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Parasitologia Termos e conceitos utilizados em parasitologia Apresentam grande inter-relacionamento, varia desde a colaboração mutua (simbiose) até o predatismo e canibalismo. • Parasitismo: Na evolução de uma destas associações um organismo menor se sentiu beneficiado pela proteção ou obtenção de alimento. Parasitologia é a ciência que se baseia no estudo dos parasitas, e a relação com os hospedeiros (Protozoários, Platelmintos e Artrópodes) O parasita vive às custas do seu vizinho, explora sem colocar sua vida em risco, o parasita não mata, se aproveita de todas as vantagens que o hospedeiro lhe oferece. DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA • Presença de Hospedeiro suscetíveis • Migração humana • Condições ambientais favoráveis • Baixa condição de vida • Hábitos ruins de higiene CONCEITOS AGENTE ETIOLOGICO: causador ou responsável pela origem da doença (vírus, bactérias, fungos, protozoários ou helmintos) ENDEMIA: número de casos da doença é observado em uma população em um determinado espaço de tempo. DOENÇA ENDEMICA: A incidência permanece constante por vários anos, ideia de equilíbrio. (população/doença) EPIDEMIA: é a ocorrência, em uma região de casos que ultrapassam a incidência esperada de uma doença. INFECÇÃO: invasão do organismo por agentes patogênicos microscópicos. INFESTAÇÃO: invasão do organismo por agentes patogênicos macroscópicos VETOR: organismo capaz de transmitir agentes infecciosos. ANTROPONOSE: doença exclusivamente humana. Ex:Filariose. ANTROPOZOONOSE: doença primaria de animais, que pode ser transmitida ao homem. Ex: Brucelose, em que o homem é um hospedeiro acidental PROFILAXIA: conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle das doenças ou fatos prejudiciais aos seres vivos. PARASITO ACIDENTAL: Parasita espécies de vertebrados muito próximas. Ex:uma espécie de Plasmodium só parasitam primatas, outras só até aves. PARASITO EURIXÊNICO: parasita espécies de vertebrados muito diferente. Ex: o toxoplasma godii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves. PARASITO MONOXÊNICO: é o que possui apenas o hospedeiro definitivo. (enterobius vermicularis, a. lumbricoides) PARASITO HETEROGENÉTICO: é o que apresenta alternância de gerações PARASITO MONOGENÉTICO: É o que não apresenta alternância de gerações (possui um tipo só de reprodução sexuada ou assexuada) PARASITO OBRIGATORIO: É aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. (toxoplasma gondii, Plasmodium) PERIODO DE INCUBAÇÃO: É o período decorrente entre tempo de infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. (Ex: shistosoma mansoni – penetração de cercaria até o aparecimento de dermatite cercariana levam 24 horas) PERIODO PRÉ-PATENTE: é o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso. Ex:shistosoma mansoni- período entre penetração da cercaria até o aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis) aproximadamente 40 dias. DEFINIÇÃO DE HOSPEDEIRO • Hospedeiro é um organismo que abriga um parasita em seu corpo que pode ou não causar doença no hospedeiro. • Possui dependência metabólica em relação ao hospedeiro utilizando recursos para a sua sobrevivência • O hospedeiro também constitui o habitat do parasita • Chamamos de endoparasita ou parasita interno aquele parasita que se aloja no interior do hospedeiro ex: lombriga • E o ectoparasita ou parasita externo é aquele que se abriga sobre a pele ou couro cabeludo do hospedeiro ex:piolho • Hospedeiro definitivo é o que apresenta o parasita em sua fase de maturidade ou na sua forma sexuada. Hospedeiro intermediário – É o que apresenta o parasita em sua fase larvária ou assexuada. Ex: caramujo é o hospedeiro intermediário do shistosoma mansoni. Causador da esquistossomose. Hospedeiro paratênico ou de transporte – é um ser vivo que serve de refúgio temporário e de veículo até que o parasita