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Inflamação 1 (anotações de aula) - PATOLOGIA GERAL

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Inflamação 1 
Inflamação é uma reação sistêmica e local dos 
tecidos e da microcirculação a um insulto 
patogênico (agressão). Esse processo 
inflamatório se caracteriza pela elaboração de 
substâncias químicas chamadas de 
mediadores químicos da resposta inflamatória, 
e pela movimentação de células e leucócitos 
a partir da circulação sistêmica em direção ao 
tecido extravascular, onde ocorre a agressão. 
Essa resposta vai localizar e eliminar as células 
alteradas, as partículas estranhas, os 
microrganismos e antígenos, além de criar 
um caminho que vai permitir o retorno do 
tecido a estrutura e recuperar sua função 
normal. 
Sinais Cardinais da Inflamação 
Quatro sinais inflamatórios foram descritos no 
século 1, e o quinto sinal só foi destacado 
muito tempo depois: 
1. Calor local (febre); 
2. Eritema, rubor, vermelhidão; 
3. Edema, tumefação; 
4. Dor; 
5. Perda da função (a primeira coisa que a 
célula perde ao ser agredida é a sua 
função); 
Exemplos: 
Queimadura: Resposta inflamatória produzida 
pelo calor. 
Academia (atrito mecânico): Se houver a 
persistência desse atrito, a tendência é que a 
inflamação regrida e que surja um calo no 
local, que é a resposta inflamatória produzida 
pelo trauma. 
Infecção bacteriana: Há os cinco sinais 
cardinais. 
Pus: É o produto da necrose liquefativa. 
Conjuntivite: Gera uma vermelhidão na 
conjuntiva e um incômodo no olho associada 
a um processo que pode ser alérgico ou viral. 
Apendicite aguda: O órgão pode ficar inchado 
com exsudato purulento e áreas de necrose 
e hemorragia. 
A resposta para a maioria dos agentes lesivos 
é estereotipada e imediata (a inflamação tem 
essa característica, acontece de maneira 
uniforme independente do agente agressor e 
os sinais inflamatórios se repetem) Tem 
curso similar independente da agressão; A 
intensidade pode variar de acordo com a 
necessidade, minimizando o dano tecidual. 
 O nosso organismo sempre vai ter a 
máxima resposta (máxima reação 
inflamatória), com o menor dano possível. 
Visão Geral 
 A função primordial da resposta 
inflamatória é a de eliminar um insulto 
patogênico e remover componentes do 
tecido lesionado, desta forma permitindo 
que a reparação tecidual aconteça. 
 É uma resposta protetora do nosso 
organismo que tenta conter ou eliminar o 
agente agressor e evitar o dano. 
 Durante a inflamação são recrutadas 
células específicas com o objetivo de 
atacar, destruir, remover ou pelo menos 
isolar agentes lesivos (infecciosos, toxinas, 
corpos estranhos). 
 O caráter da resposta inflamatória é 
modulado dependendo de vários fatores, 
tais como a natureza do agente lesivo, 
duração do insulto, extensão do dano 
tecidual e microambiente. 
 É uma reação complexa que só ocorre 
em tecido vascularizado (microcirculação 
do tecido agredido). 
Causas 
As causas são as mesmas das lesões teciduais. 
 Processos infecciosos; 
 Traumas mecânicos e químicos; 
 Alterações de temperatura; 
 Alterações genéticas; 
 Distúrbios nutricionais; 
Consequências nocivas 
 Dor; 
 Perda da função permanente; 
 Doenças autoimunes; 
 Reações de hipersensibilidade; 
 Aterosclerose; 
Pode ser uma inflamação local ou sistêmica 
(respostas da fase aguda como febre, perda 
de apetite, sonolência etc.). 
Componentes da Resposta Inflamatória 
 Leucócitos, fagócitos, anticorpos e proteínas 
do complemento, além de outras proteases 
plasmáticas. 
 Componentes da imunidade inata: Células 
NK, células dendríticas e células epiteliais. 
A resposta inflamatória constitui a primeira 
barreira (imunidade inata) contra as agressões, 
além de eliminar células danificadas e corpos 
estranhos. 
Inflamação: Resposta inata e inespecífica. 
Resposta imunológica: Adquirida e adaptativa. 
Etapas da Resposta Inflamatória 
1. Reconhecimento 
Precisa haver o reconhecimento da 
agressão, seja do próprio agente agressor 
ou do tecido que está sofrendo a agressão. 
