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0 
 
PONTIFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS 
 
 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA 
FACULDADE DE PSICOLOGIA 
 
CAMILA DO VALLE 
LARISSA DE SOUZA FRANCA 
LETÍCIA DA CONCEIÇÃO GREGORIO 
LUCIANA SBROCCO FIGUEIREDO 
VITÓRIA MARI LEANDRO 
 
 
RELATÓRIO 1 
MEMÓRIA IMEDIATA VISUAL E AUDITIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2015 
 
1 
 
 
CAMILA DO VALLE 
LARISSA DE SOUZA FRANCA 
LETÍCIA DA CONCEIÇÃO GREGORIO 
LUCIANA SBROCCO FIGUEIREDO 
VITÓRIA MARI LEANDRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 1 
MEMÓRIA IMEDIATA VISUAL E AUDITIVA 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina Fenômenos e 
Processos Psicológicos B, da Faculdade de 
Psicologia, do Centro de Ciências da Vida, como 
parte das atividades de laboratório exigidas para 
aprovação. Responsável pela disciplina: Profa. 
Berenice Carneiro e monitora Taína Feijon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUC-CAMPINAS 
2015 
 
2 
 
Introdução 
 
Para Gazzaniga e Heatherton (2005, p.216) a memória é “... a capacidade 
do sistema nervoso de adquirir e reter habilidades e conhecimentos utilizáveis, 
permitindo que os organismos se beneficiem da experiência.” Ainda segundo os 
autores acima, Donald Hebb afirma que as memórias estão armazenadas em múltiplas 
regiões do cérebro e ligadas por circuitos de memória. 
Gazzaniga e Heatherton (2005) destacam que Richard Atkinson e Richard 
Shiffrin em 1968 propuseram um modelo de memória chamado de modelo modal de 
memória, que apesar de ser um tanto indefinido e vago era o modelo de memória mais 
utilizado entre os psicólogos. Este modelo é um sistema de memória de três estágios, 
composto pela memória sensorial, mémoria de curto prazo e memória de longo prazo. 
A memória sensorial envolve o armazenamento das informações 
sensoriais, ou seja, das informações que chegam por meio dos orgãos dos sentidos, 
as informações sensoriais tem uma pequena duração e são registradas de tal maneira 
que mantêm a sua forma original. A memória de curto prazo (MCP) mantém 
informações na consciência por um tempo limitado e sua capacidade também é 
limitada, alguns pesquisadores comtemporâneos preferem o termo memória imediata 
para explicar esta ideia de temporalidade da MCP. Diferente da memória de curto 
prazo, a memória de longo prazo, é a armazenagem relativamente permanente das 
informações (ATKINSON; HILGARD, 2012). 
Salienta os autores Izquierdo (2011), que a memória de longo prazo e a 
memória de curto prazo são sistemas independentes separados, porém paralelos e 
eles se diferem em dois aspectos: duração e capacidade. 
Segundo Gazzaniga e Heatherton(2005), outra maneira de se observar a 
distinção entre memória de longo prazo e memória de curto prazo é através do efeito 
de posição serial, que é a capacidade de lembrar com mais facilidade dos itens, de 
uma lista de palavra por exemplo, do seu início e do fim, sendo os itens do meio mais 
comumente esquecidos. Sendo assim, a melhor memória para os itens apresentados 
3 
 
