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BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES RELEMBRANDO… VIAS AUTONÔMICAS JUNÇÃO NEUROMUSCULAR → RECEPTOR NICOTÍNICO → estrutura do receptor nicotínico Os fármacos capazes de bloquear a transmissão neuromuscular agem na região pré-sináptica, inibindo a síntese ou a liberação de ACh, ou na região pós-sináptica. O bloqueio neuromuscular é um complemento importante à anestesia geral. Todos os fármacos utilizados para este fim têm ação pós-sináptica, seja (a) bloqueando os receptores de ACh (em alguns casos, o canal iônico), ou (b) ativando receptores de ACh, e assim causando uma despolarização persistente na placa motora terminal. O suxametônio é o único bloqueador de despolarização na prática clínica, ao passo que todos os outros fármacos utilizados são agentes não despolarizantes. 一 FÁRMACOS QUE ATUAM NA JNM Histórico ● Curare (1641): venenos de flechas de índios sul-americanos Morte de animais por paralisia Loganeáceas e Menispermáceas ● Claude Bernard (1856): curare inibe sinais entre nervos e músculos esqueléticos ● King (1935): identificação da d-tubocurarina ● Gri�th e Jonhson (1942): uso em anestesia geral para promover paralisia muscular → Ação pré-juncional: ● Hemicolíneo ● Vesamicol ● Toxina botulínica Fármacos que agem em nível pré-sináptico vão inibir a síntese de acetilcolina ou a liberação de acetilcolina. → Ação pós-juncional: • Bloqueadores despolarizantes (agonistas): Succinilcolina • Bloqueadores não-despolarizantes (antagonistas competitivos): • Vencurônio • Rocurônio • Atracúrio • Anticolinesterásicos ➔ TOXINA BOTULÍNICA • Produzida pelo bacilo anaeróbio Clostridium botulinum • Botulismo: paralisia parassimpática e motora progressiva Botox®: Toxina Botulínica A Usos ❖ Rugas da fronte ❖ Blefaroespasmos (espasmo persistente e incapacitante da pálpebra) ❖ Espasticidade (rigidez excessiva do tônus muscular associada a danos cerebrais degenerativos) (PC e pós-AVC) ❖ Espasmo hemifacial (quando metade do rosto sofre com repuxos 一 BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES NÃO DESPOLARIZANTE E DESPOLARIZANTES 1. BLOQUEADORES NÃO DESPOLARIZANTES Antagonistas competitivos dos receptores nicotínicos (Bloqueio de 70 a 80 %) Ex: pancurônio, rocurônio, vecurônio, cisatracúrio, mivacúrio. Os agentes bloqueadores não despolarizantes atuam como antagonistas competitivos dos receptores da ACh situados na placa terminal. Os agentes bloqueadores não despolarizantes também bloqueiam auto receptores pré-sinápticos facilitadores, inibindo, assim, a liberação da ACh durante a estimulação repetitiva do nervo motor, resultando no fenômeno da “fadiga tetânica”, usada por anestesistas para monitorar a recuperação pós-operatória da transmissão neuromuscular. Não esteróides → ...cúrio Esteróides → ...ônios • pancurônio • rocurônio • vecurônio • cisatracúrio • mivacúrio Usos Clínicos: ✓ Adjuvantes da anestesia durante a cirurgia para produzir relaxamento muscular e facilitar a intubação orotraqueal ✓ Facilitar a cirurgia intracavitária, particularmente nos procedimentos intra-abdominais e intratorácicos ✓ Procedimentos ortopédicos como correção de luxação ou alinhamento de fraturas ✓ Pacientes em estado de mal epiléptico incapazes de manter sua ventilação ✓ Controle de espasmos musculares (tétano grave) Efeitos adversos • O vecurônio, o rocurônio e o cisatracúrio exercem efeitos cardiovasculares mínimos ou nenhum efeito • Liberação de histamina: broncoespasmo, reações alérgicas • Elevação do potássio Interações medicamentosas: ✓ Inibidores da acetilcolinesterase:reversão do efeito Neostigmina, pirodostigmina ✓ Anestésicos inalatórios: potencializam o bloqueio neuromuscular isoflurano > sevoflurano > halotano - aumento do fluxo sanguíneo muscular, possibilitando que uma maior fração do relaxante muscular alcance a junção neuromuscular - diminuição da sensibilidade da membrana pós-juncional à despolarização ✓ Aminoglicosídeos potencializam o bloqueio neuromuscular: bloqueio de canais de cálcio na terminação nervosa ✓ Bloqueadores de canais de cálcio (ex: nifedipino) potencializam o bloqueio. Reversão do efeito ✓ Inibidores da acetilcolinesterase ✓ Sugamadex (Bridion - MSD) - Gama-ciclodextrina que forma ligação não covalente com os BNM esteróides - Menos efeitos colaterais 2. BLOQUEADORES DESPOLARIZANTES Agonistas dos receptores nicotínicos • Succinilcolina (suxametônio) • Decametônio - obsoleto Bloqueio de fase I (despolarizante) Se liga ao canal nicotínico na JNM despolarização fasciculação transitória Não é metabolizado pela acetilcolinesterase despolarização prolongada membrana não responde aos estímulos subsequentes paralisia flácida. Bloqueio de fase II • Início rápido, ação curta • Rápida hidrólise: butirilcolinesterase no fígado e pseudocolinesterase plasmática • Desvantagem: efeitos colaterais → Bradicardia(prevenida pela atropina, porque geralmente são administradas juntas) → Hipercalemia→ Liberação de potássio. O aumento da permeabilidade das placas terminais motoras a cátions faz com que o músculo perca K+ e, como consequência, ocorra pequena elevação na concentração plasmática de K+. A hiperpotassemia resultante pode ser suficiente para causar arritmia ventricular ou parada cardíaca. • Deficiência da colinesterase plasmática - bloqueio prolongado Efeitos adversos: ✓ Hiperpotassemia (hipercalemia) Fasciculações liberação de potássio atenção: politraumas, queimaduras, neuropatias ✓ Bradicardia (efeito muscarínico) evitada pelo uso de atropina ✓ Rápido aumento da pressão intraocular ✓ Mialgia fasciculação imediatamente antes do início da paralisia ✓ Hipertermia maligna: mutação no canal de Ca2+ (rianodina) - espasmos musculares e elevação da temperatura. Potencialmente fatal (65 %). Tratamento com dantrolene. Correlacione as características abaixo com BNM não despolarizante (1) ou despolarizante (2): Causa fasciculação (2) Causa fadiga tetânica (1) Bloqueio revertido por anticolinesterásicos (1) Pode causar bradicardia (2) Relaxamento muscular máximo mais rapidamente alcançado (2)
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