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resumo inibições, sintomas e ansiedade

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Psicanálise
(Inibição, sintoma e angústia)
Inibição
Restrição de uma função do Ego, limitação funcional, podendo ser causada por precaução ou devido ao empobrecimento de energia.
· Inibições especificas: O Ego renuncia uma única função, para não ter de efetuar nova repressão, para evitar um conflito com o Id, por exemplo: um paciente que se encontra impedido de escrever. Nesse caso a escrita é a única limitação funcional que entra em consideração. Também há as inibições a serviço da autopunição, onde o Ego não pode fazer certas coisas, pois elas lhe trariam vantagens e êxitos, o que o Superego lhe proíbe, então o Ego renuncia certas realizações para não entrar em conflito com o Superego.
· Inibições generalizadas: Quando o Ego é solicitado por uma tarefa psíquica particularmente difícil, ele se empobrece de tal forma, no tocante à energia disponível, que tem de reduzir seu dispêndio em muitos lugares simultaneamente, por exemplo: um sujeito obsessivo que ao adentrar em episódios de intenso esgotamento afetivo provocados por explosões de raiva, torna-se imobilizado em diversos aspectos da sua vida. Nessa situação, não é apenas uma, mas múltiplas funções do Ego que passam a ser impedidas de se realizar.
A inibição é ligada às funções do Ego, podendo se manifestar de inúmeras maneiras, como por exemplo:
	⤷ Sexual: geralmente tem caráter de inibições simples, afastamento da libido, falta de ereção, ausência de ejaculação, etc.
	⤷ Nutrição: falta da vontade de comer, causada pela retirada da libido, também não é raro o aumento da vontade de comer, justificado por medo de passar fome.
	⤷ Locomoção: falta da vontade de andar ou fraqueza para andar.
	⤷ Trabalho: prazer diminuído, ou pior execução, ou manifestações reativas quando o sujeito é forçado a prosseguir o trabalho.
Sintoma
O sintoma indica a existência e substituição da satisfação instintual que não aconteceu, sendo resultado do processo de repressão., ou seja, na tentativa de se proteger desse impulso perigoso, o Ego reprime esse impulso, jogando-o no inconsciente., então o impulso instintual encontra um substituto, que não é reconhecido como satisfação e tem caráter opressivo, assim o sintoma se origina do impulso instintual afetado pela repressão.
Angústia 
Vê-se a angústia como um perigo ao Ego e isso mobiliza a criação do sintoma. Freud também descreve a angústia como um estado afetivo que possuí um caráter acentuado e específico de desprazer, além de acompanhar sensações físicas corporais.
Repressão/Recalque
É um mecanismo de defesa, que se processa a partir do Ego e tenta impedir que um impulso instintual do Id conclua seu processo de satisfação. 
Inibição X Sintoma
Freud destaca divergências entre inibição e sintoma, entre elas: o fato delas não se originarem no mesmo solo, enquanto a inibição não significa necessariamente algo patológico, o sintoma indica a existência de um processo patológico.
Angústia X Sintoma
É importante lembrar que para a formação do sintoma é necessária a formação da angústia, para que se desperte a instância do prazer-desprazer, ou seja, é preciso sentir o desprazer da angústia para que haja o prazer proporcionado pelo sintoma. Então vê-se a formação do sintoma como um processo defensivo, já que a angústia é entendida como um perigo.
Ego X Id
A força do Ego é possível pois ele se encontra vinculado ao Id, sendo uma parte organizada dele. O recalque expõe tanto o poder quanto a fraqueza do Ego, pois ao mesmo em que se coloca contra o impulso, o Ego não consegue evitar que esse se desloque, que saia da sua territorialidade ao se transformar em um sintoma. Agora a luta vai se dirigir para a luta contra o sintoma. Como a angústia que o Ego sente parte do Id, a fuga não é possível, pois são parte de uma mesma organização, o Ego só poderá se desviar desse perigo, não fugir completamente, por isso se cria o sintoma, através da formação substitutiva, na tentativa de se proteger da angústia vinda do Id 
Caso do “Pequeno Hans”
Nesse caso, o medo de que um cavalo iria mordê-lo, o impedia de ir para a rua. Essa incapacidade de sair de casa seria uma restrição que o Ego impôs para não despertar o sintoma de angústia, portanto, seria a inibição. No período em que o pequeno Hans fez análise, ele se encontrava na atitude edipiana em relação ao pai. Havia, portanto, um conflito presente: a ambivalência de um amor e ódio dirigidos para a mesma pessoa. O impulso hostil contra o pai sofreu repressão, tal impulso que gera temor de uma vingança do pai, porém, o que transformou sua reação emocional em neurose foi a substituição do pai pelo cavalo, deslocamento que é considerado o sintoma.
Caso do “Homem dos Lobos”
Outro caso de fobia animal, em que ele tinha medo de ser devorado por lobos. Lobo seria um substituto/representante do pai. Em ambos os casos citados havia a ideia de ser devorado pelo pai. Ocorrendo uma repressão do impulso pelo processo de transformação em seu oposto. A agressividade para com o pai se transforma em agressividade do pai para com eles. Assim, dois impulsos opostos foram dominados pela repressão: a agressividade sádica e atitude passiva suave com relação ao pai. Em ambos os casos clínicos a força motriz da repressão foi o temor da castração iminente. As ideias contidas na angústia eram substitutos, por distorção, da ideia de serem castrados pelo pai. Desta forma, seria a atitude de angústia do Ego que era o movimento da repressão.
O Ego reconhecendo o perigo de castração, dá o sinal de angústia e através das instâncias do prazer-desprazer inibe o iminente processo de investimento no Id. Simultaneamente se forma a fobia. A angústia de castração é então dirigida para um objeto diferente e expressada de uma maneira distorcida
	⤷ por exemplo, o Hans não teme ser castrado pelo pai, mas sim ser mordido por um cavalo.
Freud acreditava que a angústia decorria da transferência direta da libido em sinal de desprazer, no entanto, ele modificou o modo de ver essa relação, definindo o Ego como a real sede da angústia, o qual controla o surgimento dela.

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