primeiro é chamada de efeito primazia, já o efeito recentidade é a melhor memória 
para itens mais recentes. 
Contudo, os autoresGazzaniga e Heatherton(2005), destacam que a 
principio se pensava que a memória de curto prazo era um tampão em que os dados 
verbais eram repitidos até serem armazenadas ou ignorados, porém, esclareceu-se 
que a memória de curto prazo é uma unidade processadora ativa, que utiliza vários 
tipos de informações, como sons, imagens e ideias e não um simples sistema de 
armazenamento. Contando com esses relatos o psicólogo britânico Alan Baddeley e 
seus colegas propuseram um prestigioso modelo de sistema de memória ativo 
tripartidário, chamado de memória de trabalho, que é um sistema de processamento 
ativo que mantém durante poucos minutos as informações que estão sendo utilizadas 
naquele momento. Os componentes da memória de trabalho são: a executiva central, 
a alça fonológica e o bloco de notas visuoespacial. 
“A executiva central preside as interações entre os subsistemas e a memória 
de longo prazo: ela é a chefe. Ela codifica informações dos sistemas 
sensoriais e filtra as informações suficientemente importantes para serem 
armazenadas na memória de longo prazo. Ela também recupera informações 
da memória de longo prazo conforme necessário. A executiva central depende 
de dois subcomponentes que retém temporariamente informações auditivas e 
visuais. A alça fonológica codifica informações auditivas e está sempre ativa 
quando lemos, falamos ou repetimos palavras para nós mesmos a fim de não 
esquecê-las. [...] O bloco de notas visuoespacial é utilizado para processar 
informações visuais, como características de um objeto e onde estão 
localizados.” (Gazzaniga e Heatherton, 2005, p. 221) 
De acordo com Gazzaniga e Heatherton (2005), se pensava que a memória 
de longo prazo era um sistema parcialmente unitário e que as memórias só se 
diferenciavam com relação a força e a acessibilidade, porém, eram do mesmo tipo. 
Contudo, psicólogos cognitivos contestavam essa visão nas décadas de 70 e 80, 
afirmando que “a memória não é uma entidade monolítica, mas um processo que 
envolve alguns sistemas interatuantes. Embora os sistemas compartilhem uma função 
comum, que é reter e usar informações, eles codificam e armazenam diferentes tipos 
de informação e fazem isso de maneira diferente”(p. 224). 
4 
 
Para Gazzaniga e Heatherton(2005), os sistemas da memória envolvem 
três procedimentos: codificação, armazenamento e recuperação. A codificação é o 
processo de preparar as informações que serão armazenadas, ou seja, é o processo 
onde o cérebro converte a realidade em códigos e a evoca também através de códigos. 
O armazenamento ocorre após a codificação, e é onde acontece a retenção das 
representações, a experiência é armazenada por algum tempo. E a recuperação 
também chamada de evocação é a forma de buscar a informação para ser utilizada. 
 Ainda segundo Gazzaniga e Heatherton (2005) existe um outro processo 
chamado consolidação, este seria um processo hipotético de transferência da memória 
imediata para a memória de longo prazo, neste tempo o conteúdo não fica ajustado de 
forma estável, e as memórias seriam suscetíveis a interferência por diversos fatores. 
As interferências que afetam a maneira como as memórias são 
armazenadas e codificadas se referem tanto ao conteúdo emocional da memória, 
sendo que quanto mais carga emocional, mais facilmente ela será recordada, quanto 
ao estado emocional do indivíduo no momento em que recebe o estímulo externo ou 
a informação e no momento de recuperação. Dentre os fatores que mais influenciam 
estão a atenção, a motivação e o humor (DALMAZ, 2004). 
Ainda sobre os mecanismos da memória, James McGaugh e colaboradores 
demonstraram a importância da amígdala na mediação de memórias emocionais ao 
regular os eventos bioquímicos relacionados com a formação da memória por meio de 
mecanismos hormonais e neuro-humorais relacionados ao estresse e à ansiedade, 
alterando sinapses gabaérgicas, noradrenérgicas e colinérgicas, provando também a 
importância de hormônios como dopamina e serotonina (MCGAUGH, 2002). 
Em se tratando de transitoriedade da memória os autores Gazzaniga e 
Heatherton (2005, p. 238) se referem ao padrão de esquecimento com o passar do 
tempo e isso ocorre devido à interferências de outras informações. “As informações 
adicionais podem levar ao esquecimento de duas maneiras. Na interferência proativa, 
informações anteriores inibem a nossa capacidade de lembrar novas informações. Na 
interferência retroativa, novas informações inibem a nossa capacidade de lembrar 
antigas informações.” 
5 
 
