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CONSENTIMENTO INFORMADO 24

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CONSENTIMENTO INFORMADO 24/08/2021
Introdução: Medicina, em qualquer época e em qualquer lugar, será conduzida pelos caminhos da honradez e da retidão e do respeito à dignidade humana.
Por maior que seja o estágio de desenvolvimento da Ciência Médica, não poderá ela prescindir dos requisitos da ética e da moral, próprios e inseparáveis do seu exercício.
O Pensamento Hipocrático 
Hipócrates nasceu na Ilha de Cós, 400 AC e morreu aos 104 anos
A doença era um processo natural e não uma encenação de magia e recebia influência
climática, ambiental, dietética e gênero de vida
“O organismo tem seu próprio meio de recuperar-se; a saúde é o resultado da harmonia e simpatia
mútua entre todos os humores; um homem saudável é aquele que possui um estado mental e físico em perfeito equilíbrio.”
-Ele conduzia a Medicina dentro de um alto conteúdo ético.
O diagnóstico não era uma inspiração divina mas sim, um juízo sereno e um processo lógico que se baseava na observação dos sinais e sintomas
Morte da Medicina mágica e nascimento de Medicina clínica fazendo com que o médico se
voltasse para o doente e não para os deuses
Interviu em fases mais precoces das enfermidades, postulou o valor do exame minucioso,
descreveu alteração do pulso e temperatura e relatou ruídos auscultados nos derrames pleurais
O pensamento do mestre de Cós está condensado nos seguintes pontos:
-no agradecimento aos mestres pelos ensinamentos recebidos e constituir com eles e os seus uma família intelectual;
-na moralidade e em uma vida profissional irretocável; no respeito ao segredo médico;
-no benefício incondicional ao paciente, como polo principal do exercício médico;
-na concepção da Medicina como uma arte de observação cuidadosa e como ciência da natureza;
-na libertação da Medicina das mãos dos bruxos e sacerdotes.
Mesmo mais modernamente, nos famosos acordos internacionais, tais como no Código de
Nuremberg, na Declaração de Helsinque, na Declaração de Genebra e no Código Internacional de Ética Médica, ou nos Códigos nacionais e aceitos pelos diversos países, paira sobre eles a mística do pensamento hipocrático.
Consentimento informado 
O consentimento informado é um elemento necessário ao atual exercício da medicina, como um direito do cidadão e um dever moral e legal do médico.
O consentimento informado do paciente é um pré-requisito para qualquer intervenção médica e não precisa ser explícito.
-Para os tratamentos de emergência, presume-se normalmente o consentimento. Para as intervenções de rotina e com pouca probabilidade de causar lesões (p. ex., flebotomia de rotina, posicionamento de via intravenosa),
considera-se que as circunstâncias impliquem em consentimento.
-Por exemplo, ao expor seu braço, o paciente manifesta consentimento para receber certa intervenção.
-Para procedimentos mais invasivos ou com mais riscos, sempre é necessário expressar o consentimento informado.
Para fornecer o consentimento informado, o paciente deve ter capacidade legal e clínica.
-Os agentes de saúde que obtêm o consentimento informado devem ser qualificados para explicar os riscos e benefícios da intervenção e responder às questões apropriadas.
-A lei exige que os agentes de saúde tomem as medidas adequadas ao se comunicarem com
pacientes que não falam português ou que apresentam outras barreiras de comunicação.
As autoridades éticas e legais geralmente concordam que os agentes de saúde devem assegurar, no mínimo, que o paciente entenda:
1. Seu estado médico atual, incluindo a evolução provável, caso não se faça o tratamento
2. Os tratamentos potencialmente úteis, incluindo a descrição e a explicação dos riscos e benefícios potenciais
3. A opinião do agente de saúde sobre a melhor alternativa
4. As incertezas associadas a cada um desses elementos também devem ser discutidas
Princípio do CONSENTIMENTO INFORMADO constitui direito do paciente de participar de toda e qualquer decisão sobre tratamento que possa afetar sua integridade psicofísica e o dever do médico alertar sobre os riscos e benefícios das terapêuticas envolvidas.
