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Semiologia respiratória e cardiovascular

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+ Anamnese do aparelho respiratório: dor torácica > parede torácica (localizada com precisão pelo paciente) > pleura (dor aguda, de
forte intensidade, do tipo pontada > localizada com precisão > aumenta com a tosse e com movimentos respiratórios -respiração superficial nas
dores intensas- > alivia com decúbito sobre lado afetado > mecanismo da dor é irritação da pleura parietal); tosse > naturezas inflamatória
(hiperemia, edema e secreções), mecânica (poeira e corpo estranho), química (gases irritantes) e térmica (frio ou calor excessivo) >
características semiológicas (frequência, intensidade, presença ou não de expectoração, relação com o decúbito, período em que predomina
e evolução) > tosse quintosa/coqueluchoide (surge em acessos > frequentemente de madrugada > intervalos curtos de acalmia > associada
a vômitos e sensação de asfixia > termina com um ruído aspirativo conhecido como guincho) > tosse seca ou improdutiva (sem
expectoração > origem fora da arvore brônquica, como faringe, os seios paranasais, palato mole etc > presença de corpo estranho > enfisema
pulmonar > embolia pulmonar, mas quando ocorre infarto, surge expectoração hemoptoica); expectoração > consequência da tosse produtiva
> características semiológicas são volume (grande ou pequeno > vômica quando coleções líquidas se abrem em um brônquio ou traqueia
com eliminação através da glote de grande quantidade de pus ou de líquido de aspecto mucoide ou seroso), cor (edema agudo de pulmão
-róseo- > infecções -amarelado- > abcessos amebianos -achocolatado-), odor, transparência e consistência; hemoptise > eliminação
através da tosse de sangue proveniente da traqueia, brônquios e pulmões (árvore respiratória inferior), sangue vivo e espumoso, pode ter dor
pleurítica > falsa hemoptise (sangramento proveniente do nariz -epistaxe-, da boca ou da orofaringe); hematêmese > vômito com sangue,
precedido de náuseas em vez de tosse, pode conter resíduos alimentares, geralmente com cor escura, melena; dispnéia > dificuldade para
respirar, podendo o paciente ter ou não consciência disso > subjetiva (só percebida pelo paciente > sintoma) ou objetiva (evidente ao exame
físico > sinal) > características semiológicas (início, quando surge, evolução, fator de melhora e relação com o esforço) > dispneia de
esforço (grande, médios e pequenos) > dispnéia de repouso > ortopneia (impede o paciente de ficar deitado e o obrigada a sentar-se ou a
ficar de pé para obter algum alívio) > dispnéia paroxística noturna > trepopneia (aparece em decúbito lateral > ocorre em pacientes com
DP) > platipneia (aparece na posição sentada, alivia com o decúbito); chieira ou sibilância > ruído predominante na fase expiratória, quase
sempre acompanhado de dispnéia > timbre elevado e tom musical > resulta da redução do calibre da arvore brônquica devido a espasmo
(broncoespasmo) ou edema de parede > sibilos localizados ou unilaterais, persistentes (tumor ou corpo estranho ocluindo um brônquio);
cornagem > dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe > manifesta-se por um ruído
(estridor) muito forte; tiragem > aumento da retração que os espaços intercostais apresentam durante a inspiração > mais visível em pessoas
magras e em crianças
+ Exame físico do tórax: inspeção estática > forma do tórax (tórax chato, tórax em tonel ou em barril, tórax infundibuliforme,
tórax cariniforme -peito de pombo-, torax em sino ou piriforme, tórax cifótico, tórax escoliótico, tórax cifoescoliótico) >
presença de abaulamentos ou depressões (sulcos de Harrison -passagem 12ª costela p/ abdomen- e rosário raquítico -deformações
nas costelas-); inspeção dinâmica > tipo de respiração (costal superior -mulheres, usam os mm escaleno e esternocleidomastóideo- ou
toracoabdominal -homens e crianças, usa-se o diafragma- > na posição deitada, em ambos os sexos, a respiração predominante é
diafragmática) > ritmo respiratório (observar por cerca de 2 minutos a sequência, forma, e amplitude dos movimentos respiratórios > o
