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Resumo: Piodermites - Dermatologia

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@laizenamed
PIODERMITES
As infecções bacterianas da pele podem
representar um processo patogênico cutâneo
primário ou uma manifestação cutânea
secundária à infecção inicial de outro órgão.
Podem ser supurativas, decorrentes da
proliferação das bactérias na pele ou podem
ser decorrentes de manifestações de
hipersensibilidade a antígenos bacterianos e,
nesse caso, as lesões cutâneas não são
supurativas.
IMPETIGO
O impetigo é dermatose infecciosa por
estafilococos plasmo-coagulase positivos e,
ocasionalmente, por estreptococos
hemolíticos. Há duas formas, uma com bolhas
(impetigo bolhoso), que é a forma mais
comum e contagiosa, e outras com
vesicocrostas (impetigo não bolhoso).
No impetigo bolhoso os responsáveis são
estafilococos, enquanto que no não bolhoso
isolam-se misturas de estafilococos e
estreptococos:
● Staphylococcus aureus;
● Streptococcus beta-hemolítico A
(Streptococcus pyogenes).
No impetigo não bolhoso, a lesão inicial é
mácula eritematosa que logo se transforma
em vesicopápula, bastante superficial, por isso
mesmo, de duração efêmera. O conteúdo
seroso ou seropurulento pelo dessecamento
forma crosta melicérica, característica do
impetigo.
No impetigo estreptocócico, as crostas
costumam ser mais escuras. É comum o
aparecimento de lesões satélites que podem
permanecer isoladas ou coalescer.
Sintomas sistêmicos como febre, mal-estar e
diarreia são raros no impetigo, mas quando
ocorrem são mais frequentes nas formas
bolhosas.
O impetigo é mais comum em crianças, e a
falta de higiene costuma ser fator
predisponente. Esses germes podem
instalar-se em afecções anteriores como
escabiose e eczemas, quando, então, usa-se o
atributo "impetiginização" para a dermatose
primária. A infecção é contagiosa,
particularmente em crianças.
Condições de imunossupressão como
infecção pelo HIV, pós-transplantes, diabetes,
quimioterapia, hemodiálise, radioterapia ou
corticoterapia prolongada são favorecedores
das piodermites em geral, inclusive de
impetigo.
Impetigo. Lesões crostosas (crostas melicéricas) na face.
(Dermatologia de Sampaio e Rivitti)
Impetigo estafilocócico. Áreas exulceradas confluentes
recobertas por crostas e mostrando, na periferia das lesões,
retalhos epidérmicos que representam restos das bolhas rotas.
(Dermatologia de Sampaio e Rivitti)
Impetigo Bolhoso
Tratamento:
A medida essencial é a limpeza e remoção
das crostas com água morna e sabão ou água
D’Alibour forte, diluída a 10 ou 20%.
Em seguida, aplica-se pomada ou creme de
antibiótico, sendo preferível as de uso tópico
exclusivo e de baixo poder sensibilizante,
@laizenamed
como a mupirocina ou ácido fusídico, duas a
três vezes/dia.
Quando há lesões disseminadas fazer uso de
antibiótico por via sistêmica, do tipo
penicilina. As cefalosporinas são também
indicadas. Antibióticos macrolídeos como a
eritromicina são eficazes, indicados em
pacientes alérgicos à penicilina.
ECTIMA
Pode ter início a partir do impetigo.
É causado principalmente por estreptococos
predominantemente o S. pyogenes, mas
também existem formas em que se associa o
S. aureus e formas produzidas exclusivamente
por estafilococos.
A lesão inicial, fugaz, é uma vesícula ou
vesícula pústula que, estendendo-se mais
profundamente ao romper-se, deixa uma
ulceração. As crostas formam-se
precocemente e são secas, duras e aderentes.
O tratamento, basicamente, é o mesmo do
impetigo, podendo coexistir as duas formas
de piodermite.
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA
(SSSS)
A síndrome estafilocócica da pele escaldada é
um quadro causado por exotoxinas
esfoliativas A e B do Staphylococcus aureus
que acomete recém-nascidos (doença de
Ritter von Rittershain), lactentes, crianças e
raramente adultos.
O quadro clínico não tem enfoque infeccioso
apenas na pele, mas também em infecções
como: Faringite, otite média, conjuntivite e
outras infecções estafilocócicas
acompanhadas de febre e mal estar geral.
As manifestações dérmicas são: Placas
eritematosas dolorosas, difusas encimadas
por bolhas flácidas, grandes áreas erosivas de
base eritematosa e brilhante (pele escaldada)
e retalhos epidérmicos.
