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HISTÓRIA MEDIAEVAL OCIDENTAL

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HISTÓRIA MEDIAEVAL OCIDENTAL
16/08/2021.
 - Islamismo ( profeta Maomé) e o Cristianismo os mais importantes.
Guerra Justa:
SANTO AGOSTINHO: A guerra seria um instrumento na busca pela paz, um “mal menor”, que levaria a um tempo de equilíbrio.
Ele não exume o pecado do homicídio apenas por ter sido cometido em uma “guerra justa” . MATAR NA GUERRA SE MATÉM COMO PECADO, mesmo que realizado em nome ou em ordem DIVINA (por influencia de autoridades que representam Deus na Terra).
O contato com os povos germânicos no período medieval não passou ilesa, nem pela cultura europeia em geral, muito menos pelas ideias gerais cultivadas pelo seio da IGREJA CATOLICA.
O processo de influencia mutua entre romanos e germânicos ocasionou uma transformação na mentalidade sobre a natureza da guerra, as batalhas não eram somente JUSTAS, mas também SANTAS.
· Morrer no campo de batalha significava um caminho direto para a salvação e a vida eterna, e matar nas mesmas circunstancia significaria caminhada junto ao perdão dos pecados.
CARLOS MAGNO: Imperador Carolíngio, símbolo da cristandade. Impôs com intensidade a oposição e combate aos considerados infiéis principalmente mulçumanos que ocupavam a Península Ibérica. 
EXPANSÃO DA FÉ:
CRISTÃ X ISLÂMICA
- Não cessaram durante a Idade Media.
Cruzadas:
Movimento de expedições militarem empreendidas pelos cristãos a partir do século XI (11) para reaver o controle da região de Jerusalém das mãos de população mulçumana, cidade essa considerada TERRA SANTA para ambas as religiões pode representar um síntese desses dois movimentos paralelos.
Há uma aproximação evidente entre CRISTÂOS E MUÇULMANOS, ainda que motivos ideológicos diferentes ambos as religiões desenvolvessem mentalidade legitimidade de justiça e verdade que cada doutrina buscou em seu contexto especifico.
Unidade I
CÁPITULO I – O MUNDO MEDIEVAL.
O que você pensa quando ouve falar em ‘Idade Média?”
- Idade das trevas?
- Pessoas só passavam fome?
- Época de retrocessos?
- Época de misticismo e supertição? ...
	 Mas se você pensou em uma época de grandes transformações econômicas e sociais, mil anos descobertas e criações artísticas e culturais. É a época do gótico, do gregoriano, das catedrais, dos palácios, época da cavalaria, do cavalheirismo, época das universidades e da solidificação da doutrina filosófica e teológica cristã, época do teocentrismo e de grandes figuras da literatura. Aí estamos no caminho certo.
Por Que Idade Média?
- Os homens “medievais” não se consideravam intermediários (médios).
		Por exemplo:
Nós, localizados temporalmente no século XXI, nós consideramos contemporâneos, afinal estamos no presente.
FRANCESCO PETRARCA (1304-1374): Com auxilio de outros renascentistas italianos como Michelangelo (1475-1564), cristalizou a expressão medium tempus (do latim). Tal expressão merecia os referenciais deformados que a Idade Média tinha construído sobre os valores antigos.
Recuemos um pouco ...
	No ano de 410 um Romano que estava na Palestina, recebeu a noticia de que Roma estava sendo invadida pelo um exército de bárbaros e ele escreveu o seguinte:
“Chegou-nos uma noticia apavorante Roma está sitiada! Eu sinto um nó na garganta, e choro quando escrevo isso. A cidade que conquistou o universo está agora sendo conquistada, e os seus habitantes morrendo de fome.
Quem poderia imaginar que Roma seria derrotada um dia?.
Os habitantes dessa cidade era a Senhora do Mundo, agora estão sendo vendidos como escravos.
Os que conseguem fugir, e que antes eram tão ricos, estão agora reduzidos à miséria.
E nós não podemos fazer nada, a mão sem gemer e chorar.”
							- São Jerônimo – 
Como ocorreu a invasão de Roma, isso pode ser visto de muitos pontos de vista diferente, mas como todo mundo (pessoa) ao envelhecer vai ficando mais frágil, com doenças e mais suscetível a perda de comandos, foi o que ocorreu com Roma. Ela cresceu muito no decorrer dos anos então ficou difícil administrar, teve brigas internas entre o Imperador e os Governantes, por causa desse crescimento ficou difícil proteger e monopolizar Roma, havia na época muitas doenças que estavam deixando seu povo mais fraco e ao mesmo tempo perdendo um pouco do patriotismo e isso foi definhando Roma aos poucos.
Também teve a chegada de alguns bárbaros que fugiram de seus país e começaram a viver em Roma prometendo cumprir suas leis, mas os bárbaros:
- Fugindo de outros bárbaros. (ex.: Hunos);
- Costumes diferentes;
- Dificultando a convivência, gerando mais conflitos;
- Religião.
	Com o tempo os chefes das tribos bárbaras que haviam entrado no Império deixaram de obedecer o Imperado Romano e se proclamaram Reis Independentes.
	O próprio imperador era muitas vezes controlados por seus generais, muitos de origem bárbara.Até que finalmente um desses generais, chamado Odoacro derrubou o Imperador Romulus Augustulus, e se proclamou, não mais imperador de Roma, ma apenas rei da Itália. (ano 476 – oficialmente o império romano deixou de existir)
	O império com suas leis, sua arte, sua religião, suas instituições, não existia mais. Reinava o caos.
	Nada restou de pé a não ser a Igreja Cristã.
	O trabalho evangelizador, de heroicos e abnegados personagens dessa história, operou uma das maiores e mais improváveis transformações da Historia. 
	Conheçamos essa história mítica e maravilhosa que a historia desse período nos legou.
COLOTILDE DA BORGONHA (474-545): Era princesa, filha do rei Childerico de Borgonha. Seu pai, sua mãe e seus três irmãos foram assassinados pelo tio para assumir o trono. 
	Somente foram poupadas Clotilde e outra irmã.
	Clovis, rei dos Francos novo senhor das Galia antiga província Romana, pediu a mão de Clotilde ele era pagão.
BATALHA DE TOLBIAC.
	No ano de 496 Clovis se envolveu numa batalha contra a tribo dos Alamanos.
Antes de marcha pra guerra Clovis prometeu que se converteria ao cristianismo se vence-se.
Durante a batalha, percebendo o perigo de ser derrotado, renovou sua promessa e rezou ao “Deus de Clotilde”, pedindo ajuda.
Surpreendentemente ele venceu a batalha, o rei inimigo foi morto, e os soldados alamanos se renderam.
Quando Clovis voltou ele contou a Clotilde sua promessa e pediu para se batizar. Foi instituído na fé católica pelo bispo Saint Rémy, e no dia do Natal de 4765 se batizou.
Juntamente com ele se batizou sua irmã e mais de três mil guerreiros. Muitos historiadores franceses comentam que o batismo de Clovis foi na verdade o “Batismo da França” a primeira nação cristã do mundo.
Durante o batismo a pessoa que vai receber o sacramento é também ungidas com os santos óleos.