ritmo respiratório não sendo normal, pode ser classificado em respiração dispnéica, platipneica -dificuldade de respirar em posição ereta-,
ortopneica -dificuldade mesmo em posição deitada-, trepopneia -melhora em decúbito lateral-, respiração de Cheyne-Stokes
-inspirações profundas até atingir-se uma amplitude máxima → diminuição → apnéia-, respiração de Biot -períodos de apneia que
interrompem as incursões respiratórias, além da existência de variação na amplitude-, respiração de Kussmaul -amplas e rápidas
inspirações interrompidas por apneia, lembra um peixe fora d’água- e respiração suspirosa) > frequência respiratória (16 a 20 IRM em
adultos > 40 a 45 IRM em recém nascidos > deve ser contado durante 1 minuto > bradipneia, eupneia, taquipneia, apneia) > amplitude
respiratória (respiração superficial ou profunda) > tiragem (depressão entre os espaços intercostais > presença de um obstáculo na via
respiratória, impedindo ou dificultando a penetração do ar > hemitórax/unilateral quando há oclusão de um brônquio principal > bilateral
quando o obstáculo está acima da bifurcação traqueal) > expansibilidade; palpação > expansibilidade (no ápice, formar um ângulo
quase reto na região do ápice do pulmão → solicitar ao paciente que inspire profundamente → nos resultados pode ocorrer diminuição ou
ausência da mobilidade de um dos dois ápices > na base, mesmo procedimento aprox. na 9ª ou 10 ª vértebra torácica > a diminuição da
expansibilidade pode ser unilateral ou bilateral) > frêmito toracovocal (solicita-se ao paciente que fale “33” toda vez que a mão do
examinador repousar sobre o tórax > é mais fraco em mulher pelo timbre de voz > maior nitidez no ápice direito e na região
interescapulovertebral direita (menor comprimento do brônquio direito → vibração chega ao tórax com mais facilidade) > palpação dos
linfonodos axilares e supraclaviculares; percussão > deve ser iniciada pela face anterior, de cima para baixo (ora de um lado, ora de
outro, em pontos simétricos), passa-se a regiões laterais e por fim a região posterior (paciente deve abraçar seu próprio corpo com braços p/
frente) > som claro pulmonar (áreas de projeção do pulmão), hipersonoridade pulmonar (indica patologia > som mais alto e mais claro
> não confundir com som timpânico > indicativo de aumento de ar nos alvéolos -ex, enfisemapulmonar causa mais comum-), timpanismo (ar
aprisionado no espaço pleural -pneumotórax-, em uma grande cavidade intrapulmonar -caverna tuberculosa- ou área de projeção do
estômago -espaço de Traube- > semiotécnica, na face anterior do hemitórax esquerdo, seguir linhas paralelas desde a borda esternal esquerda
até a linha axilar anterior -semelhante ao processo realizado com o coração-), submacicez (ambos indicam diminuição de ar nos alvéolos,
acompanhando aumento de resistência, como em derrames, tuberculose, pneumonia, infarto, neoplasia) e macicez > macicez está para maior
resistência, assim como hipersonoridade e timpanismo estão para menor resistência > força do golpe deve ser a mesma quando se percutem
regiões simétricas, entretanto, para áreas diferentes, o golpe deve ter diferentes intensidades > transições de sons ocorrem na área de
projeção do coração, fígado e baço (fígado, se percutirmos do lado direito, na linha hemiclavicular, aprox. a nível do 4º EIC, o som torna-se
submaciço, já a partir do 5º ou 6º EIC, o som é maciço > coração, é possível perceber a macicez cardíaca, percutindo, primeiro junto a borda
esternal esquerda, depois percorrendo linhas paralelas a borda esternal, até atingir a linha hemiclavicular esquerda, porém aprox. no 4° EIC é
submaciço > baço, com o paciente em decúbito lateral direito e com a mão esquerda na cabeça, é possível perceber a submacicez na face lateral
esquerda do tórax, aprox. no 11º EIC) > no restante do tórax o som é do tipo claro pulmonar, entretanto, não possuem a mesma intensidade, ou
seja, nas face anterior e nas faces laterais a sonoridadeé mais intensa do que na face posterior (no ápice direito, o som é um pouco mais claro do
que no esquerdo > nas bases o som é menos intenso do que no restante do tórax); ausculta > semiotécnica pede exposição total ou parcial do