Na SSSS as mucosas são poupadas e o Sinal
de Nikolsky é presente (Camadas superiores
da epiderme se movem lateralmente a uma
leve pressão ou atrito da pele adjacente a
uma bolha).
A histopatologia mostra: Clivagem
intraepidérmica no estrato granuloso.
Síndrome estafilocócica da pele escaldada. Em evolução.
Extensas áreas erosivas com restos de bolhas e recobertas por
crostas. (Dermatologia de Sampaio e Rivitti)
Síndrome estafilocócica da pele escaldada. Eritema difuso
com áreas erodidas e restos de bolhas na periferia das
erosões. (Dermatologia de Sampaio e Rivitti).
Sinal de Nikolsky
Exame bacteriológico: Cultura positiva para
Staphylococcus e isolamento de excito toxinas
esfoliativas.
Os diagnósticos diferenciais possíveis são:
● Necrólise epidérmica tóxica. Nesse
caso, há sempre história de uso de
medicamentos e a presença de foco
infeccioso não é obrigatória.
● Síndrome Stevens -Johnson.
Tratamento:
@laizenamed
Internação é altamente indicada para
hidratação adequada e cuidados
complementares como drenagem de
abcessos.
Tratamento Medicamentoso:
Penicilinas semi sintéticas resistentes à
penicilinase, como a oxacilina por via
intravenosa (IV) – 50 a 100 mg/kg/dia em
recém-nascidos e 100 a 200 mg/kg/dia em
adultos, sendo a dosagem fracionada em
doses aplicadas a cada 4 a 6 horas.
Após melhora clínica importante, a via IV
pode ser substituída por via oral (VO) –
cloxacilina 50 mg/kg/dia em doses divididas a
cada 6 horas.
FOLICULITE
Resulta de infecção do óstio folicular pelo S.
aureus.
As foliculites podem ser:
● Superficiais: hordéolo, sicose (prurido e
leve desconforto)
● Profundas: furúnculo, antraz (intensa
reação inflamatória resultante de vários
furúnculos)
Sicose da barba. Papulopústulas foliculares na região da
barba.
Hordéolo. Lesão pustulosa acompanhada de edema e
eritema na pálpebra superior.
Furúnculos. Nódulos eritematoedematosos com formação de
pus.
Antraz. Múltiplos abscessos confluentes na região da nuca,
localização mais comum.
Tratamento:
No tratamento para formas simples
superficiais, apenas banhos com sabões
antissépticos são suficientes. Para formas
mais profundas antibióticos tópicos e
sistêmicos. Há referências ao uso de cloreto
de alumínio hexa-hidratado a 6,25% em álcool
anidro para lesões de foliculite crônica.
ERISIPELA/CELULITE
Infecções da pele causadas
predominantemente por estreptococos.
Se diferem pela profundidade que a infecção
atinge.
A erisipela é uma infecção aguda e
disseminada na derme, enquanto a celulite é
a extensão do processo inflamatório até a
hipoderme.
Em adultos, as infecções são causadas
majoritariamente pelo estreptococo
β-hemolítico do grupo A. Raramente,
Staphylococcus aureus isoladamente ou
associados a estreptococos geram quadros
clínicos semelhantes. Em crianças, a celulite
facial é causada pelo Haemophilus influenzae.
A erisipela e a celulite ocorrem quase sempre
nas pernas, principalmente quando há
condições locais favoráveis ao
desenvolvimento da infecção como edema e
@laizenamed
estase venosa. A penetração dos
estreptococos ocorre por meio de vias de
entrada como ulcerações e dermatomicoses.
A instalação e a evolução são agudas, com
sintomas e sinais gerais de infecção. Há febre,
calafrios, mal-estar. A área comprometida
tem eritema rubro, edema, dor, com aumento
da temperatura. A zona afetada apresenta
borda nítida, a qual avança com a progressão
da moléstia. Podem surgir bolhas (erisipela
bolhosa). Após regressão pode haver surtos
repetidos de erisipela, erisipela recidivante,
pela permanência de linfedema local, que
favorece novos surtos da infecção. Surtos
sucessivos de erisipela podem conduzir ao
aumento progressivo da região, com edema e
fibrose, que constitui o quadro da elefantíase.
Erisipela. Eritema, edema e bolhas rotas com crostas e áreas
de necrose na perna.
Celulite.
Tratamento:
Administração de penicilina,
amoxicilina-clavulanato de potássio,
eritromicina ou outromacrolídeo,
sulfametoxazol-trimetoprima em dosagem
de acordo com a intensidade dos quadros. O
Repouso é essencial em quadros de
membros inferiores.

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