Existem células que chamamos de células 
residentes do interstício (macrófagos, 
mastócitos, células dendríticas etc.) que 
possuem a capacidade de reconhecer 
essas modificações provocadas pela 
agressão. Já nesse momento inicial de 
reconhecimento, as células começam a 
produzir mediadores químicos que vão 
permitir ou produzir modificações teciduais, 
permitindo que a RI aconteça. 
2. Recrutamento 
Há o recrutamento das células e das 
proteínas que vão passar pela RI. Para que 
ocorra esse recrutamento é preciso que o 
tecido sofra modificações, principalmente se 
for um vaso sanguíneo da microcirculação. 
Os mediadores químicos liberados 
inicialmente vão agir aumentando a 
permeabilidade vascular, permitindo o 
recrutamento da célula e em um momento 
posterior ativando essas células. 
3. Ativação 
As células ativadas vão chegar no tecido 
extravascular e reconhecer o agente 
agressor, driblando a agressão. 
4. Controle e conclusão 
5. Reparação (só ocorre se houver dano 
tecidual. 
Inflamação Aguda ou Crônica 
A inflamação pode ser aguda ou crônica. A 
inflamação aguda é de início rápido e de curta 
duração, com duração de poucos minutos a 
poucos dias, e caracteriza-se pela exsudação 
de líquido e proteínas plasmáticas, e acúmulo 
de leucócitos, predominantemente neutrófilos. 
A inflamação crônica pode ser mais insidiosa, 
é de duração mais longa (dias a anos) e 
caracterizada pelo influxo de linfócitos e 
macrófagos com proliferação vascular 
associada e fibrose (cicatrização). 
Componentes da RI e suas principais Funções 
 Células residentes (macrófagos, 
mastócitos); 
 Parede vascular e seu revestimento 
endotelial; 
 Elementos da circulação (polimorfos 
nucleares, linfócitos, monócitos, proteases 
plasmáticas, plaquetas); 
 Componentes da matriz extracelular 
(fibroblastos e os constituintes proteicos 
como proteoglicanos e fibras elásticas); 
Inflamação Aguda 
Estímulos 
As reações inflamatórias agudas podem ser 
iniciadas por vários estímulos: 
 Infecções (por bactérias, vírus, fungos e 
parasitas) estão entre as causas 
clinicamente importantes mais comuns da 
inflamação. 
 Trauma (corte e penetração) e vários 
agentes químicos e físicos (lesão térmica, 
p. ex., queimaduras ou frio profundo; 
irradiação; toxicidade de algumas 
substâncias químicas ambientais) lesam as 
células do hospedeiro e induzem as 
reações inflamatórias. 
 Necrose tecidual (de qualquer causa) 
incluindo isquemia (como no infarto do 
miocárdio) e lesão química ou física. 
 Corpos estranhos (farpas, poeira, suturas e 
depósitos de cristais). 
 Reações imunológicas (também chamadas 
de reações de hipersensibilidade) contra 
substâncias ambientais ou contra os 
próprios tecidos. Como esses estímulos 
para as respostas inflamatórias não podem 
ser eliminados ou evitados, as reações 
tendem a ser persistentes, 
frequentemente apresentando 
características de inflamação crônica. O 
nome “doença inflamatória imunomediada” 
é usado algumas vezes para se referir a 
esse grupo de distúrbios. 
Embora cada um desses estímulos possa 
induzir reações com características distintas, 
todas as reações inflamatórias possuem as 
mesmas características básicas. 
Sequência de Eventos Após a Agressão 
 Dilatação de pequenos vasos com 
aumento do fluxo sanguíneo; 
 Aumento da permeabilidade da 
microcirculação, com extravasamento de 
proteínas plasmáticas e leucócitos; 
 Emigração de leucócitos com acúmulo no 
foco da lesão e sua ativação para a 
eliminação do agressor; 
Alterações Vasculares 
Dilatação 
Os mediadores químicos inicialmente 
liberados vão produzir uma vasodilatação na 
microcirculação. Com a vasodilatação os 
vasos aumentam seu calibre permitindo a 
chegada de uma nova quantidade de sangue 
(o fluxo sanguíneo no local se torna mais 
intenso). Nesse momento já vamos ter 
alteração logística que é a vermelhidão e o 
calor ao aumentar a circulação.O aumento do 
fluxo sanguíneo local vai causar alguns 
desequilíbrios, como o aumento da pressão 
hidrostática dentro da microcirculação e por 
causa da vasodilatação a parede vai ficar mais 
fina. 
