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REVISÃO IESC V n1 “Subjetivo” (S) Nessa parte se anotam as informações recolhidas na entrevista clínica sobre o motivo da consulta ou o problema de saúde em questão. Inclui as impressões subjetivas do profissional de saúde e as expressadas pela pessoa que está sendo cuidada (CANTALE, 2003). Se tivermos como referencial o “método clínico centrado na pessoa” (MCCP), é nessa seção que exploramos a “experiência da doença” ou a “experiência do problema” vivida pela própria pessoa, componente fundamental do MCCP (STEWART, 2010). “Objetivo” (O) Nessa parte se anotam os dados positivos (e negativos que se configurarem importantes) do exame físico e dos exames complementares, incluindo os laboratoriais disponíveis (CANTALE, 2003). “Avaliação” (A) Após a coleta e o registro organizado dos dados e informações subjetivas (S) e objetivas (O), o profissional de saúde faz uma avaliação (A) mais precisa em relação ao problema, queixa ou necessidade de saúde, definindo-o e denominando-o (CANTALE, 2003). Nessa parte se poderá utilizar, se for o caso, algum sistema de classificação de problemas clínicos, por exemplo, o CIAP (WONCA, 2009). “Plano” (P) A parte final da nota de evolução SOAP é o plano (P) de cuidados ou condutas que serão tomados em relação ao problema ou necessidade avaliada. De maneira geral, podem existir quatro tipos principais de planos (CANTALE, 2003): Planos Diagnósticos: nos quais se planejam as provas diagnósticas necessárias para elucidação do problema, se for o caso; Planos Terapêuticos: nos quais se registram as indicações terapêuticas planejadas para a resolução ou manejo do problema da pessoa: medicamentos, dietas, mudanças de hábitos, entre outras; Planos de Seguimento: nos quais se expõem as estratégias de seguimento longitudinal e continuado da pessoa e do problema em questão; Planos de Educação em Saúde: nos quais se registram brevemente as informações e orientações apresentadas e negociadas com a pessoa, em relação ao problema em questão. O que é MCCP? Para ser centrado na pessoa, o médico precisa ser capaz de dar poder a ela, compartilhar o poder na relação, o que significa renunciar ao controle que tradicionalmente fica nas mãos dele. Compartilhar poder exige equilíbrio e mediação com sensibilidade entre saber técnico, objetivo, e o sofrimento da pessoa, que é especialista em si própria. É um modelo de abordagem que facilita a compreensão e a execução das competências essenciais ao MFC. 3 MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença. Entendendo a pessoa como um todo - o indivíduo, a família e o contexto. Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas. Intensificando a relação entre a pessoa e o médico. ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA A comunicação entre o médico e a pessoa que busca atendimento A Lei do Eco Emocional nos fala que recebemos aquilo que damos. Quando demonstramos aborrecimento, aborrecemos as pessoas. O profissional de saúde, mesmo diante de tantos obstáculos, deve sempre tentar sorrir, uma vez que irá colher sorrisos, podendo abrir portas e compreender situações e sentimentos manifestados durante uma consulta médica. Um profissional com domínio de habilidades de comunicação sabe que não existe paciente “chato”; toda pessoa que procura um médico possui um grau de preocupação. E por este motivo ecoar sentimentos positivos pode ajudá-lo durante um dia de ambulatório desgastante. Técnicas e habilidades para obtenção de dados relevantes Perguntas abertas: Perguntas ou frases formuladas de tal maneira que obrigam o consultante a responder por meio de várias palavras. Exemplo: “Conte-me o que sentia naqueles momentos”. “Fale sobre essa dor de cabeça”. Devemos utilizá-las com mais frequência que as fechadas, sobretudo nessa parte da entrevista. Perguntas fechadas: Perguntas que podem ser respondidas apenas com um monossílabo. Exemplo: “Doutor: - A sua dor é tipo pontada? Paciente: - Sim”. Devemos utilizá-las propositadamente para obtermos respostas mais concretas da anamnese focal, bem como para pacientes tímidos ou que resistem em responder às perguntas abertas. Cardápio de sugestões: Oferecer opções ao paciente que indiquem o tipo de resposta ao paciente. Exemplo: “Esse sintoma iniciou há anos, dias ou meses?” Técnica da adesão sugerida: O entrevistador (em fluxo com o paciente) acrescenta um adjetivo ou um dado que pensa que o paciente quer ou está a ponto de expressar. Exemplo: “Paciente: -Estou com uma dor nas costas muito... (aponta para o local e muda o semblante para fácies de dor). Doutor: - irritante? Paciente: - Sim.” A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si. Diretrizes A Política Nacional de Humanização atua a partir de orientações clínicas, éticas e políticas, que se traduzem em determinados arranjos de trabalho. Entenda melhor alguns conceitos que norteiam o trabalho da PNH: ACOLHIMENTO, GESTÃO PARTICIPATIVA E COGESTÃO, AMBIÊNCIA, CLÍNICA AMPLIADA E COMPARTILHADA, VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR e DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS O que chamamos de TMC Refere-se a transtornos mentais menos rigorosos, sendo, às vezes, difusos e inespecíficos em comparação com outros quadros mais definidos pelos sistemas classificatórios e diagnósticos vigentes. São também menos distintos e socialmente menos perturbadores e, por isso, seu impacto e prevalência têm recebido pouca atenção por parte das políticas públicas e, consequentemente, do sistema de saúde, mais especificamente na APS. 03/09/2021 Morais & Segri, 2011 Fatores que aumentam a suscetibilidade a TMC Fonseca, Guimarães & Vasconcelos, 2008; Gonçalves & Kapczinski, 2008; Silva et al., 2010; Chandra & Satyanarayana, 2010; Jenkins, Mbatia, Singleton & White, 2010; Rocha et al., 2011; Jansen et al., 2011; Coutinho, Rodrigues & Ramos, 2012; Coutinho et al., 2012; Franken, Coutinho & Ramos, 2012; Lucchese, Bonfin, Vera & Santana, 2014. 03/09/2021 Eventos de vida estressantes e desempenho insatisfatório de papéis sociais Problemas interpessoais Internações hospitalares Problemas de saúde Acesso desigual aos cuidados de saúde Estar desempregado ou não ter nenhuma ocupação Condições inadequadas de habitação Abuso do tabaco e do álcool Sedentarismo Ser do sexo feminino Ser imigrante Baixo nível de escolaridade Vítimas de violência 10 Medicamentos disponíveis na rede pública Fluoxetina 20mg Amitriptilina 25mg Carbamazepina 200mg Lítio 300mg Clonazepam 0,5mg cp e 2,5mg gotas Diazepam 5 e 10mg cp Prometazina 25mg Risperidona 1 e 2mg Haldol 5mg 03/09/2021 Medicamentos disponíveis em todos, só depende da vontade!!! Carinho Abraço Aperto de mão Atendimento sem mesa separando profissional/usuário Compromisso Olhar nos olhos Prece mental Pensamento positivo na fala Cuidado 03/09/2021 BOA PROVA Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA
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