tórax, paciente sentado ou decúbito dorsal e respiração profunda com lábios entrearbertos (torna sons mais intesnsos, assim como em crianças e
em pessoas magras, após esforço) > sons normais são o som traqueal (área de projeção da traquéia com E>I e intervalo silencioso),
respiração brônquica (área de projeção dos brônquios principais com I=E e intervalo silencioso), respiração broncovesicular
(esternal superior -1º e 2º EIC- e IEV D -3ª e 4ª vértebra torácica- com I=E e sem intervalo silencioso) e murmúrio/som vesicular
(maior parte do tórax, são as regiões periféricas dos pulmões com I>E e sem intervalo silencioso > o murmúrio vesicular não é igual em
toda parte que é auscultado) > sons anormais são descontínuos (estertores finos -crepitações, final da inspiração, modifica-se conforme
posição do paciente e predomina nas bases pulmonares- e estertores grossos -início da inspiração e toda expiração, altera-se com a tosse e
presete em todo a área do pulmão), contínuos (roncos -grave- e sibilos -agudo, expiração-, estridor -inspiração-) e de origem pleural
(atrito pleural > mais intenso na inspiração); ausculta da voz > paciente vai falando 33, enquanto o examinador percorre o tórax com o
receptor do estetoscópio, comparando regiões homólogas (como no frêmito toracovocal) > normal ouvir a ressonância vocal (incompreensível) >
anormal em casos de pectorilóquia fônica (ouve-se com nitidez a voz falada) > pectorilóquia afônica (ouve-se com nitidez a voz
cochichada) > egofonia (forma especial de broncofonia de qualidade anasalada e metálica > ocorre na parte superior dos derrames pleurais,
áreas de condensação ou cavidades)
+ Sinais e sintomas - cardiovascular: dor torácica > características semiológicas são fatores desencadeantes, localização, intensidade,
duração e qualidade (constrição, compressão, queimação, pontada, facada); dispneia (em repouso, paroxística noturna, aos esforços, ortopneia
-ICC, estenose mitral e DPOC-); palpitações ou batimentos irregulares; cansaço, fraqueza e fadiga > aos esforços e em repouso >
sintomas do baixo DC; cianose ou palidez > locais são pele e mucosa, lobo das orelhas, leito ungueal, lábios e língua > sintomas do baixo DC;
síncope > características semiológicas são início (gradual ou súbito), frequência e fatores desencadeantes (esforço, posição do corpo,
estímulo emocional ou dolorosos); tontura ou cefaleia; edema de MMII > começa nas extremidades > normalmente se desenvolve ao longo
do dia (vespertino) > generalizado (derrame pleural, pericárdico); dor em MMSS ou MMII > características semiológicas são
localização, início, intensidade, duração e características (formigamento, queimação,câibras); claudicação > intermitente ou contínua; tosse;
alterações de peso sem explicação; pele > fina e brilhante > diminuição da perfusão capilar periférica; dor isquêmica
miocárdica/angina > localização (retroesternal e precordial > atípico no epigástrio, dorso, região supraesternal e na mandíbula) >
irradiação (mais comum para a face interna do MSE > atípico irradia para o pavilhão auricular, mandíbula, nuca, região cervical, ombros,
MMSS, epigástrio e dorso) > qualidade (constrictiva > atípica em queimação, formigamento, facada ou desconforto) > intensidade (leve,
moderada ou intensa) > duração (angina instável -1 a 3 min- > angina estável -5 a 20 min- > IAM -mais de 20 min a hrs-) > fatores
agravantes (esforço físico, emoções, frio, refeições copiosas e taquicardia) > fatores atenuantes (repouso e nitratos) > sintomas
associados (náuseas, vômitos, sudorese, palidez, dispneia) > equivalente isquêmico (mulheres, idosos e diabéticos); dor pericárdica >
localização (precordial) > irradiação (dorso e pescoço) > qualidade (constrictiva, peso ou queimação) > duração (contínua) >
intensidade (intensa) > fatores agravantes (respiração, deglutição, decúbito dorsal e movimentação do tronco > diferentemente da dor da
angina, não se relaciona com exercício físico) > fatores atenuantes (flexão do tórax e atitude genupeitoral); dor da dissecção aórtica >