O consentimento informado somente se efetivará com informações precisas e claras, assim de nada adianta o profissional usar termos técnicos se o paciente não puder se orientar de acordo com elas, pois a principal importância da informação é munir o paciente de elementos básicos à sua decisão.
O médico deve ser pontual, escolhendo quais informações são importantes para a decisão do paciente, não devendo se ater mais aos benefícios do que aos riscos, sob pena de responder por omissão de dado relevante.
MEDICINA X DIREITO
O direito à informação na prestação de serviços está garantido no artigo 6º do Código de Defesa
do Consumidor , a seguir:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: III - a informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços , com especificação correta de quantidade, características, composição,
qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem
É o documento assinado pelo paciente ou responsável, consentindo ao médico a realização de determinado procedimento diagnóstico ou terapêutico, após haver recebido informações
indispensáveis sobre a sua execução.
Tem como finalidade garantir a autonomia de vontade do paciente e delimitar a responsabilidade do médico que realiza o procedimento, cumprindo desta forma, o seu dever de bem informar.
A grande mudança cultural ocorrida nas últimas décadas, no entanto, e os enormes avanços tecnológicos da Medicina, que em muito beneficiou o ser humano, tornou esta ciência mais invasiva, portanto, sujeita a maiores
riscos, tornando necessária uma maior participação dos pacientes nas decisões a serem tomadas com relação aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
Segundo entendimento do Conselho Federal de Medicina, o TCI deve conter:
-Identificação do paciente ou de seu responsável;
-Nome do procedimento;
-Descrição técnica (em termos leigos e claros);
-Possíveis insucessos;
-Complicações pré, per e pós procedimento;
-Descrição do procedimento anestésico (caso necessário);
-Explicação quanto à possibilidade de modificação de conduta durante o procedimento;
Segundo entendimento do Conselho Federal de Medicina, o TCI deve conter:
-Declaração de que as explicações foram efetivamente entendidas;
-Confirmação de autorização, com local e data da realização do procedimento;
-Modelo para revogação do procedimento;
-Assinatura de testemunhas.
Portanto, este documento deveria ter como objetivo garantir a autonomia de vontade do paciente e delimitar a responsabilidade do médico que realiza o procedimento (dever de informação).
CASO 1
Um paciente, por exemplo, que por motivos religiosos, não aceita a transfusão de sangue durante uma operação, tem sua vontade e autonomia expressa neste documento, e o médico sua responsabilidade delimitada.
Isto certamente, evitaria os confrontos entre médicos e pacientes que por não aceitarem a transfusão sanguínea, são com frequência discriminados e recusados em atendimento médico invasivo.
CASO 2
Paciente vai sofrer um procedimento invasivo, com risco grande de sequelas ou mutilações ou mesmo desconforto e sofrimento. Por exemplo, um paciente que será submetido a uma operação neurológica com grande risco de sequela. Um TCI obtido após amplo esclarecimento verbal, é importante para trazer alguma proteção ao profissional que executa o procedimento.
CASO 3
Paciente que será submetido ao tratamento cirúrgico de um tumor maligno de tíbia, deverá ser orientado quanto às possibilidades da recidiva e de eventuais complicações tardias do uso das próteses.
O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Com a entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, a prestação de serviços médicos passou a ser entendida como uma relação de consumo e, por esta razão, o profissional médico passa a ser definido pelo conceito de prestador de serviços, sujeito às disposições contidas no referido código.
E o Código de Defesa do Consumidor, em seus artigos 6º, 31 e 39, traz expressamente o dever de informação pelo fornecedor:Artigo 6º - São direitos básicos do consumidor:
Parágrafo III - Informação adequada e clara sobre diferentes produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Artigo 31 - A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Artigo 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:
-Parágrafo VI - Executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes.