atinja o hospedeiro definitivo. ▪ O parasita não evolui neste hospedeiro ▪ Esse hospedeiro não é imprescindível para completar o ciclo vital EX: Peixes maiores, que ingerem peixes menores contaminados com larvas. De diphyllobothrium transportam essas larvas até o ser humano ingerir o peixe maior, cru. TIPOS DE CICLOS BIOLOGICOS • MONOXENOS necessitam de apenas um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. • HETEROXENOS necessitam de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo de vida. ✓ HOSPEDEIRO INTERMEDIARIO: fase larval do verme ✓ HOSPEDEIRO DEFINITIVO: fase adulta (vermes) – fusão dos gametas (protozoários) INTERAÇÃO PARASITO - HOSPEDEIRO Os parasitos que causam distúrbios no organismo podem fazê-lo mecanicamente, ao crescerem e comprimirem as estruturas em torno, ou obstruir ductos, canais ou vasos, causando sintomatologias. Podem exercer ação tóxica, em virtude dos produtos de seu metabolismo. RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS Para obter melhores abrigos e alimentos, muitas espécies convivem em um mesmo ambiente, gerando associações ou interações que podem não interferir entre si. PODEM SER CLASSIFICADAS EM: ➢ INTRAESPECIFICAS: Ocorre entre indivíduos da mesma espécie. ➢ INTERESPECIFICAS: Ocorre entre indivíduos de espécies diferentes as relações interespecíficas podem ser: • HARMONICAS quando há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo • DESARMÔNICA quando há prejuízo para algum doa participantes. A – ASSOCIAÇÕES HARMONICAS PROTOCOOPERAÇÃO: Também conhecido como cooperação mutualismo facultativo. As espécies associadas se beneficiam, mais conseguem viver isoladamente, não havendo dependência entre eles. MUTUALISMOS: é quando duas espécies se associam para viver e ambas são beneficiadas. Impossível viver separado. Ex: interação entre fungos e algas. COMENSALISMO: É uma associação em que uma obtém vantagem sem prejuízo para o outro. Essas vantagens podem ser: proteção (habitação), transporte (meio de locomoção) e nutrição. B – ASSOCIAÇÃO DESARMONICA COMPETIÇÃO: Pode ocorrer entre elementos de uma mesma espécie ou de espécie distintas. PARASITISMO: indivíduos de uma espécie vivem no corpo de outro, no qual retiram alimento. Carrapato. PREDATISMO: Relação em que uma espécie (predador) mata a outra para se alimentar (presa). CANIBALISMO: é um até de um animal se alimentar de outro da mesma espécie ou da mesma família. Ocorre quase sempre em razão da superpopulação e deficiência alimentar. GIARDIA LAMBLIA HISTORICO • Anton van leevwenhoek (1981) observou animálculos moves (trofozoíto) em duas próprias fezes. • O médico checo vilem dusan lambl, em 1959 o descreveu com mais pormenores. • Este gênero foi criado por Kunstler 1882 ao verificar a presença de um flagelo no intestino de girinos. A GiárdiaLamblia é um protozoário microscópico, encontrado no intestino dos mamíferos, inclusive de seres humanos. Costuma parasitar no intestino delgado, principalmente em segmentos de duodeno e jejuno. MORFOLOGIA PARASITARIA TROFOZOITO ▪ Periforme ▪ Extremo anterior largo ▪ Extremo posterior delgado ▪ Possui quatro pares de flagelos ▪ Dois núcleos ▪ Dois corpos basais CISTO ▪ Oval ▪ Dois ou quatro núcleos ▪ Parede citica (glicoproteína) resistente a variações de temperatura, umidade e produtos químicos. ▪ Encontrado nas fezes. CICLO BIOLOGICO 1. A contaminação do hospedeiro ocorre por ingestão de alimentos, água ou fômites contaminados com cistos viáveis do parasito. 2. O desencistamento é iniciado no estomago (meio ácido) e termina no duodeno e jejuno. 