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Exame da Motricidade Voluntária

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Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
 
Equilíbrio, 
Coordenação e 
Marcha 
 
Pensando em esquema 
• O exame neurológico pode de forma simplificada ser dividido da 
seguinte maneira: 
 
Inspeção geral 
• Faz parte do exame físico geral (comum a todas especialidades) 
▪ Face, postura 
▪ Cicatriz, dentes, olhos, nariz 
▪ Fala, tremores 
 
Motricidade voluntária (equilíbrio) 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Uma das primeiras etapas do exame neurológico 
• Avaliação do vestíbulo, cerebelo e sistema proprioceptivo 
▪ Em lesões, a visão pode fazer a diferença no equilíbrio 
• Sofre influência do sistema piramidal, núcleos da base e neurônios 
motores 
Equilíbrio estático (estática) 
• Aferência: depende da integridade da propriocepção, visão e função 
vestibular. Basta 2 para manter equilíbrio 
Sinal de Romberg 
• Descalçar paciente, encostar tornozelos, braços cruzados à frente do 
tórax (ou soltos?) olhos abertos fixando um alvo a frente se 
mantendo por 30 segundos, depois de olhos fechados por 
+30 
• Afere função proprioceptiva com e sem controle visual. 
• Sinal positivo: 
▪ Breve latência: sugere disfunção vestibular homolateral (a 
depender do lado) 
▪ Sem latência: disfunção cordonal posterior, principalmente ao 
fechar os olhos cai 
• Lesão cerebelar: paciente já encontra dificuldade ao juntar os pés e não 
aumenta se fechar os olhos (caso não haja prejuízo na propriocepção 
ou função vestibular) 
Romberg pé ante pé (Tandem ou Sharpened) 
• Mesma postura do sinal de Romberg, coloca-se pés em linha (um na 
frente do outro). Inicialmente de olhos abertos, depois fechados (30 
segundos) 
• Afere o sistema proprioceptivo 
• Sinal positivo: 
▪ Vestibulopatias crônicas: muito bom para avaliar (pende para o 
lado da lesão) 
▪ Pessoas acima de 65 anos 
Teste clínico de integração sensorial e equilíbrio 
• Teste altamente sensível e específico (90 e 95%) para 
disfunção vestibular 
• Deve parar o cronometro quando indivíduo mover os 
braços abrir os olhos ou afastar os pés 
• Graduação de 1 a 4 (mínima, leve, moderada e perda 
do equilíbrio) 
• 
Teste do alcance funcional 
Olha só : Por 
isso fecham-se os 
olhos nos testes 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Afere margem de estabilidade no início da atividade 
• Correlaciona-se com centros de pressão aferidos no estabilômetro 
• Necessário uma régua (1m) fixada na parede e na altura do ombro do 
paciente 
• Sem elevar os pés no chão e sem encostar o corpo ou braço na parede 
 
