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1 Adriana Pelegríni dos S. Pereira FAMERP ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ALIMENTAÇÃO PLANO DE AULA Objetivo geral: Conhecer as possibilidades de adm. da alimentação ao cliente hospitalizado e no domicílio. Objetivos específicos: ao término da aula o aluno deverá ser capaz de: Citar os fatores que favorecem e que prejudicam o apetite; Descrever como se prepara o ambiente e o paciente para oferecer a alimentação; Conceituar nutrição parenteral e enteral; Descrever as vias de administração das dietas parenterais; Descrever as indicações para a sondagem enteral e parenteral; Descrever os materiais que deverá usar na SNG e na SNE. 2 PLANO DE AULA Objetivos específicos: ao término da aula o aluno deverá ser capaz de: Descrever os cuidados que deverá ter durante e após a técnica de sondagem; Descrever os cuidados que deverá fornecer ao cliente no domicílio. Estratégia de ensino: exposição dialogada, com o uso de multimídia. Recursos materiais: data show Avaliação: no final da aula o aluno deverá responder por escrito as questões relacionadas ao assunto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. FIGUEIREDO, N.M.A; MACHADO, W.C.A. Tratado Cuidados de Enfermagem. Volume 1. São Paulo: Gen Roca, 2012. BARBOSA, J.A.G.; FREITAS, M.I.F. Representações sociais sobre a alimentação por sonda obtidas de pacientes adultos hospitalizados. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 13, n. 2, p. 235-242, Apr. 2005 . 3 A ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE Importante no tratamento e evolução da doença A enfermagem qualquer anormalidade deve ser comunicado ao médico e à nutricionista Prescritas pelo médico, baseadas no estado geral e na enfermidade do paciente Potter e Perry, 2013 FINALIDADES DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM proporcionar meios que favoreçam a aceitação da dieta; oferecer alimentos adequados em quantidade e qualidade; repor elementos deficientes no organismo; auxiliar o paciente a se adaptar ao tipo de dieta indicada. Potter e Perry, 2013 4 FATORES QUE AFETAM NO APETITE FAVORECEM • Aparência agradável dos alimentos no prato; • Temperatura adequada; • Flexibilidade no cardápio; • Ambiente calmo, limpo e arejado • Conforto físico, psicossocial e espiritual • Refeição s/interrupção Potter e Perry, 2013 FATORES QUE AFETAM NO APETITE PREJUDICAM • Alterações na atividade do paciente; • Peristaltismo lento; • Restrição de certos alimentos da dieta; • Condições patológicas como tremores, hipertermia, fraqueza, dor, infecção etc... Potter e Perry, 2013 5 PREPARO DO PACIENTE/ AMBIENTE PARA A REFEIÇÃO oferecer a comadre antes das refeições; manter o paciente com mãos lavadas; certificar se a dieta está adequada/te aquecida; promover posição confortável; colocar a bandeja com a dieta sobre a mesa de cabeceira ou a mesinha de refeição s/n; colocar uma toalha ou o guardanapo sobre o peito do paciente; auxiliar a cortar carne, verduras e descascar as frutas se necessário. Potter e Perry, 2013 PACIENTES QUE PODEM SE ALIMENTAR SOZINHOS após a refeição oferecer material para higiene oral, se for acamado; colocar a unidade em ordem e o paciente em posição confortável. Potter e Perry, 2013 6 PACIENTES QUE NÃO PODEM SE ALIMENTAR SOZINHOS PACIENTES QUE NÃO PODEM SE ALIMENTAR SOZINHOS após proteger o peito com toalha ou guardanapo, dar a dieta na boca do paciente, em pequenas porções de cada vez incentivando-o; oferecer os alimentos na ordem de preferência do paciente; limpar-lhe a boca sempre que necessário; oferecer-lhe água ao término da refeição; proceder à higiene oral, colocar a unidade em ordem e o paciente em posição confortável. 7 OBSERVAÇÕES anotar a hora, tipo de dieta, aceitação do paciente e anormalidades; 00/00/00 8 horas. Paciente aceitou como desjejum um copo de leite com café, ½ pão com manteiga e uma maçã. Adriana P.S. Pereira (Coren...) descrever os alimentos antes de oferecer a refeição aos pacientes impossibilitados de enxergar; ao auxiliar a alimentação, evitar atitude de impaciência ou pressa. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A HIDRATAÇÃO A água é um componente essencial para o corpo; Compõe 60% a 70% do peso corporal total; Uma pessoa enferma pode ter uma necessidade maior de líquidos ou pode ter uma capacidade menor de eliminá-los; A água é necessária às incontáveis reações químicas do organismo; nenhuma função fisiológica de importância pode processar-se sem a sua presença (POTTER; PERRY, 2013). 8 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A HIDRATAÇÃO O serviço de nutrição e dietética deve fornecer água aos pacientes em recipientes: apresentável e de fácil limpeza; com tampa, para evitar exposição; que seja substituído ou higienizado diariamente cabe a enfermagem orientar e incentivar a ingesta líquida e prevenir o desequilíbrio hidroeletrolítico. