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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PSICOLOGIA - 8º PERÍODO.
ACADÊMICA: LETÍCIA MARLI FERNANDES.
ORIENTADORA: MÁRCIA APARECIDA MIRANDA DE OLIVEIRA.
Processo diagnóstico e suas etapas.
O processo diagnóstico dentro da Psicologia, tem como objetivo compreender a queixa, ou o motivo que os levou até a consulta, para que posteriormente se identifique possível patologia, ou não, com auxílio teórico para interpretar todas as informações coletadas. (OLIVEIRA, 2015). Dentro do processo diagnóstico, temos as seguintes etapas: Entrevista Clínica, anamnese, exame psíquico, hora do jogo diagnóstica (em caso de crianças), entrevista devolutiva e relatório/laudo psicológico. 
Entrevista Clínica:
A entrevista é considerada uma interação verbal entre as pessoas, diante disso é necessário observar o que se passa durante essa interação, o que acontece quando duas pessoas conversam e como estas podem se afetar mutuamente, independente se trata-se de entrevista clínica ou não. Entretanto, quando se trata de entrevista clínica, não falamos apenas de uma conversa qualquer, e sim de uma interação que possui objetivos específicos e com isso exige do entrevistador formação e métodos necessários para condução da entrevista. (SILVARES; GONGORA, 2015). 
Na entrevista clínica, o objetivo geral é obter informações suficientes para o seguimento do processo da psicoterapia. A entrevista tem também a finalidade de manter uma relação especial entre cliente e terapeuta, a fim de contribuir positivamente na relação e processo psicoterapêutico, fazendo com que se consiga êxito nos dados coletados. A relação é comumente estabelecida a partir da entrevista inicial, onde o psicólogo busca desenvolver três tópicos, sendo eles: interacionais, de coleta de dados e de intervenção. (SILVARES; GONGORA, 2015). 
Inicialmente Silvares e Gongora (2015), descrevem o fator internacional da entrevista como aquele em que se dá segurança ao cliente, para que este se sinta confortável, e este não apresente constrangimentos e se motive a prosseguir com o processo terapêutico. No que diz respeito a coleta de dados, trazem que a entrevista clínica pode ser estruturada para que se obtenha o máximo de informações, mas sem prejudicar o aspecto internacional que foi criado no primeiro momento. Os dados devem ser os pessoais e os que indiquem a procura pelo tratamento, ou queixa apresentada. Por fim descrevem os objetivos de intervenção, que são considerados que possam ocorrer em qualquer entrevista clínica, que consiste na mudança do comportamento do cliente através dos procedimentos apresentados na entrevista. Entretanto, não é uma garantia que realmente ocorra em uma entrevista inicial, devendo ser o foco o momento de interação entre cliente e terapeuta, e a coleta de dados, deixando o foco para intervenção em momentos posteriores. 
Já Ocampo e Arzeno (2009) consideram a entrevista inicial como uma entrevista semidirigida, onde o cliente tem a liberdade de expor sua queixa começando por onde achar mais pertinente, e incluindo o que achar viável para entrevista. Com a entrevista totalmente livre, o terapeuta intervém apenas em casos que o cliente não sabe por onde começar, ou como continuar, ou que este manifeste bloqueio por meio de angústia, ou até mesmo interrogar a respeito de informações importantes que foram negligenciadas no relato livre, a fim de preencher lacunas e obter a informação por completo. Nesse caso, a técnica é utilizada para que se possa conhecer detalhadamente o cliente, e para que possa extrair da entrevistas dados para formular hipóteses, e que permitam melhor interpretação do caso para um posterior diagnóstico. 
Anamnese:
A anamnese é um instrumento essencial para o diagnóstico, por meio deste instrumento podemos observar questões relativas à história da vida do cliente, bem como outros fatores que podem contribuir para o processo diagnóstico. (RAMOS, 2011). 