Sequência do teste estático 
• Teste de romberg 
• Teste de Tandem 
• Pede para o paciente ficar de ponta dos pés e calcanhares 
• Lesão vestibular: tontura, pode ter nistagmo e dificuldade de ortostase. 
TANDEM é uma dificuldade. Queda para o lado acometido 
• Lesão cerebelar: paciente não consegue estreitar a base 
• Lesão proprioceptiva: grande instabilidade, sobretudo ao fechar os 
olhos 
Equilíbrio dinâmico (marcha) 
• Alterada pelo estado emocional, personalidade 
• Deambular depende de diversos setores 
• Avaliaremos alguns padrões de marcha 
• As coloridinhas são as que estão no roteiro 
Normal ou Atípica 
• Otimização do equilíbrio pelo braço contralateral 
• Avanço do pé, flexão da coxa, suave flexão do joelho e flexão dorsal do 
pé (calcanhar-ponta) 
• O de trás avança o dobro (calcanhar-ponta) 
Marcha hemiplégica (ceifante) 
• Síndrome piramidal unilateral 
• Resulta da hipertonia espástica (exacerba no movimento) e 
paresia/plegia do membro afetado 
• Indivíduo avança com um lado são e o outro de apoio (dificuldade de 
dobrar o joelho) 
• Isso gera um movimento ceifante, circundação do membro parético 
• A sola lateral do sapato fica desgastada por conta disso 
Bipiramidal (tesoura) 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Paraparesias espástica (HTLV-1) 
• Progressão lenta e passada curta 
• Envolvimento dos adutores da coxa 
• Isso gera um movimento em tesoura, onde o joelho cruza a linha média 
Atáxica sensitiva (talonante/tabética) 
• doença de cordonal posterior (avitaminose B12, tabes dorsalis), fibras 
grossas (perda de propriocepção) 
• marcha impossível de olhos fechados 
• base alargada e braços afastados 
• levanta os pés e golpeia o chão 
• olhar fixo no chão 
Atáxica motora (ebriosa) 
• déficit de coordenação motora, doenças cerebelares 
• dificuldade de posicionar cada passo como planejado (curta, longa, 
dentro, fora) 
• desvio para o lado cerebelar acometido 
• sinal do compasso: afasta ou aproxima da cadeira ao deambular 
rodeando-a 
• a diferenciação para vestibular é muito feita pela ataxia cerebelar 
Vestibular 
• lesão vestibular 
• andar para frente desvia para o lado comprometido 
• andar para tras desvia para o lado são 
• o paciente faz uma estrela ao movimentar pelo (Babinski-Weil) 
Parkinsoniana 
• síndrome parkinsoniana (tremor, rigidez, bradicinesia) 
• postura com tendência de flexão do tronco (camptocormia) 
• passos curtos e lentos, sem balançar os braço 
• aceleração dos passos (festinação) 
• viradas em bloco 
Miopática (anserina) 
• miopatia geralmente acomete musculatura proximal 
• marcha de aspecto rebolativo, lembra caminhar de pato (anserina) 
• envolvimento da cintura pélvica 
• glúteos evitam que o quadrial incline para o lado do membro que 
avança 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
Marcha de Trendelemburg 
• fraqueza unilateral do glúteo médio e mínimo (abdutores da coxa 
estabilizam a pelve) 
• apoiar a pelve pro lato comprometido derrea a pelve para o lado 
oposto 
• inclinação compensatória do ombro para o lado comprometido 
Macha com fraqueza do glúteo máximo 
• responsável pela extensão e rotacao lateral 
• o corpo reclina para tras, com adiantamento das pernas 
Escarvante 
• comprometimento do fibular (realiza flexão dorsal do pé) 
• em vez do pé arrastar ao chão, paciente levanta exageradamente a 
perna e a coxa 
• nunca toca chão com o calcanhar 
Cautelosa 
• desordens artríticas, padrão de marcha anormal em idoso 
• aumento da base de sustentação, passada curta e andar vagaroso 
• não há dificuldade de iniciar a marcha 
• dificilmente se mantem de 1 pé só 
Funcional ou conversiva 
• não são passiveis de correlação anatomofuncional 
• 
Apraxia da Marcha 
• Lesão cerebral extensa, principalmente de lobos frontais (pré-motor e 
motora suplementar) 
• Paciente apresenta perda de habilidade em utilizar membros inferiores 
para caminhar. Dificuldade em iniciar a sequência dos movimentos 
• Não apresenta alterações sensitiva, de coordenação ou na força 
• Pequenos passos 
 
Velocidade da marcha (preferencial e máxima) 
• Cronometrar o tempo do indivíduo caminha 6 metros 
• Velocidade preferencial e máxima 
• Tem um valor referência no livro, mas enfim 
Marcha Tandem 
• Caminhar 10 passos pé ante pé 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Alterada em pacientes com lesão cerebelar ou vestibular 
• Diferencial entre parkisonismo atípico (atrofia de múltiplos sistemas, 
paralisia supranuclear) e doença de Parkinson 
• Passos (+2) laterais enquanto executa movimento fala a favor de 
parkinsonismo atípico 
Índice dinâmico da marcha (IDM) 
• Avalia marcha em diversas direções 
• Graduação 
▪ Normal (3) 
▪ Comprometimento 
leve (2) 
▪ Comprometimento 
moderado (1) 
▪ Comprometimento 
grave (0) 
▪ 24 pontos, abaixo de 19 = risco de queda 
 
