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N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A Produtora Verificada NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO - NODO SINUSAL: é uma faixa pequena, achatada e elipsoide, de músculo cardíaco especializado. Está situado na parede posterolateral superior do átrio direito. Ele controla a frequência dos batimentos cardíacos de todo o coração e é capaz de autoexcitação. . Mecanismo de ritmicidade: as descargas o “potencial de repouso da membrana” da fibra sinusal tem negatividade de aproximadamente −55 a −60 milivolts. A explicação para essa menor negatividade é que as membranas celulares das fibras sinusais são por natureza mais permeáveis ao cálcio e ao sódio, e as cargas positivas desses íons, que cruzam a membrana, neutralizam boa parte da negatividade intracelular. Essa variação se dá por algumas diferenças nos canais: (1) canais rápidos de sódio; (2) canais de cálcio do tipo L (canais lentos de sódio-cálcio); e (3) canais de potássio. Nesse valor de −55 milivolts, os canais rápidos de sódio já foram em sua maioria “inativados”, o que significa que ficaram bloqueados. Dessa maneira, só os canais lentos de sódio-cálcio podem se abrir (isto é, serem “ativados”) e assim deflagrar o potencial de ação. Como resultado, o potencial de ação nodal atrial ocorre mais lentamente que o potencial de ação do músculo ventricular, assim como a volta do potencial para seu estado negativo. . Autoexcitação das Fibras do Nosso Sinusal: a alta concentração de íons sódio no líquido extracelular por fora da fibra nodal, além do número razoável de canais de sódio já abertos, os íons positivos de sódio tendem a vazar para o interior dessas células. Entre os batimentos cardíacos, o influxo de sódio positivamente carregado provoca lento aumento do potencial de membrana de repouso em direção aos valores positivos. Quando o potencial atinge o limiar de voltagem de cerca de −40 milivolts, os canais de cálcio do tipo L são “ativados”, originando o potencial de ação. Portanto, basicamente é o vazamento inerente das fibras do nodo sinusal que causa a autoexcitação. - Por que esse vazamento de íons sódio e cálcio não faz com que essas fibras permaneçam continuamente despolarizadas? Os canais de sódio se inativam enquanto canais de potássio se abrem, o influxo de íons positivos vai cessar, enquanto íons de potássio saem da membrana. Além disso, os canais NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI permanecem abertos por mais tempo, resultando numa hiperpolarização, que não se mantém por muito tempo por que os canais de K se fecham enquanto Ca e Na entram na célula. - FIBRAS DE PURKINJE: são muito calibrosas, o que permite uma transmissão quase instantânea do impulso cardíaco por quase todo o músc. Ventricular. Há também uma grande quantidade de junções comunicantes nos discos intercalares, por isso os íons são transmitidos com mais facilidade de uma célula para outra, aumentando a velocidade dessa transmissão. O fato delas terem poucas miofibrilas, faz com que elas se contraiam mto pouco durante a transmissão do impulso. - Controle da excitação e da condução no coração: - ARTEROESCLEROSE: desenvolvimento de placas que aos poucos bloqueiam total ou parcialmente o fluxo sanguíneo. O local mais comum é geralmente no início das artérias coronárias principais. . A oclusão coronariana geralmente ocorre em pessoas com pré-disposição e pode ocasionar em duas coisas: (1) Um trombo pode ser gerado e ocluir a artéria, ocasionado pelo aumento crescente do coágulo ou quando ele se desprende, bloqueando a artéria em algum ponto. Formando um Êmbolo coronariano (2) Um espasmo muscular na artéria coronárias pode causar uma irritação do músculo, levando a uma trombose secundária do vaso. - INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: a interrupção do fluxo sanguíneo na região causa o dilatamento excessivo dos vasos, as fibras musculares ficam sem oxigênio e a área infartada muda de tonalidade ficando marrom-azulado. Por conseguinte, as paredes dos vasos ficam muito permeáveis causando o extravasamento do líquido para o tecido muscular que fica edemaciado, as células se incham devido à ausência de metabolismo e morrem. DIGOXINA A digoxina é um inibidor seletivo da bomba de sódio da membrana plasmática, resultando em elevação da concentração intracelular de sódio. Por sua vez, o aumento na concentração intracelular de sódio altera o equilíbrio do trocador de sódio-cálcio; o efluxo de cálcio diminui, em decorrência da redução do gradiente para a entrada de sódio, enquanto o influxo de cálcio aumenta, dado a elevação do gradiente para o efluxo de sódio. O resultado final consiste na elevação da concentração intracelular de cálcio. Quando a célula tratada com digoxina despolariza em resposta a um potencial de ação, a quantidade de Ca 2+ disponível para a ligação com a troponina C é maior, e o desenvolvimento de tensão durante a contração é facilitado. Atua também na inibição do efluxo nervoso simpático, sensibilização dos barorreceptores e aumento do tônus parassimpático (vagal). A digoxina também altera as propriedades eletrofisiológicas do coração por ação direta sobre o sistema de condução cardíaca. NICOLE SILVA MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI Em doses terapêuticas, a digoxina diminui a automaticidade no nó atrioventricular (AV), prolongando o período refratário efetivo do tecido nodal AV e diminuindo a velocidade de condução pelo nó. As propriedades vagotônicas e eletrofisiológicas combinadas constituem a base para o emprego da digoxina no tratamento de pacientes com fibrilação atrial e taxas de resposta ventricular rápidas; tanto a automaticidade diminuída do tecido nodal AV quanto a diminuição da velocidade de condução pelo nó aumentam o grau de bloqueio AV e diminuem, portanto, a taxa de resposta ventricular. REFERÊNCIAS: . Tratado de fisiologia Médica Guyton – 12° ed . Princípios de Farmacologia Golan – 3° ed.
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