A anamnese é considerada como uma entrevista que tem como finalidade investigar a história do cliente, para conseguir resgatar aspectos relevantes de sua vida que contribuem para a interpretação da demanda trazida. A partir dos dados coletados, podemos buscar uma relação entre a história de vida apresentada, e como esta está ligada com o motivo da consulta ou queixa apresentada. Este instrumento é utilizado independente da faixa etária do sujeito, quando se trata de crianças, a anamnese é direcionada aos pais, o mesmo para os adolescentes, mas nessa etapa o psicólogo pode se direcionar aos adolescentes para complementar as informações, já com adultos/idosos, a entrevista é direcionada diretamente a eles. (MAFFINI, CASSEL; 2020)
Além disso, é uma entrevista que possui caráter investigativo e busca levantar informações de forma organizada da vida do sujeito, e a partir dela, o psicólogo pode se basear para os passos futuros do processo diagnóstico. (MAFFINI, CASSEL; 2020)
Exame Psíquico:
O exame psíquico é o ponto básico de uma avaliação, consiste na observação do cliente, e na percepção de seu estado mental. O exame psíquico, se bem realizado, permite a elaboração de um diagnóstico com exatidão. O cliente deve ser avaliado respeitando sua subjetividade e deve-se levar em conta o que foi apresentado até o momento através de sua queixa. Para que se realize o exame, alguns aspectos devem ser avaliados, sendo estes os principais: a atitude do sujeito durante a consulta, observando sua fisionomia, se apresenta alegria, tristeza, rigidez; suas vestimentas e cuidados, se se apresenta de forma descuidada, ou excêntrica; e sua reação com exame, se apresenta indiferença ou oposição. Já no segundo item, deve-se observar a consciência, que é o momento em que o sujeito apresenta sua tomada de conhecimento sobre fatores externos, é a hora do contato entre o Eu e o ambiente. O terceiro elemento a ser observado é a atenção, um requisito que é de extrema importância para o desenvolvimento intelectual, sendo essencial para os processos de assimilação e raciocínio, quando o cliente possui uma atenção concentrada, são geradas melhores condições para que algo se manifeste na consciência, de modo com que o psicólogo consiga reconhecer com mais precisão o evento que está sendo trazido como demanda. O quarto item diz respeito a memória, que é descrita como uma atividade psíquica de fixação, reprodução e conservação no nível da consciência a respeito de eventos já ocorridos com o sujeito. Se a memória estiver bem desenvolvida, o sujeito consegue evocar itens do passado que podem contribuir de forma efetiva para a compreensão da queixa levada ao consultório. O quinto item fala sobre a percepção, que diz respeito a vivências que dirigimos a determinado objeto, e criamos um pensamento a respeito deste objeto, devemos observar, como o sujeito expressa sua percepção entre ele e o mundo. Além disso, outros aspectos devem ser observados, como a inteligência, o juízo crítico, a linguagem, a orientação no tempo e espaço, a afetividade, e a vontade. Observando corretamente todos esses aspectos, é possível obter dados extremamente necessários para que posteriormente consiga se elaborar um diagnóstico com precisão. (ASSUMPÇÃO JUNIOR, 2009)
Hora do jogo diagnóstica:
A hora do jogo diagnóstica se constitui como um instrumento clínico que o psicólogo utiliza dentro do processo diagnóstico, com o intuito de se aproximar e conhecer mais a criança que foi levada ao consultório (ERON et al, 2009). A técnica da hora do jogo, pode ser semelhante à primeira entrevista realizada com adultos. Através dessa intervenção, o psicólogo consegue acessar e observar de uma melhor forma, os aspectos psicológicos da criança, além de explorar a parte interna da criança, podendo desenvolver o que está sendo comunicado de forma inconsciente através do jogo. (CHAXIM, 2019). 
No momento da hora do jogo, é esperado que a criança expresse seu mundo, bem como tudo que lhe aflige e todos seus conflitos através de uma linguagem pré-verbal, utilizando os brinquedos como meio de expressão. Além disso, a criança comunica através de sua brincadeira, aspectosfantasiosos que não estão presentes na consciência, e buscam com eles reproduzir aspectos que estão presentes na realidade. A hora do jogo diagnóstica é então definida como o encontro entre a realidade objetiva e o mundo de fantasias, é o momento que a criança liga o mundo interno com o mundo externo. (CHAXIM, 2019). 