Tempo de levanta e anda (TUG) 
• Levantar-se e caminhar confortável no “vai” 
• Tempo abaixo de 10 segundos é normal 
• Entre 11 e 20 normal para idoso 
• >20: disfunção da mobilidade funcional 
• >30: dependência de mobilidade 
Tempo de levanta e anda com atenção dividida 
• Tarefa cognitiva e manual gera dificuldade, podendo contribuir para 
queda 
Tempode levanta e anda – cognitivo 
• Fazer o teste acima falando as letras do alfabeto alternado ou 
realizando subtrações de 3 
Tempo de levanta e anda - manual 
• Fazer o teste acima levando um copo cheio de água em uma das mãos 
Andar enquanto fala 
• Andar 6 metros 
• > 18 seg: risco de queda 
• >20 falando alfabeto: risco de queda 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
Teste de Fukuda 
• Disfunção vestibular unilateral 
• Estabilidade durante o início do 
movimento da marcha 
• Paciente com olhos fechados e 
braços estendidos marcha sem 
sair do lugar conta 50 (cada 
membro elevado) 
• Positivo ao girar >45º para o 
lado comprometido 
 
Sequência do teste dinâmico 
• Andar normalmente 
• Andar com marcha Tandem 
• Andar nas pontas dos pés e 
com calcanhares 
• Andar normal de olhos 
fechados 
(ATÉ Aki, e o estático, só que em 
movimento) 
• Teste de Fukuda 
• Teste Babinski-Weil (andar 
de olhos fechados, 10 para 
frente 10 para trás) 
• Lesões vestibulares, 
marcha para o lado 
hipofuncionante (sobretudo 
olhos fechados) 
• Lesões cerebelares: 
paciente apresenta uma 
marcha ebriosa, base alargada, grande instabilidade e desajeitada 
• Lesão proprioceptiva: marcha talonante ou tabética. Paciente eleva o 
membro mais que o necessário e bate calcanhar com força no chão. 
Piora muito de olhos fechados 
 
