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DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE MACRONUTRIENTES

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Digestão e absorção de macronutrientes
Digestão e absorção de carboidratos 
Recomendação diária de carboidratos: 45 a 65% 
das calorias totais ingeridas. 
Os carboidratos podem ser simples 
(monossacarídeos e dissacarídeos) ou complexos 
(polissacarídeos). 
 
A digestão dos carboidratos inicia-se na boca por 
meio da trituração de alimentos e da ação da 
enzima α-amilase salivar, liberada pelas 
glândulas salivares, que inicia a quebra do amido 
pelas ligações α (1  4), liberando as dextrinas 
do amido (amido reduzido com alta quantidade 
de ligações α-(1  6)), maltose e isomaltose. Os 
demais dissacarídeos e carboidratos seguem 
pelo sistema digestório sem a digestão ter sido 
iniciada. 
No estômago, dado o baixo pH, a amilase salivar 
é inativada. 
A digestão é reiniciada no intestino com a 
liberação da enzima α-amilase pancreática, 
dando continuidade à digestão das dextrinas do 
amido com sua quebra até maltose. Lactose e 
sacarose não são alteradas por essa enzima. 
No intestino delgado também há dissacaridases: 
lactase, sacarase e maltase, que atuam na 
digestão dos dissacarídeos específicos, liberando 
glicose, frutose e galactose. 
A celulose, um polímero de glicose de ligação β 
(1  4) não é digerida, pois não há enzimas que 
quebrem esse tipo de ligação, sendo excretada 
juntamente com outras substâncias que não 
foram digeridas ou absorvidas. 
A glicose é absorvida no intestino delgado, onde 
há vilosidades que aumentam a superfície de 
absorção: 
 
A glicose é absorvida juntamente a uma 
molécula de sódio, que passa para o interior da 
célula. Posteriormente, a glicose é secretada para 
os capilares pelo GLUT2, cai na circulação 
sanguínea e é distribuída para os tecidos do 
organismo. 
 
Agressão intestinal: 
 
A agressão intestinal pode levar a uma 
intolerância à lactose (deficiência secundaria). 
Essa agressão pode ser decorrente, por exemplo, 
de colite, gastroenterite ou consumo excessivo 
de álcool. 
A intolerância se dá, pois a lactase encontra-se 
na superfície de células da mucosa. Com a 
agressão intestinal, a enzima não é liberada e, 
portanto, a lactose não é digerida. Assim, a 
lactose sofre uma fermentação bacteriana que 
libera ácido lático e gases, aumentando a 
quantidade de fluido no intestino e, 
consequentemente, uma aumento de 
peristaltismo. Por consequência, ocorre uma má 
absorção de gorduras, proteínas e carboidratos. 
O aumento de fluidos é o causador da diarreia. 
Na intolerância secundária, quando a mucosa é 
reestabelecida, as células retomam a produção 
de lactase, sendo a intolerância à lactose 
diminuída ou cessada. 
A intolerância à lactose pode ser uma deficiência 
primária, sendo uma condição de causa genética 
em que não há produção de lactase pelo 
indivíduo. 
Transportadores de glicose: 
Para que a glicose adentre o interior das células 
nos diferentes tecidos, há necessidade de 
transportadores, os quais realizam a mesma 
função, mas apresentam diferentes propriedades 
cinéticas de acordo com os tecidos. 
Nome Tecido Comentários 
GLUT1 Hemácias, 
cérebro, 
músculos e 
tecido 
adiposo 
Captação basal de 
glicose. 
GLUT2 Fígado e 
células β 
pancreáticas 
Pâncreas: regulação 
da liberação de 
insulina 
Fígado e rins: 
remoção do excesso 
de glicose sanguínea. 
GLUT3 Cérebro e 
tecido 
nervoso 
Captação basal de 
glicose. 
GLUT4 Células 
musculares e 
adiposas 
Aumento do 
transporte de glicose 
na membrana 
plasmática das fibras 
musculares durante 
exercícios físicos e 
sensibilidade à 
insulina. 
GLUT5 Intestino 
delgado, 
testículos e 
rins 
Passagem de glicose 
para a corrente 
sanguínea e alta 
afinidade por frutose. 
Quanto à cinética desses transportadores: 
- GLUT1  Kt = 3 mM; 
- GLUT2  Kt = 17 mM; 
- GLUT3  Kt = 1,3 mM; 
- GLUT4  Kt = 5mM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Digestão de proteínas e absorção de aminoácidos 
Os aminoácidos são moléculas pequenas 
formadas por um carbono alfa ligado à uma 
carboxila, a um grupamento amina, a um 
hidrogênio e a um grupo radical. 
 
