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Periodontia - Parâmetros clínicos, estágios e graus

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1. Cite todos os parâmetros clínicos que compõem o periograma e explique como cada um deles deve ser realizado durante o exame clínico (0,5).
Índice de placa: É o índice utilizado para determinar a presença do biofilme dental sendo relacionado com o grau de higiene do paciente, onde deve-se passar a sonda periodontal sobre a superfície do dente seco evidenciando a presença ou não do mesmo.
Índice gengival ou índice de sangramento gengival: Pode-se dizer que a presença de sangramento indica inflamação gengival e a sua ausência saúde, sendo que esse fator é avaliado após deslizar a sonda periodontal delicadamente pela margem gengival e aguardar de 10 a 30 segundos, para então analisar o resultado em cada face do dente.
Profundidade de sondagem: Corresponde a medida da pontinha da margem gengival até o limite mais apical da bolsa periodontal, onde é indicada através da inserção da sonda periodontal em posição paralela ao longo eixo do dente até o fundo da bolsa de modo a encontrar uma resistência. A medida será mensurada de acordo com a sua correspondência à marcação da sonda que estará na margem gengival sendo que seu tamanho total é de 15mm. O procedimento deve ser realizado nos seis pontos do dente sendo mesial, distal e lingual tanto nas faces vestibular quando palatina do dente.
Nível clínico de inserção: É a distância entre a junção cemento esmalte e o fundo da bolsa, sendo considerada a medida clínica mais precisa para avaliação da perda de suporte periodontal obtida através da inserção da sonda periodontal em posição paralela ao longo eixo do dente até o fundo da bolsa de modo a encontrar uma resistência. A medida será mensurada de acordo com a sua correspondência à marcação da sonda que estará na junção cemento esmalte sendo que seu tamanho total é de 15mm. O procedimento deve ser realizado nos seis pontos do dente sendo mesial, distal e lingual tanto nas faces vestibular quando palatina do dente.
Sangramento a sondagem: É o índice que avalia o sangramento que vem da ulceração do epitélio juncional e afirma presença de bolsa,ou seja, mede a presença de sangue no sulco gengival imediatamente após a realização da sondagem com a inserção da sonda periodontal em posição paralela ao longo eixo do dente até o fundo da bolsa de modo a encontrar uma resistência. Além disso, é considerado um índice dicotômico indicado com 0 nos pontos sem sangramento e 1 nos pontos com a presença do mesmo.
Supuração: É um sinal de destruição tecidual e atividade da doença, podendo ser mesurado a partir de uma pressão digital sobre a bolsa a fim identificar a presença de supuração ou até mesmo com o auxílio da sonda periodontal inserida de forma paralela ao longo eixo do dente até o fundo da bolsa. Indicamos com 0 os locais com ausência de supuração e com 1 os locais em que o exsudato purulento se apresenta.
Grau de comprometimento de furca: Indica o envolvimento da furca com a lesão onde, realiza-se a princípio uma sondagem vertical com a sonda periodontal para encontra-la e posteriormente uma sondagem horizontal com a sonda Nabers para verificar a profundidade em que a mesma está comprometida. Sendo que no primeiro pré-molar superior a sondagem é feita pelas proximais, nos molares superiores por vestibular, distal e mesial e os molares inferiores por vestibular ou lingual. Diferenciado em 3 graus:
Grau 1 Perda horizontal do tecido de suporte com 1/3 de perda óssea entre as raízes (<3mm)
Grau 2 Perda horizontal ultrapassa 1/3 da área interradicular sem envolver toda a sua extensão (maior ou igual que 3mm)
Grau 3 Atinge toda a área interradicular com comunicação lado a lado (Observa-se a sonda passando de um lado a outro da furca)
Mobilidade: Mensurado através de movimentos horizontais realizados com o dedo no sentido vestíbulo-lingual/palatino, para então classificar de acordo com os graus abaixo:
Grau 1 Qualquer movimento fora do normal, sentido apenas no dedo.
Grau 2 Mobilidade maior que 1mm no sentido horizontal.
Grau 3 Mobilidade no sentido horizontal e vertical (apico- coronal) onde o dente apresente movimentos de intrusão.
2. Em relação à patogênese da doença periodontal, cite todas fases (4 lesões) e descreva as principais características histológicas e microbiológicas de cada uma das fases (0,5).
* Lesão inicial:
a) Aspectos clínicos: Conhecida como gengivite sub-clínica correspondente 24h dias de acúmulo de biofilme dental, sem alterações visíveis porém já pode haver alterações no plexo microvascular.
b) Aspectos histológicos: Perda de colágeno perivascular com vasculite subjacente para o epitélio juncional e proteínas séricas no meio extra vascular.
c) Aspectos microbiológicos: Leucócitos migram para o sulco gengival e os linfócitos retidos nos tecidos iniciam respostas inflamatórias.