-Como se vê, o Código de Defesa do Consumidor estatui várias determinações relativas ao fornecimento de informação completa e clara pelo fornecedor do serviço ou do bem e sobre a autorização expressa do consumidor para a execução de um serviço.
O NOVO CÓDIGO CIVIL
-"Os direitos de personalidade são decorrências lógicas da proteção à pessoa, podendo ser natos ou adquiridos.
-A autonomia, disposição sobre o próprio corpo, deriva do direito nato à integridade física do indivíduo“.
-O Novo Código Civil6, em seus artigos 13 e 15, determina o princípio da autonomia e da disposição sobre o próprio corpo:
-Artigo 13 - Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
O NOVO CÓDIGO CIVIL
Artigo 15 - Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção
cirúrgica.
-A Ementa abaixo traduz o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
-"Responsabilidade civil. Médico. Consentimento informado.
-A despreocupação do facultativo em obter do paciente seu consentimento informado pode significar, nos casos mais
graves, negligência no exercício profissional.
O CÓDIGO PENAL
-Em seu artigo 146, parágrafo 3º, o Código Penal Brasileiro só isenta do uso do Consentimento Informado os casos de iminente risco de vida.
-Artigo 13 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.
-Parágrafo 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida.
-Observa-se, portanto, a gravidade da não utilização deste documento, e as consequências da sua inobservância,
que ultrapassam o universo profissional, atingindo não só a sua reputação e o patrimônio, mas também a esfera
pessoal e individual, através da possibilidade de uma imputação criminal.
O CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
-Na esfera ética, igualmente está disposto acerca do dever do profissional médico em informar seus pacientes sobre os benefícios, consequências e riscos inerentes à escolha de submeter-se ou não a determinada terapêutica, assim como, sobre o dever de informar-lhe acerca de alternativas ao procedimento sugerido.
-Artigo 46 - Efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e consentimento prévio do paciente ou de seu responsável legal, salvo iminente perigo de vida.
-Artigo 56 - Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente perigo de vida.
-Artigo 59 - Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e objetivos de tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo neste caso a comunicação ser feita ao seu responsável.
-O próprio Conselho Federal de Medicina tem várias resoluções no sentido de resguardar os direitos do paciente à informação e dos deveres do médico quanto a obter o consentimento prévio:
-"Infração aos artigos 46 e 59 do CFM: efetuar procedimento médico sem esclarecimento e consentimento do paciente
- deixar de informar ao paciente os riscos e objetivos do tratamento.
i - alterar procedimento anteriormente planejado, quando não caracteriza emergência médica, sem o devido esclarecimento do paciente ou responsável legal, constitui ilícito ético"
Se o documento foi exigido como condição imposta para o internamento, em uma hora tão grave e desesperada, até que se prove o contrário, isso é uma forma indisfarçável de coação.
O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade edignidade”.
À família cabe tão somente o apoio.
Todos têm o direito de exercer sua capacidade civil.
Sua incapacidade só pode ser determinada por meio de um processo legal subsidiado por
laudo médico especializado.
O Consentimento do Paciente 
Os portadores de transtornos mentais, mesmo legalmente incapazes, não devem
ser declarados isentos de sua condição de decidir.
Registre-se ainda que o primeiro consentimento (consentimento primário) não exclui a necessidade de consentimentos secundários ou continuados.
Desse modo, por exemplo, um paciente que permite seu internamento em um
hospital não está com isso autorizando o uso de qualquer meio de tratamento ou de qualquer conduta.
As informações devem ser corretas, honestas, compreensíveis e legitimamente aproximadas
da verdade que se quer informar. O consentimento presumido é discutível.
Se o paciente não pode falar por si ou é incapaz de entender o ato que se vai executar, estará o médico obrigado a conseguir o consentimento de seus responsáveis legais (consentimento substituto).
Saber também o que é representante legal, pois nem toda espécie de parentesco qualifica um indivíduo como tal ( cônjuge, pai, mãe, tutor).
