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Glândula Hipófise: Anatomia e Função

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Glândula Hipófise
É uma glândula muito pequena, mantém-se conectada, por meio da haste hipofisária ou pedúnculo hipofisário, ao sistema nervoso central (SNC), mais precisamente ao hipotálamo, com o qual guarda importantes relações anatômicas e funcionais.
É dividida em basicamente duas porções: (1) hipófise anterior ou adenohipófise e (2) hipófise posterior ou neurohipófise. A adeno e a neurohipófise são constituídas de células de distintas origens embriológicas. 
O hipotálamo e a glândula hipófise formam uma unidade que exerce controle sobre a função de várias glândulas endócrinas, tais como tireoide, suprarrenais e gônadas e, por conseguinte, sobre uma série de funções orgânicas.
No hipotálamo, além dos elementos neurais característicos, encontramos neurônios especializados em secretar hormônios peptídicos, conhecidos como neurônios peptidérgicos. Os produtos de secreção dos neurônios peptidérgicos são: (1) peptídios liberadores ou inibidores dos vários hormônios da hipófise anterior (ou adenohipófise), que agem, respectivamente, estimulando ou inibindo a secreção dos hormônios adenohipofisários, e (2) os peptídios neurohipofisários: vasopressina (AVP) ou hormônio antidiurético (ADH) e ocitocina, que são sintetizados por neurônios hipotalâmicos e armazenados em terminações axônicas presentes no interior da hipófise posterior ou neurohipófise. 
Neurohipófise
 Deriva de uma projeção do assoalho do terceiro ventrículo (hipotálamo), razão pela qual é constituída de células gliais (pituícitos) e apresenta terminações nervosas provenientes de corpos celulares de neurônios localizados em núcleos hipotalâmicos específicos (núcleos supraópticos e paraventriculares).
O suprimento sanguíneo da neurohipófise é feito pelas artérias hipofisárias inferiores, e totalmente independente do suprimento sanguíneo da adenohipófise. Entretanto, devido à existência de capilares curtos que partem da neurohipófise e dirigem-se à adenohipófise, admite-se que os hormônios neurohipofisários também possam influenciar o funcionamento da adenohipófise.
 Adenohipófise
Deriva de uma evaginação do teto da cavidade oral, a bolsa de Rathke, e apresenta características morfológicas de células epiteliais.
Constitui 75% da glândula hipófise;
Vascularização: ocorre por meio do sistema porta hipotálamo-hipofisário, no
sangue venoso proveniente da eminência mediana do hipotálamo se dirige à adenohipófise, trazendo neuropeptídios
secretados por neurônios hipotalâmicos, que controlam (ativando ou inibindo) a secreção dos hormônios adenohipofisários.
 