Os cronistas medievais contam que, durante o batismo de Clovis apareceu uma pomba branca trazendo no bico uma ampola com o óleo santo.
Saint Rémy usou desse óleo para ungir Clovis.
Durante séculos sempre depois que um rei sagrado (coroado), ele passava caminhando entre duas filas de doentes, tocando em cada um dizendo “uma formula ritual: “o rei te toca, Deus te cure”.
Essa cerimônia continuou existindo toda idade media, idade moderna e idade contemporânea, enquanto ouve reis na França durante mais de mil anos.
CÁPITULO II – IDADE MÉDIA COMO PROBLEMA HISTORIOGRÁFICO.
Essa construção conceitual de “tempo intermediário” se deve á própria necessidade de valorizar seu próprio tempo.
De um esforço duplo entre os humanistas do século XIV (que viam na Idade Média o obstáculo para o resgate dos preceitos culturais Greco-romanos ) e os reformadores protestantes (que propunham o retorno ao texto sagrado...).
Dispostos a promover um esforço para resgatar o esplendor dos primeiros tempos do mundo, pensadores e artistas criticaram o uso medieval dos valores antigos e buscaram substituir a pureza e autenticidade filológica da Antiguidade Clássica.
Os humanistas modernos viam se incumbindo de fazer renascer a vida culturalmente rica daqueles tempos.
Com base nessa concepção o mito da “Idade das Trevas” foi erigido diante da formatação de outra denominação, o “Renascimento”.
Na segunda metade do século XVI (16), a caracterização “Idade das Trevas” foi ainda mais difundida,enquanto seu sentido renascentista se mantinha.
Para homens do século XVII (17), a Idade Média continuava sendo o período da ausência de civilização, da barbárie, da decadência artística, política e econômica do Ocidente.
Autores como:
DENIS DIDEROT (1713-1784)
VOLTARIE (1694-1778)
	Escreveram longas cartas e textos condenando o poder da Igreja Católica ao seu fanatismo durante o período medieval, alem de enfatizarem o pouco apego da Idade Média ao racionalismo.
JACQUES LE GOFF (1924-2014)
Insiste em considerar a permanecia d valores do período medieval até o século XVIII ( a longa Idade Média).
A filosofia do renascimento foi o período da história da filosofia na Europa que está situado entre a Idade Média e o Iluminismo. Ele inclui o século XV; alguns estudiosos estendem o seu começo a década de 1450 e o seu término ao final do século XVI ou ao começo do século XVII, sobrepondo a Reforma e a Idade Moderna.
O Iluminismo, assim, herdou o anti-medievalismo renascentista e protestante e o amplificou, agora sim, com um viés religioso.
A Idade Média tornou-se um período de inspiração para temas artísticos, antes da formalização do movimento romântico. Havia um vinculo claro com o nacionalismo.
O ponto de partida para essa crescente valorização foi a questão da identidade nacional, significativa no contexto da Revolução Francesa.
Desde o final do século XVIII, a história Medieval transformou no pivô de uma disputa política pelo passado, na qual estaria garantida a legitimidade de uma unidade cultural e, mais tarde, política dos povos europeus.
As analogias com o passado medieval ficaram cada vez mais frequentes.
Inicialmente, a intelectualidade alemã retomou as obras Germânia e Annales de Cornélio Tácito, ambas as escrituras do século 1ª da era cristã para afirmar virtudes germânicas e a ideia de um povo germânico livre.
No passado medieval surgiram os heróis trágicos, que encarnaram as virtudes nacionais da potencia nacional francesa. Virtudes como bravura, sacrifício e o senso de dever foram reconhecidas aos primeiros bravos do passado. (Roland, guerreiro de Carlos Magno e Joana D’arc, figuram como ícones de combate e expansão da ideia da liberdade da nação francesa.)
Vemos o universo artístico da pintura, da arquitetura e da musica confirmar ainda mais essa apropriação.
Podemos encontrar exemplos tanto na frança quanto na Alemanha, como obras de Eugêne Delacroix e Richard Wagner.
Ambos utilizaram temas oriundos da cultura medieval, consegrando-os, sob uma roupagem moderna, como ícones nacionais.
Alem disso, devemos ao século XIX o primeiro tratamento cientifico da História, por mais que tenhamos ressalvas aos métodos e as formas de abordagem.
Três historiadores se destacaram por essa era: (MEDIEVALISTAS)
· MARC BLOCH (1886-1944);
· JACQUES LE GOFF (1924-2014);
· GEORGES DUBY (1919-1996).
CÁPITULO III – ESTRUTURAS DA SOCIEDADE MEDIEVAL.
Para compreender as estruturas da sociedade medieval, devemos aprender sobre o FEUDALISMO/SISTEMA FEUDAL/SOCIEDADE FEUDAL/REGIME FEUDAL E FEUDALIDADE.
Alguns estudiosos sobre a Idade Média diferem sobre o tempo de duração do feudalismo:
· Transição do século IX para o século X, persistindo até o século XIII.
· Séculos XI e XIII.
· Durante toda Idade Média (do século V ao século XV).
Alguns autores definem o feudalismo como o conjunto de instituições que criam e regulam determinadas obrigações de obediência e serviço da parte de um homem livre denominado de senhor e obrigações de proteção e sustento da parte do senhor para com o vassalo;
A partir de um conjunto normativo, o vinculo feudo-vassalo era construído sobre permissão da reciprocidade.
Entretanto, ele somente podia funcionar se o “senhor” fosse mais poderoso que seu “vassalo”, obrigando-o a se submeter sem que pudessem negociar de igual para igual.
ROUBERT BOUTRUCHE: Abordou o “regime feudal”, definindo-o pela presença do contrato vassálico e do feudo – entendido como porção de direitos sobre uma terra.
Essa visão também sobreviveu em Jacques Le Goff, que a atualizou em seu manual. A civilização do Ocidente medieval, de 1964.
De acordo com Jacques Le Goff, um dos principais estudiosos da Idade Média, o feudalismo é “um sistema de organização econômica, social e política baseado nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados — os senhores —, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com que viver”.
O feudalismo foi um modelo social e econômico que vigorou dos séculos V ao XV, na Europa Ocidental, e que marcou profundamente a Idade Média. Esse modelo era baseado na terra e, por meio dela, constituíam-se a atividade econômica e a estrutura social.
	O conceito de feudo se transformaria em uma das concepções mais combatidas e contraditoriamente utilizadas pelas diferentes teses sobre o “feudalismo”.
	Para entender como a sociedade europeia se transformou depois das invasões dos bárbaros, com a queda do Império Romano precisaram considerar algumas questões.
· Sociedade pré-medieval: Durante a História Medieval, o Feudalismo foi uma organização política, econômica e jurídica baseada na posse de terras, prevalecendo as relações de vassalagem e suserania. A sociedade feudal era composta por camadas sociais bem distintas (clero, nobreza e servos).
CÁPITULO IV – O ANO MIL – MILENARISMO CRISTÃO.
JULES MICHELET (1798-1874)
	Espalhou a ideia de que o ano 1000 teria sido aguardado pelo povo numa atitude que misturava terror (o Juízo) e esperança (castigo dos ricos, triunfo dos pobres).