Segundo os autores, é possível diferenciar os sistemas da memória entre 
memóriaexplícita e memória implícita. Na memória explícita temos lembranças e 
informações de forma consciente, e as informações recuperadas são conhecidas como 
memória declarativa, que são as informações cognitivas trazidas à mente, podendo 
ser verbalizadas. Na memória explicita existem também outras duas distinções, a 
memória episódica que se diz respeito as nossas experiências passadas, ou seja, 
eventos dos quais participamos e a memória semântica que traz a tona conhecimentos 
importantes ou de fatos triviais, independentes de nossas experiências pessoais. Já 
na memória implícita as memórias se manifestam sem esforço ou intenção consciente 
e não requer atenção, e um exemplo dela é a memória de procedimento ou memória 
motora, que envolve habilidades motoras, e tem um aspecto automático e inconsciente 
(GAZZANIGA; HEATHERTON, 2005). 
De acordo com Gazzaniga e Heatherton (2005, p. 227), foi criado uma 
influente teoria da memória baseada na profundidade da elaboração pelos psicológos 
Fergus Craik e Robert Lockhart, eles afirmam que as memórias são armazenadas por 
significado. Portanto, quanto mais profundo uma informação é codificada, mais 
significado tem e melhor é recordado. Craik e Lockhart concluiram que diferentes tipos 
de repetição levam a diferentes codificações. A repetição de manutenção 
consistesimplesmenteem repetir muitas vezes o mesmo item, já a repetição 
elaborativa envolve codificar a informação de maneiras mais significativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Objetivos 
 Avaliar a memória imediata visual e auditiva. 
 Comparar os resultados de cada participante de acordo com a média de acertos 
obtidos dentro de sua faixa etária. 
 Comparar as médias por cada faixa etária 
 Relacionar os dados obtidos no experimento com a teoria sobre memória. 
 
Método 
Situação: 
A Situação 1 na qual o participante A.S. realizou o experimento se caracteriza por uma 
sala ampla com uma mesa e cadeiras ao redor, iluminação natural do dia, sem 
interferências de barulhos ou informações visuais senão as do experimento. O 
participante e o experimentador estavam sentados nas cadeiras, um de frente para o 
outro. 
Na situação 2 participou o sujeito B.B. o local era seu quarto, que continha uma cama, 
escrivaninha e armário. No momento do experimento o experimentador e o participante 
estavam sentados na cama, sendo que o ultimo segurava um caderno como apoio 
para escrever. A iluminação era natural pois foi realizado no período da tarde e estava 
silêncio. 
Situação 3: O Experimento dos sujeitos A.F. I.F. I.D. e M.D ocorreu em um lugar 
fechado sem barulho e com uma mesa como suporte, as participantes sentaram e 
foram instruídas de como aconteceria e a ordem. As participantes não tiveram contato 
uma com a outra depois do experimento. 
Situação 4: O experimento feito com os participantes L.C., M.S., C.S. e L.S. foi 
realizado em um escritório amplo, com iluminação natural do dia, livre de barulhos, 
havia uma mesa e duas cadeiras, onde o participante e o experimentador 
permaneceram sentados durante a aplicação dos experimentos. E os materiais 
necessários ficaram sobre a mesa. 
7 
 
Situação 5: O experimento feito com os participantes G.M. D.H. e A.B. foi realizado em 
uma sala ampla, cuja qual havia uma mesa com cadeiras onde o participante e o 
aplicador pudessem se sentar confortavelmente durante os experimentos, na sala 
também havia uma iluminação adequada e livre de quaisquer ruídos ou informações 
visuais que pudessem interferir no experimento. 
Situação 6: Com as participantes G.S e A.C, o experimento foi realizado em um quarto 
fechado, em uma tarde ensolarada. Antes da aplicação do teste, eu conversei com 
ambas as participantes separadamente, perguntando como havia sido o dia e se algo 
as incomodava. As duas me responderam de forma tensa/ansiosa, como se 
ansiassem pelo término do teste. Isso foi comprovado, quando – durante a aplicação 
do teste – elas não usaram os dez segundos ofertados para a memorização dos itens. 
 
Participantes: 
L.C.: 6 anos; sexo feminino. 
A.B.: 7 anos e 3 meses; sexo feminino. 
G.M.: 8 anos e 3 meses; sexo feminino. 
D.H.: 10 anos e 5 meses; sexo masculino. 
M.S.: 11 anos e 1 mês; sexo feminino. 
A.F.: 13 anos e 5 meses; sexo feminino. 
I.D.: 13 anos e 5 meses; sexo feminino. 
I.F.: 14 anos e 10 meses; sexo feminino. 
C.S.: 17 anos; sexo masculino. 
M.F.: 17 anos e 3 meses; sexo feminino. 
A.S.: 21 anos e 4 meses; sexo masculino. 
B.B.: 26 anos e 7 meses; sexo masculino. 
8 
 