localização (retroesternal) > irradiação (região interescapulovertebral, pescoço, abdome e bacia) > qualidade (lancinante -em pontada-) >
intensidade (intensa e de início súbito); dor psicogênica > localização (região mamilar, a nível do ictus cordis) > duração (horas ou dias)
> fatores agravantes (emoções desagradáveis) > fatores atenuantes (exercício, tranquilizantes e placebo) > sintomas associados
(palpitações, parestesias e dispneia suspirosa) > acomete paciente ansioso, deprimido e com S. do pânico; edema agudo de pulmão (EAP) >
causado pela IVE aguda, pela emergência hipertensiva, pelo IAM ou pela obstrução da via de entrada do VE (como na estenose mitral) > gera
expectoração rósea ou branca e espumosa, dispneia intensa e cianose; edema > presente na IVD > sequência de evolução se não for controlado
(maléolos > pernas > coxas > derrame cavitário > face > anasarca) > é vespertino > em acamados, acomete as regiões glútea, sacral, perineal e a
parede abdominal > obs, IVD também gera ingurgitamento jugular, hepatomegalia e refluxo hepatojugular; sinais e sintomas do baixo DC >
insônia, irritabilidade, confusão mental, pré-síncope (lipotimia) e síncope > ocorre em arritmias com FC abaixo de 40 bpm ou acima de 180bpm,
na IVE aguda, na crise hipertensiva grave, na hipotensão postural e na estenose aórtica; isquemia arterial > formigamento, queimação, peso,
constricção, claudicação intermitente (sensação de cãibra nas pernas -panturrilhas- durante exercícios físicos devido à suprimento de oxigênio
diminuído) e câimbras > alivia na posição ortostática e piora com o decúbito (porque a gravidade ajuda o sangue a descer) > progride para dor
de repouso nos casos graves e deixa a pele fria > oclusões agudas (edema, bolhas e gangrena) e oclusões crônicas (pele fina, alopécia, unhas
quebradiças, ulceras dolorosas e de difícil cicatrização e gangrena); isquemia venosa > varizes podem ser assintomáticas ou podem causar
sensação de queimação, peso ou cansaço, formigamento e câimbras > sintomas pioram no período vespertino e melhoram com a deambulação e
com o repouso com pés elevados > origina edema vespertino, que melhora com o repouso e pode ser unilateral (mais comum) ou bilateral >
pode gerar celulite, hiperpigmentação cutânea ou eczema > diferente da isquemia arterial, a dor piora com as pernas pendentes e melhora com
as pernas elevadas; trombose venosa > dor na panturrilha ou coxa e edema ou empastamento de panturrilha > fatores de risco são história
recente de cirurgia, repouso prolongado no leito, ICC, AVE, uso de anticoncepcional, neoplasias e trombofilias > pacientes têm o sinal de
Homans (desconforto ou dor na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé); tromboembolismo pulmonar > 90% dos êmbolos se originam
em veias profundas dos MMII e, ao ocluírem a artéria pulmonar ou um de seus ramos, originam subitamente dispneia, dor pleurítica, tosse,
hemoptise, diaforese (transpiração excessiva) e hipertensão pulmonar com falência do VD; IVE > origina sintomas de baixo débito (insônia,
irritabilidade, lipotimia, síncope, hipotensão, extremidades frias, baixo fluxo renal e oligúria) e de congestão pulmonar (dispneia de esforço,
ortopneia, DPN, tosse seca ou hemoptoica e crepitações em bases pulmonares); IVD > os sinais e sintomas decorrem da retenção de fluidos >
turgência jugular, hepatomegalia dolorosa, edema de MMII, derrames cavitário;
+ Exame físico do precórdio: não se faz percussão > utiliza-se radiografia e ecocardiografia; inspeção e palpação > paciente em decúbito
dorsal (médico sentado ou em pé, sempre a direita do paciente) > inspeção frontal e tangencial > pesquisa de abaulamento/depressão na
região precordial (se presente pode indicar aneurismada aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica >
geralmente o abaulamento está relacionado ao VD, por este constituir a maior parte da face anterior do coração) > avaliação do Ictus
cordis/choque da ponta (descrever localização -geralmente 5º EIC E na linha hemiclavicular, nos brevilíneos desloca-se 2 cm para fora e
para cima, situando-se no 4º EI, já nos longilíneos no 5º EIC, 2 cm para dentro da LHC- > extensão -2 a 3 cm, tomar como base as polpas