3. Colonização no intestino delgado pelas formas trofozoítas 4. Encistamento do parasita, principalmente na região do ceco. 5. Eliminação do parasito para o meio externo juntamentecom as fezes. TRANSMISSÃO A transmissão é fecal – oral, ingestão dos cistos de giárdia que saem nas fezes de humanos ou outros mamíferos. Quanto pior for a condição de saneamento, maior risco de epidemia. Beber ou banhar em água contaminada Sexo oral, fezes de cães e gatos contaminados. Manuseio de solo contaminado sem devida limpeza IMUNIDADE • Resposta imune é conhecida porem sua função protetora é conclusiva • Curta duração das infecções • Anticorpos antigiardia no soro de paciente • Presença de IgG, IgM e IgA antigiardia presente no soro • Monócitos, macrófagos, granulócitos e mastócito PATOGENIA Causa diarreia e dificuldade na absorção intestinal por aderir e diminuir o micro vilosidades intestinais, dificultando a absorção de nutrientes. Também por possuir proteases que agem em glicoproteínas, levando lesões a mucosa, desencadeando também uma resposta inflamatória. SINTOMATOLOGIA • DORES LOCAIS: abdômen • NO APARELHO GASTRO INTESTINAL: diarreia, gordura nas fezes, inchaço, indigestão, náusea, vomito, flatulência • NO CORPO: desnutrição, fadiga, mal-estar ou inapetência • TAMBEM é COMUM: cólicas, fezes com odor fétido, perda de peso. EPIDEMIOLOGIA ▪ DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA: mundial ▪ FONTE DE INFECÇÃO: os próprios humanos, especialmente os portadores assintomáticos ▪ FORMAS DE TRANSMISSÃO: cistos, que podem permanecer infectantes no meio ambiente por até 60 dias ▪ VEICUILOS DE TRANSMISSÃO: principalmente por água e alimentos contaminados, além de mais sujas contendo cistos, moscas, poeira. ▪ VIA DE PENETRAÇÃO: boca. DIAGNOSTICO: exames de fezes e observação dos cistos característico, eliminação dos cistos nas fezes não é constante (falso negativo): coletar em duas alternados, durante 3 a 5 dias, guardar em formou 10% e depois do período, o vidro é levado para o laboratório. PROFILAXIA: Tratamentos das fontes de infecção, tratamento dos esgotos domésticos, tratamento da água, higiene adequada das verduras e das mãos, educação sanitária, cívica e ambiental. TRATAMENTO: ▪ Antiparasitários ▪ Dieta leve e rica, com pouca gordura, especialmente no início da terapêutica ▪ Recomenda – se: exame de fezes nas demais pessoas da família ou creche, pois os mesmos podem ser portadores assintomáticos, mantendo o ambiente contaminado, com cistos, anulando a eficácia terapêutica AMEBAS HISTORICO As amebas foram descobertas por loch em 1875 quando examinou as fezes de um doente com disenteria. Em 1913, Walker e sellards estabeleceu a patogenicidade da Entamoeba Histolytica. Nessa época surgiu um grande problema, existiam casos de amebíase sintomática e casos de amebíase assintomática, e os cientistas não sabiam como a entamoeba Histolytica podia fazer isso. • 1925 – Brumpt sugeriu existência da ENTAMOEBA DISPAR, responsável pelos casos assintomáticos • 1970 – Comprovada a diferença entre as duas, e a OMS aceitou a existência da entamoeba díspar A entamoeba Histolytica causa amebíase – infecção intestinal (intestino grosso) e extra intestinal (fígado, pulmões, cérebro e pele) ✓ Outras espécies não patogênicas: E.dispar, E.hartmanni, E.coli, Iodamoeba Bustschilli e Endolimax nana. ✓ E.dispar e E. hartmanno – indenticas morfologicamente a E.histolytica MORFOLOGIA E HABITAT TROFOZOÍTOS ▪ Forma ativa do parasito ▪ Vivem na luz ou mucosa do intestino grosso ▪ Forma amebóide com pseudopodes ▪ Citoplasma : endoplasma ( denso) e ectoplasma ( claro) ▪ Somente um núcleo CISTOS • Esféricos • Forma de RESISTENCIA ou transmissão do protozoário • Encontrado nas fezes • Dois a quatro núcleos • Resistência do meio ambiente :20dias IMPORTANTE !! : o pré-cisto é uma fase intermediaria entre o trofozoíto e o cisto. Ele é oval, tem núcleo igual ao do trofozoíto e tem citoplasma corpos cromatóides em forma de bastonetes. O metacisto é a forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, ainda no intestino delgado , o metacisto vai sofrer divisões e vai dar origem aos trofozoitos. CICLO BIOLOGICO 1. Ingestão de água/comida contaminada 2. Vai para o intestino grosso (invadir a mucosa) 3. Os trofozoítos vai se transformar em pré- cisto 4. Vira um cisto com 4 núcleos 5. O pré cisto se transforma em cisto e sai pelas fezes. 