L.S.: 27 anos e 4 meses; sexo feminino. 
A.C.: 29 anos e 9 meses; sexo feminino. 
G.S.: 30 anos e 4 meses; sexo feminino. 
Material: 
 Para a memória auditiva lista de 20 palavras referentes a conceitos concretos e 
abstratos, sendo elas: gato, maçã, bola, árvore, igreja, cabeça, ideia, porta, 
caixa, carro, rei, copo, leite, peixe, interessante, computador, seta, flor, chave, 
felicidade 
 Para a memória visual 20 cartões com diferentes figuras, sendo elas: casa, 
limão, caneta, bebê, piano, jacaré, TV, mesa, coelho, olho, sapato, ônibus, ovo, 
garrafa, relógio, rosa, peixe, pêra, cadeira, borboleta (Anexo) 
 Folha de papel 
 Caneta 
 Cronômetro 
Procedimento: 
O primeiro experimento realizado foi a memória imediata auditiva, para isso 
o aplicador convidou o participante que foi levado para um ambiente tranquilo, onde 
ficaram sozinhos para realizar o experimento. Em seguida o aplicador passou as 
instruções ao participante e logo após leu pausadamente as 20 palavras para o 
participante, e solicitou para este escrever em uma folha as palavras que se lembrava, 
frisando ainda que não precisava ser na mesma ordem, assim que o participante 
começava a escrever o aplicador iniciava o cronômetroe após o participante terminar 
as palavras o aplicador parava o cronômetro, e imediatamente perguntava ao 
participante se ele havia utilizado alguma estratégia para lembrar das palavras. 
Prontamente após o termino do experimento da memória imediata auditiva, o aplicador 
iniciava o experimento da memória imediata visual, para isso o aplicador mostrou 
separadamente 20 cartões com as figuras para o participante e em seguida solicitou 
para o participante escrever numa folha de papel as figuras das quais se lembrava, 
sem a necessidade de ser na mesma ordem, logo que o participante começava a 
9 
 
escrever o aplicador iniciava o cronômetro e após o participante terminar de escrever 
as figuras que se recordava o aplicador parava o cronômetro, e imediatamente 
perguntava ao participante se ele havia utilizado alguma estratégia para lembrar das 
figuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Resultados 
Tabela 1. Resultados individuais dos participantes no experimento de memória imediata 
auditiva e média geral por cada faixa etária. 
 
Observa-se na Tabela 1 que a média do número de acertos entre as três faixas etárias 
foi similar, tendo uma diferença mínima de 1,2 pontos entre o menor e o maior resultado. O 
grupo de 12 a 17 anos foi o que menos pontuou, seguido do grupo das crianças (5 a 11 anos) 
e por último de 18 a 30 anos. Os dois participantes que obtiveram as maiores pontuações 
estão no grupo dos adultos, porém as duas menores pontuações também se encontram neste 
 Participante Número de acertos Tempo 
De 5 a 11 anos 
 L.C. 9 0:50 
 A.B. 8 1:05 
 G.M. 9 1:30 
 D.H. 10 1:20 
 M.S. 8 1:12 
Média 8,8 1:11 
 
De 12 a 17 anos 
 A.F. 8 1:11 
 I.D. 9 1:58 
 I.F. 7 1:03 
 C.S. 9 1:06 
 M.F. 9 1:28 
Média 8,4 1:21 
 
De 18 a 30 anos 
 A.S. 16 2:10 
 B.B. 9 1:30 
 L.S. 12 1:08 
 A.C. 6 2:00 
 G.S. 5 1:40 
Media 9,6 1:38 
11 
 
mesmo grupo. Com relação ao tempo que os participantes levaram para realizar o 
experimento, quanto maior a faixa etária maior foi à média do tempo, porém com uma diferença 
de menos de 30 segundos. O participante A.S. do terceiro grupo referenteà faixa etária foi o 
que obteve a maior pontuação e também o maior tempo. Porém, analisando os demais 
resultados, não é possivel dizer que há uma correlação entre tempo gasto e a pontuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Tabela 2. Resultados individuais dos participantes no experimento de memória imediata 
visual e média geral por cada faixa etária. 
 Participante Número de acertos Tempo 
De 5 a 11 anos 
 L.C. 7 0:58 
 A.B. 10 1:10 
 G.M. 11 1:20 
 D.H. 10 1:30 
 M.S. 14 1:44 
Média 10,4 1:20 
 
De 12 a 17 anos 
 A.F. 10 1:48 
 I.D. 12 1:44 
 I.F 10 0:58 
 C.S. 12 1:20 
 M.F. 12 1:55 
Média 11,2 1:33 
 
