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CUIDADOS PÓS PCR 
AULA 3 – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA II 
Define-se RCE (Retorno da circulação espontânea) como o 
paciente que mantém contrações miocárdicas efetivas 
gerando pulso arterial por tempo superior a 20 minutos 
depois de finalizada a RCP. 
Estudos demonstraram que a maior parte das mortes 
ocorre durante as primeiras 24 horas após a ressuscitação 
de PCR. 
Em torno de 10% dos pacientes que sofreram algum tipo de 
PCR assistida obtiveram alta hospitalar. – Sobreviver. 
Entre os que foram reanimados em decorrência de TVSP 
(taquiventricular sem pulso) e FV (fibrilação ventricular), a 
sobrevida chega aproximadamente aos 30%. Os ritmos 
chocáveis tem maior sobrevida. 
Aqueles que apresentaram PCR em ritmos diferentes de 
TVSP e FV, o índice de alta hospitalar foi de somente 6%. 
Desses sobreviventes, uma parcela de 30% apresentou 
algum grau de lesão neurológica sequelar na alta. 
Cuidados organizados pós-PCR, tem finalidade de diminuir, 
a mortalidade associada à instabilidade hemodinâmica, 
objetivando limitar o dano cerebral e a lesão nos demais 
órgãos. – Os cuidados vão evitar mais danos ao organismo. 
Busca reduzir a mortalidade precoce causada por 
instabilidade hemodinâmica e a mortalidade tardia 
provocada por falência múltipla de órgãos ou lesão 
cerebral. 
 
Até a fase intermediaria é onde temos tempo de tentar 
evitar as lesões causadas pela reperfusão do sangue. 
Como não está circulando sangue, vai aumentando as 
escorias dentro das células. Quando tem reperfusão do 
tecido, quando o coração volta a bater, as escorias 
provocam lesões no organismos. 
 
 
Para diagnosticar e tratar isquemia miocárdica aguda, 
fazemos ECG. 
Quando a pessoa volta da PCR, muito raramente ela volta 
conversando, consciente. Principalmente em parada 
prolongada. Assim, temos que intubar o paciente se não foi 
intubado durante a PCR. 
Na insuficiência de múltiplos órgãos, temos que tratar o 
que identificamos. Tem hipercalemia, trata hipercalemia. 
Tem hipoglicemia, trata. 
RECONHECENDO A SÍNDROME PÓS PCR 
Processo fisiopatológico complexo de lesão tecidual 
secundária à isquemia, com injúria adicional de reperfusão. 
Indivíduos recuperados de PCR podem evoluir com um 
processo de disfunção de múltiplos órgãos, mesmo após 
restauração precoce da circulação espontânea. 
A severidade da disfunção depende de fatores como o 
estado de saúde pregresso, a natureza da patologia 
precipitante e a duração do insulto isquêmico (quanto 
maior o tempo que ele ficou em parada, maior o dano). 
O tempo envolvido no atendimento da PCR é fator 
essencial, sendo observada uma diminuição de 14% de boa 
evolução neurológica para cada 1,5 minuto de atraso no 
retorno à circulação espontânea (RCE). 
Quatro componentes principais: 
→ Injuria cerebral 
→ Disfunção miocardia 
→ Isquemia de reperfusão 
→ Intervenção na patologia precipitante. 
INJÚRIA CEREBRAL 
Complicação que inicia após qualquer situação na qual o 
fluxo sanguíneo cerebral seja inadequado por mais de 5 
minutos 
Contribui expressivamente para o aumento da 
morbimortalidade em pacientes recuperados de PCR. 
Perda da autorregulação cerebral 
Edema cerebral 
Neurodegeneração pós-isquêmica 
O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) e a taxa de consumo de 
oxigênio cerebral se apresentam reduzidos nas primeiras 24 
- 48 horas, entretanto o FSC é suficiente para manter a 
demanda metabólica. 
Cuidados com a hipertermia devem ser instituídos 
precocemente, pois há intensificação do dano cerebral pós-
PCR quando a temperatura corpórea ultrapassa 37°C. 
Aumento do risco de morte cerebral em pacientes com 
temperatura >39°C nas primeiras 72 horas, após PCR extra 
hospitalar. 
O risco de eventos adversos aumenta para cada 1°C acima 
de 37°C. 
Hipertermia deve ser precocemente identificada e tratada. 
DISFUNÇÃO MIOCÁRDIA 
Pode ser evidenciada minutos após o RCE e é responsivo a 
terapias apropriadas. 
As manifestações clínicas iniciais: taquicardia, queda na 
fração de ejeção e aumento da pressão diastólica final do 
ventrículo esquerdo, podendo evoluir, horas após, com 
hipotensão e baixo débito cardíaco. 
Estima-se que a recuperação da função miocárdica ocorra 
entre 24 a 48 horas após o evento, podendo persistir algum 
grau de comprometimento permanente. 
ISQUEMIA DE REPERFUSÃO (RESPOSTA SISTÊMICA) 
Subitamente cessa a oferta de oxigênio aos tecidos, a taxa 
de extração de oxigênio tecidual aumenta. Diminuição da 
oferta e aumento do consumo. 
A oferta de oxigênio é comprometida devido à instabilidade 
hemodinâmica, disfunção miocárdica e alterações 
microvasculares. 
→ Síndrome da resposta inflamatória sistêmica 
→ Perda da vasorregulação 
→ Distúrbios de coagulação 
→ Supressão adrenal 
→ Queda da oferta de oxigênio aos tecidos 
→ Queda da imunidade 
INTERVENÇÃO NA PATOLOGIA PRECIPITANTE 
Descobrir a causa da parada. CAUSAS: 
→ Doenças cardiovasculares: IAM, SCA, 
cardiomiopatias. 
→ Doenças pulmonares: DPOC, asma. 
→ Eventos tromboembólicos: embolia pulmonar 
→ Intoxicação exógena 
→ Infecções 
→ Hipovolêmia: desidratação, hemorragia 
CUIDADOS COM O PACIENTE CRÍTICO 
 