digitais, 1 ou 2- > intensidade -tentar sentir com o paciente deitado, se não conseguir, pedir para que fique em DLE, pois essa posição desloca
o ictus para fora > na HVE, sente-se pontadas mais fortes- > mobilidade -deslocamento de 1 a 2 cm com a mudança para DLE e DLD- >
ritmo e frequência -são mais analisados na ausculta, entretanto, na palpação pode-se tirar informações úteis, como o Ritmo de galope) >
análise de batimentos ou movimentos visíveis/palpáveis (retração sistólica apical -durante a sístole, há uma retração do precórdio,
ao invés de um impulso, sendo indicativo de HCD- > levantamento em massa do precórdio -movimentação de grande área da parede
torácica, ocorre na HVD- > choque valvar palpável -bulhas cardíacas hiperfonéticas são sentidas pela mão como um choque de curta
duração-) > presença de pulsações (epigástrica e na fúrcula > pulsações epigástricas são a transmissão das pulsações da aorta na parede
abdominal, entretanto, podem ser sinal de hipertrofia ventricular direita > pulsações supraesternais/fúrcula esternal quando muito
intensas podem indicar hipertensão arterial e aneurisma da aorta) > pesquisa de frêmitos (quando presente descrever localização,
situação no ciclo cardíaco e intensidade de 1+ a 4+ > definição -sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos
vasos- > semiotécnica -colocar a mão nos focos e analisar se há frêmito-); ausculta > focos (avaliação das bulhas > distinguir a 1ª da 2ª > se
existe hipo ou hiperfonese > se tem 3ª ou 4ª bulha)> ritmo cardíaco (regular ou irregular > ritmo binário se tiverem 2 bulhas, ritmo tríplice se
tiverem 3 bulhas) > frequência cardíaca (geralmente em 1 minuto, no foco mitral > normal -60 a 100 bpm-) > bulhas cardíacas
(presença de B3 e B4, intensidade e desdobramentos de bulhas) > presença de estalidos, atrito pericárdico e sopros (descrever
localização, situação no ciclo cardíaco, irradiação, intensidade e qualidade > produzidos por vibrações decorrentes de alterações de
fluxo sanguíneos > podem surgerir alterações sanguíneas, na parede dos vasos, nas câmaras cardíacas -aparelhos valvares é a principal causa-) >
ambiente da ausculta deve ser silencioso > posição habitual para realizá-la é colocando o paciente em decúbito dorsal (outras posições podem
ser adotadas, como paciente sentado -ausculta de fenômenos advindos da base do coração- > decúbito lateral esquerdo -área mitral- >
ortostase > debruçando-se sobre a mesa com tórax fletido -insuficiência aórtica e hipofonese das bulhas-) > receptor (diafragma -sons de
alta freqüência- e campânula -sons de baixa freqüência-) > sobre o ciclo cardíaco (sístole é dividida em período de contração
isovolumétrica -1ª bulha com valvas AV fechadas-, ejeção ventricular rápida, ejeção ventricular lenta, protodiástole de Wiggers > diástole em
período de relaxamento isovolumétrico -2 ª bulha com valvas semilunares fechadas-, enchimento ventricular rápido -3ª bulha-, enchimento
ventricular lento -valvas AV abertas- e período de contração atrial -nó sinusal dá o estímulo atrial, átrios contraem, sangue passa do A p/ V
representando a pressão diastólica final- > ) > focos de ausculta cardíaca (mitral -coincide com ictus cordis muitas vezes, linha
hemiclavicular esquerda, 5°EIC- > tricúspide -5° EIC, adjacente ao esterno- > aórtico acessório -3°EIC, adjacente ao esterno- > aórtico
-2°EIC D, adjacente ao esterno- > pulmonar -2°EIC, adjacente ao esterno-) > primeira bulha (B1-TUM > ocorre na sístole > componente
mitral antecede o tricúspide > coincide com ictus cordis e com o pulso carotídeo > maior intensidade no foco mitral > em 50 %
das pessoas, percebe-se separadamente os focos mitral e tricúspide > esse fato não tem relação com a respiração e nem significado patológico >
se estiver com dúvida na hora da ausculta se é B1 ou B2, colocar a mão no pulso carotídeo) > segunda bulha (B2-TA > ocorre na diástole >
componente aórtico antecede o pulmonar > aórtico -audível em todo o precórdio- > pulmonar -audível apenas no foco pulmonar e borda
esternal esquerda- > desdobramento fisiológico/inspiratório de B2 -na inspiração, a pressão intratorácica diminui e aumenta o retorno
