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PERGUNTAS Paciente, apresentava espeçamento do ligamento periodontal nos elementos 13,14, 25, 31, 32 e 41, sem nenhum sinal ou sintoma clinico ser observado após palpação e percussão, entretanto falhas técnicas do tratamento endodôntico podem ser observadas o que levou ao insucesso endodôntico. As falhas técnicas do tratamento endodôntico normalmente podem ocorrer devido uma negligencia de alguma etapa do tratamento endodôntico. Dessa forma, elucide passo a passo do tratamento endodôntico. ACESSO ENDODONTICO + INSTRUMENTAÇÃO + OBTURAÇÃO 1. Pedir para o paciente bochechar clorexidina. 2. Realização da profilaxia utilizando pedra-pomes. 3. Anestesia Tópica : Benzocaína 4.Anestesia Local: Mepivacaína 2% + levonordefrina 1:20.000 - Dosagem máxima (mg/kg): 4,4mg - Dosagem máxima absoluta: 300mg - Máximo de tubetes: 8,3 tubetes 5. Isolamento utilizar o arco ostby com o grampo que corresponde ao dente desejado. ACESSO ENDODONTICO 6. Acesso Cirúrgico Endodôntico - Acesso: broca esférica diamantada - Ponto de eleição: vai depender do dente a ser realizado o acesso - Direção de trepanação: vai depender do dente a ser realizado o acesso -Forma de contorno: vai depender do dente a ser realizado o acesso -Desgastes compensatórios/remoção de teto: Broca diamantada cônica de ponta inativa 7. Remoção do RIVA INSTRUMENTAÇÃO ENDODONTICA 8. Preparo Químico Cirúrgico (PQC) - Biopulpectomia: ✓ Calcular o comprimento aparente do dente (CAD) através da radiografia periapical. ✓ Iniciar com a limpeza da cavidade (toilet) om hipoclorito de sódio (NaClO) a 2,5% com aspiração simultânea ✓ Penetrar uma lima fina (ex.: lima da série especial #10) até CAD – 3mm , realizando movimentos de cateterismo (1/2 volta p/ cada lado) ✓ Irrigar com NaClO 2,5% e aspirar a cavidade a cada inserção do instrumento para evitar a obstrução do canal ✓ Em seguida, em canais amplos penetrar com uma lima Hedstrõen ( entre #35 e #45), até CAD -3, realizando movimentos de remoção. - Preparo cervical: ✓ GG escolhidas: GG 4, GG 3 e GG 2. ✓ Penetrar a broca GG de maior n° dentre as GG escolhidas, no caso a GG 4, que já deve entrar acionada no canal radicular, em baixa rotação com rotação para direita, em sentido horário, acionada no máximo “pisando completamente no pedal”, realizando 3 movimentos de “bicada”; ✓ Irrigar com NaClO 2,5% e aspirar a cavidade entre o uso de cada broca GG inserida ✓ Penetrar uma lima fina nos 2/3 do CAD, realizando movimentos de cateterismo (1/2 volta p/ cada lado). ✓Seguir a mesma instrução com o uso das 2 outras GG escolhidas, respectivamente da GG de maior n° para a de menor n°. - Odontometria ✓ Utilizando o Localizador foraminal, neste passo, deve-se encontrar o CRD e o CRT do dente em questão. - Determinação do DA ✓ Utilizando as limas de 1° série, deve-se identificar qual melhor irá se adaptar (ficando justa ou prendendo levemente). Para isso é necessário aumentar gradativamente a sequência de diâmetro das limas, fazendo movimentos de cateterismo. Ao encontrar, a numeração dessa lima será o Diâmetro Anatômico (DA) do dente. (também chamada de lima apical inicial ou instrumento apical inicial). -Patência foraminal ✓A patência é de suma importância para não ocasionar a obstrução do canal. Para realiza-la é necessário realizar movimentos de cateterismo com uma