6. Os trofozoítos atravessam a parede do intestino, criam úlceras cai na corrente sanguínea, extra intestinal. Atingindo Fígado, pulmão, cérebro e pele. PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA A E.hystolytica pode viver no intestino grosso humano formando grandes colônias sem provocar nenhum tipo de lesão no organismo. Os trofozoítos penetram através de um pequeno orifício na mucosa e atinge a submucosa, onde se colonizam, destroem tecidos e formam ulceras • Sintomas devidos as ulceras: colite não disentérica ou disentérica A amebíase é geralmente caracterizada por ulceras, provocam dor e diarreia. TRANSMISSÃO Ingestão de cistos através de: verduras e frutas, água contaminada, falta de higiene domiciliar, hospedeiro assintomático. DIAGNOSTICO Exame de fezes. Período assintomático (sem diarreia): eliminação de cistos. E no período sintomático (com diarreia): eliminação de trofozoítos. EPIDEMIOLOGIA • Forma de transmissão: cisto Alimentos e água contaminada. • Via de penetração : boca. PROFILAXIA Tratamento da fonte de infecção, com tratamento do esgoto etc. TRATAMENTO Metronidazol, tinidazol, ornidazol, nimorazol – amebíase sintomática. • Nitrazoxanida - inibe enzimas indispensáveis para vida do parasita – ANITA TRICHOMONAS VAGINALIS HISTORICO Denomina-se tricomoníase a infecção das vias genitais do homem e mulheres pelo Trichomonas Vaginalis É uma doença venérea de distribuição geográfica mundial. MORFOLOGIA E HABITAT ▪ O trichomonas vaginalis apresenta-se em uma única forma, o Trofozoíto. ▪ Núcleo alongado, 4 flagelos livres ▪ Membranas ondulante ▪ Axostilo ▪ Seu habitat é o órgão genital masculino e feminino CICLO BIOLOGICO Ciclo monoxênico, é quando o parasita tem apenas um hospedeiro para fechar seu ciclo biológico. • Transmissão ocorre por via sexual • Um parceiro contamina o outro com os Trofozoítos que passam a se desenvolver por divisão binária no novo paciente. Não precisa de um macho e uma fêmea, o celular de duplicam por igual. TRANSMISSÃO É transmitida através de relações sexuais ou contato íntimo com secreções de uma pessoa contaminada. IMUNIDADE Dura em quanto permanece a infecção. Durante a tricomoníase crônica e forte resposta imune celular: inflamação acentuada do epitélio uretral e vaginal Infiltração de leucócitos, incluindo o celular alvo do HIV. e macrófagos. ▪ Favorece a infecção pelo HIV. PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA Nos homens é usualmente assintomática ou provoca lesões discretas na uretra que provoca dor e ardor ao urinas mais não impede as relações sexuais. Nas mulheres a infecção é mais grave, vulvovaginute. Na fase aguda da infecção a mulher não consegue manter relações sexuais. Na fase crônica a relação sexual é possível, mais tem um grande risco de infecção. SINTOMATOLOGIA ▪ Corrimento amarelado ▪ Coceira nos órgãos genitais. ▪ Odor forte e desagradável ▪ Irritação vulvar ▪ Vermelhidão genital ▪ Dor durante relações sexuais EPIDEMIOLOGIA ❖ Distribuição geográfica: mundial ❖ Fonte de infecção: humanos parasitados, homens ❖ Forma de transmissão: trofozoítos ❖ Veículo de contaminação: sexual, fômites e água de bacia ❖ Via de penetração: região geniturinária, sem penetrar nos tecidos DIAGNOSTICOS • Exames especiais para comprovar o agente etiológico • Coletar a secreção vaginal • Observação a fresco no microscópio• Reação de imunofluorescência indireta • ELISA PROFILAXIA • Educação sanitária • Uso de preservativo • Diagnóstico precoce • Tratamento dos positivos TRATAMENTO O tratamento começa tentando eliminar a infecção, eliminando logo vai eliminar os trofozoítos. • Abstinência sexual • Metronidazol • Tinidazol • Secnidazol • O tratamento oral nas mulheres é de dose única mais o uso de creme vaginal • Durante o tratamento evitar o