De 18 a 30 anos 
 A.S. 14 2:03 
 B.B. 15 2:10 
 L.S. 11 1:12 
 A.C. 10 1:33 
 G.S. 9 2:20 
Média 11,8 1:51 
 
Analisando a Tabela 2 podemos constatar que houve um aumento crescente tanto na 
média de pontos quanto na média de tempo de raciocínio a cada faixa etária. A maior média 
ficou com os adultos, no valor de 11,8 e a menor com as crianças, 10,4, notando-se uma 
diferença pequena na pontuação. O maior tempo foi o do participante G.S, do terceiro grupo, 
com 2 minutos e 20 segundos, e o menor foi o da L.C. (5 a 11 anos) juntamente com I.F. (12 
a 17) com 0:58 segundos. A diferença na média do tempo entre as faixas etárias não passou 
de 35 segundos. 
13 
 
Quadro 1. Estratégias individuas usada pelos participantes no experimento de memória 
imediata auditiva. 
 
Analisando o quadro acima podemos perceber que a repetição foi a estratégia mais utilizada 
pelos participantes no experimento de memória auditiva, independentemente da faixa etária. 
 Participante Estratégia 
De 5 a 11 anos 
 L.C. Repetição 
 A.B. Repetição 
 G.M. Repetição 
 D.H. Lembrou das imagens 
 M.S. Repetição 
De 12 a 17 anos 
 A.F. Repetição 
 I.D. Repetindo sempre a palavra anterior junto com a 
palavra posterior e assim sucessivamente. 
 
I.F. 
 
Contando no dedo para memorizar 
 C.S. Repetição 
 M.F. Repetição 
De 18 a 30 anos 
 A.S. Criou uma história 
 B.B. Nenhuma 
 L.S. Repetição 
 A.C. Nenhuma 
 G.S. Repetição 
14 
 
Outras estratégias empregadas foram visualizar a imagem da palavra mentalmente, contar 
nos dedos para ajudar a memorizar e criar uma história contínua que envolvesse todas as 
palavras. 
 
Quadro 2. Estratégias individuas usada pelos participantes no experimento de memória 
imediata visual. 
 
 Participante Estratégia 
De 5 a 11 anos 
 L.C. Repetição 
 A.B. Repetição 
 G.M. Repetição 
 D.H Fazendo associações 
 M.S. História 
De 12 a 17 anos 
 A.F. Tentando decorar por ordem 
 
 I.D. Tentou fixar a imagem na cabeça 
 
 I.F. Falando as palavras em voz alta para poder 
memorizar melhor 
 
 C.S. Repetição 
 
 
 M.F. Repetição 
De 18 a 30 anos 
 A.S. Criou uma história 
 B.B. Visualizou palavras no papel 
 L.S. Fazendo associações 
 A.C. Nenhuma 
 G.S. Repetição 
15 
 
No Quadro 2 nota-se que a estratégia mais utilizada no experimento de memória 
imediata visual foi a repetição. Há uma variedade maior de estratégias do que no experimento 
auditivo, como as associações, a verbalização das palavras em voz alta, a visualização das 
palavras no papel antes de escrever e novamente a criação de uma história que envolvesse 
todos os elementos. Não há relação direta entre as estratégias empregadas e a faixa etária, 
pois se observa uma variedade de estratégias dentro do mesmo grupo, e a escolha de uma 
mesma estratégia dentro de grupos diferentes, como a história, que aparece na primeira faixa 
etária e na última, e a repetição que está presente em todos. 
 
Gráfico 1. Comparação de média aritmética nos experimentos de memória visual auditiva e 
visual por faixa etária. 
 
Com base nos resultados apresentados acima, podemos perceber que independente 
da faixa etária os participantes de modo geral tiveram um melhor desempenho na memória 
imediata visual, acertando cerca de 2 pontos a mais na média. 
 
