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HUMANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS E CUIDADOS EM SAÚDE COLETIVA: DILEMAS E DESAFIOS OBJETIVOS: Sensibilizar o profissional de saúde quanto à prática humanizada no cuidar individual e coletivo; Refletir sobre a atuação profissional desenvolvida no processo saúde-doença de uma prática humanizada; Discutir os dilemas e desafios de uma prática humanizada. HUMANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS E CUIDADOS EM SAÚDE COLETIVA: DILEMAS E DESAFIOS EM QUE CONSISTE HUMANIZAR O CUIDADO DE SAÚDE? O QUE SERIA DESUMANIZÁ-LO? HUMANIZAÇÃO = INTEGRALIDADE? ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAL Anos 50 a 70 – textos que reconhecem um conjunto de práticas, lógicas e interações que poderiam ser reconhecidas como fatores de desumanização; Década de 60: Goffman (1961) – Retrata o processo de despersonalização nos hospitais psiquiátricos; ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS Formação profissional; Organização de serviços; Hierarquia social; Provisão de cuidados Relações de conflito; Cooperação e subordinação entre profissionais e pacientes; Década de 70 - FATORES DE DESUMANIZAÇÃO: (Deslandes,2006) Estrutural Interacional ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS 1972 – Simpósio Americano “ Humanizando o Cuidado em Saúde”. Tentativa de conceituar o que seria humanização ou desumanização; Maneiras de implementar cuidados humanizados; Discussão dos fatores de (des)humanização do cuidado. ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS Interações paciente-cuidador Psicológicas Dimensão ideológica DESUMANIZAÇÃO 1975 - Modelo de Geiger ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS 1975 - Modelo de Jan Howard Cuidado Humanizado = Necessidades fisiológicas e psicológicas correspondidas. ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS 1975 - Jan Howard Práticas de desumanização dos cuidados: 1- “Tratar pessoas como coisas” 2- “Desumanização pela tecnologia”; 3- “Desumanização pela experimentação clínica”; 4- Ver a “pessoa como problema”; 5- Certas pessoas como “pessoas de menor valor”; ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS 1975- Jan Howard 6- “Pessoas isoladas”; 7- “Pessoas como recipientes de cuidados subpadronizados”; 8- “Pessoas sem escolhas”; 9- “Pessoas interagindo com icebergs”; 10- “Pessoas em ambientes estáticos e estéreis; 11- Negação do direito de preservação da vida. ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS DESUMANIZAÇÃO “Tratar as pessoas como coisas”, vê-las “como problemas” e tratá-las de forma distanciada. ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS NO BRASIL ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS Décadas de 50, 60 e 70, textos compreendem a Humanização como uma possibilidade de resgatar valores caritativos/religiosos. ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS Década de 80 – textos relacionam a Humanização à um serviço de saúde digno; Reforma Sanitária -Saúde como direito de todos e dever do Estado. ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS Década de 90 - A valorização do doente/usuário do serviço de saúde como sujeito de direitos, capaz de exercer sua autonomia. ASPECTOS HISTÓRICO-CONCEITUAIS Alguns textos a partir da década de 90 - Humanização como projeto político; Atendimento humano – Sistema de saúde pautado em valores como equidade e a integralidade; INÍCIO DO SÉCULO XXI - Humanização – Modismo, fragmentação das práticas - Metodológico- Transformar Política de Governo em Política Pública. (Benevides & Passos, 2005) Movimentos Sociais Práticas concretas dos serviços de saúde Forças do Coletivo HUMANIZAÇÃO CONCEITO DISTORCIDO PORÉM REAL (GASTALDO, 2005) PARA REFLETIR: “O atendimento desumanizado deve ser benéfico para alguns, pois se a desumanidade na atenção fosse ruim para todas as pessoas envolvidas já teríamos presenciado mudanças mais abrangentes”. ATUALIDADE (GASTALDO, 2005) Necessidade, de uma reflexão do significado da proposta de humanização do SUS no contexto da desumanidade dos determinantes sociais da saúde, aos quais a maioria da população brasileira está submetida em seu cotidiano. CUIDADO Cuidado em saúde: conjunto de procedimentos tecnicamente orientados para o bom êxito de um certo tratamento. Como construto filosófico: Cuidado é uma sabedoria (phrónesis) prática (práxis) que, estreita relação com saberes tecno-científicos e sucesso prático. GRANDES AVANÇOS DO SUS UNIVERSALIDADE EQUIDADE INTEGRALIDADE NOVOS CONCEITOS Qualidade Satisfação Autonomia do usuário IMPORTANTE MEU POVO!!! POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 2001- Ministério da Saúde (MS) – Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH); 2003 - Implantação em 2003 da Política Nacional de Humanização da Atenção (PNH) e da Gestão em Saúde do Sus : HUMANIZA SUS. O QUE É A PNH? São ações conjuntas dos gestores, profissionais, usuários e comunidade. OBJETIVOS Fortalecer os princípios do SUS; Provocar reflexão crítica sobre a atual realidade; Estimular posturas de organização coletiva e participação ativa dos gestores, trabalhadores, usuários e comunidade. PRINCÍPIOS DA PNH (3) Transversalidade Comunicação entre os diferentes membros de cada grupo e entre os diferentes grupos. Desestabilização das fronteiras dos saberes Autonomia e protagonismo dos sujeitos envolvidos Inseparabilidade entre: *atenção e gestão; *clínica e política; *produção de saúde e produção de sujeito. DIRETRIZES (6) Acolhimento Expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão. DIRETRIZES Clínica Ampliada -Trabalho clínico que visa o sujeito e a doença, a família e o contexto -Exercício da escuta -Formação de vínculos DIRETRIZES Ambiência Ambiente físico, social, profissional e de relações interpessoais voltados para atenção acolhedora, resolutiva e humana. DIRETRIZES Valorização do trabalho e do trabalhador -melhores condições de trabalho -remuneração adequada -reconhecimento de atividade profissional DIRETRIZES Defesa dos direitos dos usuários -Visita aberta -Acompanhante -Equipe transdisciplinar de referência DIRETRIZES Gestão participativa e co-gestão Modo de pensar que inclui o pensar e o fazer coletivo. PARÂMETROS DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLANTAÇÃO Atenção Básica Urgência e Emergência Atenção Especializada Atenção Hospitalar
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