* Lesão precoce:
a) Aspectos clínicos: Gengivite clinicamente detectável com edema, vermelhidão e aumento de fluído, causadas a partir de 7 dias após acúmulo contínuo de placa, com acentuação das características da lesão inicial.
b) Aspectos histológicos: Perda adicional de rede de fibras colágenas (circular e dento gengival) com alterações citoplasmáticas nos fibroblastos (associação com células linfóides).
c) Aspectos microbiológicos: Infiltrado com predominância de linfócitos e neutrófilos, além de uma pequena quantidade de plasmócitos e degeneração dos fibroblastos.
* Lesão estabelecida:
a) Aspectos clínicos: Gengivite clinicamente detectável com características de inflamação, sendo gengiva aderida lisa e brilhante, aumento variável de volume e sangramento “fácil” devido à fragilidade capilar, causadas pela persistência do biofilme após 3 a 4 semanas.
b) Aspectos histológicos: Perda progressiva da estrutura do tecido conjuntivo, proliferação e migração da estrutura do tecido do epitélio juncional embora ainda não ocorra perda óssea.
c) Aspectos microbiológicos: Grande número de plasmócitos no infiltrado inflamatório.
* Lesão avançada:
a) Aspectos clínicos:  Periodontite clinicamente detectável, com edema, vermelhidão, perda óssea, formação de bolsa periodontal, com possibilidades de haver mobilidade dentária e até mesmo recessão gengival.
b) Aspectos histológicos: Aumento de plasmócitos com migração apical do epitélio juncional, aumento do infiltrado inflamatório (apical/lateral), danos às fibras gengivais e periodontais e até mesmo destruição tecidual.
c) Aspectos microbiológicos: Predominam plasmócitos (70%), com linfócitos, neutrófilos e macrófagos presentes.
3. Quais as características clínicas/radiográficas de um paciente para ser diagnosticado com gengivite induzida por biofilme localizada e generalizada? (0,5)
A gengivite é uma doença periodontal reversível causada pelo acúmulo de biofilme patogênico que quando não removido causam reações inflamatórias na região gengival, onde tem como características clínicas mais comuns o sangramento e edema, já radiograficamente apresenta-se sem perda de tecido ósseo, sendo considerada induzida por biofilme localizada quando essa inflamação acomete menos que 30% dos elementos dentários e generalizada  quando envolve mais que 30% dos mesmos.
4. Quais as características clínicas que diferenciam os 4 ESTÁGIOS da periodontite? Quais características clínicas devem ser observadas para definir o GRAU da doença? (0,5)
Características clínicas que diferenciam os 4 ESTÁGIOS da periodontite:
A classificação é dividida em severidade, complexidade e extensão e distribuição para cada estágio.
Estágio I: Periodontite inicial com 1-2mm de perda de inserção interproximal no pior sítio ou perda radiográfica no terço coronal (<15%)
Estágio II: Periodontite moderada com 3-4mm de perda de inserção interproximal no pior sítio ou perda radiográfica no terço coronal (15-33%)
Estágio III: Periodontite severa com potencialização para perda de dentes (menor ou igual a 4 dentes perdidos) com 5mm ou mais de perda de inserção interproximal no pior sítio ou perda radiográfica se estendendo à metade ou ao terço apical da raiz.
Estágio IV: Periodontite avançada com potencialização de perda de dentição (maiorou igual a 5 dentes perdidos) com 5mm ou mais de perda de inserção interproximal no pior sítio ou perda óssea radiográfica se estendendo à metade ou ao terço apical da raiz.
Características clínicas para definição de GRAU:
Grau A: Progressão lenta, com evidência direta de não progressão de perda de inserção por 5 anos ou indireta de perda óssea por ano de até 0,25mm (Intenso acúmulo de biofilme com baixos níveis de destruição)
Grau B: Progressão moderada, com evidência direta de progressão inferior a 2mm em 5 anos ou indireta de perda óssea por ano de 0,25 a 1mm (Destruição compatível com acúmulo de biofilme)
Grau C: Progressão rápida, com evidência direta de progressão igual ou superior a 2mm em 5 anos ou indireta de perda óssea por ano superior a 1mm (Destruição excede ao esperado para a quantidade de biofilme)
OBS - Alguns fatores podem servir como modificadores de grau, por exemplo: 
	Fumante
	Não fumante
	Fumantes que consome menos que 10 cigarros por dia
	Fumante que consome 10 ou mais cigarros por dia
	Diabetes
	Normoglicêmico
	HbA1c menor que 7% em pacientes diabéticos
	HbA1c maior ou igual que 7% em pacientes diabéticos

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