Coordenação 
• Taxia = coordenação 
• Ataxia = incoordenação, perda da acurácia do movimento que não pela 
fraqueza muscular, tono anormal ou movimento involuntário 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Coordenação motora é a capacidade de utilizar fatores motores e 
sensitivos no movimento 
• Envolve agonistas (contraem), antagonistas (relaxam), sinergistas 
(colaboram) e estabilizadores 
• Cerebelo: responsável pela sinergia e coordenação dos movimentos 
• Labirinto e vestíbulo têm relação com o cerebelo 
• Córtex e cerebelo (circuito corticopontocerebelar) é uma importante 
via no controle motor. Ligados cruzadamente 
• A distinção entre lesão cerebelar, com vestibular ou lesão cortical é 
difícil 
OBS: lesões periféricas sensitivas, colunas posteriores, vias ascendentes no 
tronco (proprioceptivas), lobo parietais também podem alterar a coordenação 
Considerações anatomofuncionais 
Cerebelo funciona como centro coordenador para manutenção do equilíbrio e 
tonos como parte de um sistema de feedback 
Arquicerebelo 
• Vestibulocerebelo 
• Porção mais antiga, corresponde ao flóculonódulo 
• Função da conservação do equilíbrio e da posição da cabeça no espaço 
• Lesão faz abolição de testes calóricos e rotacionais vestibulares 
• Pode gerar instabilidade postural (astasia) e na marcha (abasia). Ataxia 
não agrava com olhos fechados, diferente das lesões nas colunas 
posteriores 
Paleocerebelo 
• Espinocerebelo 
• Corresponde ao lobo anterior, pirâmide e úvula cerebelar 
• Modulam atividade da musculatura antigravitária e provem intensidade 
do tônus muscular 
• Vias aferentes conduzem sensação proprioceptiva inconsciente 
• Fascículo posterior e anterior 
• Via eferente forma o fascículo rubrospinal cruzado, que conecta com 
neurônio motor periférico outros vão para o tálamo influenciando o 
sistema extrapiramidal 
Neocerebelo 
• Pontocerebelo (cerebrocerebelo) 
• Mais recente, composto pelos hemisférios cerebelares 
• Recebe fibras frontopontocerebelares 
• Responsáveis pela regulação dos movimentos voluntários 
• Lesão provoca ataxia e hipotonia das extremidades do mesmo lado 
• Recebe aferencia cortical (corticopontocerebelar) 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Recebe dos núcleos olivares inferiores (recebe impulso do rubro) 
O cerebelo recebe informações do movimento planejado, modifica e corrige 
por inibição o impulso motor piramidal e extrapiramidal. 
Os testes de coordenação testam função cerebelar dos MMSS e MMII e tronco. 
Geralmente referem-se às alterações de movimento ativo e tônus 
Testes de coordenação 
Prova dedo-dedo, dedo-nariz e dedo-orelha 
• Paciente em pé, sentado ou deitado 
• Colocar a ponta do indicador de encontro com o contralateral, ou tocar 
na ponto do nariz, no lóbulo da orelha contralateral 
• Solicita que realize a prova com velocidade lenta depois rápida, de 
olhos abertos depois fechados. 
• Põem de manifesto a ataxia, cerebelar, radicular ou cordonal posterior 
• O paciente cerebelar ultrapassa o objetivo (hipermetria), não muda com 
olhos fechados 
• Paciente com disfunção cordonal posterior, o defeito em atingir é 
variável, podendo decompor o movimento e não chegar ao objetivo. 
Aumenta a dismetria de olhos fechados 
• Sinal do esgrimista: oposição de um ou ambos os dedos indicadores, 
promove aparecimento de abalo incessantes no planos 
• Gesto acompanhado: o movimento que o examinador tenta executar 
com o membro não é bem executado. Gera desobediência 
• Decomposição do movimento: incapacidade de gerar os movimentos 
que envolvem o ato simultaneamente. 
▪ Resulta em assinergia (deficiência da interação entre músculos) 
Prova calcanhar joelho 
• Relativa aos membros inferiores 
• Decúbito dorsal, tocar joelho com o calcanhar contralateral 
• Pode realizar um movimento de deslize caudal após toque 
• Pode falar a favor de déficit motor (se utilizado um copo para pisar 
levemente) 
Prova da pronação dos MMSS 
• Mantém MMSS estendidos frente a ele e solicita pronação 
• Síndrome cerebelar onde tiver pronação exagerada 
Prova dos traços de linhas horizontais (babinski) 
• Riscar linhas horizontais até uma vertical no papel 
• Paciente cerebelar ultrapassa 
Prova de descida e parada dos braços (Barany) 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Solicitar que o paciente eleve os braços até a posição vertical e abaixe-
os até horizontal 
• O lado da síndrome abaixa mais 
Prova da preensão 
• Ao tentar pegar um objeto, é gerada uma abertura excessiva com 
afastamento dos dedos 
Prova dos movimentos alternados ou das marionetes 
• Com o paciente sentado, solicita que coloque mãos sobre as coxas e 
realize movimento alternado de pronação e supinação 
• A dificuldade é chamada de disdiadococinesia 
Manobra da ausência do rebote 
• Paciente gira cabeça para o lado oposto e realiza flexão do antebraço 
com resistência do examinador 
• Em pacientes normais, ao término da resistência, a musculatura 
antagonista seria rapidamente ativada, freando o movimento 
• Paciente cerebelares a contração não aparece e a mão choca com o 
ombro 
• Patológio é a ausência do rebote 
Prova clássica de assinergia (Babinski) 
• Tronco não segue MMII quando avançam na marcha 
• Joelhos não fletem quando paciente se inclina para tras 
• Paciente deitado, ocorre flexão elevação do tronco e coxas ao tentar se 
levantar 
Alterações da palavra e da escrita 
• Paciente cerebelar, o discurso arrastado lembra um discurso ebrioso, 
prolongando sílabas 
• Pode apresentar discurso silabado , ou aumentar a entonação no final 
da palavra 
• Escrita macrográfica (Parkinson é micrográfica) 
• Alterações oculares e de reflexos profundos 
Ataxias 
• Cerebelar 
▪ Pode ser apendicular (membros, comprometimento do 
Espinocerebelo e Cerebrocerebelo) 
▪ Axial (incoordenação da base e marcha, vestíbulo-cerebelo e 
Espinocerebelo) 
▪ Global (apendicular + axial) 
▪ Marcha ebriosa 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
• Sensitiva 
▪ Pode comprometer tanto o equilíbrio (romberg, marcha 
talonante), quanto coordenação dos membros 
▪ Piora muito de olhos fechados 
▪ Marcha talonante 
Sequência do teste de coordenação 
• Coordenação axial 
▪ Feita no equilíbrio, e nos nervos cranianos (nistagmo, disartria 
[fala escandida]) 
▪ Manobra de babinski (paciente deitado, pedir para sentar com 
braços cruzados) 
▪ Puxar o encostoda cadeira (esperado que paciente recline para 
frente) 
▪ Pull-test (puxar paciente pelos ombros, espera se que ele se 
recomponha) 
• Coordenação apendicular 
▪ Dismetria (errar o alvo), decomposição do movimento (perder a 
fluidez) e disdiadococinesia (incapacidade de realizar 
movimentos rápidos) 
▪ Índex-nariz 
▪ Index-nariz-índex do examinador (dedo do examinador muda de 
posição) 
▪ Índex-índex 
▪ Movimentos alternados rápidos 
▪ Rechaço (ausência de rebote) 
▪ Teste de barany 
▪ Calcanhar joelhos 
▪ Hálux-índex do examinador 
 