venoso, assim promove o aumento do volume de sangue do VD, demorando mais para ejetar seu conteúdo, de modo a atrasar o fechamento da
valva pulmonar, levando ao aparecimento do desdobramento à ausculta no foco pulmonar-) > terceira bulha (B3-TU > vibrações da parede
do ventrículo subitamente distendida pela corrente sanguínea no enchimento ventricular rápido > protodiastólico > mais audível em foco
mitral no DLE com a campânula) > quarta bulha (B4 > ocorre no fim da diástole ou pré-sístole > desaceleração do fluxo sanguíneo
mobilizado pela contração atrial) > manobra de Rivero-Carvallo (diferencia se é sopro mitral ou tricúspide > foco tricúspide > tricúspide
positivo quando durante a inspiração profunda, com pausa, o sopro aumenta de intensidade > intensida constante ou reduzida, sopro
auscultado é irradiado do sopro mitral) > sopros sistólicos (são holossistólicos > de ejeção -estenose aórtica ou pulmonar, após B1, vem
crescendo/decrescendo e termina antes de B2- > de regurgitação -insuficiência mitral ou tricúspide, aparece junto a B1, em intensidade igual
e termina imediatamente antes de B2-) > sopros diastólicos (de ejeção -estenoses bicúspide e tricúspide, são mesodiastólicos, com reforço
pré-sistólico, pode haver estalido de abertura da valva e tem baixa frequência e tonalidade- > de regurgitação -insuficiências aórtica e
pulmonar, acontecem imediatamente após B2, são protodiastólica ou holodiastólicas, têm alta frequência e tonalidade, com caráter aspirativo-)
> comunicação interatrial (CIA > é um defeito congênito frequente que gera sopro sistólico de ejeção no FP e desdobramento constante
da B2 > a CIA faz passar sangue do lado E para o D, o AD fica com mais sangue, bem como o VD e a valva pulmonar fica relativamente pequena
para o volume de sangue, causando o sopro sistólico de ejeção no FP > devido a maior passagem de sangue pela valva, ela demora mais a se
fechar e desdobra) > comunicação interventricular (CIV > gera sopro sistólico de regurgitação na B1 pois o aporte de sangue no VD
aumenta e a valva tricúspide não consegue aguentar este aumento de pressão, deixando parte do sangue refluir) > persistência do canal
arterial (PCA > anomalia congênita não muito rara que gera um sopro contínuo na área infraclavicular esquerda > componente
sistólico é de maior intensidade e rude > sangue passa da aorta para o tronco pulmonar na sístole e do tronco pulmonar para a aorta na diástole)
> sopros inocentes (nunca tem frêmito, nunca são diastólicos e nunca estão no FT > quase sempre suaves de 1+ a 2+, proto ou
mesossistólicos e não se acompanham de alterações nas bulhas, ocorrendo nos focos pulmonar, aórtico e mitral)
+ Pulso radial, periférico e venoso: introdução > pulsos radial, periféricos, capilar e venoso; semiotécnica do pulso radial > entre a
apófise estiloide do rádio e o tendão dos flexores > mão do paciente deve repousar no leito ou na mesa em completa supinação > usa-se as
polpas dos dedos indicador e médio, variando a força de contração até obter o pulso máximo; características semiológicas do pulso radial
> estado da parede arterial (normal -lisa, sem tortuosidades e que se deprime facilmente- > anormal -parede endurecida, irregular e
tortuosa, comparada a ‘’traqueia de passarinho’’ como na arteriosclerose- > a Mediosclerose de Monckeberg, ou seja,esclerose da túnica
média das aa de médio calibre como as braquiais, radiais, ulnares, femorais, tibiais, uterinas e dos órgãos genitais, pode culminar em
calcificação e levar à pseudo-hipertensão arterial em idosos, não é acompanhada de redução da luz do vaso como na arteriosclerose, em que há
enrijecimento de todas as camadas arteriais > manobra de Osler identifica a mediosclerose -palpação da a. radial após insuflação do manguito
acima da pressão sistólica, sendo positiva quando a a. permanece palpável, mas sem pulsações-) > frequência (conta-se o n° de pulsações
durante 1 min > normal -60 a 100 bpm- > taquisfigmia -exercício, emoção, gravidez, estados febris, insuficiência cardíaca, hipovolemia- e
