Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia da dorFisiologia da dor Dor A definição de dor internacionalmente aceita é a da International Association for the Study of Pain (IASP). Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada uma lesão efetiva ou potencial dos tecidos descrita em termos de tal lesão a dor é sempre subjetiva. No primeiro parto uma cesariana ela não precisou de anestesia. No nascimento do segundo filho ela pegou no sono. Teve que amputar um dedo devido lesões recorrentes. Perdeu sentido paladar pois queimou a língua várias vezes. Por exemplo Marisa de Toledo de 27 anos em São Paulo tem as mãos cobertas de cicatrizes e bolhas. mecanismo de defesa Modalidade sensorial de grande valor adaptativo. Escala da dor Analgesia congênita A primeira vista não sentir dor pode parecer um benefício, mas a doença pode colocar a vida da pessoa em risco. Acredita-se que o problema afete menos de 50 pessoas em todo mundo. Receptores para dor Classificação estrutural: receptores simples (terminações nervosas livres) Classificação quanto ao estímulo: nociceptores Distribuição dos nociceptores Geral (organismo como todo inclusive vísceras). Exceto no interior do SNC (medula espinal e encéfalo). Tipos de dorTipos de dor Somática: pele, mucosa, tecido muscular e ósseo Visceral: órgãos em geral Classificação da dor quanto a sua localização: 1. 2. Rápida ou aguda: dor cutânea não acompanhada de lesão. Lenta ou crônica: dor de tecidos mais profundos e dor visceral, acompanhada de lesão tecidual. Classificação quanto a velocidade de condução: 1. 2. Estímulos dolorosos Térmicos (extremos abaixo de 15 °C e acima de 45 °C) Químicos Mecânicos Sem lesão tecidual: dor rápida ou aguda. Com lesão tecidual real: dor lenta ou crônica. Lesão= liberação de substâncias algogênicas (endógenas) Exemplo: Potássio, serotonina, substância P, bradicinina, prostaglandina, leucotrienos e histamina Substâncias algogênicas = sensibilização dos nociceptores Tipo de fibra nervosa: A delta (fibras mielinizadas). Neurotransmissor: glutamato. Velocidade de condução: 12- 30m/s. Sensação: bem localizada. Receptores unimodais. Estímulo: mecânico. Sensação desaparece com a remoção do estímulo. Origem: geralmente cutânea. Características de dor rápida e lentaCaracterísticas de dor rápida e lenta Fibra nervosa: C (delgada não mielinizada). Neurotransmissor: substância P. Velocidade de condução: 2-3 m/s. Sensação: queimação e difusa. Receptores polimodais Estímulo: mecânicos, térmicos, químicos. Sensação persiste com a remoção do estímulo. Origem: tecidos profundos e vísceras ( lesão tecidual). Rápida Lenta Caminho central da dorCaminho central da dor Participação de poucos neurônios Conservação da somatotopia - sequência neuronal (via rotulada) Muitos neurônios Vias de projeção difusas Envolvimento de diversas áreas aspecto neurovegetativo e emocional da dor Via neo-espirotalâmica: dor rápida Características Via paleo-espino-reticulo- talâmica: dor lenta Neurônios destinados a formação reticular, mesencéfalo, hipotálamo e sistema límbico Dor acompanhada de várias alterações. Via difusa: sudorese, choro, ansiedade, vômito, insônia, depressão, mudança no padrão respiratório, alteração da pressão arterial e da frequência cardíaca. Teoria da passagem: modulação a partir de estímulos táteis. 1. Mecanismos analgésicos endógenos Encefalina (produzida por neurônios do SNC) Endorfina (produzida na hipófise anterior) Dinorfina (produzida por neurônios do SNC) Estresse físico (atividade física duradoura e intensa) Estresse emocional (medo,fuga, pânico) Estimulações periféricas em fibras específicas (estudos demonstram a ação da acupuntura). 2. Teoria da comporta ou do portão da dor: ação de opioides endógenos Como estimular a liberação de opioides endógenos? Sugestionamentos (provável estimulação de áreas do sistema límbico) como a hipnose Efeito placebo (entrega de fármacos que não possuem princípio ativo) Em estudo: aromaterapia, musicoterapia, massagens Inibição da enzima adenilato clicase (diminui AMPc) Ação dos opioides endógenos Mecanismo de ação: receptor metabotrópico (proteína G) Diminui a atividade da enzima PKA (proteína quinase A) Abertura de canais de potássio (hiperpolarização) Inibição da abertura dos canais de cálcio na terminação axônica do neurônio de segunda ordem Inibição da liberação do NT excitatório e propagação da dor.
Compartilhar