A conduta profissional necessita de uma autorização prévia ou do paciente ou do responsável legal. Isso atende ao princípio da autonomia ou da liberdade, em que todo indivíduo tem por consagrado o direito de ser autor do seu próprio destino e de optar pelo rumo que quer dar a sua vida.
Desse modo, a ausência desse requisito pode caracterizar infrações aos ditames da Ética
Médica, a não ser em delicadas situações confirmadas por iminente perigo de vida. Atenta
ainda contra o artigo 15 do Código Civil que estabelece: “Ninguém pode ser constrangido a
submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.”
Além disso, exige-se não só o consentimento puro e simples, mas o consentimento livre e
esclarecido ( princípio da informação adequada)
Sempre que houver mudanças significativas nos procedimentos terapêuticos, deve-se
obter o consentimento continuado (princípio da temporalidade), porque ele foi dado em relação a determinadas circunstâncias de tempo e de situações.
Admite-se também que, em qualquer momento da relação profissional, o paciente tem
o direito de não mais consentir uma determinada prática ou conduta, mesmo já consentida por escrito, revogando assim a permissão outorgada (princípio da revogabilidade).
O Consentimento do Paciente 
Em situações de salvamento da vida onde o tratamento é indispensável e inadiável,
estando o próprio interesse do doente em jogo, deve o médico realizar, com meios moderados, aquilo que aconselha sua consciência e o que é melhor para o paciente (princípio da beneficência).
Por outro lado, quando o paciente autoriza determinados atos médicos polêmicos
ou ilícitos e o profissional não atende, como no caso da esterilização sem indicação
médica, essa recusa tem por finalidade não causar danos ou prejuízos desnecessários (princípio da nãomaleficência).
Finalmente, entender que mesmo o médico, tendo um termo escrito de consentimento do
paciente, isto, por si só, não o exime de responsabilidade se provada a culpa e o dano em
determinado ato profissional.
O “consentimento livre e esclarecido”, não isenta o profissional de possíveis culpas.
Princípios Bioéticos 
Bioética: tem caráter transdisciplinar, focalizada na vida humana, ligada aos
avanços tecnológicos, das ciências biomédicas, e do cuidado à saúde de todos que necessitam, independente da condição social
Princípio da beneficência e não maleficência
Princípio da Autonomia e o Consentimento Livre e Esclarecido
Princípio da Justiça
PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA E NÃO- MALEFICÊNCIA
Beneficência = bem
Regra norteadora é o bem do paciente, seu bem – estar e seus interesses de acordo com os critérios médicos, odontológicos, psicológicos e de enfermagem
Beneficência: não causar danos e de maximizar o número de possíveis benefícios, minimizando os prejuízos.
Tratamento paliativo – quando e como dizer a verdade?
Risco > que benefício : até onde ir??????
Princípio da Beneficência e não-maleficência 
Princípio de não causar dano, muitas vezes indica abstenção, enquanto a beneficência indica ação
Amputação????
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA e o CONSENTIMENTO LIVRE e ESCLARECIDO
Tomada de decisão no que se refere a procedimentos diagnósticos e terapêuticos a serem adotados
-Autonomia : “auto” – próprio e “nomos” – lei, regra, norma
Significa autodeterminação.
-Refere-se à capacidade do ser humano decidir o que é “bom” ou o que é o seu “bem- estar”
No caso de autonomia reduzida, cabe a terceiros, familiares ou profissionais da saúde, decidirem pela pessoa não-autônoma
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA e o CONSENTIMENTO LIVRE e ESCLARECIDO
-Cabe ao indivíduo deliberar e tomar decisões segundo seu plano de vida e ação, religião,
aspiração e valores próprios, mesmo que divergentes da sociedade ou dos profissionais da saúde.
