Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Seminário Interdisciplinar IV Ética e Teoria Crítica Instrumentalização e padronização cultural: a lógica do brincar Nome: Landim; Tobias Objetivo Refletir sobre a dimensão do brincar e do brinquedo tomando como fundamento a sociedade instrumentalizada regida pela lógica do consumo. Introdução A prática do brincar se faz presente desde tempos remotos e perpassam as mais distintas civilizações e culturas. O brincar é descrito como uma atividade universal que vai para além da ação motora e que proporciona desenvolvimento em diversas áreas da vida das crianças (MACEDO, 2019). Assim, o brincar constitui um direito legal a infância, pois, sua presença na vida das crianças atua como elemento fundamental do desenvolvimento social, cognitivo, psicológico, além de atuar como uma ferramenta com viés terapêutico (ENCICLOPÉDIA CRIANÇA, 2013). Introdução Por intermédio da brincadeira, a criança explora e reflete sobre a realidade e a cultura na qual está inserida, o brincar é visto também como um caminho para se adentrar o universo infantil e a partir daí estabelecer relações de vínculos e de possíveis entendimentos sobre o mundo das crianças (VALERIO, 2016). É sabido que temos que ter cuidados com jogos e brincadeiras que atualmente existem, pois podem comprometer a essência e aprendizagem da criança. Desenvolvimento As brincadeiras que possuem características tradicionais vem perdendo gradativamente o seu espaço no mundo contemporâneo. Assim, jogos no mundo virtual estão ganhando proporções consideráveis. O atual modelo capitalista no qual estamos inseridos nos propõe a todo tempo a desenfreada onda do consumismo e consequentemente a imersão em espaços digitais (FERREIRA; OLIVEIRA, 2016). A imersa propaganda sobre brinquedos atuais faz na mente da criança uma fantasia nascendo assim a ideia de consumo nos mesmos Desenvolvimento Os jogos passaram por processos de mudanças e acompanhamento das culturas vigentes. Atualmente, com os olhares capitalistas voltados para a infância, as indústrias vem produzindo brinquedos modernos, além dos jogos digitais que impulsionam o desejo infantil pelo consumo exagerado (BENJAMIN, 2002). Nesse sentido as famílias estão cada vez mais presas a sociedade do consumo, na qual, a ênfase se dá pela aquisição de brinquedos e jogos de diversas formas e em grande escala. Essa prática ocasiona prejuízos direto para as crianças, uma vez que não permite a experiência criativa do brincar (FERREIRA; OLIVEIRA, 2016). Desenvolvimento Esse consumismo desenfreado gera prejuízos as famílias e principalmente as crianças, uma vez que hegemonizam as crianças, igualando todos ao mesmo patamar. A indústria do consumo juntamente com a mídia atuam como ferramentas de promoção do capitalismo, sendo mantenedora do comportamento consumista (MAIA; OLIVEIRA, 2015). Pois no entendimento da criança passa a florescer a idéia de consumismo que e tão nos dias atuais com o poder midiático transmitido pela TV, rádio e internet. Desenvolvimento A indústria do consumo traz a ilusão de que comprar brinquedos é uma necessidade básica e que somente dessa forma as crianças poderão ficar satisfeitas ou realizadas. Mas na verdade o capitalismo está atuando fortemente para que esse ideal seja visto como uma verdade e que assim o consumismo consiga alcançar cada vez mais as pessoas (FERREIRA; OLIVEIRA, 2016). Portanto, é preciso problematizar e confrontar cada vez mais a sociedade do consumo, para que assim se tenha autonomia e discernimento sobre o consumo consciente, bem como, dos malefícios dessa prática e da sua imersão na vida das crianças (MAIA; OLIVEIRA, 2015). Conclusão Diante do que foi exposto, é possível destacar que devemos ter clareza e entendimento sobre as armadilhas que o capitalismo desenvolve ao longo dos tempos e que atualmente estamos envoltos as práticas do consumismo no universo infantil Esse consumismo infantil vem aliado a mídia e juntos buscam levar as famílias e as crianças a comprar cada vez mais, levando ambas para espaços que geram prejuízos a subjetividade e a autonomia. Assim, se faz necessário problematizar e levar a tona as consequências do capitalismo no mundo pós-moderno. Referências BENJAMIN, Walter. Experiência IN: ___.Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades, Editora 34, 2002. CRIANÇA E CONSUMO. Menos consumismo, mais tempo para o brincar. 2020. Disponível em:<https://criancaeconsumo.org.br/noticias/menos-consumismo-mais-tempo-para-o-brincar/>. Acesso em: 05 dez. 2020 ENCICLOPÉDIA CRIANÇA. Brincar. 2013. Disponível em:<www.enciclopedia-crianca.com/brincar>. Acesso em: 05 dez. 2020. FERREIRA, D. C. R. R; OLIVEIRA, M. R. F. de. A infância do consumo e a expropriação do brincar criativo. 2016. Disponível em:<pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/socialsciencesproceedings/xi-sepech/gt2_200.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2020 MACEDO, L de. Brincar é mais que aprender. 2019. Nova Escola. Disponível em:<https://novaescola.org.br/conteudo/7586/brincar-e-mais-que-aprender>. Acesso em: 05 dez. 2020 MAIA, D. J. de; OLIVEIRA, M. R. F de. Os impactos do consumo e a expropriação do brincar criativo. 2015. Disponível em:<www.uel.br/eventos/semanaeducacao/pages/arquivos/ANAIS/ARTIGO/SABERES%20E%20PRATICAS/OS%20IMPACTOS%20DO%20CONSUMO%20E%20A%20EXPROPRIACAO%20DO%20BRINCAR%20CRIATIVO.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2020 VALERIO, J. S. A importância do brincar no desenvolvimento da criança. 2016. Disponível em:<https://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?a-importancia-do-brincar-no-desenvolvimento-da-crianca&codigo=AOP0394>. Acesso em: 05 dez. 2020
Compartilhar