A função do entrevistador na hora do jogo diagnóstica, é fornecer condições favoráveis para que a criança consiga brincar e se expressar de forma espontânea, uma vez que a criança pode demonstrar ansiedade diante dessa atividade, por ser uma situação diferente do que está acostumada a brincar. Diante disso o psicólogo deve manter a observação, compreender e ajudar a criança nesse momento, e através dessa observação coletar dados que se constituem essenciais para compreender a realidade da criança, e como esta se manifesta diante de sua queixa, podendo assim, realizar o diagnóstico a partir desses dados e da fala que os pais trouxeram em um primeiro momento. (ERON et al, 2009)
Entrevista devolutiva:
A entrevista devolutiva tem como finalidade comunicar ao usuário, aos pais e ao grupo familiar quando necessário, os resultados que foram alcançados por meio do psicodiagnóstico, se caracteriza como uma entrevista final e deve ser realizada depois do último teste, ou depois de já terem concluído todas as etapas anteriores. Através da devolução da informação, deve-se observar como o usuário recebe-a, e como se manifesta verbalmente ou pré-verbalmente diante disso. Essas reações permitem ser uma informação valiosa para o complemento do prognóstico e o diagnóstico, e posteriormente finalizá-lo com mais exatidão. A entrevista devolutiva deve ser feita dentro do contexto em que se realizou todo o processo do psicodiagnóstico e deve ser feita exclusivamente por quem o realizou. Pode se constituir de uma entrevista só ou várias de acordo com a demanda (OCAMPO, ARZENO, 2009). 
Para que se realize a devolução de forma adequada, o psicólogo deve estudar exaustivamente o caso, de modo com que consiga ser firme no momento da entrevista. Deve-se elaborar hipóteses explicativas através de tudo que vivenciou com seu usuário, e fazer ligações relacionais entre usuário e família, com cada membro do seu grupo familiar, e até com o psicólogo. Diante desta análise feita, se faz necessário distinguir quais aspectos são mais sadios e adaptativos nessas relações e quais os menos sadios, e separar o que pode ou não ser dito numa entrevista de devolução. Desse modo, ao iniciar a entrevista final, devemos começar ressaltando os fatores adaptativos, prosseguindo depois com os menos adaptativos e seguindo com a patologia caso seja o caso, lembrando que deve ser um processo gradual, e deve-se observar como os pais e usuário estão recebendo essa informação e até onde pode-se conduzir com tais informações. Além disso, para que seja transmitido com êxito a mensagem, deve-se utilizar de uma linguagem clara e acessível, não se prendendo em termos técnicos não explicativos, e deve-se manter o sigilo profissional em casos que se transmite para os pais da criança a devolução (OCAMPO, ARZENO, 2009).
Relatório ou Laudo Psicológico: 
Segundo a resolução Nº6 de 2019, são instituídas regras para elaboração de documentos escritos produzidos por psicólogos no exercício profissional. O relatório psicológico, é um documento descritivo, e considera aspectos históricos e sociais da pessoa que está sendo atendida, podendo apresentar caráter informativo. Tem como finalidade a comunicação da atuação do profissional em diferentes etapas do trabalho que pode estar em desenvolvimento, ou já ter sido finalizado. Pode servir como uma fonte de encaminhamento e não possui como fim a produção de diagnóstico. O relatório deve conter uma narrativa de forma detalhada, e a linguagem deve ser apresentada de forma acessível, entretanto, a narrativa não se diz respeito a descrição literal das sessões. Deve ser pontuado no relatório a demanda, os procedimentos e o aspecto técnico e científico utilizado durante as sessões, finalizando com suas conclusões e possíveis recomendações caso seja o caso. Diante disso,o relatório se constituirá na identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão. 