bradisfigmia -atletas, anormalidade cardíaca ou extracardíaca como febre tifoide, hipertensão intracraniana, icterícia- > défict de pulso
-número de batimentos é maior que n° de pulsações na artéria radial, ocorre quando contrações ventriculares são ineficazes ao não
impulsionarem sangue p/ aorta, principais causas são extrassistolia ventricular e fibrilação atrial) > ritmo (dado pela sequência das pulsações >
regular ou irregular > irregularidade de pulso indica alteração do ritmo cardíaco -arritmia como arritmia sinusal, extrassistolia, fibrilação
atrial e bloqueio cardíaco-) > amplitude ou magnitude (grau de enchimento da artéria durante sístole e seu esvaziamento durante diástole >
amplo -insuficiência aórtica-, mediano e pequeno -estenose aórtica e hipotensão arterial-) > tensão ou dureza (avaliada pela compressão
progressiva da artéria > depende da PA diastólica > mole quando a pressão necessária para interromper as pulsações é pequena, indica
hipotensão > duro é hipertensão > pulso de tensão mediana é o normal) > tipos de onda (normal > célere ou em martelo d’água
-aparece e some com rapidez, decorre do aumento da pressão diferencial, ex insuficiência aórtica- > pulso pequeno ou parvus -tensão
diminuída c/ pulso fraco, ex estenose aórtica- > filiforme -pequena amplitude, rápido e mole, visto no choque- > alternante -onda ampla
seguida de onda fraca com intervalos regulares, visto na ICC, IVE - > paradoxal -redução inspiratória na amplitude do pulso como na asma
grave e na pericardite-) > comparação com o lado homólogo (em caso de desigualdade, indica oclusões congênitas ou adquiridas no arco
da aorta -coarctação de aorta- ou seus ramos); pulsos periféricos > finalidade de analisar comparativamente artérias homólogas no que se
refere à presença ou não de pulsos, amplitude da onda pulsátil e avaliação do estado da parede vascular > pulsos examinados são
temporal superficial, carótideo, (subclávio), axilar, braquial, (cubital), radial, (aórtico abdominal), (ilíaco), femoral,
poplíteo, tibiais (anterior) e posterior, e pedioso; pulso capilar > é o rubor intermitente e sincrônico com o pulso radial que se observa
em determinadas regiões da pele ou das mucosas; pulso venoso, turgência ou ingurgitamento jugular > veias jugulares túrgidas na
posição semissentada ou sentada caracteriza a turgência (traduz hipertensão venosa no sistema da veia cava superior, IVD e pericardite
constritiva) > pulso venoso são pulsações vistas na base do pescoço que refletem a dinâmica do coração direito e as ondas originadas no átrio
direito
+ Pressão arterial: definição > força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos; determinantes > débito cardíaco (DC = VS X FC >
de 5/6L em repouso) > elasticidade das paredes dos vasos (principalmente dos grande vasos, como a aorta > diminuição da elasticidade
em pessoas idosas resulta em aumento da pressão sistólica sem elevação concomitante da diastólica)> viscosidade sanguínea (menos
interfere) > volemia (redução leva à queda da PA) > resistência periférica total (fator mais importante > PA = DC X RPT > controlada
pelas arteríolas, por possuírem grande quantidade de fibras musculares em sua camada média > depende da ação do sistema nervoso simpático,
por meio dos receptores alfa -vasoconstrição- e beta -vasodilatação-, além da influência humoral da angiotensina e catecolaminas
-vasoconstrição-, e prostaglandinas e cininas -vasodilatação-); importância > diagnóstico da HAS > principal causa básica de morte do brasil
> procedimento médico obrigatório em toda consulta médica (OMS); equipamentos de medida indireta > esfigmomanômetro de
coluna de mercúrio (padrão ouro) > esfigmomanômetro aneróide (deve ser calibrado semestralmente, já que a pressão é perdida muito
fácil no equipamento) > medida eletrônica da PA (perda frequente de calibração e precisão); quando medir > início do exame físico, e se
estiver alterada deve ser medida também ao fim do exame, em posição diferente e no outro braço (quando estiver muito alterada como
hipertensa); manguito > largura ideal é 2/3 do comprimento do braço e 20% mais largo que a circunferência do braço > manguito muito