lima fina até o DRD. (lembrando que CRD= crt + 1mm) -Preparo apical Realizar o movimento de alargamento parcial à direita, afim de remover possível biofilme e bactérias presentes no canal. ✓Utilizar a lima D.A para iniciar o alargamento parcial à direita (1/4 de volta para direita e pequeno retorno da lima para cervical do dente) no CRT ✓Irrigar com NaClO 2,5%, aspirar e realizar patência no CP a cada instrumento introduzido no canal ✓Utilizar em seguida, as 3 limas sequenciais da lima DA, realizando o mesmo movimento. OBS: A última lima utilizada no alargamento parcial à direita será considerada a lima instrumento memória (I.M), conhecida como lima apical final (L.A.F) ou instrumento apical final (I.A.F). - Recuo programado ✓ Neste passo, utiliza-se 3 limas sequenciais do Instrumento de Memória (IM), realizando movimentos de alargamento parcial à direita e movimentos de limagem. ✓ A primeira lima deve estar a 1mm aquém do CRT, e para cada lima, acrescentar 1mm. (Exemplo: 1° lima sequencial do I.M = 1mm aquém do CRT 2° lima sequencial do I.M = 2mm aquém do CRT 3° lima sequencial do I. M = 3mm aquém do CRT) ✓ A cada troca de instrumento, a lima I.M deverá ser novamente utilizada no CRT ✓ A cada troca de instrumento, o canal deverá ser irrigado com 2ml de NaClO a 2,5% e deverá ser realizado a patência foraminal no CP OBTURAÇÃO ENDODONTICA 9. Preparo Prévio da Dentina ✓ Desinfecção dos cones de guta-percha (Submersão em NaClO a 2,5% por 5-10 minutos na cuba) ✓Irrigar o canal com ácido EDTA a 17% (Remoção da Smear Layer). OBS: Irrigar e aspirar com EDTA e depois manter o canal inundado com EDTA por 3 minutos (deve-se renovar o conteúdo do EDTA presente no canal, usando por volta de 1ml de EDTA) ✓Aspiração do EDTA, irrigação do canal com soro fisiológico com aspiração simultânea ✓ Irrigar o canal radicular com NaClO a 2,5% e aspirar ✓ Irrigar novamente com soro fisiológico ✓Secar o canal usando as cânulas aspiradoras e cones de papel absorventes 10. Escolha e preparo do Cone de Guta-Percha ✓ A escolha do cone é feita de acordo com a 1° broca de Gates Glidden (GG)utilizada no preparo cervical. ✓ GG (As GG utilizadas são: GG4 / GG3 / GG2. ✓ Então, conicidade do cone de guta-percha: Cone FM (finemedium), conicidade de 0.04. OBS: Pegar 2 Cones M e 3 FM. ✓ Escolha do Cone: GG4 / GG3 Cone MF (mediumfine); GG5 / GG4 Cone M (medium); GG6 ML (mediumlarge) ✓Conicidade do Cone: Cone F (fine) Conicidade 0.02 Cone MF Conicidade 0.04 Cone M Conicidade 0.06 Obs: O preparo do cone de guta-percha é baseado de acordo com o número da lima instrumento memória (I.M) no comprimento real de trabalho (CRT). Coloca-se o cone de guta-percha no orifício correspondente ao I.M na régua calibradora e corta-se o excesso que transpassar pelo orifício com o auxílio de uma lâmina de bisturi. 11. Testes e preparos do cone de guta-percha ✓ Visual: Mede-se o cone com a régua milimetrada na medida do CRT e confere se o cone chega até o CRT dentro do canal radicular. (OBS: Secar previamente o cone com gaze estéril) ✓Tátil: Verificar com o auxílio de uma pinça, se o cone está bem adaptado ou se o mesmo está muito frouxo no canal. ✓Radiográfico: Verificar radiograficamente se o cone está chegando até o CRT. 12. Escolha da Técnica ✓Técnica do Cone Único (Indicado para dentes com secção transversal circular) ✓Técnica de Condensação