 Já o laudo psicológico, ainda de acordo com a resolução N°6 de 2019, resulta de uma avaliação psicológica, e tem como objetivo auxiliar decisões que são tomadas sobre a demanda que foi apresentada. No corpo do laudo, devem ser apresentadas informações técnicas e científicas dos fenômenos psicológicos que serão apresentados, considerando novamente os aspectos históricos e sociais de quem está sendo atendido. Tal como o relatório, o laudo deve conter uma narrativa detalhada e acessível a quem será entregue o documento, de acordo com o código de ética do psicólogo, este deve ser feito com base no registro de documentos elaborados pelo psicólogo, conforme descrito na resolução do CFP n° 01/2009, e através de interpretação dos dados coletados, com métodos, técnicas e/ou procedimentos que tenham caráter científico. No laudo é também imprescindível que se apresente os procedimentos utilizados e as conclusões que foram obtidas a partir da avaliação psicológica. Deve-se portanto, informar o que for necessário da demanda, e informar os encaminhamentos, intervenções, diagnóstico, prognóstico, a hipótese diagnóstica, como foi a evolução do caso, e orientação para um possível projeto terapêutico. Novamente, em conformidade com o relatório, o laudo possui uma estrutura a ser seguida, tal como a identificação, descrição da demanda, procedimento, análise, conclusão e por fim as referências utilizadas para elaboração. 
Referências:
ASSUMPÇÃO JUNIOR, F.B. O exame psíquico. In: ASSUMPÇÃO JUNIOR, F.B. (COORD.). Psicopatologia: aspectos clínicos. (pp.15-28). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
CHAXIM, Thais Spall; Análise do comportamento infantil expresso através da hora do jogo diagnóstica em crianças com desordens da diferenciação sexual (DDS). Porto Alegre, 2019. Disponível em <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/205988/001112151.pdf?sequence=1>. Acesso em 23 set. 2021. 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução n°06/2019, de 29 de março de 2019. Institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional e revoga a resolução CFP n° 15/1996, a Resolução CFP n° 07/2003 e a Resolução CFP n° 04/2019.
EFRON, A.M.; FAINBERG, E.; KLEINER, Y.; SIGAL, A.M.; WOSCOBOINICK, P. A hora de jogo diagnóstica. In: OCAMPO, M.L.S.; ARZENO, M.E.G.; PICCOLO, E.G.(COLS.). O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. (pp. 169 -191). São Paulo: Martins Fontes, 2009. 
MAFFINI, Gabriela; CASSEL, Paula Argemi. O processo de avaliação psicológica: estudo de caso. Research, Society And Development, [S.L.], v. 9, n. 5, , 24 mar. 2020. Research, Society and Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i5.2575. Acesso em 03 set. 2021.
OCAMPO, M.L.S.; ARZENO, M.E.G. Devolução de informação do processo psicodiagnóstico. In: OCAMPO, M.L.S. de; ARZENO, M.E.G.; PICCOLO, E.G. de (Cols.). O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. (pp. 315-332). São Paulo: Martins Fontes, 2009.
OCAMPO, M.L.S.; ARZENO, M.E.G. A entrevista inicial. In: OCAMPO, M.L.S.; ARZENO, M.E.G.;PICCOLO, E.G.(COLS.). O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. (pp. 23-43). São Paulo: Martins Fontes, 2009.
OLIVEIRA, Malu. Objetivos do Psicodiagnóstico. 2015. Disponível em: <https://www.academia.edu/40148664/OBJETIVOS_DO_PSICODIAGN%C3%93STICO?bulkDownload=thisPaper-topRelated-sameAuthor-citingThis-citedByThis-secondOrderCitations&from=cover_page> Acesso em: 03 set. 2021.
RAMOS, Maria Inês Paton. A entrevista de anamnese sob a ótica do referencial teórico psicodramático: uma contribuição para a psicopedagogia. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 28, n. 85, p. 97-102, 2011 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862011000100010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 03 set.2021.
SILVARES, Edwiges Ferreira de Matos; GONGORA, Maura Alves Nunes; Manual para entrevista clínica inicial. ________ In: Psicologia clínica e comportamental: a inserção da entrevista com adultos e crianças, cap 2. 3. ed. São Paulo, Edicon, 2015.

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