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Ventilação Mecânica em Gestantes

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➢ Mortalidade em declínio (10-20%) 
- Alterações Fisiológicas e Anatômicas - Proteção da 
função fisiológica 
- Ajuste das demandas metabólicas 
- Desenvolvimento e Crescimento Fetal 
 
Modificações Fisiológicas na gravidez: - 
Sistema cardiovascular: 
- Diminuição da resistência vascular periférica; 
- Aumento FC; 
- Diminuição da pressão arterial; 
- Aumento do DC; 
- Hipervolemia. 
 - Sistema respiratório: 
- Aumento VC; 
- Diminuição do volume residual; 
- Aumento do volume minuto; 
- Diminuição PaCO2; 
- Aumento FR; 
- Hiperventilação (Aumento discreto da FR e 
aumento de 40 a 50% do VC, diminuição da PaCO2 
e excreção de NaHCO3, alcalose resporatória 
compensada). 
 - Sistema renal: 
- Dilatação ureteropiélica; 
- Relaxamento da musculatura lisa uretral; 
- Estase urinária; 
- Aumento do fluxo plasmático uretral; - Aumento 
de tava de filtração glomerular; 
- Diminuição de ureia e creatinina. 
- Sistema gastrointestinal: 
- Diminuição de tonus muscular; 
- Inibição da motilidade intestinal. 
- Sistema genital: 
- Crescimento uterino -atingindo rebordo costal; 
- Aumento do fluxo sanguíneo com dilatação das 
veias uterinas. 
- Sistema endócrino: - Aumento de prolactina; - 
Hipertrofia anterior da hipófise. 
- Sistema musculoesquelético: 
- Postura lordótica -aumento de volume abdominal; 
- Alargamento da sínfise púbica; 
- Frouxidão ligamentar. 
 
Orientação e tratamento da hipertensão na 
gravidez: 
- 2 grupos: 
- Hipertensão crônica; 
- Hipertensão gestacional. 
 
Hipertensão gestacional: 
- HA isolada detectada após a 20a semana, podendo 
ser definida como “transitória”, quando ocorre 
normalização após o parto. 
 
Hipertensão arterial crônica: 
- Pressão arterial sistólica > ou = a 140mmHg 
- Pressão arterial diastólica > ou = a 90 mmHg 
- Quando diagnosticada antes da 20a semana da 
 
gravidez ou aparece tardiamente na gestação, 
porém não desaparece após o parto 
- Pode ser secundária à diabetes mellitus ou outra 
doença materna 
- Aferição da PA deve ser realizada com a gestante 
sentada. 
 
Hipertensão arterial: 
- Pode acometer: 
- Gestantes anteriormente normotensas - Agravada 
em gestantes previamente hipertensas. 
- Complicação na gestação: 
- De 7% a 9% 
- 1% por HA Pré- existente 
- 5% a 6% por hipertensão gestacional por 
proteinúria (surge após a 20ª semana). 
 
Hipertensão grave: 
- Pressão arterial diastólica > ou = a 110 mmHg 
- Responsável pelo ↑ risco materno associado à 
hipertensão na gravidez. 
 
Risco materno: 
- Atenuado por tratamento anti-hipertensivo 
- Mortalidade materna frequentemente causada por 
hemorragia intracerebral 
- Gestantes com HA preexistente ou gestacional 
tem ↑ discreto ou moderado da PA (PD de 90 a 
109 mmHg) com menor risco materno se comparado 
aos das gestantes com HA grave (PD > ou = a 110 
mmHg) 
 
Riscos para DHEG (doença hipertensiva 
específica daa gravidez): 
- HAC 
- Diabetes Melittus 
- LES 
- Trombofilias (adquiridas ou de origem genética). 
 
Gestantes com HA leve a moderada : 
- Complicações menos frequentes: - Óbito materno; 
- Convulsão; 
- AVE; 
- Eclâmpsia. 
 
Estados hipertensivos durante a gravidez: 
- Grande morbimortalidade materno-fetal associada 
- Pré-eclâmpsia - 5% a 10% 
- Eclampsia – 1%. 
 
Diagnóstico da HA na gestante: 
- Observação prospectiva do comportamento da PA 
desde o primeiro trimestre gestacional 
- Aspecto nem sempre possível na prática diária 
 
Fisiopatologia da doença hipertensiva na 
gravidez: 
- Mecanismo básico: vasoespasmo e alteração da 
Ventilação Mecânica em Gestantes 
permeabilidade capilar por disfunção endotelial 
- Gestantes normais: a produção aumentada das 
prostaglandinas vasodilatadoras promove alteração 
no leito vascular utero- placentário que passa de 
alta resistência para baixa resistência e alto fluxo – 
Vasodilatação! - Gestantes com DHEG: ocorre ao 
contrário – Vasoconstricção → Isquemia 
placentária 
- Isquemia placentária → importante fator na 
patogênese da pré-eclâmpsia 
- Distúrbios do tônus vascular → hipertensão e 
aumento da permeabilidade capilar leva a 
proteinúria, edema, coagulopatia leva a isquemia 
cérebro, fígado, rins e placenta. 
 