 Vai haver um vazamento de líquido para o 
interstício; 
No momento em que a parte líquida do 
sangue extravasa para o interstício, vamos 
observar um aumento da concentração dos 
componentes sólidos do sangue 
(hemoconcentração). Com isso, o sangue vai 
se tornar mais viscoso e espesso e a 
velocidade do fluxo sanguíneo vai ser mais 
lenta. Em alguns pontos, nos quais a circulação 
é mais estreita, vai haver a parada da 
circulação (estase sanguínea); o que é muito 
importante para que haja a primeira etapa 
que é a marginação leucocitária. 
 Vasodilatação com > fluxo sanguíneo 
(calor e eritema); 
 Lentificação da circulação e estase – perda 
de líquidos e proteínas pelo APV > 
concentração de hemácias e > 
viscosidade; 
 Marginação com início da exsudação; 
 As alterações das pressões são 
importantes para a movimentação dos 
fluídos durante a resposta inflamatória; 
Na circulação normal temos, na extremidade 
arteriolar, a pressão hidrostática mais elevada 
que a pressão oncótica. A pressão 
hidrostática e a pressão oncótica se mantem 
em equilíbrio para manter um controle do 
fluxo entre o compartimento vascular e o 
compartimento extravascular. 
Pressão Hidrostática (para fora): Volume de 
sangue; 
Pressão Oncótica (para si): Concentração de 
proteínas; 
Na circulação normal, o fluxo segue a 
normalidade, na extremidade arteriolar a 
tendência é que haja um fluxo de dentro do 
vaso para fora do vaso (a pressão hidrostática 
é maior do que a oncótica) No leito capilar o 
fluxo é, praticamente, zero., não uma 
pendência para um lado ou outro já que as 
pressões se aproximam. Já na extremidade 
venular há uma inversão no sentido do fluxo, 
do meio extravascular para o intravascular (a 
pressão hidrostática se torna menor que a 
oncótica dentro do vaso). Durante a 
inflamação vai haver uma modificação no 
equilíbrio dessas pressões. No momento em 
que se tem uma grande massa sanguínea 
chegando no local, a pressão hidrostática vai 
se elevar bastante, a tendência do fluxo vai 
ser de dentro do vaso para o interstício (para 
fora). Apesar de haver perda de líquido, a 
pressão hidrostática fica bem elevada no leito 
capilar e na extremidade venular, dessa 
maneira teremos sempre a tendência da 
saída de dentro para fora do vaso: 
 Apesar do líquido sofrer extravasamento, 
ele não para de fluir; 
 Durante a inflamação, a tendência do fluxo 
sanguíneo vai ser, sempre, de dentro para 
fora, o que facilita a movimentação de 
células e proteínas; 
 
 
Aumento da Permeabilidade Vascular 
A microcirculação é um local em que, 
normalmente, há permeabilidade e é onde 
ocorrem as trocas entre o compartimento 
celular e os tecidos. 
Durante a inflamação vão ocorrer alterações 
específicas na parede vascular, que vão 
permitir uma maior movimentação. É 
necessário que o espaço para essas 
passagens se torne maiores e a 
permeabilidade aumente para que as células, 
os leucócitos e as proteínas saiam. 
O aumento da permeabilidade vascular 
permite que o líquido e os componentes do 
plasma se acumulem nos tecidos afetados. 
Normalmente, o endotélio é uma barreira de 
permeabilidade à medida que o fluído se 
move entre os espaços intravasculares e 
extravasculares. 
-Quais são os mecanismos envolvidos 
no aumento da permeabilidade? - 
Contração ou retração das células endoteliais: 
Nesse processo o endotélio vascular recebe um 
estímulo, principalmente, da histamina e a célula 
se retrai. Quando isso ocorre a célula se afasta 
das vizinhas e as junções se alargam e ficam 
maiores, gerando um movimento maior de 
células e de fluidos de dentro para fora do vaso. 
