relacionados a esses determinantes que são a intersetorialidade e a participação social. Para visualizarmos todos esses setores temos que ter um olhar e uma prática intersetorial, interagir com a educação, com a segurança pública. A participação social é de extrema importância na modificação desses determinantes.

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