	Lembremos-nos das noticias milenaristas de que tanto se falou às vésperas do ano 2000, parece correto pensar que temores e esperanças suscitados pelo livro Apocalipse não são apenas fato ligado a datas ou períodos especiais do tempo, mas uma dimensão permanente de fé cristã.
CARLOS MARTAL (688-741) – Pepino, o breve.
	Formou um exercito organizado que derrotou os árabes no ano 732, na Batalha de Tours, ou Batalha de Poitiers.
A partir dessa derrota os árabes começaram a recuar, foram expulsos da França .. ele foi considerado rei, sagrado e ungido em 751, sendo assim aceito por todos os nobres.
Em 754, o próprio papa Estevão II renovou essa sagração, catedral de Reims. Em homenagem a seu pai, a nova dinastia ficou sendo chamada de Dinastia do Carolíngios, que ficou muito aliada ao Papa e à Igreja.
Mas foi Carlos Magno que marcou a fundo o imaginário e os corações do homem medieval.
O nome “Carlos Magno” significa “Carlos, o Grande”.
Ele foi filho de Pepino “o Breve”, e se tornou rei dos Francos após a morte de seu pai, no ano 768, seu reinado durou 46 anos. Grande admirador do Império Romano e tinha o desejo de o reestabelecer.
Logo após sua morte seus filhos não conseguiram manter seu Império, eles brigaram entre si e acabaram colocando um fim no reinado e legado de seu pai.
17/08/2021.
Unidade II.
Capitulo I - A CAVALARIA MEDIEVAL.
A cavalaria foi uma instituição criada pela Igreja e pela cultura medieval para civilizar os costumes bárbaros e transformar aqueles homens semisselvagens em verdadeiros “cavalheiros”, respeitadores do próximo, defensores das mulheres, guerreiro de Deus.
Foi a transposição dos ideais de serviço e honra que existiam no feudalismo para as relações entre homens e Deus: assim como os reis da terra tinham seus vassalos que o serviam, assim também Deus do Céu tinha seus vassalos, que eram os cavalheiros.
Os bárbaros eram tão guerreiros e belicosos que imaginavam o Céu como denso uma batalha eterna.
Quando eles se converteram ao cristianismo, a Igreja usou duas sábias medidas para dirigir essa vontade de guerrear. 
- A primeira medida foi limitar as lutas entre os nobres, com leis chamadas “Tréguas de Deus”: era proibido combater-nos 40ª dias da QUARESMA, nos 40ª dias do ADVENTO, nos dias santos.
Depois, aos poucos a Igreja foi estendendo essas proibição para os outros dias, como os sábados e os domingos. Além disso, proibia o uso de certas armas – a besta, por exemplo – na luta entre cristãos.- A segunda medida que a Igreja adotou foi dirigir essa vontade de lutar para defender as pessoas fracas, ou ainda combater os agressores da cristandade, como por exemplo, os muçulmanos em guerra contra os cristãos.
A Igreja tentou fazer com que a CAVALARIA fosse o exército de Deus, qualquer rapaz poderia se tornar um cavalheiro, embora isso fosse mais comum entre os nobres, mas nem todo nobre era automaticamente um cavalheiro.
Havia regras para ser admitido à “Ordem da Cavalaria”.
Para ser “ordenado” cavalheiro o rapaz precisava ser “armado” por outro cavalheiro. Isso poderia acontecer antes ou depois de uma batalha, ou por ocasião de uma festa religiosa como PENTECOSTES, ou PÁSCOA. Havia rituais diferentes para armar um cavalheiro.
O rito militar previa que a cerimônia poderia se realizar num CASTELO, onde se purificava com um banho e depois era vestido pelos convidados de honra, recebia as esporas nos pés e era revestido com uma cota de malha e um elmo e tinha a espada presa a cintura, depois o padrinho dava um tapa na nuca e dizia as palavras: “ Seja um cavalheiro verdadeiro e corajoso contra seus inimigos” ou “ Seja fiel ao seu senhor” ou ainda “Seja valoroso”. A seguir o cavalheiro agitava sua espada no ar e montava no seu cavalo sem estribos e atacava um manequim com um golpe de lança.
O ritual religioso começava com uma vigília de armas o cavalheiro corajoso começava com uma noite inteira numa capela ou Igreja em pé ou de joelhos, rezando diante de suas armas que eram postas sobre o altar. Pela manha se confessava e assistia a missa e recebia a comunhão, em seguida o sacerdote benzia todas as suas armas e em especial a espada e depois essas armas eram entregues sempre por outro cavalheiro. 	O sacerdote então lhe fazia um sermão exortando a que se usa bem as armas pra glória de Deus, o tapa as vezes eram substituídos por 3 golpes de lado da espada sobre os ombros do cavalheiro, em seguida ele saia da Igreja ou capela e cavalgava para dar um golpe de lança novamente no manequim.
O cavalheiro se obrigava a respeitar certas normas consagradas pelo costume e que formavam o “Código da Cavalaria”.
Essas normas nunca foram escritas na época, mas foram deduzidas do exame da vida dos cavalheiros. Foram 10 mandamentos que todo cavalheiro cumpria para ser digno de seu titulo. 
Os 10 Mandamentos do “Código da Cavalaria”:
1º mandamento: Acreditaras em tudo que a Igreja ensina e obedecerás a seus mandamentos;
2º mandamento: Defenderás a Igreja;
3º mandamento: Respeitaras os fracos;
4º mandamento: Amarais o país em que nasceste;
5º mandamento: Não recuarás diante do inimigo;
“ Mais vale morrer que covarde ser” (lema dos cavalheiros).
6º mandamento: Farás ao infiel guerra sem trégua e sem mercê;
7º mandamento: Cumprirás exatamente seus deveres feudais se não forem contrários á lei de Deus;
8º mandamento: Não mentirás e será fiel a palavra dada;
9º mandamento: Serás generoso e farás liberalidade a todos;
10º mandamento: Combater o mal e defender o bem.
O décimo mandamento era bem representado pela oração de benção ao novo cavalheiro:
“Oh Deus, Vós só permitistes aqui na terra o uso as espada para combater a malícias dos maus, e para defender a justiça. Fazei, pois, que vosso cavalheiro jamais utilize do gládio para lesar injustamente quem quer que seja; mas que se sirva dele para defender, aqui na terra, o que é justo e reto.”
CÁPITULO II – A IGREJA CATÓLICA NA IDADE MÉDIA.
O século II e III da era cristã foram marcados por grande instabilidade.
Entre a morte do Imperador Cômodo em 192 e a chegada ao poder de Diocleciano em 284, o Império Romano sofrei pressões dos bárbaros ao longo do rio Danúbio, o fortalecimento do Exército e a insegurança generalizada provocada pela inflação e pelo aumento dos impostos.
Esses períodos de instabilidade e tentativas de solucionas os problemas administrativos do Império foi chamado pela historiografia de “crise do século III”.
A crise do Império Romano foi marcada pela pressão do Exército na escolha e na deposição dos imperadores, o que resultou em conflitos para a determinação dos candidatos à insígnia imperial.