A ligação peptídica ocorre entre o grupamento 
carboxila de um aminoácido com o grupamento 
amina do aminoácido seguinte. Os radicais não 
fazem parte da ligação peptídica: 
 
Estrutura das proteínas: 
 
- primária  sequência de aminoácidos; 
- secundária  formada pela interação dos 
átomos próximos na estrutura primária; 
- terciária  enovelamento e interação entre 
resíduos distantes na estrutura primária que 
confere conformação espacial à proteína; 
- quaternária  união não covalente entre 
cadeias polipeptídicas. 
A recomendação de proteínas na dieta 
corresponde a 0,8 g de proteína por peso 
corporal ou de 10 a 30% das calorias totais 
ingeridas. Os aminoácidos ingeridos na forma de 
proteína são utilizados pelo organismo na síntese 
de componentes da hemoglobina, de 
citocromos, de anéis de purinas e pirimidinas e 
de novas proteínas. Esses aminoácidos também 
podem ser, secundariamente, utilizados como 
fonte de energia. 
 
A digestão de proteínas inicia-se no estômago 
com a liberação da gastrina pela mucosa 
gástrica, a qual induz a secreção de ácido 
clorídrico pelas células parietais e de 
pepsinogênio pelas células principais. O baixo pH 
faz com que o pepsinogênio (zimogênio) seja 
convertido por autocatálise em pepsina, a qual 
consiste em uma enzima ativa responsável pela 
degradação de proteínas. 
Com a passagem do conteúdo estomacal para o 
intestino, ocorre a liberação de secretina, 
hormônio responsável por estimular o pâncreas 
a liberar bicarbonato, responsável pela 
neutralização do pH (no intestino o pH encontra-
se entre os valores 7 e 8). A chegada dos 
aminoácidos no intestino também faz com que 
haja liberação de colecistoquinina, que estimula 
a secreção de várias enzimas a serem liberadas 
no intestino. Essas proenzimas liberadas serão 
ativadas para enzimas ativas que dão 
continuidade a digestão das proteínas. 
No intestino delgado encerra-se a digestão da 
proteínas, resultando em peptídeos e 
aminoácidos que serão absorvidos nas 
vilosidades da mucosa intestinal. 
Ativação de enzimas gástricas e pancreáticas: 
 
Especificidade das enzimas proteolíticas: 
 
Os aminoácidos são liberados nas quebras das 
proteínas, são transportado para o interior das 
células do intestino por meio de transportadores 
dependentes de sódio e sua digestão é finalizada 
pela hidrólise com peptidases. Somente os 
aminoácidos caem na corrente sanguínea para 
serem transportados para os tecidos que os 
utilizarão na síntese de proteínas. 
 
Existem seis diferentes carregadores de 
aminoácidos: 
- neutros; 
- prolina/hidroxiprolina; 
- ácidos; 
- básicos (ornitina e cistina); 
- pequenos; 
- aromáticos e ramificados. 
A deficiência dos carregadores neutros causam 
doença de Hartnup e a deficiência de cistina 
causa cistinúria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Digestão e absorção de lipídeos 
Os triglicerídeos consistem na reserva de energia 
humana. Eles são obtidos por meio da dieta ou 
pela captação do armazenamento do tecido 
adiposo. Essas moléculas podem ser sintetizadas 
em um órgão e exportadas para outro. 
 
A recomendação de ingestão de lipídeos na dieta 
corresponde de 20 a 35% das calorias totais, 
sendo 90% equivalentes a triglicerídeos ou 
triacilgliceróis (gordura neutra). 
Os triglicerídeos são fontes de energia, além de 
serem importantes na produção de 
prostaglandinas, servirem de carregadores de 
vitaminas lipossolúveis e atuarem na manutenção 
de calor. 
Digestão dos lipídeos: 
 
No estômago existe uma lipase, estável em meio 
aquoso, responsável pela quebra dos 
triglicerídeos, liberando ácidos graxos, 
diacilgliceróis ou monoacilgliceróis. Assim 
formam-se gotículas lipídicas em emulsão. 
No intestino, a liberação de sais biliares emulsificaos lipídeos, facilitando a ação de lipases 
pancreáticas. As lipases hidrolisam os 
triglicerídeos, liberando ácidos graxos livres e 
monoacilgliceróis. 
Solubilização de ácidos graxos livres e 
monoacilgliceróis por ácidos biliares: 
 
A liberação de bicarbonato facilita a ação das 
lipases, que atuam em pH neutro. As lipases se 
utilizam de coenzimas denominadas colipases. 
As gotículas de emulsão são solubilizadas pelos 
sais biliares e passam a formar micelas mistas. 
Lipases pancreáticas: atuam na interface água-
lipídeo usando como cofator a colipase. 
 
Existe especificidade entre as lipases: ésteres nas 
posições 1 e 3 e preferências para ácidos graxos 
de cadeias longas (mais de 10 carbonos), sendo 
os produtos ácidos graxos livres e β-acilglicerol. 
Captação dos ácidos graxos livres e 
monoacilgliceróis para o interior da célula e 
ressíntese dos triglicerídeos: 
 
Em seguida, os triglicerídeos são incorporados a 
outros lipídeos e proteínas, formando, então, os 
quilomícrons (lipoproteína formada no intestino 
que liga lipídeos, proteínas e vitaminas 
lipossolúveis). Os quilomícrons são liberados no 
sistema linfático devido.

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