-Cabe a pessoa autônoma, o direito de “não ser informada”
Um adulto é competente até que o Poder Judiciário o considerar incompetente restrinja os seus direitos civis
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA e o CONSENTIMENTO LIVRE e ESCLARECIDO
O médico não pode revelar o segredo de um adolescente menor de idade a não ser que a não revelação possa ocasionar danos a sí próprio
Em situação de emergência, o médico assume o papel de protetor natural do paciente com ações
em favor da vida e da saúde
A autonomia do paciente pode não ser um direito moral absoluto quando se confronta com a opinião do profissional de saúde: eutanásia, aborto....
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA e o CONSENTIMENTO LIVRE e ESCLARECIDO
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
A pessoa autônoma tem o direito de consentir ou recusar propostas de caráter preventivo, diagnóstico ou terapêutico que afetem ou venham a afetar sua integridade físico-psíquica ou social
1- ser feito em linguagem acessível
2- conter:
a.Procedimentos ou terapias a serem utilizadas e os objetivos
b.Desconfortos e riscos possíveis e benefícios esperados
c.Métodos alternativos existentes
d.Liberdade do paciente recusar ou retirar o consentimento sem penalidades e/ou prejuízo a sua assistência e.Assinatura do paciente ou do representante legal
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
O ser humano deve ter dignidade e não preço
A saúde é mediada pelas leis de mercado, onde os detentores dos recursos econômicos compram a melhor assistência médica a qualquer preço
 x
Saúde oferecida a todos como um direito universal
Saúde dos três “i “ : ineficiente, iníqua e injusta
A velha e a nova ética médica 
No passado, cortesia e caridade prevaleciam e o médico deveria provar que era um homem bom.
-A partir do século XV surgiu uma idéia mais precisa de uma deontologia (deveres e obrigações) médica orientada no sentido coletivo e social, sem no entanto se desvincular da
fonte hipocrática.
Ocorreram mudanças drásticas ao longo dos anos.
Médico de família cedeu lugar para o especialista, o médico de “cabeceira” cedeu lugar para o médico de plantão
A ética médica de hoje 
A ética do médico, principalmente nestes últimos trinta anos, vem assumindo dimensões políticas, morais, sociais e econômicas bem distintas das de antigamente. Muitos acreditam que os movimentos sociais tiveram certa influência nessa mudança, quando encamparam algumas posições em favor do aborto, da eutanásia e da reprodução assistida.
O conhecimento médico foi invadido por uma enorme avalanche de dilemas éticos e morais
advindos da biotecnologia.
-Era difícil não aceitar os formidáveis acenos das técnicas modernas capazes de favorecer o
transplante de órgãos, a reprodução assistida e a terapia gênica.
-Por outro lado, a sociedade tornava-se mais e mais permissiva a certos modelos que se
incorporavam aos seus costumes e necessidades.
O progresso assombroso das ciências genéticas, por exemplo, cria a possibilidade de selecionar
o tipo de homem que desejamos.
-O eugenismo moderno já existe, se não como uma ideologia coletiva, mas como legitimação
de um eugenismo familiar quando se apregoa, por exemplo, o aborto dito eugenésico.
-Profissionais da saúde podem se afastar da ciência e da arte da Medicina
O próximo passo
Levar em conta a Medicina preventiva que se caracteriza por práticas cuja proposta é antever o surgimento de doenças como sequência de uma predisposição individual, tendo como meta a recomendação da melhor forma de preveni-las ou remediá-las.
Se essas oportunidades diagnosticas forem no sentido de beneficiar o indivíduo, não há o que censurar.
Um dos grandes desafios do futuro será a capacidade de se conhecer, através do modelo preditivo, certas informações advindas da sequência do genoma onde a capacidade de prevenir, tratar e curar doenças poderá se transformar em uma proposta de discriminar pessoas portadoras de certas doenças ou debilidades.
É preciso que se encontre um modelo racional no qual as coisas se equilibrem: de um lado, o interesse da ciência e, de outro, o respeito à dignidade humana.
Sempre que houver um conflito entre um interesse público e um interesse privado,
deve-se agir com prudência e ponderação, tendo em conta sempre a possibilidade do uso de medidas menos graves.
Deve-se entender, portanto, que existem limites na intromissão da intimidade individual.

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