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FILARIOSES • Famílias: Onchocercidae e Dracunculiade; • Vermes finos e delicados; • Parasitam o sistema circulatório, linfático, tecido subcutâneo, cavidade peritoneal/mesentério; • Digenéticos: precisam de dois hospedeiros; o HD: animais vertebrados; o HI: invertebrados; FILARIOSE LINFÁTICA HUMANA ELAFANTÍASE • Síndrome caracterizada por um processo de infla- mação e fibrose crônica do órgão atingido, hiper- trofia do tecido conjuntivo, dilatação dos vasos lin- fáticos e edema linfático; • Causada pela Wuchereria bancrofti; WUCHERERIA BANCROFTI • Verme adulto: corpo delgado, com cor branca lei- tosa; • Periodicidade noturna; • Machos são menores do que as fêmeas; • A microfilária tem uma membrana flexível, cha- mada de bainha, usada para movimento na cor- rente circulatória; o Infectante para HI; CICLO BIOLÓGICO • Ciclo heteroxênico: o Hospedeiro vertebrado (definitivo); ▪ 20 dias, em temperatura ambi- ente; ▪ 7 a 8 meses; o Hospedeiro invertebrado (intermediário); • Os vermes adultos: vão para os vasos e gânglios lin- fáticos da região abdominal, pélvica (pernas e es- croto), mamas e braços (+ raro); TRANSMISSÃO • Picada do inseto e deposição das larvas na pele le- sada; • Calor do corpo: saída das larvas (L3); • Pele úmida: progressão e penetração das larvas; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Os vermes adultos nos vasos linfáticos causam rea- ção imunológica do HD (microfilárias e antígenos circulantes); • Tipos de manifestações: o Assintomático: atenção clínica precoce; o Agudo: linfangite, linfadenite com febre e mal-estar e orquiepididimite; o Crônico: linfedema, hidrocele, quilúria e elefantíase; • Sequência de eventos na elefantíase: linfangite, lin- fadenite, linfangiectasia, linforragia, linfedema, es- clerose da derme, hipertrofia da epiderme e au- mento no volume do órgão; • Em regiões endêmicas: o Artrite (monoarticular); o Glomerulonefrite; PATOGENIA • Ação mecânica: obstrução dos vasos linfáticos pe- los vermes; o Estase linfática c/ linfangiectasia e linfor- ragia; • Ação irritativa: presença do verme, produtos meta- bólicos; o Fenômenos inflamatórios: linfangite e lin- fadenite; o Fenômenos alérgicos: urticárias e edemas extrafocais; o Fenômenos imunológicos: eosinofilia pul- monar tropical; DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Difícil; • Áreas endêmicas: o Febre recorrente com adenolinfangite (in- dicativo); o Alteração pulmonar, eosinofilia e IgE ele- vado (suspeita de EPT); DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Pesquisa de microfilárias no sangue periférico; o Coleta de sangue no período noturno (evita falsos-negativos); o Coleta diurna após dose de dietilcarbama- zina (baixa sensibilidade); • Pesquisa de microfilárias na urina / líquido de hi- drocele; o Técnicas de concentração; • Testes imunológicos: o IF ou ELISA: não são eficientes o Antígenos não específicos – reações cru- zadas; • OMS recomenda: pesquisa de CFA (antígeno filarial circulante); o Alta especificidade e sensibilidade; o ELISA (semiquantitativo); o Imunocromatografia (qualitativo) DIAGNÓSTICO • Ultra-sonografia: presença e localização dos ver- mes nos vasos linfáticos e detecção de infecção em assintomáticos e acompanhamento da eficácia te- rapêutica; • RX: diagnóstico da EPT • Linfocintigrafia: alterações anatômicas e funcionais dos linfáticos; • Biópsia (linfadenopatia): raramente utilizado; FATORES FAVORECEM INSTALAÇÃO/DISSEMINA- ÇÃO DA PARASITOSE • Presença do mosquito doméstico; • Ausência de animais reservatórios; • Temperatura ambiente elevada (25 a 30°C); • Umidade relativa do ar alta (80 a 90%); • Altitude baixa (nível do mar); PROFILAXIA • Tratamento das pessoas parasitadas; o Reduzir / prevenir morbidade; o Corrigir alterações (edema, hidrocele, ele- fantíase); o Impedir transmissão; o Dietilcarbamazina (DEC): microfilárias e parcialmente em vermes adultos; ▪ Sensibiliza microfilárias = fagoci- tose; o Ivermectina: microfilaricida (apenas sobre microfilárias); ▪ Hiperpolarização das membra- nas celulares; o Albendazol: vermes adultos; ▪ Requer mais estudos; o OMS recomenda: dietilcarbamazina + ivermectina / albendazol; • Tratamento sintomático: o Linfangite: antitérmicos e analgésicos; o Flogose local: compressas com sulfato de magnésio; o Infecções oportunistas: higiene pessoal, antissepsia, cremes antibióticos; o Fisioterapia (melhora fluxo da linfa); o Enfaixamento e meias elásticas: auxiliam na redução do edema; o Procedimentos cirúrgicos: shunt linfove- noso, remoção de vasos linfáticos, tecidos fibrosos e calcificações = melhor drena- gem linfática; ▪ Cirurgia plástica é indicada em casos avançados de elefantíase de membros, escroto ou mama; • Combate ao inseto vetor: larvicidas químicos ou lar- vicidas biológicos; • Proteção individual: repelentes, mosquiteiros, te- las; • Educação e saneamento ambiental;
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