Equilíbrio e Tontura 
• A maioria dos pacientes com alteração de equilíbrio queixam tontura 
• A tontura do tipo cabeça vazia, vista escurecida ou desmaio não são 
características de sistema nervoso 
▪ Essas geralmente estão associadas ao sistema cardiovascular 
(hipotensão postural, hipofluxo cerebral, síncope 
Tontura neurológica 
• Vertigem: 
▪ Tontura rotatória 
▪ Provocada habitualmente quando há um desbalanço do sistema 
vestibular 
• Desequilíbrio 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
▪ Bêbado, ou em um barco 
▪ Relacionado com lesões cerebelares, ou comprometimento do 
sistema proprioceptivo (instabilidade e insegurança para andar, 
em lugares escuros e de olhos fechados principalmente) 
 
 
 
Atingiu as competências? 
1. LISTAR AS ETAPAS DO EXAME “BÁSICO/RASTREIO” DO EQUILÍBRIO E DA 
COORDENAÇÃO (SEM CONSULTA AO ROTEIRO) OK 
2. LISTAR AS ETAPAS DO EXAME “AMPLIADO” DO EQUILÍBRIO E DA 
COORDENAÇÃO (COM CONSULTA AO ROTEIRO) OK 
3. UTILIZAR ADEQUADAMENTE OS TERMOS ATAXIA E APRAXIA OK 
4. DIFERENCIAR ATAXIA CEREBELAR DE ATAXIA SENSITIVA. OK 
5. EXPLORAR ADEQUADAMENTE O SINTOMA DE TONTURA (SABER QUAIS 
SÃO AS PERGUNTAS A SEREM REALIZADAS NA ANAMNESE) OK 
 