 Ocorre rapidamente e possui curta duração 
(minutos); 
Lesão endotelial (direta ou indireta): O agente 
agressor lesa e destrói a parede vascular (como 
em uma queimadura); 
 Ocorre rapidamente e possui uma longa 
duração (de horas a dias). Para desaparecer 
é necessário que haja uma reconstrução na 
parede desse vaso; 
 
 Lesão endotelial indireta: por mecanismos 
imunológicos; 
 Aumento de canais de transitose; 
 Aumento da permeabilidade na formação do 
tecido e granulação; 
Mediadores Químicos 
São produzidos durante a inflamação e essas 
substâncias tem o papel de mediar e 
controlar as modificações teciduais que vão 
permitir que a inflamação ocorra, além de 
aumentar a permeabilidade, facilitar a 
mobilização e são responsáveis pelo 
surgimento do edema. Podemos encontrar 
mediadores químicos derivados do próprio 
plasma sanguíneo (produtos da degradação 
da fibrina) e produtos derivados de células 
(histamina, serotonina). 
Recrutamento e Ativação dos Leucócitos 
Eventos celulares: extravasamento dos 
leucócitos e fagocitose; 
 Fenômenos intraluminais (ocorrem 
exclusivamente dentro da luz do vaso): 
marginação (rolagem e adesão); 
 Transmigração (diapedese); 
 Quimiotaxia; 
 Fagocitose; 
 
Endotélio Normal: Junções normais; 
Contração Endotelial: Vemos um espaço se 
formando entre as células endoteliais; 
Mecanismo associado a agressão – 
Deformidade do endotélio com formação de 
bolhas; 
Fenômenos Intraluminais 
O fluxo sanguíneo se faz em um tecido único 
e em um fluxo lamelar (bem organizado), 
onde os elementos sólidos caminham no 
centro. 
 A marginação só é possível por causa da 
lentificação; 
Por que a rolagem é importante? Porque 
quando o leucócito está rolando e encostando 
no endotélio, há a ativação de outras 
moléculas diferentes, outros tipos de 
moléculas de adesão que vão permitir a 
adesão firme dessa célula sob o epitélio, ela 
ancora e se prende. Dessa forma ela pode 
encontrar o espaço que se formou na parede 
desse vaso e atravessar, ocorrendo a 
transmigração. 
1. Marginação; 
2. Rolagem; 
3. Adesão firme; 
4. Transmigração; 
Em todas as etapas temos a participação de 
moléculas específicas, tanto na superfície 
leucocitária quanto na superfície endotelial. 
O leucócito alcança a margem endotelial e 
começa a rolar, adere firmemente, encontra 
a parede e atravessa. Depois de atravessar, o 
leucócito se dirige ao agressor. Na superfície 
do endotélio e dos leucócitos há receptores 
e ligantes específicos. 
 Enquanto houver agressão, o ciclo 
permanece. 
Modificações que ocorrem na 
inflamação associadas a moléculas 
 P – seletina: São proteínas pré-formadas 
que ficam armazenadas no citoplasma da 
célula e por ação de mediadores químicos, 
elas se expressam na superfície; 
 Redistribuição de moléculas de adesão; 
 Alterações na configuração das moléculas 
de adesão; 
O que acontece na transmigração? O 
leucócito sofre transmigração, rola sobre o 
endotélio e adere a superfície endotelial e 
encontra a passagem. Na membrana basal 
integra, o leucócito atravessa a parede 
digerindo enzimaticamente a estrutura de 
colágeno. 
Moléculas de Adesão Leucócito – Endotélio 
Tabela no livro página 36. 
Quimiotaxia 
É a locomoção orientada ao longo de um 
gradiente químico. O leucócito atravessa a 
parede vascular e vai se direcionar para o 
foco inflamatório, ele faz isso percebendo as 
substâncias químicas (quimiocinas) que são 
deixadas. As quimiocinas podem ser 
produzidas endogenamente (pelo organismo) 
ou pelas bactérias (agentes agressores). 
 Substâncias exógenas (produtos 
bacterianos) e endógenas (citocinas, C5a, 
leucotrienos). 
No local da agressão o tecido agredido e o 
agressor produzem as quimiocinas e elas 
começam a se depositar no local e a se 
espalhar pelo tecido circunjacente, criando 
um gradiente químico, de um meio de maior 
concentração (no foco inflamatório) em 
direção ao meio de menor concentração, 
onde ela está mais diluída. Quando o leucócito 
atravessa a parede vascular, eletem na sua 
superfície receptores para essa substância e 
vai capturando-as e se deslocando 
especificamente em direção a esses 
marcadores e recebendo sinalizações cada 
vez mais intensas e maiores. Dessa maneira 
ele sai da parede vascular e vai seguindo esse 
caminho marcado pelas quimiocinas. 