Diocleciano que esteve no poder entre 284 e 305, tomou como tarefa a reconstrução do Império e , para tanto, estabeleceu algumas medidas importantes.
Diocleciano ficou como o imperador que levou a cabo a “grande perseguição” contra os cristãos.
Em 303, ele publicou um edito que ordenava a queima de todos os exemplares das Escrituras e a destruição dos locais de culto cristãos.
Pelo édito, os cristãos estavam proibidos de se reunir, eram destituídos do direito de cidadania e seus bispos seriam aprisionados.
A repercussão da “grande perseguição” foi sentida mais fortemente no Oriente, uma vez foi primeiramente nessa região que nasceu o cristianismo e ganhou força entra a classe média urbana.
Desse modo, um importante tema de estudo para esse período é o deslocamento do cristianismo para o Ocidente, que fez se adaptar a um contexto muito diverso daquele no qual surgira.
Com a morte de Constâncio, sucessor de Diocleciano, o poder imperial foi assumido por seu filho Constantino.
A ascensão de Constantino foi uma etapa crucial tanto para o reconhecimento do cristianismo quanto para a pacificação do Império e sua reunificação.
A partir daí essa religião até então marginalizada transformou em uma instituição envolvida com as questões do poder, pregando um discurso universalista de igualdade, que passou a ser tão grande quanto o próprio Império. 
Um dos momentos decisivos da história Ocidental e mesmo mundial produziu-se em 312 na imensidão do Império Romano.
Essa data remete a conversão de Constantino ao cristianismo, que transformou o trono romano cristão e a Igreja em uma força política. Constantino foi o primeiro imperador a se converter pessoalmente ao cristianismo.
A conversão de Constantino não tomou o cristianismo a religião oficial de todo o Império, mas foi uma atitude fundamental, pois tomou possível a expansão do cristianismo e o reconhecimento de sua importância e de sua igualdade em relação ao paganismo ainda dominante.
Constantino também não foi o único responsável pelo fim da perseguição aos cristãos, mas favoreceu o cristianismo em face do paganismo bem como se esforçou para centraliza-lo.
É importante que nos lembremos de que, no momento da conversão de Constantino, apenas 5% ou 6% da população era cristã.
É importante ressaltar também a mudança realizada por essa conversão, que colocou o cristianismo no primeiro plano da cena histórica e fez à salvação dos homens a finalidade do próprio ato de governar.
A entrada solene de Constantino como cristão em Roma, em 29 de outubro de 312, mascou a fronteira entre a Antiguidade pagã e a Era Cristã. Em 313, Licínio e Constantino reuniram-se em Milão para entrar em acordo sobre tolerância que deveria haver entre cristãos e pagãos.
Durante o seu governo, a Igreja ganhou outro papel: de instituição tolerável, passou a ser uma instituição protegida pelo Império e suplantou a preponderância do paganismo.
No ano 391 a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império Romano.
A partir deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e ganhar força no continente europeu. Nem mesmo a invasão dos povos bárbaros (germânicos) no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo.
Durante a Idade Média (século V ao XV) a Igreja Católica conquistou e manteve grande poder. Possuía muitos terrenos (poder econômico) influenciava nas decisões políticas dos reinos (poder político), interferiu na elaboração das leis (poder jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a sociedade (poder social).
Muitos integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes para a preservação da cultura.
Os monges copistas dedicavam-se à copiar e guardar os conhecimentos das civilizações antigas principalmente, dos sábios gregos.
Graças as esses monges essa cultura se preservou na época do Renascimento Cultural.
Os membros da Igreja Católica colocavam em prática os fundamentos do cristianismo.
Os monges franciscanos,por exemplo, deixaram de lado a vida material para dedicarem-se aos pobres.
A cultura na Idade Média foi muito influenciada pela Igreja Católica, as pinturas, esculturas e livros eram marcados pela temática religiosa os vitrais das Igreja ilustrava cenas bíblicas, era uma forma temática, didática e visual de ilustrar o evangelho para uma população quase totalmente não alfabetizada.
Neste contexto o papa São Gregório (papa entre os anos 590 e 604) criou o canto gregoriano.
Era uma outra forma de transmitir as informações e conhecimentos religiosos através de um instrumento simples e interessante: a música.
Em 197, Tertuliano defendia que o homem não nascia cristão, mas escolhia o cristianismo.
Três séculos mais tarde, o batismo transformou em um dos sacramentos mais importantes da Igreja, juntamente com a eucaristia.
Os catecúmenos, ou seja, aqueles que escolhiam ser cristãos, eram instituídos com livros e foram escritos para orientar os bispos na educação daqueles que abraçariam a fé cristã.
Foi nesse período que começou a defesa do batismo da criança, baseando-se no fato de que, embora não nascesse cristão, nascia-se pecador e isso legitimava o batismo daqueles que nem ao menos podiam declarar uma vontade. ( Agostinho Hipona, foi um dos defensor do batismo da criança).
No século 6º, as crianças já eram batizadas.
Naquele período, a declaração explicita da vontade de se converter era um pressuposto fundamental para se tornar cristã.
Foi na Idade Média que a teologia e a filosofia tiveram diversos exponentes do pensamento humano: Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino.
CÁPITULO III – AS CRUZADAS.
	Foram expedições guerreiras organizadas pelas Igrejas Católicas da Europa entre os séculos 11 e 13, para conquistar a “terra santa” ( lugares em que Jesus Cristo viveu e morreu)- Jerusalém , que estavam nessa época em poder dos mulçumanos.
 	O nome “cruzadas” veio da cruz vermelha que os guerreiros católicos usavam sobre o peito, e por isso eram chamados de “cruzados”.
	Durante esse período de 3 séculos aconteceram nove ou dez cruzadas principais, algumas de grande importância histórica, outras de bem menos.
	O antagonismo entre o Cristianismo e o Islã provocou, desde o século IX (9), uma série de guerras entre esses povos, as mais importantes foram as guerras da Reconquista da Espanha.
	Mas os cristãos nunca se aventuraram nessa época a ir atacar os mulçumanos lá nas terras do Oriente Médio, onde estavam os lugares Santos.
	Isso porque para eles o Oriente estava muito longe.Além disso, os árabes que dominavam a Terra Santa eram tolerantes, e permitiam que os peregrinos cristãos que desejassem fosse livremente visitar Jerusalém, Belém, e todos os lugares em que Jesus havia vivido. 
	Na segunda metade do século XI os mulçumanos árabes foram conquistados por outros mulçumanos, de raça turca, descendentes dos antigos Hunos que haviam antigamente invadido o Império Romano.
	Esses turcos eram muito mais intolerantes que os árabes, proibiram peregrinações que os católicos faziam Terra Santa, e expulsaram ou mataram os cristãos que viviam lá.
	Essas noticias provocaram uma grande indignação na Europa, e começou-se a falar de uma cruzadas contra os turcos.
	A intenção tornou-se oficial quando o Papa (Urbano II), em 1095, pediu que todos os senhores feudais católicos se unissem em uma cruzada contra os turcos.
	Na primeira Cruzada os nobres europeus se preparavam com ordem. Todos marcaram um encontro em Constantinopla capital do Império Bizantino.
	Lá, três exércitos feudais se reuniram, sob o comando do nobre Frances Godofredo de Buillon.