Discussão 
A partir da análise dos resultados e das variáveis envolvidas (pontuação, 
estratégia, idade e tempo), juntamente com a base teórica levantada, podemos chegar 
a algumas conclusões e hipóteses de quais aspectos influenciam mais 
significativamente o desempenho dos participantes dos experimentos de memória 
auditiva e visual e o porquê. 
0
2
4
6
8
10
12
5-11 anos 12-17 anos 18-30 anos
Memória auditiva
Memória visual
16 
 
Para discutir o experimento, é válido comentar qual tipo de memória foi utilizado 
durante os experimentos. A principio podemos destacar a memória sensorial que 
segundo Gazzaniga e Heatherton (2005) chega por meio dos orgãos dos sentidos, os 
participantes utilizaram em específico a memória sensorial visual, também chamada 
de memória icônica, quando mostramos as imagens das figuras da lista. E 
posteriormente quando ditamos a lista de palavras os participantes utilizaram a 
memória auditiva, também chamada de memória ecoíca. 
Observamos que a memória de curto prazo também foi utilizada pelos 
participantes, visto que para Gazzaniga e Heatherton (2005) ela não consegue manter 
informações por mais de 20 segundos, depois elas desaparecem, a menos que 
impeçamos pensando sobre as informações ou repetindo-as, e aqui destacamos que 
esta foi a estratégia mais utilizada pelos nossos participantes para auxiliar a 
recuperação das informações; a repetição. 
Foi possível notar o uso da memória de longo prazo nos efeitos recentidade e 
primazia, comentados por Gazzaniga e Heatherton (2005), nos experimentos, apesar 
dos resultados não terem sido apresentados no presente trabalho, dado que as 
palavras que estavam no começo da lista foram mais frequentemente lembradas, 
evidenciando o efeito primazia, assim como as últimas, mostrando o efeito 
recentidade. 
E quando colocamos que a memória de curto prazo e a memória de longo prazo 
foram evidenciadas nos resultados dos participantes, consequentemente podemos 
dizer que a memória de trabalho também foi ativada nestas circunstâncias, pois 
segundo Gazzaniga e Heatherton (2005 p. 235) “As regiões frontais tornam-se ativas 
quando a informação está sendo ou recuperada da memória de longo prazo ou 
codificada da memória de trabalho para a memória de longo prazo”, nesta memória 
existem sistemas interatuantes e que estes sistemas compartilham uma função 
comum, que é reter e usar informações. 
Pudemos também perceber que todos os experimentos evidenciaram que a 
memória visual é mais facilmente recordada do que a memória auditiva. Esse fato pode 
ser explicado por uma pesquisa recém-publicada pelos psicólogos Bigelow e Poremba 
17 
 
(2014) no site PLoS ONE, na qual eles afirmam que não lembramos tão bem daquilo 
que ouvimos ao compararmos com o que vemos ou tocamos. 
Analisando os resultados, nota-se uma leve melhora de pontuação conforme a 
faixa etária aumenta, pois de acordo com Grivol e Hage (2011) o desenvolvimento da 
memória na infância ocorre paralelamente ao desenvolvimento cognitivo geral, sendo 
que assim como a atenção, ela intervém em todas as atividades cognitivas. 
Outro fator relevante é a estratégia adotada por cada participante, que como 
observado, independe da idade, pois crianças adultos e adolescentes adotaram 
estratégias diversas, tendo a presença de uma mesma em mais de um grupo. 
De acordo com Gazzaniga e Heatherton (2005, p. 227), foi criado uma 
influente teoria da memória baseada na profundidade da elaboração pelos psicológos 
Fergus Craik e Robert Lockhart, eles afirmam que as memórias são armazenadas por 
significado. Portanto, quanto mais profundo uma informação é codificada, mais 
significado tem e melhor é recordado. Craik e Lockhart concluiram que diferentes tipos 
de repetição levam a diferentes codificações. “A repetição de manutenção consiste 
simplesmente em repetir muitas vezes o mesmo item, já a repetição elaborativa 
envolve codificar a informação de maneiras mais significativas.”Como exemplo, os 
participantes A.S. e M.S. utilizaram a estratégia de montar histórias, significando cada 
elemento em um contexto, e obtiveram as maiores pontuações de acertos. 
 
Conclusão 
Com o presente trabalho podemos concluir que, ainda que haja uma 
sobreposição da memória visual sobre a memória auditiva, quanto aos resultados, é 
uma diferença mínima, que não afeta de forma significativa nos testes, pelo menos em 
um pequeno espaço amostral. 
O trabalho foi importante para avaliarmos a memória dos participantes e 
conseguirmos enxergar na prática aquilo que vemos/estudamos na teoria. É de grande 
valia podermos clarear o que estudamos, por exemplo, entender melhor os 
componentes da memória de trabalho e as influências no cotidiano. Portanto, realizar 
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este trabalho foi importante para o melhor entendimento dos pontos estudados e 
fixação do conteúdo 
 
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Anexo 
 
 
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