ADENOHIPÓFISE: 
Apresenta, além da pars distalis, região secretora de grande parte dos hormônios adenohipofisários, a pars intermedia, cujo principal produto de secreção é o hormônio melanotrófico ou α melanotrofina (αMSH), o qual é importante para o crescimento fetal, em particular para o desenvolvimento do sistema nervoso. No entanto, após o nascimento, essa região praticamente deixa de ser funcional, e o hormônio αMSH é indetectável na circulação.
Os neurônios hipotalâmicos que se relacionam com a adenohipófise constituem o sistema parvicelular ou tuberoinfundibular. Fazem parte desse sistema neurônios curtos cujos corpos celulares encontram-se difusamente distribuídos em certas regiões do hipotálamo. Dessas regiões partem axônios que convergem para a eminência mediana do hipotálamo, onde os vários hormônios liberadores e inibidores são secretados. Devido à existência de um sistema vascular altamente especializado, que conecta a eminência mediana à adenohipófise (sistema porta hipotálamo-hipofisário), os neurohormônios hipotalâmicos alcançam a hipófise anterior em altas concentrações, antes de se diluírem na circulação sistêmica.
Os hormônios adenohipofisários são classificados em: glicoproteicos (TSH, LH e FSH), proteicos (GH e Prl) e peptídicos [os peptídios relacionados com a POMC – ACTH e as melanocortinas (MSH, lipotrofina e opiáceos endógenos)].
NEUROHIPÓFISE:
Pode ser dividida em três porções: (1) lobo neural, pars nervosa ou lobo posterior, localizado posteriormente à adenohipófise; (2) haste hipofisária ou infundibular, a qual se acha envolvida pela porção tuberal da adenohipófise; e (3) eminência mediana do tuber cinereo (ou infundíbulo).
O lobo neural apresenta grande quantidade de terminações nervosas que pertencem ao trato hipotálamo neurohipofisário, intimamente associadas a uma rica rede de capilares. Nessas terminações nervosas encontram-se armazenados os hormônios neurohipofisários, ADH e Ocitocina.
Os peptídios neurohipofisários são sintetizados por neurônios hipotalâmicos específicos, que apresentam corpos celulares de dimensões maiores que as dos neurônios parvicelulares, e longos axônios que se projetam na hipófise posterior. Esses neurônios localizam-se em dois núcleos hipotalâmicos bem definidos: (1) supraópticos e (2) paraventriculares. Desses núcleos é que partem os axônios que passam pela haste hipofisária e se dirigem à neurohipófise, onde estabelecem contatos sinápticos nas proximidades dos capilares sinusoides; esses neurônios constituem o trato hipotálamo-neuro-hipofisário ou trato supra-óptico-hipofisário.
. No lobo neural, os hormônios permanecem armazenados até que potenciais de ação, criados nos corpos celulares em resposta a estímulos específicos, provoquem suas liberações. A secreção desses hormônios envolve a fusão da membrana granular com a neuronal, processo conhecido como exocitose, o qual é dependente do influxo de íons cálcio.
OBS: A neurohipófise, não produz hormônio, ela somente armazena e secreta.
OBS: A eminência mediana hipotalâmica é a estrutura que representa funcionalmente a interface entre o sistema nervoso e a adenohipófise,e é o ponto de convergência de informações que partem das diferentes áreas do SNC em direção ao sistema endócrino. A eminência mediana está limitada, ventralmente, pela porção tuberal do lobo anterior da hipófise (que envolve a haste hipofisária e porções da base do encéfalo) e grandes vasos portahipofisários e, cranialmente, pelo recesso ventricular. Ela é ricamente vascularizada pelas artérias hipofisárias superiores, que dão origem a um sistema capilar responsável pela coleta dos neuropeptídios secretados.
O hipotálamo e a hipófise encontram-se conectados, anatomicamente, pela haste hipofisária e, funcionalmente, por neurônios provenientes de distintos núcleos hipotalâmicos.
Os neurônios parvicelulares (indicados pelos números 2, 3 e 4) se dirigem à rede de capilares presente na eminência mediana do hipotálamo, pertencente ao sistema porta-hipotálamo-hipofisário, por meio do qual os hormônios por eles produzidos (hormônios hipofisiotróficos) são conduzidos à adenohipófise, onde estimulam ou inibem a síntese e secreção dos hormônios hipofisários. Os neurônios magnocelulares (representados pelo número 5) se dirigem à neurohipófise, onde os hormônios produzidos no hipotálamo (hormônios neurohipofisários) ficam armazenados em vesículas de secreção até serem liberados por estímulos específicos que deflagram potenciais de ação nos mesmos. Neurônios provenientes de outras áreas do sistema nervoso (representados pelo número 1) podem, ainda, interagir sinapticamente com os neurônios hipotalâmicos que guardam relação com a hipófise, e podem interferir na secreção hormonal hipofisária. Note que o sistema porta-hipotálamo-hipofisário é constituído por capilares, derivados das artérias hipofisárias superior e inferior, que se confluem aos vasos portais longos e curtos, respectivamente.

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