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Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
Tipos de Anestesia 
Tipos de Anestesia 
➵ Geral – anestesia todo o corpo 
➵ Bloqueios Neuroaxiais 
 Peridural 
 Sub-aracnoidea 
➵ Locorregionais – anestesia algum local em 
específico, ex. braço, perna 
Anatomia da Coluna Vertebral 
➵ A coluna vertebral se divide em vertebras: 
 7 cervicais 
 12 torácicas 
 5 lombares 
 5 sacrais 
 4 coccígenas 
 
➵ Apresenta 4 curvaturas 
➵ Barreiras de Proteção do SNC 
 Crânio 
 Meninges – local dos subtipos de anestesia 
 Liquido cerebospinal (líquor) – entre a dura 
mater e a aracnoide; presente na anestesia 
raquidiana 
 Barreira hematoencefálica 
 
 
Meninges Nome do Espaço 
Entre Coluna/Crânio e 
Dura-máter 
Epidural/ Extradural 
Entre Dura-máter e 
Aracnóide 
Subdural 
Entre Aracnóide e Pia-
máter 
Subaracnóideo 
Não existe anestesia aplicada no espaço subdural (muito pequeno) 
- Uma epidural aplicada no espaço subdural pode causar 
hipotensão muito grave; Já uma raquianestesia aplicada nessa 
região, não fará efeito algum. (não vai pegar) 
 
É importante saber onde acaba, pois a anestesia raquidiana não 
pode ser aplicada nessa região, uma vez que causa complicações 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
 
Anestesia Geral 
➵ É uma completa, contínua e reversível depressão 
das funções do SNC, que leva a perda da consciência, 
eliminação da dor e perda da atividade muscular 
(relaxamento) 
➵ Fases 
 Indução 
 Manutenção – enquanto está tendo o 
procedimento cirúrgico 
 Recuperação 
➵ Tipos 
 Venosa – por meio do acesso periférico 
 Inalatória 
 Balanceada – venosa e inalatória 
 Combinada – geral + outro tipo de anestesia 
(geral + epidural; geral + raquidiana) 
OBS – Não é adequada para gestantes, pois pode 
passar para o feto 
Anestesia Peridural - Epidural 
➵ Anestesia que resulta da administração de 
anestésico local no espaço peridural da coluna vertebral 
– é utilizada apenas para um segmento do corpo 
➵ Indicações – cirurgias abdominais, parto vaginal, 
cesáreas, ginecológicas, urológicas, plásticas de mama e 
abdômen, cirurgias do MMII 
➵ Pode ser classificada em: 
 Cervical 
 Torácica 
 Lombar 
 Sacra (caudal) 
➵ Como também em: 
 Simples – apenas um dose de anestésico no 
início da cirurgia (cirurgias curtas, no max 2 a 3 
horas) 
 Contínua – quando coloca um cateter no 
espaço peridural para aplicar mais anestesia 
durante a cirurgia 
 Combinada – epidural + geral (analgesia intra e 
pós operatório + relaxamento muscular); ex – 
cirurgia oncológica, plástica, transplante 
pulmonar e abdominal = 3 a 4 h de duração se 
não fizer uso do cateter 
OBS – na anestesia epidural nem sempre há o bloqueio 
motor, as vezes o paciente fica mexendo os pés, ou 
para e logo volta a mexer (depende da dose); o que 
difere da raqui, que o paciente perde a movimentação 
dos membros inferiores 
➵ Na sua administração, usa uma seringa de vidro 
para se observar a perda de resistência; Quando ocorre 
a perda da resistência, está no local certo (o ar vai 
passar para o espaço). Quando chega ao local, retira a 
seringa de vidro e aplica-se o anestésico 
 
 
 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
➵ Posicionamento 
 
 
➵ Complicações 
 Referentes aos AL 
* Toxicidade sistêmica (injeção IV ou 
absorção) 
* Alergia 
 Referente à Técnica 
* Punção inadvertida da dura-mater 
 Raquianestesia total 
 Cefaléia pós-punção da dura-
máter 
* Hipotensão arterial 
* Náuseas e vômitos – principalmente 
devido ao bloqueio torácico 
* Depressão respiratória 
* Infecção 
* Hematoma e abscesso peridurais 
* Síndrome neurológica transitória – 
formigamentos e parestesias nos 
membros (o efeito da anestesia dura 
mais do que o normal) 
 