	Penetram juntos no território turco ( em pleno verão e sofram muito com a falta de água). Sempre marchando, cercaram e foram depois cercados na cidade de Antioquia, venceram finalmente os turcos em uma batalha terrível, e atacaram e ocuparam Jerusalém em 1099.
	Um dos episódios mais espetaculares da Primeira Cruzada foram as batalhas para ocupar e manter a cidade de Antioquia, no caminho de Jerusalém.
	A cidade era fortificada, e estava ocupada pelos turcos. Os cruzados a cercaram e depois de oito meses de luta, conseguiram entrar na cidade. Entretanto, logo depois, outro exercito turco sitiou a cidade, e os cruzados ficaram presos dentro dela, quase sem comida.
	A situação tornou-se critica, e quando alguns pensavam em se render aos turcos, um monge declarou que Santo André lhe havia aparecido em sonhos, dizendo que sob o altar de determinada igreja da cidade estava enterrada a “lança de Longino” (a lança que teria transpassado o coração de Jesus, se encontrassem essa lança deus lhe daria a vitoria), fizeram a escavação e encontraram a ponta da lança. Isso animou os cruzados, que – depois de rezarem e fazerem jejum por cinco dias- atacaram e venceram os turcos, que fugiram em debandada.
O caminho para Jerusalém estava agora aberto. Em 6 de julho de 1099, três anos depois do inicio da expedição, os cruzados finalmente chegaram diante de Jerusalém, com o exercito muito enfraquecido.
Todos os poços e fontes de água das redondezas haviam sido entulhados pelos mulçumanos. Apesar disso no dia 15 de julho 1099, os cruzados usando torres de assalto, invadiram a cidade.
Alguns senhores feudais retornaram à Europa, enquanto que outros ficaram no Oriente, e dividiram as terras, criando pequenos estados, e o Reino Cristão de Jerusalém, onde o primeiro rei foi Godofredo Buillon.
Para proteger os Lugares Santos de futuros ataques, criaram-se também Ordens Militares, compostas de monges-guerreiros. A mais importante dessas ordens foi a dos Templários. Também construíram castelos e fortalezas em vários locais. A mais poderosa dessas fortalezas foi o Krak dos Cavalheiros da Síria.
Como era de se esperar, os turcos contra-atacaram os reinos e estados cristãos que haviam se formado, e novas cruzadas foram sendo convocadas, primeiro para defendê-los, e depois para recuperar os que haviam caído em posse dos turcos.
Jerusalém foi retomada em 1187, pelo Sultão turco Saladino.
Alguns reis da Europa se uniram para contra0atacar, mas foram derrotados. O ardor religioso foi se esfriando bastante.
Os comerciantes europeus de Gênova e de Pisa que haviam se enriquecidos com o comércio, estavam mais interessados com a posse dos portos da Síria que com a de Jerusalém.
E as ultimas cruzadas tiveram objetivos mais comerciais que religiosos.
Quando as conquistas dos cristãos na Primeira Cruzada começaram a ser ameaçadas pelos turcos, a Igreja convocou a Segunda Cruzada, e São Bernardo, famoso pregador, foi encarregado de convocar o povo e a nobreza para esse empreendimento O encontro foi marcado na pequena cidade “vezilé” em um domingo de Páscoa em 1146.
Um grande palanque foi erguido numa colina perto da cidade, e na hora marcada apareceram juntos o monge Bernardo e o rei da França, Luis VII, “representando” – como comenta um historiador – “as vontades conjuntas da terra e do céu”. Em meio ao grande entusiasmo de todos São Bernardo falou:
“Vós o sabeis, vivemos num tempo de castigos e de ruínas; o inimigo dos homens espalhou por toda a parte, o sopro da corrupção, por toda a parte só vemos saques impunes.
“O demônio da heresia sentou-se na cátedra da verdade.
“Hoje esses santos lugares, enrubescidos pelo Sangue do Cordeiro sem mancha, estai entregues aos inimigos de nossa fé e foram nossos pecados que fizeram desabar essa tempestade sobre o santuário da religião!
Que esperais para reparar tantos males e para vingar tanto ultrajes?
Sim, o Deus vivo me encarregou de vos anunciar que castigará a todos os que não o defenderem contra seus inimigos. Todos, pois, ás armas!
Que santa cólera vos anime ao combate e que no mundo inteiro ressoem estas palavras do profeta: “Infeliz daquele que não ensanguentar sua espada!””
	
	Todos os cavalheiros e barões aplaudiram a eloquência do abade de clara Val, o rei vivamente comovido pelas palavras que acabará de ouvir lançou-se na frente de todos aos pés de São Bernardo, pedindo-lhe a cruz, pediu a todos para seguir o seu exemplo. Os homens vieram e receberam duas tirasmarcadas no peito em sinal da cruz, quando as tiras acabaram São Bernardo tirou suas vestes e fez mais tiras, esse era o espírito que moviam os corações de milhares de homens muitos deles pais de família abandonaram tudo e todos.
CÁPITULO IV– AS CIDADES MEDIEVAIS E A ECONOMIA COMERCIAL.
Os progressos das cidades medievais foi um dos temas que gerou mais controvérsias, no trato sobre as problemáticas sobre o feudalismo. Especialmente porque diante da experiência urbana moderna cuja referencia, concentra-se no progresso material e intelectual, parecia um contra senso compreender esse fenômeno aliado à experiência feudal.
Explicar o desenvolvimento urbano do Ocidente durante os séculos 11 e 13 significava defender a necessária oposição entro o ambiente rural feudalizado e o ambiente urbano progressista. 
O fenômeno de “renascimento” das cidades medievais é visto como um movimento de oposição e de liberdade do modo de vida feudal. O “renascimento das cidades” esteve relacionado unicamente ao “renascimento do comércio no século 11”.
Esses “renascimentos” estavam ligados aos surgimentos de novas rotas comerciais, estabelecidas pelos comerciantes saídos dos subúrbios episcopais. 
Com o declínio do grande comércio entre o Oriente e o Ocidente e o advento das invasões normandas, os séculos 9º e 10º representariam um período de desagregação do ambiente urbano que tinha sobrevivido à época merovíngia.
Nos séculos 9º e 10º subsistiam apenas dois tipos de aglomeração urbana:
· Cidade: antiga capital de circunscrição administrativa sob o Baixo Império Romano tornou-se a sede episcopal, de onde o clero administrava o seu “rebanho”.
· Burgo: periferia que surgiu como organismo militar criado para resistir às invasões normandas.
O progresso das técnicas agrícolas e o crescimento da produção agrária deram origem ao excedente agrícola, que estaria disponível para o comercio, Desse modo, os primeiros mercados ocidentais teriam o papel de vender esse excedente.
Criaram-se assim pontos de aglomeração humana atrativos inclusive para mercadores estrangeiros. Os burgos trouxeram ideias novas de emancipação do poder senhorial, entrando em conflito com a organização senhorial pré-existente.
Com base na formação de pequenas associações (comunas) comerciais, os mercadores pretendiam vencer a resistência dos senhores laicos e eclesiásticos, administrando livremente o ambiente e os frutos das negociações comerciais.