Então vamos de ED 
1. Descreva a técnica da prova índex-nariz e, uma vez anormal, o que representa. 
A técnica índex-nariz, avalia a coordenação apendicular dos membros superiores. 
Para realizá-la, é pedido ao paciente que estenda um braço abduzido à altura dos 
ombros, e com o dedo indicador, toque no nariz, e estenda de novo, repetidas 
vezes. De olhos abertos, depois fechados, nos 2 membros. Em caso de 
anormalidade, o paciente pode apresentar hipermetria associado a tremor de 
intenção, o que caracteriza uma lesão cerebelar, sem piora ao fechar os olhos. Em 
caso de lesão de vias proprioceptivas, o paciente apresentará dificuldade de atingir 
o objetivo, com decomposição do movimento. Nesse último caso, a dismetria piora 
ao fechar os olhos. 
2. Um paciente sofreu um acidente vascular cerebral em hemisfério cerebelar direito. 
Identificou-se, após avaliação semiológica, uma síndrome cerebelar. Cite três 
achados característicos desta condição 
Marcha ebriosa, Sinal de barony positivo, desequilíbrio evidenciado nos teste de 
romberg, com dificuldade de unir os membros inferiores, nistagmo, decomposição 
de movimento. Disdiadococinesia 
3. Qual a diferença entre as marchas escarvante e ceifante? 
A marcha Escarvante é um reflexo de lesão do nervo tibial geralmente, onde o 
paciente não consegue realizar uma flexão dorsal. Isso impede que ele pise com o 
calcanhar, e irá apresentar uma marcha onde flete bem o joelho para evitar 
arrastar a ponta dos pés no chão. 
Já a marcha ceifante é decorrente de lesões piramidais unilaterais, onde irá 
apresentar um membro plégico/espástico. Esse membro apresenta dificuldade de 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
fletir e realizar movimento de deambulação. Por conta disso, ele é arrastado em 
movimento semicircular, semelhante a uma foice, com convexidade para lateral. 
Causa comum é o AVE de cerebral anterior. 
4. Paciente de 80 anos queixa-se de que há 3 meses passou a caminhar com passos 
pequenos e arrastando os pés. A filha ainda refere que, durante a marcha, seu pai 
encontra-se curvado para diante e com redução do balanceio dos braços. Como 
classificaríamos esta marcha? 
Essa marcha é classificada como marcha parkinsoniana, característica da 
síndrome Parkinsoniana 
5. Quais manobras são usadas para avaliar o equilíbrio estático? 
Para avaliar o equilíbrio estático, é utilizado a manobra de Romberg (paciente fica 
em pé com membros inferiores unidos, de olhos abertos, depois fechados) e o 
teste pé ante pé, ou Tandem (paciente fica estático, com um pé na frente do outro, 
de forma a reduzir a área de contato, primeiro de olhos abertos, depois fechados). 
É pedido também para o paciente ficar na ponta dos pés e de calcanhares 
6. Ao ser examinado, um paciente apresentava o sinal de Romberg. Como se 
pesquisa este sinal e o que ele representa? 
O sinal de Romberg positivo se dá quando o paciente apresenta grande 
instabilidade ao ficar em posição ortostática, relaxado, com MMII e calcanhares 
unidos e de olhos fechados. Essa queda pode representar principalmente uma 
lesão vestibular (pende para lado ipsilateral), ou uma lesão proprioceptiva. Para 
diferenciá-las, iremos avaliar o equilíbrio dinâmico e observar sua marcha (caso 
seja tabética, fala a favor de lesão proprioceptiva). 
 
7. Um paciente apresenta-se com tontura de instalação aguda, zumbido e 
hipoaucusia direitos, desvio da marcha , tendência de desvio da cabeça e corpo 
para o mesmo lado, nistagmo horizontal e alargamento da base durante a marcha 
ou ortostase. Estamos diante de qual síndrome? 
Provavelmente uma síndrome vestibular aguda, uma Vestibulopatia 
8. Se afirmo que um paciente tem disdiadococinesia, o que isso representa 
semiologicamente? 
Diadococinesia é a capacidade do indivíduo de realizar movimentos rápidos e 
repetitivos. Logo, a disdiadococinesia é a incapacidade de realizar esses 
movimentos. 
9. Quais manobras utilizamos para avaliar a coordenação dos membros inferiores? 
Para avaliar a coordenação dos membros inferiores, podemos utilizar as manobras 
de velocidade (bater o pé no chão repetidas vezes rápido, para avaliar a 
Diadococinesia do paciente), além do exame hálux-índex do examinado (para 
avaliar a coordenação e propriocepção) e também o teste tornozelo-joelho (avalia 
também a propriocepção e coordenação) 
10. Cite e descreva duas técnicas semiológicas para avaliar o equilíbrio dinâmico. 
 
 
 Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 
 
BIOFUNÇÃO II: SEMIO NEURO 
Babinski-Weil: pede para o paciente andar 10 passos para frente e 10 passos para 
trás, de olhos fechados, enquanto o examinador o acompanha. Se o paciente 
desloca o movimento para algum dos lados ao andar para frente, e para o outro 
lado ao andar para trás, fazendo o sinal da estrela, fala a favor de lesão vestibular 
(ipsilateral ao desvio quando se locomove para frente) 
Teste de Fukuda: paciente parado, realiza movimento de marcha, com brações 
estendidos para frente, em média 50 vezes (cada vez corresponde a uma flexão da 
coxa). Se o paciente apresentar um grau de rotação maior que 45º, fala a favor de 
lesão vestibular ipsilateral. 
 
 
Referências: 
• Tratado de neurologia da academia brasileira de neurologia 2ª ed, cap 4