O ideal é que o debito urinário seja de 0,5 ml/Kg/h. 
Temperatura central esofágica. 
ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA 
Obtenção de uma via aérea definitiva adequada para 
suporte da ventilação mecânica. 
Oxigenação do paciente deve ser monitorizada de forma 
contínua com oximetria de pulso. 
Capnógrafo, quando disponível. – Avaliar o Co2 expirado. 
Cabeceira do leito deve ser mantida elevada ao menos a 
30° para prevenir edema cerebral, broncoaspiração e 
pneumonia associada à ventilação mecânica. 
Oferta ideal de oxigênio: já na primeira hora, FIO2 (fração 
inspirada de O2) ajustada para uma saturação arterial entre 
94% e 96%, evitando assim a hiperoxia, que facilita um 
aumento no estresse oxidativo (forma radicais livres que 
vão prejudicar ainda mais aquelas células que já estão) e 
está associada a um pior prognóstico neurológico. 
Ar ambiente – 21%. 
Ajuste precoce da FIO2. Se começou com 100%, quanto 
mais precocemente ajustar para mais próximo do ar 
ambiente, melhor. 
Ventilação assistida com frequência respiratória de 10 
ventilações por minuto. – Varia de indivíduo para indivíduo. 
Objetivo: PACO2 (gasometria arterial – exame laboratorial) 
de 40 a 45mmHg e níveis de dióxido de carbono final 
expiratório (PETCO2) - capnografo de 35 a 40mmHg 
ESTABILIDADE HEMODINÂMICA 
Um eletrocardiograma de 12 derivações deverá ser 
precocemente realizado após o RCE 
Deve-se fazer ECGs seriados até a estabilização 
hemodinâmica do paciente. 
 Mesmo na ausência de elevação do segmento ST, mas na 
suspeita de SCA, tratamentos medicamentosos ou 
intervencionistas devem ser iniciados e não devem ser 
atrasados devido ao estado de coma. 
Acesso venoso central após a estabilização inicial, para 
administração de drogas vasoativas e para a substituição de 
acessos obtidos durante a ressuscitação (ex. acesso 
intraósseo). 
Sempre acesso venoso central porque pode precisar de 
drogas vasoativas e são irritativas no acesso periférico. 
TRATAMENTO DA HIPOTENSÃO 
Se o paciente evoluir hipotenso após o RCE, com pressão 
arterial sistólica (PAS) inferior a 90mmHg, deve-se 
administrar soluções salinas endovenosas. – Sempre 
começa repondo volume. 
O emprego de drogas vasoativas está indicado para 
adequar o débito cardíaco. Se não tiver sucesso com o 
volume, entra com drogas vasoativas. 
INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA 
A angiografia coronária deve ser realizada em caráter de 
emergência (em vez de ao final do período de internação 
ou de simplesmente não realiza-la) para pacientes com 
PCREH com suspeita de PCR de etiologia cardíaca e supra-
ST no ECG. 
Uma das principais causas de PCR é o infarto. 
É aconselhada para determinados pacientes adultos (p. ex., 
elétrica ou hemodinamicamente instável) que estejam em 
coma após uma PCREH com suspeita de origem cardíaca, 
mas sem supra – ST no ECG. 
É aconselhada em pacientes pós-PCRpara os quais haja 
indicação desse tipo de procedimento, independentemente 
de o paciente estar em coma ou não. 
ICP (intervenção coronariana percutânea) e CDT (controle 
direcionado de temperatura) simultâneos são seguros. 
FATORES DESENCADEANTES 
Prestar atenção à identificação e tratamento de causas de 
PCR. 
 