Pré-eclâmpsia: 
- Diagnóstico: 
- Desenvolvimento da HA com proteinúria e/ ou 
edema depois da 20ª semana, com 
desaparecimento em até 12 semanas. 
- Se ausente a proteinúria, suspeitar se houver 
cefaleia, turvação visual, dor abdominal ou exames 
laboratoriais alterados (plaquetopenia e ↑ enzimas 
hepáticas). 
- Exclusivo de nulíparas 
- Gestantes com idade superior a 35 anos, 
previamente hipertensas e com agravamento por HA 
da gestação 
- Edema de face e mãos 
- Proteinúria > 300 mg em urina de 24h ou 1g/L, em 
pelo menos duas amostras isoladas coletadas com 
intervalo de 6 h ou mais (pode ser sinal tardio da 
doença e só surgir nos casos avançados) 
-Principais alterações da pré-eclâmpsia: - Alterações 
hemodinâmicas: 
- DC normal ou ↑; 
- Pós-carga e resistência vascular sistêmica ↑; 
- PVC, pressão capilar pulmonar: normal ou 
diminuído; 
- Medicações que diminuem resistência vascular 
sistêmica, ↑ o DC. 
- Alterações hematológicas: 
- Plaquetopenia; 
- Diminuição de antitrombina III; 
- ↑ fibronectina; 
- Anemia microangiopática; 
- Alteração no tempo de trombina. 
- Alterações hepáticas: 
- ↑ TGO ↑ TGP; 
- Necrose hemorrágica periportal; 
- Hematoma subcapsular. 
- Alterações renais: 
- Diminuição de taxa de filtração glomerular e da 
perfusão renal; 
- ↑ discreto de uréia e creatinina; 
- diminuição de clearance de ácido úrico; 
- Proteinúria. 
 
Principais causas de admissão em UTI: 
- Insuficiência respiratória aguda 
- Principal causa de admissão em UTI; 
- Reflete a baixa reserva funcional na gestação 
- Degeneração gordurosa aguda hepática 
- Hemorragia pós-parto 
- Infecção 
- Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) 
- Cetoacidose diabética. 
 
Mecanismos que levam á IResp: 
- Edema pulmonar secundário a eclampsia e pré-
eclampsia 
- Edema pulmonar induzido por agentes tocolíticos 
- Embolia de líquido amniótico 
- Infecção pulmonar 
- Broncoaspiração de conteúdo gástrico 
- Embolia pulmonar 
 
Edema pulmonar secundário a eclampsia e pré-
eclampsia: 
- Fisiopatologia multifatorial: 
- sobrecarga de volume; 
- menor pressão oncótica plasmática; 
- aumento da permeabilidade capilar e da pressão 
hidrostática do capilar (em razão do vasoespasmo); 
- Presente em 3% das gestantes com eclâmpsia e 
pré eclampsia no pós-parto 
- Associada a complicações sistêmicas: 
- CIVD 
- IRA 
- Crise hipertensiva 
- Edema cerebral 
- Tratamento: 
- Manutenção da oxigenação com preservação de 
VMNI e VMI 
- BH negativo com restrição volume e uso de 
diuréticos e diálise, quando necessário. 
- Controle da PAS. 
 
Edema pulmonar induzido por agentes 
tocolíticos: 
- Agentes tocolíticos: Terbutalina e albuterol 
- Responsáveis por inibir as contrações da mm lisa 
uterina, utilizados na prevenção da orbidade e 
mortalidade, associada ao parto prematuro. 
- Acentuam a retenção hídrica por efeito 
antidiurético. 
- Tratamento: diuréticos e oxigenioterapia 
- Bom prognóstico. 
 
Embolia de líquido amniótico: 
- Grave (90% mortalidade) 
- Ocorre nas primeiras horas pós-parto - 
Substâncias vasoativas do líquido amniótico leva a 
circulação materna leva a hipoxemia e hipotensão 
arterial sistêmica (instalação rápida) leva a PCR; 
- Tratamento: suporte respiratório e circulatório, 
corticóides. 
 
Infecção pulmonar: 
- Frequente, ocasionada por agentes adquiridos na 
comunidade 
- Imunodeficiência celular no terceiro trimestre 
- Tratamento: VMI e VMNI, antimicrobianos 
 
• Broncoaspiração do conteúdo gástrico: 
- Mau esvaziamento gástrico 
- Aumento da PIA 
- Relaxamento do esfincter esofágico, com uso de 
sedativos. 
 
Embolia pulmonar: 
- Alterações sistêmicas de coagulação e estase 
venosa, obesidade, parto cesárea e imobilidade e 
predisposição familiar 
- Riscode até 6 vezes de tromboembolismo 
pulmonar 
- Quadro clínico: dispnéia, hipoxemia, dor pleural, 
hipotensão arterial sistêmica 
- Tratamento: anticoagulantes e VMI E VMNI se 
necessário. 
 
Medidas de suporte particulares á gestante: - 
Drogas vasoativas 
- Podem ter efeito nocivo sobre o feto por 
promoverem vasoconstricção e diminuição do fluxo 
placentário 
- Agentes sedativos 
- Benzodiazepínicos (rivotril, diazepan, frontal) 
podem aumentar a incidência de fissura palatina e 
menor desenvolvimento fetal 
 
Relaxantes musculares não despolarizantes 
(Pavulon) e narcóticos 
- Podem causar depressão respiratória do recém-
nascido 
 
Ventilação mecânica: - Gestante normal: 
- Grau de alcalose respiratória com paCO2 ao redor 
de 32 mmHg 
- Gestante com quadro de Iresp grave e VMI difícil: 
- Podem ser submetidas à hipercapnia permissiva 
com poucas consequências para o feto 
 
Gestante asmática: 
- Asma Severa 
- Relato de dois casos levam a insuficiência 
respiratória e VM 
- IOT e VM 
- Objetivo: evitar complicações feto e gestante. 
- Parâmetros ventilatórios: VM obstrutivos 
- Cuidado: Hipercapnia permissiva severa 
- Capnografia. 
 
 Gestante com SDRA: 
 - Modalidade de escolha levam a PCV (até Pinsp 
30 cmH2O) 
- PEEP : calculado 
- FiO2: SpO2 maior que 90% (oxigenação materna e 
fetal) 
- Decúbito: 30 a 450 (evitar riscos de aspiração e 
pneumonia)

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