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A HIDRATAÇÃO Em alguns casos é necessário oferecer água na boca a posição sentada é a mais adequada. É função da enfermagem observar se a necessidade de hidratação está sendo atendida por meio de observação. 9 Em algumas situações a alimentação e a hidratação é feita através de sonda • Nasogástrica (SNG), • Nasoenteral (SNE) ou através de • Nutrição parenteral (Via intravenosa) Dietas enterais Figueiredo e Machado, 2012 DIETA ENTERAL (GAVAGEM) É a administração de nutrientes por meio de sondas nasoenterais, nasogástricas ou estomas, localizadas em um determinado segmento do trato digestivo. Figueiredo e Machado, 2012 10 SONDA NASOGÁSTRICA levine SONDA NASOGÁSTRICA 11 COMPETÊNCIA LEGAL PARA INSTALAR SNG AUXILIAR DE ENFERMAGEM TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMEIRO Conselho Federal de Enfermagem (RJ). Código de ética dos profissionais de enfermagem. Rio de Janeiro (RJ); 1993. SONDA NASOENTERAL 12 COMPETÊNCIA LEGAL PARA INSTALAR SNE SOMENTE ENFERMEIRO Administrar dieta somente após ser confirmado pelo RX com laudo o posicionamento Conselho Federal de Enfermagem (RJ). Código de ética dos profissionais de enfermagem. Rio de Janeiro (RJ); 1993. Lei 7498 artº 8 O que é privativo do enfermeiro Resolução Cofen 277 SONDA DE GASTROSTOMIA 13 SONDA GASTROSTOMIA NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL É um método de suprir o organismo com nutrientes por via endovenosa, no qual o gotejamento deverá ser controlado por uma bomba de infusão. Figueiredo e Machado, 2012 14 NPP http://www.lookfordiagnosis.com NPP http://www.lookfordiagnosis.com 15 INDICAÇÕES Quando a ingesta nutricional é insuficiente Ex: queimaduras graves, má nutrição, síndrome do intestino curto,... Quando não se deve utilizar o TGI Ex: pancreatite, fístula entérica, repouso intestinal,... Quando há recusa alimentar Ex: anorexia nervosa, idosos no pós-operatório VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PERIFÉRICO: acesso venoso de grosso calibre; solução menos hipertônica; CENTRAL: veia subclávia ou jugular; solução hipertônica; 16 COMPLICAÇÕES PNEUMOTÓRAX EMBOLIA GASOSA SEPSE HIPERGLICEMIA HIPOGLICEMIA DE REBOTE SONDAGEM NASOGÁSTRICA (SONDA LEVINE) É a introdução de uma sonda de calibre variado, através do nariz ( mais utilizado) ou da boca, até a cavidade gástrica permanecendo: aberta: tem por finalidade drenar a secreção existente na cavidade gástrica; fechada: em geral, é indicada para alimentarou medicar pacientes impossibilitados de deglutir. Figueiredo e Machado, 2012 17 INDICAÇÃO PARA A SNG Preparo pré operatório Lavagem gástrica Coleta de material para exame de suco gástrico Alívio das distensões abdominais Alimentação e medicação nos pacientes impossibilitados de deglutir. Figueiredo e Machado, 2012 PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM Reunir o material sonda nasogástrica nº 12 a 24 (adulto), lubrificante, gaze, esparadrapo, toalha de rosto, seringa de 20ml, estetoscópio, luvas de procedimento, Brunner e Suddarth, 2011 18 PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM Reunir o material Biombo, Régua, cotonetes s/n, extensão com coletor s/n (drenagem), solução fisiológica s/n (lavagem). Brunner e Suddarth, 2011 TÉCNICA Antes de qualquer procedimento, lavar as mãos e orientar o paciente sobre os procedimentos e finalidade. Permitir que o paciente manipule a sonda. 1. Colocar o paciente em posição de Fowler ou em decúbito dorsal; solicitar a realização da higiene das narinas, ou fazer por ele e retirar a oleosidade do nariz com água e gaze. 2. Medir o comprimento da sonda a ser introduzido: da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e descer até o apêndice xifóide, acrescentar 15cm. Marcar com uma tira de esparadrapo (BRUNNER; SUDDARTH, 2011); 19 3. Colocar a toalha sobre o tórax do paciente; calçar as luvas e oferecer a toalha, como babador; 4. Lubrificar mais ou menos 10 cm da sonda com uma gaze; 5. Introduzir por uma das narinas lentamente e, após a introdução da parte lubrificada, flexionar o pescoço de tal forma que o queixo se aproxime do tórax. Pedir para o paciente fazer movimentos de deglutição durante a passagem da sonda - observar se a sonda não está na cavidade oral; Brunner e Suddarth, 2011 TÉCNICA 20 Obs: Observar sinais de cianose, dispneia e tosse, principalmente no paciente inconsciente. 