Fatores que estimularam o crescimento das cidades a partir do século X, segundo Le Goff:
1) Aumento da produção agrícola;
2) Crescimento demográfico;
3) Desenvolvimento comercial;
4) Desenvolvimento cultural.
A melhora nas condições de vida no campo, especialmente na alimentação, estimulou o crescimento demográfico.
Grande parte dos autores defende que as cidades medievais tiveram inúmeras origens.
Além da cidade originarias da Antiguidade, ao longo dos séculos 10 e 13 foram criadas muitas outras cidades. Elas se desenvolviam perto de monastérios ou de castelos, como ambiente de refúgio, como pontos estratégicos para ações políticas, ou ainda como centros de atração política.
Nas cidades camponesas, as famílias trabalhavam muito. Além de cuidar das terras do senhor do feudo, homens, mulheres e crianças faziam á colheita, moíam os grãos e construíam pontes, estradas, estábulos e moinhos.
Ao mesmo tempo, cultivavam seus lotes e cuidavam dos animais e dos trabalhos artesanais e domésticos. Os camponeses viviam em cabanas cobertas de palha, com piso de terra batida e a área interna escura, úmida e enfumaçada.
Em geral as cabanas tinham apenas um cômodo, que servia para dormir e guardar alimentos e até animais. Os móveis bastante rústicos resumiam-se à mesa e bancos de madeira e os colchões de palha.
No almoço ou no jantar comiam quase sempre pão escuro e uma sopa de vegetais, legumes e ossos. Carne, ovos e queijo eram caros demais, só em ocasiões especiais. Em vários períodos houve falta de alimentos e a fome se espalhou por muitas regiões da Europa, vitimando, os mais pobres.
Na mesa dos nobres, entretanto, não faltava uma grande variedade de peixes e carnes, quase sempre secas e salgadas, para conservar durante o inverno.
O vinho era consumido em grande quantidade em quase todas as regiões, e os habitantes do norte da Europa também costumavam consumir a cerveja.
As festas, em especial as de casamentos duravam dias com bebida e comida farta e diversificada: serviam-se vitelas, cabritos, veados e javalis, acompanhados de aves como cisnes, gansos, pavões, perdizes e galos.
Havia também apresentações de cômicos, acrobatas, dançarinos, trovadores, cantores e poetas, para a diversão dos convidados. Os jogos e a bebida, bastante comuns nas tavernas de todas as cidades, atraiam os homens que consumiam muito vinho, jogavam dados e se envolviam em brigas e confusões.
Por isso, o clero amaldiçoavam as tavernas, apontadas como antros de perdição, mas nem por isso conseguiam acabar com elas. Ao contrario, esses costumes se acentuaram cada vez mais, com o crescimento dos centros urbanos.
Nas cidades aglomeravam-se e conviviam todos os tipos de pessoas e profissões: ricos, comerciantes, taberneiros, artesões, padeiros, relojoeiros, joalheiros, mendigos, pregadores, vendedores, ambulantes, menestréis, etc. 
Analfabeta, em sua maioria, a população falava a língua dominante em sua região de origem e os idiomas ainda hoje falados na Europa foi formada nessa época, em consequência dos contatos com pessoas e com línguas de origem germânica ou de outras regiões com o latim a língua romana.
Como não sabiam ler essas pessoas só tinham acesso a literatura por meio de artistas que se apresentavam em publico para ler e contar historias, declamar poesias ou cantar e encenar espetáculos de teatro nas praças, ruas e tavernas das aldeias e cidades, muitas vezes durante as festas.
As moradias dos nobres também se modificaram bastante ao longo do tempo, ate o século 12º seus castelos em uma torre onde habitavam a família do senhor, a partir dos anos 1200 tornaram-se comum as construções em pedras e tijolos e os castelos ganhavam novas dependências como celeiros, estábulos, muralhas, fossos, torres de vigília para sua defesa. A mobília também se sofisticou os nobres passaram a usar tapeçaria e pratarias vinda do Oriente.
Como sabemos na Idade Média a maior parte da população da Europa Ocidental vivia no campo, isso acabou gerando a diminuição da vida urbana e diminuição da atividade comercial, a penas co mas Cruzadas a partir do século 11 é que essa realidade começou a se transformar.
O movimento provocado pelas Cruzadas trouxe o crescimento das rotas comerciais entre o oriente e o ocidente, pelo mar Mediterrâneo, assim como das rotas localizadas no interior da própria Europa.
A intensa atividade comercial, por sua vez, favoreceu o desenvolvimento das cidades.
O comercio e a formação de cidades provocaram profundas mudanças no cenário europeu.
Após alguns séculos as estruturas da sociedade feudal não seriam mais predominantes no continente. Surgiram, então, novos grupos sociais enriquecidos pelos comércios e desejos de controlar também o poder político. 
Além disso, com as Cruzadas, os europeus passaram a usar novos produtos trazidos do Oriente, como gengibre, pimenta, canela, cravo-da-índia, óleo de arroz, açúcar, figos, tâmaras e amêndoas.
Tapetes vieram substituir a palha e o junco, usados para forrar o chão dos castelos. As sedas e os brocados modificaram as vestimentas, e espelhos de vidro substituíram os discos de metal polido usados até então.
As universidades, a partir do século XII (12), se multiplicaram pela Europa. As principais da época surgiram em: Bolonha (1158), Paris (1200), Cambridge (1209), Pádua (1222), Nápoles (1224), Toulouse (1229).
Nas universidades os alunos e professores se se dedicavam a diversas áreas do conhecimento, como artes, gramática, matemática, retórica, direito, medicina, teologia. O ensino era dado em latim.
Unidade III.
23/08/2021.
CÁPITULO I - A MULHER NA SOCIEDADE MEDIEVAL.
	Temos que rever algumas analogiasfeitas sobre a época, uma delas é sobre as mulheres que eram retratadas como submissa á figura masculina,. Está ideia nasceu de um preconceito muito comum ode se achar que por ter sido uma sociedade orienta pela Religião Católica Cristã, a figura da mulher estaria diretamente associada ao pecado, seja pela narrativa do Genesis ou seja pelo corpo feminino leva à luxuria.
Sociedade Cristã Católica.
Mulheres associada ao pecado ( Genesis).
Eva como aquela induz Adão (maçã).
Corpo Feminino Leva à concupiscência e luxúria.
	 É de fato que as raízes (cristianismo primitivo) da Idade Média nunca atribuíram à mulher nenhuma detenção de inferioridade ou de detenção do pecado em relação ao homem.
	O cristianismo entende compreende que o ser humano, tanto a mulher quanto o homem, está exposto ao mal, porque é livre – tem liberdade para aceitar ou negar o bem a graça. 
	Como os homens as mulheres possuíam grande transito perante a sociedade, não lhes era negado espaço a partir de determinações políticas e religiosas como bem nota a historiadora francesa Regina Pernoud : “O mito da idade média”. Certas mulheres desfrutaram de certo poder na Idade Média. Segundo Regina:
“Nos atos é muito frequente ver uma mulher casada agir por si própria abrindo, por exemplo, uma loja ou um negocio, e isto sem ser obrigada apresentar um autorização do marido.”