estreito (PA falsamente mais alta) > manguito muito largo (PA falsamente mais baixa) > obesos (medir em antebraço); MAPA >
monitoramento ambulatorial da pressão arterial; AMPA > automedida da pressão arterial; MRPA > monitoramento residencial da pressão
arterial; métodos > direto (fornece a pressão direta ou intra-arterial) > indireto (técnica ascultatória com estetoscópio > relativamento
impreciso > quando utiliza-se a técnica palpatória, registra-se só a pressão sistólica); técnica > 1. repouso por 3 min (não fumar antes, não
ter feito exercício físico antes, paciente não pode estar sentindo dor, bexiga não pode estar cheia antes da aferição e não pode tomar café preto 1h
antes da realização do exame > estresse, posição desconfortável, obesidade podem acarretar em erro na aferição) > 2. paciente sentado,
deitado ou em pé (artéria braquial ao nível do coração -4° EIC-) > 3. localizar as pulsações da artéria braquial > 4. colocar o
manguito 2 cm acima da fossa cubital (olhar a seta presente no esfigmo em cima do local do pulso braquial) > 5. palpar o pulso radial >
6. inflar o manguito até desaparecer o pulso radial e desinflar lentamente até reaparecer a pressão arterial (pressão
sistólica aparente) > 7. colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial e insuflar o manguito 30 mmHg acima do valor da pressão
sistólica pelo método palpatório > 8. soltar o ar, de maneira contínua, 2-3 mmHg por segundo até esvaziamento da câmara, fazendo
o método auscultatório > em caso de reaferir a PA deixar o manguito esvaziar totalmente, esperar 1-3 minutos, e em seguida reinsuflá-lo;
fases de Korotkoff > fase I (surgimento de sons) com som claro, tipo pancada (pressão arterial sistólica) > fase II (batimentos
com sopro) > fase III (sopro desaparece) com som mais alto > fase IV (abafamento de sons) com som abafado > fase V
(desaparecimento de sons) com silêncio (pressão arterial diastólica) > hiato auscultatório é o desaparecimeto dos sons na última
parte da fase I e na fase II (pode cobrir uma faixa de 30 a 40 mmHg > pode subestimar o nível da pressão sistólica ou superestimar o
nível da pressão diastólica > p/ evitar, deve-se sempre fazer o método palpatório antes do auscultatório) > entre as fase 4-5 há latência
maior, pois batimentos mais espaçados (não confundir com o silêncio); obs > maior de 18 anos costuma ter PA 140x90 mmHg > idoso
normalmente possui sistólica baixa como 180x 70 > na pressão arterial em gestantes, aferição feita com a mulher em decúbito lateral
esquerdo; hipotensão ortostática ou postural em idosos > diagnosticada pela queda de 20 mmHg na PAS e/ou queda de 10
mmHg na PAD > TILT teste (exame avalia o comportamento da pressão arterial e da frequência cardíaca do paciente diante de mudanças na
postura); pressão diferencial é a PAS-PAD, que deve dar valores entre 30-60mmHg > caso seja menor que 30mmHg, é convergente
(derrame pericárdico, pericardite constrictiva, ICC grave, estenosa aórtica) > quando maior que 60mmHg, é divergente (hipertireoidismo,
fístula arteriovenosa, insuficiência aórtica); pressão arterial média (PAM) > obtida por medida direta com cateteresintra-arteriais,
utilizado em cirurgias > PAM=PAD + (PAS-PAD)/3 > manter o manguito insuflado na PAM por 5 minutos e contar o número de petéquias
em uma área de 2,5cm/2,5cm, se mais de 20, é um indicativo de dengue; fatores de variação da pressão arterial > aferição no começo,
meio e fim variam > elevação da PA nas 1ª horas dos dias > redução fisiológica da PA no período de sono (20 a 40 mmHg e 10 a 15 mmHg na
diastólica) > elevação transitória da pressão após refeições devido ao aumento do DC e da vasodilatação esplâncnica); variáveis de PA > idade,
sexo, etnia, sono, emoções, exercício muscular e alimentação; classificação da HA > essencial ou primária (assim chamada quando não
consegue se caracterizar sua etiologia > dependente de traço hereditário, ingestão excessiva de sal, obesidade, estresse e alcoolismo > 95% dos
casos) > secundária (relacionadas disfunções renais, endócrinas, vasculares, medicamentos, etc);

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