 Esse deslocamento do leucócito só é 
possível porque a célula tem a capacidade 
de se movimentar e produzir 
prolongamentos citoplasmáticos 
(pseudópodos). 
 Migração em etapas sucessivas em 
resposta a um antagonista após o outro 
(posição determinada pelo padrão de 
receptores de atratores espessos e pela 
sequência de gradientes de quimiocinas 
que eles encontram. 
Fagocitose 
É o processo de reconhecimento do agente 
agressor, o englobamento e a destruição 
dessa partícula. A fagocitose consiste em três 
etapas distintas, mas inter-relacionadas: (1) 
reconhecimento e fixação da partícula ao 
linfócito fagocítico; (2) engolfamento, com 
subsequente formação de um vacúolo 
fagocítico e (3) destruição e degradação do 
material ingerido. 
 A célula migra (sai da lesão para o tecido), 
quando chega no interstício reconhece o 
agente agressor através de receptores de 
superfície; 
 O tipo celular predominante na infecção 
bacteriana são os neutrófilos, na infecção 
por parasita são os eosinófilos e na 
infecção viral são os linfócitos; 
Opsonização: As substâncias se prendem na 
superfície do antígeno e marcam – sinalizam 
para o fagócito que a partícula deve ser 
digerida; 
 Na superfície da célula fagocitária há 
receptores para as moléculas de 
opsonização; 
 Receptores ativados: o leucócito entende 
que encontrou o que precisa destruir – 
englobamento da partícula e início da 
formação do fagossomo, 
 Formação do vacúolo fagocitário 
(fagossomo); 
 Lisossomo migra em direção ao vacúolo e 
se funde a ele (fagolisossomo); 
 Os lisossomos se juntam ao fagossomo e 
liberam seus grânulos lisossomais para 
degradar a partícula; 
 Inicia o surto oxidativo – produção de 
radicais livres – capacidade bactericida de 
ativação do NADH oxidase; 
 Digestão enzimática da partícula; 
 Destruição por radicais livres; 
 Sistema bactericida mais eficiente – misto 
– mieloperoxidase; A junção da enzima 
mieloperoxidase contida dentro do 
lisossomo + peróxido de hidrogênio (radical 
livre); 
 Reconhecimento – englobamento – 
formação do fagossomo propriamente dito 
– migração e junção dos lisossomos 
formando fagolisossomo – destruição do 
agente agressor; 
 As vezes a partícula é grande e o vacúolo 
não se fecha por completo – regurgitação 
da fagocitose – a substâncias pode escapar 
para o meio externo e atingir tecidos 
sadios ao redor; 
 
 
Ativação Leucocitária 
Uma vez tendo sido recrutados para os locais 
da infecção ou da necrose tecidual, os 
leucócitos devem ser ativados para exercer 
suas funções. Os estímulos para a ativação 
incluem os microrganismos, os produtos das 
células necróticas e vários mediadores, 
descritos adiante. Os leucócitos expressam 
em suas superfícies diferentes classes de 
receptores que percebem a presença de 
micróbios, células mortas e substâncias 
estranhas. O engajamento desses receptores 
induz uma série de respostas nos leucócitos 
que são parte das suas funções normais de 
defesa, genericamente chamadas de ativação 
leucocitária. A ativação leucocitária resulta em 
muitas funções ampliadas: 
 Fagocitose de partículas; 
 Destruição intracelular de micróbios e 
células mortas fagocitados, por 
substâncias produzidas nos fagossomos, 
incluindo espécies reativas do oxigênio e 
do nitrogênio e enzimas lisossômicas; 
 Liberação de substâncias que destroem 
micróbios extracelulares e células mortas, 
em grande parte as mesmas substâncias 
produzidas dentro das vesículas 
fagocíticas. Um mecanismo 
recentemente descoberto pelo qual os 
neutrófilos destroem microrganismos 
extracelulares é a formação de 
“armadilhas” extracelulares; 
 Produção de mediadores, incluindo as 
citocinas e os metabólitos do ácido 
araquidônico, que amplificam a reação 
inflamatória, por recrutamento e ativação 
de mais leucócitos;

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