Raquianestesia 
➵ Anestesia que resulta da administração de 
anestésico local no espaço subaracnóide 
➵ Bloqueio reversível das raízes anteriores e 
posteriores, gânglios das raízes posteriores e de partes 
da medula 
➵ Perda da atividade autônoma, sensitiva e motora 
➵ Indicações – cirurgias do abdômen e MMII, inclusive 
obstétricas (não causa alterações no feto) 
➵ Pode ser classificada em 
 Simples – usa somente uma dose 
 Contínua – o paciente fica com um cateter 
(não usa mais na prática pois os cateteres são 
caros e não tão bem empregados) 
 Combinada – raquianestesia + geral = 
geralmente em procedimentos oncológicos 
abdominais ex, câncer de intestino = Duração 3 
a 4 horas (devido ao não uso do cateter, após 
esse tempo perde-se o efeito do raqui) 
OBS – A diferença entre a combinada da raqui e da 
epidural é que na raqui tem mais bloqueio motor, 
enquanto a epidural não da tanto bloqueio motor 
OBS – Em acesso venoso só vai a sedação, não vai o 
anestésico 
➵ Na sua administração, não usa a seringa de perda 
de resistência, usa só a agulha; Sabe-se que está no 
local adequado quando começa a sair o liquor 
➵ É aplicada na região lombar – abaixo de L2 
 
Os melhores locais para aplicação da raquianestesia é entre L3-L4, 
L4-L5, pois assim evita-se que atinja a medula 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
➵ Contra-Indicações Absolutas 
 Recusa do paciente 
 Infecção no local da punção 
 Alergia aos anestésicos locais 
 Hipovolemia e choque circulatório 
 Heparinização plena com coagulograma 
alterado – tem que esperar de 12 a 24h para 
poder fazer a anestesia com segurança 
➵ Contra-Indicações Relativas 
 Deformidade da coluna vertebral 
 Cirurgia prévia da coluna vertebral 
 Infecção generalizada com bacteremia 
 Hipertensão intracraniana – tem que ver se ele 
está bem, orientado 
 Coagulopatias 
 Doença neurológica medular – ex. paciente 
paraplégico 
Efeitos Fisiológicos dos B. Espinhais 
 
VRE – Volume de Reserva Expiratório (mais comum na 
peridural torácica) 
OBS – São para as duas anestesias, mas são mais 
propensos na raquianestesia 
OBS – Na região torácica há fibras cardioaceleradoras 
que são responsáveis pelo controle da frequência 
cardíaca, ai quando elas são inibidas diminuem sua 
atuação, por isso a diminuição da frequência cardíaca 
OBS – Raqui pode causar apneia, por conta de isquemia 
bulbar 
Fatores que regulam 
➵ O nível do Bloqueio Peridural: 
 Volume e concentração do Anestésico Local 
(massa) 
 Local da punção 
 Idade – pacientes mais idosos tem nível de 
bloqueio maior (usar doses menores) 
 Capacidade do espaço peridural – por isso 
pode fazer uma torácica e outra na região 
lombrar 
 Obesidade (precisa de mais anestésico), 
gravidez (aumenta a vascularização ao redor 
do espaço e menor quantidade de anestésico) 
e idoso (menos anestésico) 
➵ O tempo da analgesia do Bloqueio Peridural 
 Dose AL – quanto maior a dose, maior o efeito 
 Uso da adrenalina (lidocaína) 
 Propriedades dos AL (afinidade protéica) – 
quem tem maior afinidade proteica, atua por 
mais tempo 
* Por isso a lidocaína é utilizada para 
procedimentos mais curtos, enquanto 
bupivacaína é utilizada para 
procedimentos mais longos 
➵ O nível da Raquianestesia 
 Baricidade da solução – densidade do 
anestésico comparado a densidade do liquido 
cefalorraquidiano 
* Hiperbárico – Densidade do anestésico 
é maior; vai fazer com que o 
anestésico se propague mais; um 
anestésico aplicado por raquianestesia 
(região lombar) vai conseguir chegar 
na região torácica; ex cirurgia de 
retirada da vesícula 
* Isobárico – Densidades iguais; o 
anestésico se concentra mais em uma 
região; se propaga menos; não vai 
atingir a região torácica, ex. cirurgia 
ortopédica 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
 Volume e concentração do Al (massa) – 
quanto maior o volume, maior a propagação 
 Barbotagem – aspirar o LCR (0,5 ml) e 
misturar com o anestésico, para ser injetado, 
fazendo com que o anestésico tenha um feito 
mais prolongado; ex. cirurgia de retirada de 
vesícula aberta 
 Velocidade da injeção – se injetar maisrápido, 
se propaga mais; quanto mais rápido, mais alto 
o nível da anestesia; se aplicar mais devagar, 
mais localizado 
 Local da punção – quanto mais alto o local da 
punção, melhor a propagação do anestésico 
 Idade – pacientes idosos absorvem mais o 
anestésico 
 Altura – Se usado a mesma dose, mesmo 
anestésico e se aplicado na mesma altura, em 
pacientes com alturas diferentes, o bloqueio se 
extende mais em um paciente menor se 
comparado a um paciente mais alto. 
➵ O tempo da analgesia na Raquianestesia 
 Dose AL 
 Propriedades dos AL – afinidade proteica = 
bupivacaína fica mais tempo, pois tem mais 
afinidade proteica (maior bloqueio do impulso 
nervoso) 
Complicações do Bloqueios Espinhais 
➵ Peridural 
 Raqui total – nesse caso houve acidentalmente 
a perfuração da meninge aracnoide e o 
anestésico vai para o espaço subaracnóide, e 
como a dose do anestésico é muito alta, vai 
fazer com que o paciente tenha uma raqui total 
(relaxamento de todo o corpo), sendo 
necessário ser intubado para ter uma 
oxigenação adequada 
OBS – dose adequada é de 2/3mg por kg de 
peso 
 Absorção sistêmica – em doses altas pode 
causa intoxicação 
 Hipotensão – devido as fibras 
cardioaceleradoras 
 Convulsão – intoxicação por anestésico 
 Hematoma (por ser um espaço muito 
vascularizado) e abscessos peridurais 
 Quebra de cateter 
 Sequelas neurológicas – possíveis lesões das 
fibras nervosas; ex. parestesias dos membros 
inferiores (acontece quando usa doses muito 
altas) 
 Depressão respiratória – devido ao emprego 
de agente opióides, ex. morfina 
 Lombalgia – acontece devido a agulha da 
peridural; geralmente dura poucos dias; não é 
crônica 
OBS – Só da dor de cabeça na peridural se atingir a 
dura mater e ficar vazando o liquor 
➵ Raquianestesia 
 