6. Introduzir a sonda até a marca do esparadrapo; 7. Testar se a sonda está no estômago: injetando rapidamente 20 ml de ar pela sonda e auscultando com o estetoscópio o ruído no abdômen; aspirar com a seringa o conteúdo gástrico. Brunner e Suddarth, 2011 8. Retirar a oleosidade do nariz com água e fixar a sonda com esparadrapo. Tirar a luva, deixar a unidade em ordem e anotar. Brunner e Suddarth, 2011 21 Neste caso deve ser feita a medida da sonda até o final do esterno e acrescentado de 20 a 25 centímetros, marcar com o esparadrapo e introduzi-la até a marca para posicioná-la corretamente (BRUNNER; SUDDARTH, 2011). A sonda pode ser nasoentérica posicionada no duodeno Sonda Dobbhoff ANOTAÇÕES NO PRONTUÁRIO 00/0/00 8:00 horas Realizado sondagem nasogástrica, inserção de sonda de Levine n. 16 através da narina direita, sem obstrução ou dificuldade; procedimento tolerado sem sensíveis problemas clínicos. Certificado adequado posicionamento da sonda através do teste de ausculta (borbulho audível) e refluxo (secreção esverdeada). Adriana PSP (Coren 103928) 00/0/00 12:00 horas Paciente apresentado sonda nasogástrica permeável e adequada localização observada através dos testes de refluxo e ausculta. Administrado 200 ml de dieta conforme prescrição sem intercorrências. Realizado higiene oral e posicionado em posição de Fowler. Adriana PSP (Coren 103928) 22 OBSERVAÇÃO Na SNG aberta, a sonda deverá ser conectada a uma extensão e frasco coletor, deve-se controlar diariamente o volume e características (cor, presença de grumos ou sangue); Trocar a fixação do esparadrapo quando necessário. DIETA ENTERAL Métodos de administração: - alimentação intermitente: bolo; intermitente gravitacional - alimentação contínua: gotejamento gravitacional; bomba de infusão 23 DIETA ENTERAL Em bolo Intermitente gravitacional LEMBRETE Na infusão contínua, recomenda-se iniciar com fluxo aproximado de 30 ml/hora, aumentando gradativamente até 100 a 150 ml/hora. Se a sonda está posicionada no duodeno ou jejuno, o gotejamento deve ser criterioso cólicas e diarreia não deve ultrapassar 60ml/h Brunner e Suddarth, 2011 24 LEMBRETE Quando se administra a dieta com a sonda localizada no estômago, o volume e a velocidade não influenciam significativamente no peristaltismo; Quando infundir de forma intermitente, pode ser iniciada com volume menor, aumentando gradativamente até atingir o volume de 350 ml. Brunner e Suddarth, 2011 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Testar o posicionamento da sonda antes de administrar a dieta; Observar o posicionamento externo e a fixação da sonda; Promover higiene oral frequente; Colocar o paciente em decúbito elevado Brunner e Suddarth, 2011 25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar a dieta à temperatura ambiente; Verificar o tipo de dieta prescrita (volume, aspecto e odor); Instalar a dieta após certificar-se da prescrição e da identidade do paciente; Lavar a sonda após a administração da dieta; Colocar a unidade em ordem e anotar. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS OBTIDAS PELOS PACIENTES SONDADOS Explicitação objetiva do risco de morte “Precisar de sonda me dá impressão de gravidade” “Precisar de sonda me deixa triste ou deixa os outros tristes” “O uso de sonda significa doença pra mim” “usar a sonda me dá impressão de perda de controle sobre meu próprio corpo” (BARBOSA & FREITAS, 2005) 26 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS OBTIDAS PELOS PACIENTES SONDADOS Explicitação de incômodo “A sonda me deixa feio” “Cada vez que aparece uma complicação me dá mais desânimo” “é uma agressão ter um objeto introduzido no corpo” “sinto-me dependente, com vergonha e impotente diante da realidade” (BARBOSA & FREITAS, 2005) CUIDADOS NO DOMICÍLIO O paciente precisa estar medicamente estável para receber alta. O paciente deve ser capaz de realizar o auto-cuidado ou ter alguém disposto a assumir essa responsabilidade. Toda orientação para alta deverá ser iniciada a partir do momento que o paciente é sondado. 27 CUIDADOS NO DOMICÍLIO Toda assistência com a sonda deve ser direcionada ao paciente/cuidador, ou seja, ensinar os passos todas as vezes que for administrar as dietas. Sendo assim o paciente terá oportunidade de observar os passos do procedimento, participar, fazer perguntas e expressar preocupações. CUIDADOS NO DOMICÍLIO ORIENTAR QUANTO higienização das mãos e dos equipamentos; equipamentos necessários; decúbito antes e após a adm. das dietas; posicionamento da sonda antes da adm. das dietas e após vômitos; lavagem da sonda após adm. das dietas; velocidade de infusão da dieta; higienização da boca. 28 EXERCÍCIO AVALIATIVO O Sr. José, 86 anos de idade, foi internado devido a queixa de perda de peso e uma infecção viral, e após a hospitalização foi constatado que perdeu mais 2,7 Kg. O apetite dele é ruim, apresenta náuseas e vômito freqüentes. O abdome está normal ao exame físico. Diante desses dados o médico indicou uma alimentação que vá direto no duodeno. Responda: 1.Que tipo de sonda deverá ser instalada? 2.Como realiza a mensuração para este tipo de sonda?
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