uso de álcool para prevenir náuseas e vômitos. PLASMODIUM SP – MALARIA Os causadores de malarias pertencem ao gênero Plasmodium. • Plasmodium falciparum: terçã do tipo maligna • P.vivax: febre terça benigna • P.ovale: semelhante ao vivax • P.malarie: único que tem o tipo de febre quartã HABITAT O seu habitat varia para cada fase do ciclo dos plasmódios, no homem a sua forma infectante, os esporozoitos circulam brevemente na corrente sanguínea. Na etapa seguinte o parasito se desenvolve no interior do hepatocitos. No inseto as formas evolutivas se desenvolvem no estomago, e depois para as glândulas salivares. MORFOLOGIA Os Plasmodium variam dependendo do seu estágio de desenvolvimento, as formas evolutivas extracelulares, capazes de invadir as células hospedeiras, (esporozoitos, merozoito, oocineto). Formas intracelulares são os (trofozoito, esquizontes e gametocito) Morfologia – esporozoitos • Forma infectante – atinge os hepatocitos. • Presente nas glândulas salivares do mosquito. Morfologia – merozoito. • Células capazes de invadir somente a hemácia. • são semelhantes aos esporozoitos, menores e arredondados. • Membrana externa composta por 3 camadas. Morfologia – formas eritrocíticas Compreende os estágios de: • Trofozoito jovens • Trofozoito maduros • Esquizonte • Gametocito Morfologia – microgametas e macrogametas Os microgametas se transformam em gametas masculinos e macrogametas se transformam em gametas femininos tem a penetração do microgameta, a fecundação. Ciclo biológico. 1. O mosquito contaminado pica o homem -> os esporozoitos entram na corrente sanguínea -> vai direto para o fígado do hospedeiro 2. No ficado o esporozoitos vai infectar o hepatocito -> e através de uma reprodução assexuada chamada de esquizogonia -> vão se diferenciar em merozoito (sem sintomas) vai ficar no fígado incubado de 10 a 12 dias dentro do hepatocito 3. Quando os hepatocitos estourarem vai ser liberado os merozoito que vai direto para corrente sanguínea e vai se juntar com as hemácias (os merozoito + hemácias vão continuar o ciclo dentro do indivíduo) 4. Alguns desses trofozoitos vão se transformar em esquizonte (conjunto de trofozoito) que iram romper e infectar outras hemácias, e alguns vão se transformar em gametocito. 5. Quando os trofozoitos estão no sangue o hospedeiro começa a sentir os sintomas, um período de frio, um período de calor e um período de sudorese, febre alta, calafrios e vomito. 6. Os gametocito livres na corrente sanguínea -> mosquito não contaminado pica -> vai ingerir os gametocitos 7. No estomago do mosquito fêmea, esses gametocitos vão se diferenciar, microgametocitos (macho) e os macrogametocitos (fêmea) vão ocorrer à produção sexuada 8. Após a reprodução sexuada vai dar origem aos oocineto ele vai se alojar no epitélio do estomago, ele se encista no epitélio e vai se chamar essas células de oocisto. 9. Esse oocisto vai crescendo, se desenvolvendo e os núcleos vão se dividindo, depois esses núcleos vão se diferenciar na forma de esporozoitos. 10. Após o rompimento do oocisto os esporozoitos vão se dirigir até as glândulas salivares e ficaram lá 11. Essa fase onde o oocisto se diferencia em esporozoitos se chama se esporogonia. Fase sexuada. TRANSMISSÃO A transmissão acontece por meio da picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. FATORES DE RISCO. Migrações, meio de transporte, vetor, tratamento errado. PERIODO DE INCUBAÇÃO P.vivax: 10 a 18 dias. P.falciparum: 7 a 14 dias P.malarie: 18 a 40 dias. Forma sintomática: Tríade malárica: calafrio->febre->sudorese O INDIVIDUO COM MALARIA Quadro clinico: não distingue qual Plasmodium que está causando a doença. Exceção – complicações da P.falciparum • Torpor, coma, convulsões, desidratação, edema agudo de pulmão, insuficiência renal, hipoglicemia. Complicações: malária cerebral, insuficiência renal, anemia. EPIDEMIOLOGIA: O estado mais afetado é o amazonas, acre