“ Finalmente, os registros das derramas ( nós diríamos os registros dos recebedores), quando nos foram conservados, como é o caso de Paris, no fim do século XIII, mostram uma multidão de mulheres que exerciam profissões: professora, médica, boticária, educadora, tintureira, copista, miniaturista, encadernadora, etc.”
No que se refere as praticas das mágicas e bruxarias a figura estava sim diretamente relacionada, isso acontecia devido as misturas culturais de ritos pagãs. Essa definição se levou porque a sociedade precisava de “um bode expiatório” para os problemas de seca, entre outros. Não era algo relacionado ou falado pela Igreja Católica, mas foi algo que entrou na Inquisição para tentar conter os linchamentos públicos que aconteciam sem julgamento e de forma desorganizada. As caças as bruxas só se tornou algo com símbolo religioso na Idade Moderna, quando a sociedade civil já havia se sobreposto sobre a autoridade da Igreja. 
Na Idade Média a vida de uma mulher era dividida em três partes:
- Infância: durava 7 anos;
- Juventude: aos 14 anos;
- Adulta (vida de mulher) : doas 14 aos 30 anos, havendo qual ela entra na velhice.
	Já o homem é considerado velho a pena com 50 anos. Quando nasce a criança rica é confiada a uma AMA, enquanto os pobres tem cuidar pessoalmente de seus RN, aos 2/3 anos o RN é desmamado esse é um período crucial 1 em cada 3 crianças não sobreviviam antes de completas os 5 anos de idade, muitas vezes por que na pobreza as crianças são abandonadas, ainda mais se for uma menina. Aos 7 anos as meninas de família rica prendem a bordar ou tecer fita é idade que podem ser oferecidas ao monastério ou então aprender ler e escrever ou a um noivado. No campo a garota fica com a mãe para cuidar da casa e da lavoura, tecelagem e dos animais. Mesmo com mulheres casadas elas podem trabalhar, seus salários não são muito inferiores aos dos homens.
	A mulher ideal medieval deve ser magra, ter o cabelo loiro ondulado, pele clara, a boca rosada, dentes brancos, os olhos pretos e nariz reto e fino, os peãs e as mãos são finos e elegantes, o quadril estreito, as pernas finas mais curvadas, os seios pequenos, a pele firme e a testa alta.
	O casamento medieval é evento de grandes festas, os casamentos entre os nobres é uma maneira de festejar alianças e ampliar terras e riquezas. A idade do casamento é entre 13/16 anos entre as mulheres e 20/30 anos para os homens. Profundamente religiosa a sociedade medieval precisava de um modelo para as demais mulheres, que enxergavam em Maria, mão de Jesus o ideal comportamento de mãe, esposa, virgem e mulher. 
	Lembrando que os dois momentos mais importantes da vida de uma mulher é o matrimonio e o nascimento de seus filhos.
CÁPITULO II– ESTUDOS DA NOVA HISTÓRIA DO MUNDO MEDIEVAL.
	O importante combustível para essas movimentações é a religião do cristianismo, e os debates teológicos empreendidos nesse período. 
Cosmovisão na Idade Média:
- Matriz simbólico de experiências.
- Uma realidade sensível, física.
- Experiência imediata com o Medieval.
- Corpo (carne) se conecta com o sentido religioso.
	Apesar de se possível entrever uma matriz da sociedade Ocidental contemporânea na história da Idade |Média, os conceitos utilizados, apesar de guardarem semelhança ou exatidão quando a sua forma, a palavra, seus significados encontram na dimensão da experiência histórica e da significação humana dada no transcorrer desse tempo que é histórico.
	A cristandade medieval representa a pessoa dotada por um corpo perecível e sua existência está em divida com a força de criação divina, em coabitação ao corpo está a alma (imortal) que é também devedora da força da criação.
	A Idade Média está marcada pela aceitação de dualidades como a alma e o corpo, mas também de categorias como a carne e o espírito (configurado coo moralizantes).
	A Igreja Cristã em seus primórdios (cristianismo primitivo) preconiza a metáfora de um corpo glorioso da pessoa de Cristo que carrega o símbolo da permanência do Verbo da criação entre nós.
	A figura do corpo de Cristo é então projetada para o corpo de cada cristão – nascer, morrer e ressuscitar em grande glória. O pecado não deprime esse corpo-templo redimido por Cristo. Porém cedo se faz a relação entre potencia carnal e pecado.
Doutrina Cristã
· Mácula do Pecado Original.
· Tentação da Carne.
· Elo estabelecido: Carne e Pecado.
“O corpo dá lugar às trevas do pecado, do pesar e do castigo. O corpo passa a ser um peso.”
São Bernardo classifica: “O corpo como abominável vestimenta da alma.”
	Os ofícios na Idade Média estão então submersos nesse movimento de valorização e de desvalorização, entre um trabalho dignificante a obra criadora do trabalho divino e o labor como forma de castigo dado para humanidade a partir de Adão como se diz em Gênesis 3:19 : “ No suor do teu rosto comerás o teu pão” . A mulher carrega um peso muito maior, está destinada a ela o trabalho de parto, assim também como se diz nas escrituras Gênesis 3:16 : “Multiplicarei grandemente o teu sofrimento na gravidez; em meio à agonia darás à luz de seus filhos.” 
	Uma influencia no mundo greco-romano é divisão entre o trabalho manual e o ósseo, o primeiro é escarnecido e o segundo louvável. Tal modelo parece se repetir de um modo no modo de vida monástico e na crença medieval que o trabalho que suja as mãos é de natureza não nobre e era mal visto pelas camadas de elite da sociedade medieval. 
Igreja
· Normatização dos atos sexuais.
· O corpo é desvalorizado.
· Pulsões e desejos carnais são reprimidos.
· Só tolerável e compreensível a relação sexual apenas dentro do matrimônio religioso.
Santo Anselmo escreve em uma de suas orações:
“Existe um mal, um mal acima de todos os males, que tenho consciência de que está sempre comigo, que dolorosa penosamente dilacera e aflige minha alma.
Esteve comigo desde o berço, cresceu comigo na infância, na adolescência, na minha juventude e sempre permaneceu comigo, e não me abandona mesmo agora que meus membros estão fraquejados por cauda da minha velhice. 
Esse mal é o desejo sexual, o deleite carnal, a tempestade de luxuria que esmagou e demoliu minha alma infeliz, sugando dela toda a sua força deixando-a fraca e vazia.”
	CÁPITULO III – ESTUDOS DA NOVA HISTÓRIA MEDIEVAL: História da sexualidade.
	O direito de um senhor desvirginar uma noiva plebeia nunca foi provado, o cinto de castidade foi uma invenção do renascimento.
	Os registros sobre infrações sexuais devem ser lidos com cautela.
	Como interpretar os depoimentos de homens e mulheres, solteiros e casados ?
	Até que ponto as vítimas, as testemunhas e os denunciantes falam a verdade ou dissimulam a realidade?