 Hipotensão 
 Cefaléia – em casos que atinge a dura mater e 
fica vazando liquor; pode fazer tratamento 
clínico de 5 a 7 dias; em casos que duram mais 
de uma semana, tem que realizar uma nova 
punção, onde será injetado sangue, para esse 
sangue coagular e tampar o orifício por onde 
estava saindo o liquor 
 Bradicardia – decorrente das fibras 
cardioaceleradoras do coração que são 
bloqueadas; Casos de bradicardia na cirurgia, faz 
Atropina e a FC volta a faixa do normal 
 Comprometimento respiratório 
 Náuseas e vômitos 
 Alterações de nervos cranianos – ex, diplopia 
 Punção lombar traumática – quando vem 
sangue em vez do liquor (tem que puncionar 
em outro local) 
 Meningite – em casos que não há uma 
assepsia adequada 
 
 
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis 
 
Anestesia Locorregional 
➵ Anestesia Tópica 
 Indicações ideais: 
* Mucosas – trato respiratório superior, 
conjuntiva, ouvido, ânus, trato 
geniturinário 
 Outros (menos eficaz) – crioterapia, raspagens, 
curetagem de moluscos contagioso, punções 
 Drogas utilizadas agentes – lidocaína, prilocaína 
 Apresentações – gel, spray, pomada, solução 
➵ Anestesia Infiltrativa 
 Também chamada de anestésico local 
 Indicações ideais – pequenos procedimentos 
cirúrgicos mais superficiais de pele, tecido 
celular subcutâneo e mucosas 
* Exérese de verrugas, cistos de 
retenção, nevos, etc 
 Drogas utilizadas Agentes – lidocaína, 
bupivacaína 
 Apresentações: Solução – associada ou não a 
vasoconstrictores (nas extremidades é 
contraindicado o uso de adrenalina, pois pode 
causar necrose) 
 Técnica 
* Antissepsia 
* Colocação de campo cirúrgico estéril 
* Botão anestésico próximo a lesão 
(com agulha fina) 
* Infiltração de anestésico sob a lesão 
➵ Bloqueios Locorregionais 
 Objetivo – Anestesia uma região delimitada por 
um plexo ou nervo específico 
 Exemplos – bloqueio do plexo braquial, plexo 
cervical, plexo lombossacral 
 Indicações 
* Cuidados de pacientes queimados 
* Redução de fraturas e luxações 
* Remoção de corpos estranhos 
* Incisão e drenagem de abscessos 
* No controle da dor 
 Contra-indicações absolutas 
* Recusa do paciente 
* Infecção no local da punção 
* Alergia aos anestésicos locais 
 Contra-indicações relativas 
* Discrasias sanguíneas ou coagulopatias 
* Sangramento de difícil controle 
* Presença de dano neurológico 
preexistente 
 
➵ Anestésicos Locais e suas doses máximas 
Anestésicos SEM Adrenalina COM Adrenalina 
Clorprocaína 11 mg/kg 14 mg/kg 
Lidocaína 5 mg/kg 7 mg/kg 
Mepivacaína 5 mg/kg 7-9 mg/kg 
Bupivacaína 3 mg/kg 3 mg/kg 
Levobupivacaína 3 mg/kg 3 mg/kg 
Ropivacaína 3 mg/kg 3 mg/kg