e Amapá. DIAGNOSTICO: Exames laboratoriais, gora de sangue, diagnóstico precoce, tratamento imediato, controle de cura. PROFILAXIA: controlar o vetor, uso de mosquiteiro e repelente, conhecer mais sobre a doença. LEISHMANIA SP A leishmania é um gênero de protozoários da família trypanosomatidae, que inclui os parasitas causadores das leishmanioses, o gênero foi descrito em 1903 por Ronald Ross com o nome de Leishmania, homenageando o patologista escocês Willian boog Leishman. O gênero leishmania está envolvido num espectro de doenças tegumentares e viscerais, de caráter crônico, muitas vezes deformante e ate fatal, transmitida por Flebotomíneos. MORFOLOGIA O gênero compreende parasitas dimórficos que apresentam dois estágios morfológicos principais, o amastigota intracelular no sistema fagocítico mononuclear do hospedeiro vertebrado, e promastigota flagelado, no trato intestinal do inseto vetor. MORFOLOGIA – AMASTIGOTA Seu habitat: vacúolos digestivos das células do SMF do hospedeiro vertebrado, eles são pequenos, ovais e levemente achatados, não possui flagelos livres. MORFOLOGIA – PROMASTIGOTA são extracelulares, seu habitat é no intestino do hospedeiro invertebrado, possui flagelos livres na região anterior. CICLO BIOLOGICO É um ciclo heteroxênico, o inseto e o outro vertebrado. 1) A leishmania é transmitida para o vertebrado através da picada da fêmea de um inseto (flebótomo) 2) O inseto injeta sangue com a forma infecciosa, os promastigota nos vertebrados. Os promastigota sofrem fagocitose por macrófagos e se transformam em amastigota. 3) Eles vão se multiplicar por divisão binaria simples aumentando o número de parasitos no interior do macrófago, que vai se romper liberando os no meio intracelular ou na corrente sanguínea, fazendo com que as outras células sejam contaminadas. 4) O inseto se contamina ao ingerir sangue com as células parasitadas por amastigota, no intestino do vetor os parasitas serão liberados e se transformam em promastigota, essas formas se multiplicam por mitose no intestino médio ou posterior do mosquito. 5) O inseto ao realizar outra refeição é obrigado a ejetar os promastigota para a pele, de modo a conseguir ingerir sangue, completando seu ciclo. LEISHMANIOSE • Leishmaniose cutânea: produzem exclusivamente lesões cutâneas, ulcerosas ou não, porem limitadas • Leishmaniose cutaneomucosa: aparecimento de lesões ulcerosas destrutivas das mucosas d nariz, boca e faringe. • Leishmaniose cutânea difusa: formas disseminadas, não ulcerosas que aparecem tardiamente em pacientes tratados de calazar. • Leishmaniose visceral ou calazar: parasitos apresentam tropismo pelo SFM do baço, fígado, medula óssea e tecido linfoide. Essas associadas a degradação ambiental, pois a adaptação do vetor, tipicamente silvestre ao meio urbano, tem facilitado a infecção humana, com mais de 12 milhões de infectados em todo mundo, esta zoonose encontra-se em franca expansão no brasil, ocorrendo de forma endêmica no norte, nordeste, centro-oeste e sudeste. Devido ao grande número, as espécies de leishmania foram classificadas em complexos, de acordo com os quadros clínicos que produzem. LESHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANAA leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca ulceras na pele e mucosa, a doença é causada por protozoários do gênero leishmania. No brasil, há sete espécies de leishmania envolvidas na ocorrência de casos de LTA, as mais importantes são: leishmania amazonenses, L.(viannia) guyanesnsis e L.