Lateral (Indicado para dentes com secção transversal oval) 13. Manipulação do Cimento Endodontico (ENDOFILL – OZE) ✓ Com o auxílio de uma placa de vidro e uma espátula n° 24, misturar o pó do óxido de zinco e eugenol com o líquido, manipulando até que se forme uma massa homogênea e brilhosa, no qual ao final da manipulação, ao aglutinar e erguer a espátula n° 24 horizontalmente, devagar, seja formado um “fio” de cimento de pelo menos 1 cm de altura. ✓Propriedades do Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol (OZE): Alta atividade antibacteriana, bom escoamento, baixa contração de polimerização quando comparado com cimentos à base de resina, fácil manuseio, boa radiopacidade. Entretanto apresenta uma biocompatibilidade questionável quando liberado no espaço periapical, podendo ser citotóxico e alergênico, além de ter um maior risco de manchar a coroa dental. 14. Inserção do Cimento Endodontico ✓ A inserção do cimento endodôntico dentro do canal radicular é feito com o uso da broca lentulo, em baixa rotação, acionada em sentido horário, inserida de 2 a 3mm aquém do CRT. A escolha da broca lentulo (cor) é feita baseado na cor da lima I.M 15. Inserção do Cone ✓Aplicar um pouco de cimento endodôntico no cone e inseri-lo no canal radicular realizando movimentos de bombeamento (vai e vem). TÉCNICA DE CONDENSAÇÃO LATERAL 1)Seleção e Calibraçãodos Cones Acessórios 2)Desinfecção dos Cones de Guta-percha 3)Seleção do Espaçador Digital (C) OBS: a seleção é feita de acordo com o cone acessório inserido. ▪ Espaçador A (amarelo): Cones XF e FF ▪ Espaçador B (vermelho): Cones F, FM ▪ Espaçador C (azul): Cones MF e M Espaçador ▪ D (verde): Cones M e ML 4) Remoção da Smear Layer (EDTA 17%) 5) Secagem do Canal 6) Preparo do Cimento e Assentamento do Cone 7) Condensação Lateral 8) Corte da Obturação e Condensação Vertical 9) Restauração Coronária MCSPADDEN: Selecionar a McSpadden correspondente a 2 diâmetros acima do I.M. Acoplar a McSpadden na caneta de baixa rotação, em sentido horário, sem refrigeração. OBS: Teste da rotação em direção horária – Segurar uma gaze levemente na McSpadden e acionar, se o sentido estiver correto, a rotação será para fora da gaze. Posicionar a McSpadden 2mm aquém do CRT Acionar até que o cone fique em sua forma plástica 16. Corte Cervical da Guta- Percha ✓ Aquecer o calcador de paiva, ao rubro, e cortar o cone de guta-percha na altura da junção cementoesmalte 17. Condensação Vertical ✓ Condensação realizada com o calcador de paiva “frio”, em temperatura ambiente. OBS: A escolha do calcador de paiva é feita de acordo com a 1° GG utilizada no preparo cervical. Calcador de Paiva escolhido: 3 3 GG3: Calcador de Paiva 2 2 GG4: Calcador de Paiva 3 3 GG5: Calcador de Paiva 4 18. Limpeza da Cavidade ✓ Toilet/Limpeza da cavidade na parte coronária, com álcool 70%, utilizando uma bolinha de algodão, removendo os excessos de cimento endodôntico presentes, evitando um futuro escurecimento do material restaurador que será utilizado. 19. Radiografia Final ✓ Verificar se o material obturador está vedando todo o canal radicular de forma homogênea e sem GAPs, não ultrapassando o forame apical. 11. Selar a cavidade com CIV modificado por resina, RIVA (aplicar na cavidade e fotopolimerizar por 20 segundos). Kamila França Pimentel
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