SUPORTE CIRCULATÓRIO MECÂNICO 
Se a perfusão orgânica não for restaurada após a 
ressuscitação volêmica e uso de drogas vasoativas, o 
emprego de assistência circulatória deve ser considerado. 
Oferecer suporte na fase da disfunção ventricular 
transitória (24 a 72 horas) após o RCE. 
Balão intra-aórtico (BIA). 
Membrana de oxigenação extracorpórea (ECMO) 
 
Tira o sangue da veia femoral, passa pelo aparelho que 
funciona como um pulmão, filtra o sangue e retorna para a 
veia jugular. – suporte circulatório hemodinâmico. 
 
Nesse caso, na sístole o balão vai estar desinflavel, o sangue 
vem e passa normalmente. Na diástole, ele infla e não deixa 
o sangue que está retornando voltar. Então, o sangue fica 
acumulado no coração, aorta e aumenta o fluxo sanguíneo 
para as carótidas. Mais sangue irrigando o coração e 
cérebro. 
TERAPIA NEUROPROTETORA 
HIPOTERMIA TERAPÊUTICA (HT): 
Todos os pacientes adultos comatosos (ou seja, sem 
resposta sensata a comandos verbais) com RCE após a PCR 
devem ser submetidos ao CDT (controle direcionado de 
temperatura), tendo como temperatura alvo entre 32°C e 
36°C, mantida constantemente durante pelo menos 24 
horas. 
A temperatura central do paciente deve ser monitorada 
continuamente através de termômetro esofágico, cateter 
vesical ou cateter de artéria pulmonar. 
TRÊS FASES: 
→ Indução: deve ser iniciada precocemente e 
objetiva alcançar rapidamente a temperatura alvo 
de 32 a 36°C 
→ Manutenção: se inicia ao atingir a temperatura de 
36°C e se estende por 24 horas. O objetivo é 
controlar rigorosamente a temperatura (evitar 
hiper-resfriamento- Temp.< 32°C). 
→ Reaquecimento: deve ser lento, ganho de 
temperatura gradativo; 0,2 a 0,5°C por hora. 
 
CONTROLE DE HIPERTERMIA: 
Pacientes que desenvolvem hipertermia (temperatura 
>37,6ºC) após PCR parecem ter menor sobrevida e pior 
prognóstico neurológico em relação aos normotérmicos. 
Deve-se monitorizar a temperatura de todo paciente após o 
RCE e intervir para que se evite a hipertermia. 
ALGORITMO DE CUIDADO PÓS PARADA 
 
 
 
 
	reconhecendo a síndrome pós pcr
	injúria cerebral
	disfunção miocárdia
	isquemia de reperfusão (resposta sistêmica)
	intervenção na patologia precipitante
	cuidados com o paciente crítico
	assistência respiratória
	estabilidade hemodinâmica
	tratamento da hipotensão
	intervenção coronária percutânea
	fatores deSENCADEANTES
	suporte circulatório mecânico
	terapia neuroprotetora
	algoritmo de cuidado pós parada

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