(V.) braziliensis. A doença cutânea apresenta-se classicamente por pápulas, que evoluem para ulceras com bordas elevadas e fundo granuloso, que podem ser únicas ou múltiplas e são indolores. Também pode manifestar-se como placas verrucosas, papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. A forma mucosa, secundaria ou não à cutânea, caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Período de incubação: em média, de 1 mês, pode ser mais curto (2 semanas) ou mais longo (6 a 12 meses) VETORES • Somente as fêmeas são hematófagas • Possuem atividade crepuscular e noturna • No brasil são conhecidos como mosquito palha, cangalhinha, birigui, asa branca. • Mede de 2 a 4mm de comprimento • Corpo coberto de pelos finos • Quando em repouso, as asas são mantidas semi- ereta A digestão do sangue dura em torno de 72 horas em média, dependendo da espécie. Após o sangue ser digerido e os ovos estarem amadurecidos, a grande maioria das fêmeas morrem após a postura dos ovos. As poucas fêmeas que sobrevivem necessitam realizar uma segunda alimentação sanguínea, para da mesma forma maturarem seus ovos: é nesse momento que elas transmitem a leishmaniose, pois no ate da picada injetam as formas flageladas (os protozoários) na corrente sanguínea de sua vítima. HOSPEDEIRO • Hospedeiro intermediário: mosquito • Hospedeiro definitivo: homem. EPIDEMIOLOGIA Na década de 50, houve uma diminuição geral da ocorrência de LTA, porem o número de casos vem crescendo progressivamente nos últimos 20 anos, descrevendo-se surtos nas regiões nordeste, norte, centro-oeste, sudeste e sul (estado do Paraná), caminhando para ampla endemicidade. Os surtos são associados à derrubada de matas para construção de estradas e criação de povoados, desta forma a leishmaniose tegumentar é, fundamentalmente, uma zoonose de animais silvestre, que pode atingir o homem ao entrar em contato com os focos zoonóticos. • A LTA encontra-se, segundo a OMS entre as seis doenças infecto-parasitarias de maior importância. Distribui-se amplamente no continente americano, estendendo-se do sul dos estados unidos ate o norte da argentina. No brasil, tem sido assinalada em praticamente todos os estados, constituindo, portanto, uma das afecções dermatológicas que merece maior atenção. • Neste caso o maior numero de acometidos é de adultos jovens, do sexo masculino, que desempenham atividades de risco (garimpo, desmatamento, atividades extrativistas) nas regiões norte e centro-oeste. Neste padrão, cães, esquilos e roedores parecem ter papel importante como reservatório do parasito. DIAGNOSTICO Diagnostico: suspeita clinico-epidemiológica associada a dados laboratoriais. • Exame parasitológico direto, através de exame do aspirado de borda de lesão, ou “in-print” feito com o fragmento de biopsia. Diagnostico clinico: pode ser feito com base nas características de lesão associadas a anamnese, onde os dados epidemiológicos são de grande importância. PROFILAXIA Atividades de educação em saúde: devem ser inseridas em todos os serviços que desenvolvam as ações de vigilância e controle de LTA, com envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e multinstituicionais, para um trabalho articulado nas diferentes unidades de prestação de serviços. O ministério da saúde recomenda ações direcionadas: • População humana: adotar medidas de proteção individual, como usar repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente possa ser encontrado. • Vetor: manejo ambiental, por meio da limpeza de quintais e terrenos para evitar o estabelecimento de criadouro para larvas do vetor. TRATAMENTO Os medicamentos citados estão em ordem de prioridade para uso: • Forma cutânea: antimonial de N-metil- glucamina, 20gm/kg/dia por 20 dias, 4mg/kg. IM a cada 2 dias, até completar no máximo 2g de dose total (aplicar após alimentação e fazer repouso em seguida); anfotericina B, 0,5mg/kg/dia, IV, aumentando-se 1mg/kg em dias alternados (máximo de 50mg/dia), até atingir dose total de 1 a 1,5g. • Forma mucosa: antimonial de N-metil- glucamina, 20mg/kg/dia por 30 dias consecutivos: pentamidina no mesmo esquema para forma cutânea, ate atingir dose total de 2g; anfotericina B, conforme esquema para forma cutânea, ate completar, se possível, 2g dose total.
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