	A arquitetura religiosa também traz ilicitudessobre o sexo, o único sexo bem visto por ela é o do homem e da mulher, casados e com ambos aceitando a relação, única posição sexuais bem vista pela Igreja era há do homem sob a mulher, mulher deve permanecer passiva deixando toda iniciativa ao homem, era o sexo castro para a procriação. Pondera a lúxuria e o desejo era regra de todo o cristão, o sexo em excesso reduzia vida, secava o corpo, diminuía o cérebro e reduzia a visão. Para não errar a dose era considerado durante a noite duas vezes na semana, com nudez não total e sem provocar a volúpia com gestos e palavras. O casal pecava se procurava outras técnicas ou se tentava outras formas de prazer e posições.
	Se o casal fosse pego realizando qualquer outra posição ou fazendo sexo oral ou anal eram condenados há muitos anos de prisão dependendo do ato que foram pegos.
	Formicação era o sexo sem fins reprodutivos, isto é por prazer. O casal também deveria se abster do sexo durante a gravidez, na quarentena após o parto, no período de aleitamento e nos dias de regras menstruais. Os períodos de interdição do sexo eram tantos que poderiam chegar 240 dias num ano, o adultério era crime feminino grave, esse adultério era crime essencialmente feminino, porque era visto que o corpo da mulher pertencia ao marido.
“rouba o seu próprio corpo ao marido para entrega ló à luxúria, profanando-o, e rouba sua alma a Cristo para entregar ao diabo.”
(sobre o adultério) – Geoffrey Chaucer.
	O marido traído tinha autorização tacita para matar tanto a esposa adultera , quanto o amante. A Igreja sempre tentou retornar tais vinganças e tentava fazer o casal voltar a uma rotina de vida comum. 
	O adultério outros crimes sexuais também eram passiveis de punição pela legislação regia o Rei conceder uma “Carta de perdão” ao acusado de : adultério, incesto, bigamia, alcovitagem, concubinato e etc. O mais tolerável era o AMASIAMENTO, a relação sem o casamento formal, situação comum em todos os extratos sociais. Talvez venha daí a declaração de amasia existente no Direito Brasileiro, pela qual a mulher declara um relacionamento fixo com o parceiro que se encontra encarcerado e assim pode visita-lo no presídio., é chamada união estável , termo que tende a substituir o anterior. 
Prostituição:
· Pura Fornicação
· Condenada pelo Cristianismo
· Mesmo assim, toleradas por autoridades eclesiásticas.
“Um” mal necessário”. Para aplacar o desejo masculino, proteger as donzelas e as esposas virtuosas.”
	Se na Alta Idade Média o homossexualismo mereceu alguma tolerância,talvez pelo legado do Mundo Romano, vemos que na Baixa Idade Média foi condenado pela religião e vilipendiado por toda a sociedade até praticamente o século XX. São Thomás considerava a homossexualidade um canibalismo e bestialidade. Os castigos entre o amor carnal entre homens e mulheres podiam ser mutilações ou morte na fogueira. Quando se trata de homens usava-se o termo SUDOMIA : “ pecado contra natura” e “contra a virilidade”. Eram também faltas moral graves toda ação anticoncepcional, poções afrodisíacas ou para curar a impotência. Além de pecado contra a natureza essas ações poderiam ser consideradas BRUXARIA o que aumentava a punição do acusado ou da acusada. 
	A Igreja,buscou, em sua missão de divinizar o homem, relegar a sexualidade ao seu lugar secundário na ida humana, evitando com isso o fiel buscasse no hedonismo a sua finalidade na terra.
	Sublimou a união entre o homem e a mulher através do matrimonio, deu-lhe status sobrenatural. Todo matrimonio passou a ser o reflexo da união de Cristo e sua Igreja. 
										02/09/2021.
CÁPITULO IV – A INQUISIÇÃO DOS MOVIMENTOS HERÉTICOS.
	O tribunal eclesiástico criado a partir do século XIII para julgar os casos de heresia. 
 	O Papa João Paulo II apontou a necessidade de um juízo com utilidade publica. O qual o Vaticano organizou no ano de 1998 um simpósio com diversos pesquisadores, estudiosos católicos e não católicos para que juntos debitassem questões historias relacionadas à Inquisição. 	
	O mais correto é chamar de Inquisições, no século XV haviam mais de uma Inquisição:
· Inquisição Portuguesa. 
· Inquisição Espanhola.
· Tribunal do Santo Oficio Romano.
Estes três tribunais originam de um Tribunal Eclesiástico instituído pelo Papado no século XIII, para entender melhor a questão precisamos regressão para o Império Romano.
Quando o Imperador Constantino converteu-se ao cristianismo e deu liberdade de culto aos cristãos no ano de 313, sua política religiosa não deferia muito de seus antecessores. Constantino deu maior liberdade aos demais cultos normalizando outras religiões e aceitando dentro do clero divergências religiosas.
Foi a partir daí que os Imperadores começaram a buscar mais ajuda a Igreja, onde deu maior poder para Igreja. Contudo foi a partir do século XI que começaram os julgamentos eclesiásticos relacionados à heresia, esses eram julgados pelo bispo da região e sua pena espiritual, que era convertida em penitencias.
É preciso, contudo, observar que, a partir desse período os movimentos heréticos adquiram um caráter de maior contestação social, na medida que se apresentam muitas vezes como adversários da hierarquia, seja do clero, seja dos reis e senhores feudais.
Assim a heresia não era mais somente um problema interno da igreja e se tornava um problema público.
O Catarismo: Pregando uma doutrina maniqueísta ( haveria dois deuses: o bom, criador das coisas espirituais, e o mau, criador das coisas materiais), os cátaros conseguiram entre o século XII e XIII o apoio de alguns senhores feudais do Languedoc, agindo muitas vezes de forma violenta contra hierarquia eclesiástica ou contra os que não seguiam suas doutrinas. 
A primeira ação repressiva da parte do Papado vem com o decreto Ad Abolendam, do Papa Lucio III em 1184. O pontífice romano exortava os príncipes circulares a combater as heresias em seus territórios. Após o envio de muitos monges da ordem cisterciense e expedição militar de uma cruzada contra os nobres do Sul da França, o Papa Inocêncio II , instituiu na passagem do século XII/XIII, os “inquisidores da fé” , isto é indivíduos que representavam o papa na missão de investigar os casos de heresia. 
O crescimento do catarismo em outras regiões da Europa vem como uma confusão existente acerca das atribuições dos poderes eclesiásticos e circular nos casos de heresia acirrou se no século XIII. Tendo o Imperador Germânico Frederico II na época em conflito com o papado por questões políticas acerca da Itália estabelecidas leis contra os hereges. O papa Gregorio XI em maneira de centralizar os julgamentos de heresia,criou o Tribunal da Santa Inquisição no ano 1231, regulamentou os Inquisidores papais; O poder secular não teria competência para julgar em matéria de doutrina, definido o que era herético ou não. Esses tribunal buscava heresia dentro da Igreja.
Mesmo com a autorização do uso do castigo físico (aplicado pela autoridade secular) pelo papa Inocêncio IV na bula Ad Extirpanda, este era limitado em duração e formar (proibiam-se mutilações, fraturas e derramamento de sangue), além de ser obrigatório a prense de um médico nas sessões. 
O método mais utilizado para obter as confissões dos réus era o interrogatório, eles ensinavam a obter confissões apenas com o desenrolar com a conversa do réu.

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